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segunda-feira, 7 de março de 2011

28 de agosto

28 de agosto

1835 - Capital de Mato Grosso muda-se para Cuiabá



Autorizada pela coroa portuguesa a mudar-se de Vila Bela da Santíssima Trindade para Cuiabá, a partir de 1820, somente 15 anos depois é que esta cidade é oficialmente declarada capital da província, por lei sancionada pelo presidente Pedro de Alencastro:

Lei n. 19 1835 - 28 de agosto

Art. 1. Fica declarada Capital da província de Mato Grosso a cidade de Cuiabá.

Art. 2. Ficam revogadas as Cartas Régias e mais disposições em contrário.¹

A defesa da mudança apresentou como argumentos, que Cuiabá possuía uma população superior a de Vila Bela, tinha uma melhor localização geográfica, pois era banhada pela bacia platina e através da navegação fluvial podia ter contato com as demais províncias brasileiras e até mesmo com os países platinos. Alegou ainda que a cidade era saudável e que a sua população podia contar com hospitais ao ficar doente.²

FONTE: Coleção das Leis Provinciais de Mato Grosso (1835-1912), ²Livro de Mato Grosso, aneste.org, capítulo 6.

FOTO: Cuiabá em desenho de Hercules Florence, (1826). 




28 de agosto


1886Bispo chega a Nioaque


Pedro José Rufino, herói da retirada da Laguna, na recepção ao bispo

Na primeira viagem de um prelado cuiabano ao Sul de Mato Grosso, Dom Luis, bispo de Cuiabá, após passar por Corumbá e Miranda, chega a Nioaque. Na cidade histórica o bispo é recebido por uma comissão de moradores, à frente o coronel Pedro Rufino, herói da retirada da Laguna e comandante militar da vila, segundo relatório do escriba da caravana católica: 

Ao anoitecer passamos o rio Urumbeva e logo depois entramos em Nioac.
À pouca distância das primeiras casas estava postada uma guarda de honra e reunida grande parte da população, destacando-se as pessoas mais gradas, entre as quais vi os srs. tenente-coronel Pedro José Rufino, rvmo. vigário, D. Vicente Anastácio, João Anastácio Monteiro de Mendonça, João Augusto da Fonseca, D. José Alvares Sanches Surga e o capitão honorário do exército Manoel de Castro Pinheiro. Ali o bondoso prelado dignou-se de apear fazendo assim um grande sacrifício, pois que viajara de sol a sol, inclementíssimo sol e tinha as pernas pesadas e o corpo consumido de fadigas. Foi então um porfiar de todos para beijar cada qual primeiramente as mãos de S. Exa. Rvma. Muito fogo do ar e repiques de sinos se fizeram ouvir nesse momento de concerto com a música militar que rompeu com entusiasmo o hino da independência. Finda esta parte do recebimento, que esteve aparatosa e animadíssima, S. Exa. encaminhou-se para a casa que lhe havia sido preparada, onde nada faltou para brilhante remate da recepção.



De Nioaque, o bispo segue para as fazendas Esperança e Santa Rosa, encerrando sua viagem em Campo Grande.




FONTE: Luis Philippe Pereira Leite, Bispo do Império, edição do autor, Cuiabá, sd., página 162. (foto reproduzida do livro Retirada da Laguna, de Taunay).


28 de agosto

1936 - Zoológico no jardim público de Corumbá

Artigo assinado por dr. Mello, publicado em jornal de São Paulo, sob o título Veados e Onças, dá conta da existência de um zoológico no passeio público de Corumbá:

"Parece que no Paraíso terrestre, antes de Eva ter ouvidos os conselhos da serpente, e dado a Adão um pedaço da maçã fatídica, os animais viviam na mais completa camaradagem, no mais doce contubernio.

A espada flamejante do anjo Gabriel, cumprindo a ordem de expulsão e para sempre, fechando as portas do Éden, apontou a guerra como norma de vida, tanto aos racionais como aos irracionais.

Nunca mais, desde então, uma onça encontrou um veado sem que desejasse beber-lhe o sangue e comer-lhe a carne.

Mas, numa linda cidade de Mato Grosso houve alguém que opôs embargos ao velho decreto e resolveu tentar a pacificação pelo menos das onças e veados.

No aprazível Passeio Público de Corumbá, o rende-vous predileto de sua melhor sociedade, às quintas e domingos, onde se realizavam saudosas retretas, foi construída sólida jaula para onde transportaram algumas onças de avantajado tamanho e lindas cores.

Ao redor da jaula foi feito um cercado onde ficaram presos esbeltos veados.

No começo era de ver os pinotes dos veados no delírio do pânico e o desespero das onças tentando forçar as grades da jaula na ânsia de um bom repasto.

Acabaram, porém, acomodando-se e os veados pastavam tranquilamente, passando rente à jaula, não demonstrando pavor de espécie alguma, ante os arreganhos e miados das onças.

Aliás, estas nada disso faziam agressivamente mas demonstrando tédio ou saudade da liberdade.

Não sei se até hoje, continua de pé essa fosquinha do anjo Gabriel.

O Brasil tem mudado tanto"...


FONTE: Correio Paulistano, 28/08/1936.



28 de agosto


1963 Congresso de municípios discute divisão


Reúne-se em Campo Grande o I Congresso dos Municípios de Mato Grosso. Prefeitos e vereadores da maioria dos municípios do Estado, elegem a primeira diretoria da Associação Estadual dos Municípios de Mato Grosso, que tem como presidente o prefeito de Rondonópolis, Sátiro Phol Moreira de Castilho (foto). No simpósio, segundo Paulo Jorge Simões Correa foi apresentada a tese divisionista pelo vereador de Campo Grande Oclécio Barbosa Martins:

A ideia da divisão de Mato Grosso, velha aspiração da gente sul-mato-grossense, ressurge novamente, ou melhor toma novo e vigoroso impulso, hoje aceita e defendida por outras regiões do Estado.
Ao ensejo da realização do 1° Congresso de Municípios Mato-Grossenses, em Campo Grande, primeira oportunidade de um encontro de representantes de todos os municípios do Estado, sem distinção de partidos, foi o problema submetido a plenário. Embora não tenha chegado a ser debatido satisfatoriamente, serviu, no entanto, para que os matogrossenses sentissem que o problema existe é palpitante e deve ser examinado com toda a atenção, estudado em todos os seus aspectos e, afinal, decidido com o pensamento voltado para o bem-estar da gente matogrossense e para os altos interesses da pátria.


A moção do vereador Oclécio Barbosa Martins seria foi aprovada no II Congresso realizado em 26 e 27 de outubro em Corumbá. 



FONTE: Revista BRASIL OESTE, São Paulo, n° 85. (imagem: mtaqui.com.br http://bit.ly/ihMkSn)


28 de agosto

1964 - Nasce Marquinhos Trad, vereador, deputado estadual e prefeito de Campo Grande

Filho de Nelson Trad e Terezinha Mandetta Trad, nasce em Campo Grande, Marcos Marcelo Trad. Estudou o fundamental e médio em Campo Grande e bacharelou-se em Direito pela Universidade do Rio de Janeiro. Como advogado, integrou a seccional em Mato Grosso do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil como conselheiro, presidindo em seguida a Comissão de Ética e Disciplina. Integrou e presidiu o Tribunal de Justiça Desportiva do estado (TJD-MS).

Começou na vida pública como secretário municipal de Assuntos Fundiários, na primeira gestão do prefeito André Puccinelli (1997-2001) Eleito vereador em 2000 e deputado estadual em 2002, exerceu o mandato até 2016, quando venceu a primeira eleição para prefeito de Campo Grande, em substituição a Alcides Bernal (PP). Reelegeu-se em 2020, no primeiro turno.


Seu primeiro mandato foi marcado pelo enfrentamento à pandemia de coronavírus. 


FONTE: Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2021.


domingo, 20 de fevereiro de 2011

15 de junho

 15 de junho


1867 Cólera na retirada da Laguna: o pior inimigo


Retirada da Laguna, quadro de Ruy Martins Ferreira



O médico Cândido Manuel de Oliveira Quintana libera relatório sobre a epidemia de cólera-morbo durante a retirada das tropas brasileiras do Apa:

Havendo V.S. exigido de mim uma parte sobre a epidemia e ferimentos havidos na expedição de Mato Grosso, passo muito profunctoriamente a expender o seguinte: Que no dia 10 de maio, na Bela Vista, foi-me trazido à consulta um índio que sofria de diarréia abundante e que no dia seguinte faleceu. Este doente, por causa da longa marcha e dos muitos outros que tínhamos a tratar, faleceu, sem que tivéssemos bem observado sua enfermidade. No dia 17, as 11 horas da noite, pouco mais ou menos, entraram mais dois enfermos para a enfermaria, os quais atraíram a atenção pelos grandes gritos que davam em conseqüência de câimbras e pela semelhança dos sintomas de ambos que eram: grande sede, supressão de urina, vômitos, evacuações alvinas abundantissimas, resfriamento das extremidades; e no dia seguinte, os que morreram estavam desfigurados pela magreza de rosto, então julgamos que tínhamos em presença a horrenda epidemia da cólera-morbo, que no dia subseqüente tornou-se pela entrada de muitos atacados com o sintomas seguintes: vômitos, evacuações alvinas abundantes de uma matéria semelhante à água de arroz, grande sede, dispnéia, pulso pequeno freqüente, supressão de urinas, mudança extrema no metal da voz e mesmo afonia, pele fria, cianose, magreza e desfiguramento rápido de rosto, etc. A falta de víveres, de barracas e roupa suficiente na estação do inverno, muito deveria concorrer para aumentar o número de atacados, os quais, entrando nas enfermarias, também aí não achavam abrigo contra as intempéries. Os medicamentos no fim de poucos dias estavam todos acabados. As marchas muitas vezes o dia inteiro, algumas vezes de noite, a péssima condução em carros puxados a bois, em que os doentes comprimiam-se mutuamente, pela exigüidade de espaço, deviam ter grande parte no acréscimo da mortalidade, que era de quase todos os atacados. Afinal todos os carros foram queimados por necessidade: os doentes eram conduzidos em padiolas por soldados enfraquecidos pela fome, estropiados, que se recusavam a carregá-los e que os deixavam atirados no caminho sempre que o podiam fazer. Os são já mal eram suficientes para carregar os doentes, sendo preciso caminhar com presteza, pois já nenhum alimento tínhamos além das poucas reses que puxavam a Artilharia. À vista disto, foram os doentes da cólera-morbo deixados no pouso por ordem superior, no dia 26 de maio. Até o dia 1º de junho a epidemia ainda não tinha cessado. Nesse dia tendo as forças começado a marcha, quase à noite, debaixo de chuva fortíssima, caminhou seis léguas. Durante este trajeto, que terminou no dia 2 à tarde, morreram alguns coléricos e no dia 3, o último doente grave dessa enfermidade que ainda restava.. Nesse dia a epidemia cessou.¹


Para o inimigo a epidemia de cólera foi um castigo de Providência contra os invasores de seu território. As considerações sobre a peste foram estampadas em amplo artigo sobre a retirada da Laguna, publicado no jornal oficial do governo paraguaio:



E para o auge do desastre, Deus havia reservado a esses infames, para espiar seu crime, um castigo maior. O cólera, essa terrível peste que havia assomado as povoações dos aliados e arruinado o exército inimigo, apareceu entre eles com todos seus horrores, fazendo o mais espantoso estrago.

Expiação justa que a Providência descarregou sobre a cabeça dos infames que queriam escravizar um país cristão e livre.

A princípio enterravam seus cadáveres, mas depois já não puderam fazê-lo por ser muito grande o número e abandonavam seus mortos, entre os quais se encontraram muitos oficiais e mulheres.

A mortandade foi acrescentando dia-a-dia em suas fileiras, sem embargo marchava constantemente, sempre conduzido por nossa cavalaria que formava um círculo de ferro ao seu redor.

O inimigo que em todo seu vigor e força havia sido imponente para competir com nossos soldados, enfermo e débil não teve a resolução de fazer a mínima tentativa  de ataque. Seguiu seu destino, vencido e resignado à mercê de nossas armas.

Nossos soldados clamavam por levar sobre aqueles restos um ataque, seguro de encontrar uma vitória barata. Seus chefes não lhes permitiram, não era necessário, iria derramar-se sangue inutilmente e, quando se pode vencer o inimigo sem ele, é mais glorioso, é mais conforme com a humanidade que sempre temos tido enquanto é compatível com a guerra.

O resto da coluna seguia adiante, deixando grande número de desertores e cadáveres. Chegou às margens do Mbotetey que atravessou a nado e teve que permanecer ali cinco dias. Aqui foi onde a epidemia fez mais estragos em suas fileiras e aqui foi também o chefe da expedição Camisão morreu,  seguindo-lhe no sepulcro, seu segundo, o tenente-coronel Galvão. O major José Tomas  assumiu o comando das forças que passaram o Mbotetey e seguiram para as serras. Ali caíram centenas de cadáveres e outro tanto de moribundos, armamentos de todas as classes, carros, etc. Cada dia aumentava entre eles a fome e a peste. Mesmo assim marchava adiante. Nossa cavalaria o pastoreava dia e noite.²

FONTE: El Semanário (PY) Assunção, 13 de julho de 1867.



FONTE: ¹Taunay, A retirada da Laguna, 14a.edição, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1942, página 173. ²El Semanário (PY) Assunção, 13 de julho de 1867.








15 de junho



1915Criado o município de Três Lagoas



Antonio Trajano, o fundador de Três Lagoas




Pela lei n° 706, sancionada pelo governador Augusto da Costa Marques, é criado o município Três Lagoas, desmembrado de Paranaíba. Seu primeiro intendente geral foi capitão Afonso Garcia Prado. Iniciada em 1911 com a chegada da estrada de ferro, em área doada por Antonio Trajano dos Santos e pelo governo do Estado, Três Lagoas teve seu plano urbanístico traçado pelo engenheiro Oscar Teixeira Guimarães e sua demarcação executada pelo agrimensor Justino Rangel de França. Pela lei 656 de 1914 é elevada a condição de distrito. Com o intendente foram empossados os primeiros vereadores: Antonio de Souza Queiroz, Generoso Alves Siqueira, Oscar Guimarães, Bernardino Mendes e Sebastião Fenelon Costa. Antonio de Souza Queiroz é eleito presidente do legislativo municipal. 

Três Lagoas é o principal polo industrial de Mato Grosso do Sul e, segundo dados do IBGE (2013) tem cerca de 110.000 habitantes, sendo a terceira cidade do Estado.



FONTE: Jesus H. Martin, A história de Três Lagoas, edição do autor, Três Lagoas, 2000, página 57.

FOTO: acervo da prefeitura municipal de Três Lagoas.





15 de junho

1957Dourados sede de bispado






É criada pelo papa Pio XII a diocese de Dourados, abrangendo todo o extremo-sul do Estado de Mato Grosso com uma área de 68.300 km2. A notícia foi recebida com júbilo pela comunidade católica do município e foi o destaque da "Coluna Religiosa" do jornal "O Progresso" de 1° de setembro de 1957:

No dia 22 de agosto esteve entre nós, em rápida visita, Sua Excia. Revmo. Dom Ladislau Paz, administrador apostólico de Corumbá. Sua Excia. veio especialmente a Dourados para trazer-nos a notícia oficial da criação pela Santa Sé, do novo Bispado de Dourados. A nova diocese, com 74.000 quilômetros quadrados e 140.000 habitantes, compor-se-á de 7 municípios e 9 paróquias: Dourados (com Colonia Federal), Itaporã, Rio Brilhante, Bataguassu, Maracaju, Ponta Porã e Amambai.

Reunidas na noite do dia 22 de agosto, no salão nobre do convento franciscano às pessoas de destaque do mundo católico de Dourados, comunicou Dom Ladislau, que a nomeação do Bispo de Dourados se fará em breve, provavelmente já neste mês de setembro. A posse do novo bispo realizar-se-á então no fim deste ou no começo do outro ano, devendo vir nesta ocasião para dar a posse, o Exmo. e Revmo. sr. Núncio Apostólico, embaixador da Santa Sé, junto ao governo brasileiro e representante do Santo Padre, o Papa. A atual igreja matriz será eleva a Pró Catedral. Sua Excia. fez ainda uma ligeira exposição das vantagens decorrentes da criação do Bispado de Dourados, significando a mesma uma grande vitória da causa católica da nossa cidade e em toda a nova Diocese, devendo, porém, os católicos do lugar colaborar eficazmente na instalação do mesmo bispado, mormente no que diz respeito à residência do bispo. Sendo franqueada a palavra a todos os presentes, uso dela primeiro o rvmo. Pe. vigário da paróquia de Dourados, oferecendo o convento franciscano para moradia provisória do bispo. Foi bem aceita esta proposta, concordando depois todos os presentes em organizar uma campanha afim de prover o novo bispo com o mais necessário para a sua instalação. Resolveu-se promover para este fim, umas sessões de cinema, um chá com desfile de bonecas, uma ou outra rifa, um livro de ouro, etc. Sugeriu-se também providenciar, desde já, a aquisição de um terreno para a futura catedral de Dourados, ideia essa que foi bem acolhida. Terminando a reunião, usou da palavra o exmo. sr. Walmor Borges, DD. coletor federal e presidente da Câmara Municipal, que em seu próprio nome e no de todos os presentes, agradeceu ao exmo. e revmo. sr. administrador apostólico a visita e lhe prometeu irrestrito apoio à grande obra, prestes a se realizar na nossa cidade. Dom Ladislau Paz, que com suas maneiras amáveis conquistara logo a simpatia de todos, ao despedir-se, expressou o seu contentamento em verificar o entusiasmo e a prontidão com que os católicos de Dourados souberam receber a decisão da Santa Sé, criando o Bispado de Dourados para maior glória de Deus, para o bem das nossas almas e também para o progresso da nossa cidade.

Seu primeiro bispo foi D. José de Aquino Pereira, do clero secular, sacerdote desde 1944, ex-cura da da catedral de São Carlos, no estado de São Paulo. Sua nomeação no "Osservatore Romano", deu-se em 1° de fevereiro de 1958. 


FONTE: Frei Pedro Knob, A missão franciscana do Mato Grosso, Edições Loyola, São Paulo, 1988, página 216.

FOTO: D. José de Aquino Pereira, primeiro bispo de Dourados. Acervo da Diocese de Dourados.


15 de junho

2016 - Metraficante morre em emboscada na fronteira

O megatraficante brasileiro Jorge Rafaat Toumani morreu fuzilado em um tiroteio, emboscado no centro de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia onde vivia como suposto empresário de segurança privada, na fronteira com Ponta Porã.

O bando motorizado que o atacou usou armamento de guerra e artilharia anti-aérea: fuzis e uma metralhadora Browning M2. 50, escondida dentro de uma caminhonete para parar o veículo blindado do narcotraficante. Uma intensa troca de tiros entre quadrilhas chamou a atenção da Polícia Nacional do Paraguai, não conseguiu abortar o objetivo da operação.

Segundo as autoridades policiais, tudo começou as 18h45, quando Rafaat foi emboscado em uma cena de proporções cinematográficas nas principais ruas de Pedro Juan Caballero. O traficante não teve tempo de reagir. Seus guarda-costas estavam em outros veículos e perseguiram os rivais por algumas quadras.

Conforme o jornal ABC Color, Rafaat recebeu dezesseis tiros disparados por um bando de pistoleiros. Morreu na hora, sentado ao volante da Hammer. Um vídeo capturado por câmeras de segurança e divulgado pela imprensa mostra parte do confronto no trânsito. Um Toyota de cor clara passa à frente do comboio que protegia a Hammer de Rafaat e inicia os disparos de metralhadora, logo após o cruzamento, enquanto as pick-ups de sua segurança ficaram paradas. Em seguida, os homens do traficante descem armados com fuzis, disparam algumas vezes e correm. Mas o carro do chefe já estava fuzilado adiante.

Segundo a imprensa paraguaia, ele já havia sido alvo de um atentado anterior, cometido pela facção brasileira do PCC. Rafaat teria assumido nos anos 2000 rotas do tráfico antes operado por Fernandinho Beira-Mar. Ele já era alvo da justiça brasileira em ao menos cinco ações penais, crimes como tráfico internacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O corpo de Rafaat foi sepultado no cemitério de Ponta Porã.


FONTE: Veja (online), 16/06/2016.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

8 de junho

8 de junho

1850 - Criadas agências dos Correios em Corumbá e Miranda

O ministro da Fazenda do Império comunica ao presidente da Província de Mato Grosso, a criação pela Diretoria Geral dos Correios de uma agência dos correios em Albuquerque (Corumbá) e outra em Miranda.

Diário do Rio de Janeiro, de de julho de 150.


8 de junho

1867 - Paraguaios encerram perseguição aos retirantes da Laguna


Cerrado, cenário típico da retirada na Laguna no Sul de Mato Grosso


No encalço da força brasileira desde a fazenda Laguna, no Paraguai, os cavalarianos inimigos, finalmente encerram sua implacável perseguição. O almejado momento é anotado pelo tenente Taunay, o atento escriba da retirada:

À medida que percorríamos estes terrenos a nós familiares e aos paraguaios menos conhecidos, cada vez mais frouxa e inofensiva se tornava a perseguição, embora não houvesse inteiramente cessado. Fizemos neste dia ponto junto a um lindo ribeirão chamado Areias. No dia seguinte, 7, quase vencemos as quatro léguas que medeiam deste ponto ao rio Taquaruçu. Atingimo-lo a 8 e, como a alturas das águas não nos permitisse vadeá-lo, acampamos à sua margem.

Noite para nós memorável, esta! Foi aí que os paraguaios, avistados à alguma distância, se decidiram, enfim, a desaparecer. Deles próprios partiu o aviso da retirada, com uma fanfarra prolongada de clarins que tal sinal deu, mais lisonjeiro a nós outros do que a eles. Não se fizeram nossas cornetas rogadas, aliás, em associar-se àqueles toques com um estrépito a cujos ecos estremeceram longamente aquelas solidões. Soubemos alguns dias mais tarde, que se haviam dirigido para Nioac, e, depois de recolhidas todas as suas patrulhas, pelo Apa regressado ao território de sua república.


FONTE: Taunay, A Retirada da Laguna, (XVI edição brasileira) Edições Melhoramentos, São Paulo, página 136.



8 de junho

1868 - Paraguaios arrasam e abandonam Corumbá

Menos de um ano depois de retomar dos paraguaios a vila de Corumbá e abandoná-la, fustigado por um surto de varíola, o tenente-coronel Antonio Maria Coelho, manda à localidade em missão de inteligência, uma patrulha, comandada por um major em comissão, para observar o inimigo, que desde então, reocupara o lugar. De volta a Cuiabá, recebeu  o seguinte relatório:

"Em virtude das ordens que v.s. se dignou dar-me em portaria de 24 de abril do corrente ano, passo a expor a v.s. as ocorrências havidas na viagem de exploração ao ponto de Corumbá, por mim empreendida em cumprimento às referidas ordens.

Cheguei em 20 de maio pela tarde no lugar denominado Arancuan, donde observei Corumbá, mas não podendo observá-la completamente, o fiz no dia seguinte, 21, depois das 9 horas da manhã, em consequência da grande cerração. 

Do lugar onde me achava observei que não havia gente em Corumbá, nem navios no porto, que as trincheiras e todas as casas se achavam arrasadas, salvo muito poucas, que presumo sejam dos estrangeiros; que na praça pastavam livremente algumas reses, o que confirmava a não existência de gente ali; à vista disto determinei saltar na vila, não só para examiná-la minuciosamente, com também para prover-me de carne visto já me achar desprovido de víveres, o que de fato fiz.

Na ocasião de embicar a canoa apareceu uma sentinela que se ocultava num telheiro existente junto à margem do rio e disparou na direção da canoa sua espingarda, o que me fez retirar para o meio do rio, donde vi que um homem, em consequência do sinal da sentinela, saiu a cavalo para a estrada que chamam de Barão; observai mais que na popa de uma escuna, que existia na praia, se achava uma outra sentinela, que nenhum sinal deu com a minha chegada ali.

Depois desta ocorrência julguei necessário continuar a observação, a ver se apareciam alguns inimigos, para o que passei para o lado oposto, onde, convenientemente colocado, continuei a observar, porém, nada mais vi, nem ouvi sinal algum que indicasse existência de forças nas imediações. Julgando ter satisfeito o conteúdo da segunda parte das instruções, retirei-me um pouco para cima, onde fiz pouco e regressei no dia seguinte.

De volta da exploração, cheguei no acampamento do Cagange e 1 do corrente.

Tendo narrado fielmente todas as ocorrências que se deram em minha viagem.

Quartel do 1° batalhão provisório de infantaria, em Cuiabá, 8 de junho de 1868.- Ilm. sr. tenente-coronel Antonio Maria Coelho - Antonio de Oliveira Jamacuru, capitão em comissão.


FONTE: Correio Paulistano, 19/08/1868


8 de junho


1867Cuiabá entra na guerra do Paraguai


Realiza-se na capital do Estado, no antigo largo do Palácio, atualmente praça Alencastro, uma formatura geral do segundo corpo expedicionário, organizado pelo presidente Couto Magalhães e destinado a reconquistar a vila de Corumbá, ainda nesse tempo em poder dos paraguaios. Dois dias depois essa força seguia para Corumbá, sob o comando do major Antonio José da Costa. 


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas matogrossenses, 2a. edição, Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página, 279.








5 de junho

5 de junho


1867 – Retirantes da Laguna deixam Nioaque rumo ao rio Aquidauana



Capitão Pedro Rufino, comandante
do 1º Corpo de Caçadores a Cavalo
Tendo chegado à devastada Nioaque no último dia 3, à frente o major José Tomás Gonçalves, deixa o povoado a força brasileira que se retira da fronteira com destino ao porto Canuto à margem esquerda do rio Aquidauana, termo da célebre retirada da Laguna. Taunay registra:

A 5, entretanto, ao raiar do dia, saímos da infeliz Nioac, afinal aniquilada com a sua igreja. Seguíamos a estrada do Aquidauana e marchávamos penalizados sob a impressão do funesto sucesso da véspera.

A todas as viscissitudes atravessadas viera ajuntar-se a angústia da véspera. Já era muito porém, era legítimo triunfo estarmos de pé e ter dominado o inimigo tão perfidamente encarniçado em nos arruinar.

Foi o Urumbeva facilmente transposto. À margem direita se nos depararam destroços de carretas que os paraguaios acabavam de queimar, muitos víveres e objetos de apetrechamento espalhados e todos sujos de terra como já na barranca do Canindé encontramos; cadernos dilacerados, folhas soltas ao vento, notas, entre as quais o autor desta narrativa reconheceu a própria letra, e agora truncadas e inúteis.

A alguma distância deste caudal aguardava-nos, tal a primeira impressão, nova cilada, cujos efeitos foram, contudo, muito diversos de um desfecho trágico. Duas pipas, daquelas em que se conserva a aguardente de cana, ocupavam o meio da estrada. Lembrando-se da explosão da igreja e temendo algum novo estratagema, da parte de um inimigo que nenhum escrúpulo parecia poder conter, apressou-se o capitão Pedro José Rufino e precipitando-se sobre os tonéis arrombou-os com os copos da espada.

À vista do líquido, que a jorros corria, alguns soldados não podendo conter-se, ajoelharam-se ou deitaram-se de bruços, para alcançar o seu quinhão, espetáculo acolhido pelas gargalhadas, que se generalizaram em toda a linha.

Não teve o incidente outras conseqüências: pacificamente continuamos a marcha até o ribeirão Formiga, perto do qual acampamos, ainda contemplados nesta nova fase de abundância pelo encontro de bom número de bois, em ótimas condições.




FONTE: Taunay, A Retirada da Laguna, 14a. edição, Edições Melhoramentos, SP, 1942, página 136.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

9 de maio

9 de maio


1748 - Criada a capitania de Mato Grosso


Ato de D. João V de Portugal criou a Capitania de Mato Grosso e Cuiabá, estipulando as respectivas jurisdições:

Os confins do governo de Mato Grosso e Cuiabá hão de ser para a parte de São Paulo, pelo dito rio Grande (Paraná) e pelo que respeita a sua confrontação com os governos de Goiás e Maranhão, vista a pouca distância que ainda há daqueles sertões, tenho determinado se ordene a cada um dos novos governadores e também ao do Maranhão, informem por onde poderá determinar-se mais cômoda e naturalmente a divisão.

No mesmo alvará foi criada a Capitania de Goiás.


O primeiro governador da nova unidade foi Rolim de Moura, Conde de Azambuja e a primeira capital, Vila Bela da Santíssima Trindade, às margens do rio Guaporé. 

FONTE: Pedro Valle, A Divisão de Mato Grosso, Royal Court, Brasilia, 1996, página 13.






9 de maio

1837 - Rusga: morto o ex-governador Poupino Caldas

Alvejado pelas costas, morreu em Cuiabá João Poupino Caldas, que governava Mato Grosso, em 1934, por ocasião da Rusga.

Fundador da Sociedade dos Zelosos da Independência., entidade que congregava os nativistas, responsável pela matança de portugueses em Cuiabá, na tenebrosa noite da explosão da Rusga, em 30 de maio de 1834, é morto numa emboscada, supostamente por vingança. 

Prestigiado por seu sucessor no governo, Antonio Pedro de Alencastro, por delatar os cabecilhas da noite sangrenta, Poupino viu-lhe a sorte virar no governo de Pimenta Bueno, que assumiu na sucessão de Alencastro. 

Imediatamente após sua posse, Pimenta Bueno convoca Poupino ao palácio e num diálogo curto e grosso, traça-lhe o destino:

" - V. S. me conhece?

- Conheço - respondeu o caudilho.

- Está resolvido a obedecer à primeira autoridade da província ou a rebelar-se?

- Cumprirei todas as ordens da legalidade.

- Pois então, dou-lhe só 24 horas para sair desta cidade e retirar-se para Goiás e daí ao Rio de Janeiro. É questão de ordem pública.

- Obedecerei já e já, asseverou o outro e retirou-se a desempenhar a palavra dada".

Para Rubens de Mendonça, "a Sociedade dos Zelosos da Independência não consentiu que Poupino se retirasse. Ela já o havia condenado à morte e o certo é que no dia 9 de maio de 1837, ao anoitecer, terça-feira, último dia das esmolas do Espírito Santo, sob o espocar dos foguetes e repiques de sinos, ao recolher-se a esmola, quando ele regressava à sua residência, foi alvejado pelas costas por certeira bala de prata que o penetrou já agonizante na calçada da travessa da Câmara, hoje travessa João Dias, sem que até hoje se soubesse que foi o criminoso".

FONTE: Rubens de Mendonça, Histórias das revoluções em Mato Grosso, edição do autor, Ciabá, 1970, página 50.


9 de maio


1867 - Retirada da Laguna: cavalaria paraguaia fustiga força brasileira


Eneias Galvão, comandante do 17 Voluntários da Pátria


O comandante do Batalhão 17 de Voluntários da Pátria, tenente-coronel Eneias Galvão, na linha de frente das forças brasileiras na fronteira, dá parte dos combates no segundo dia da retirada da Laguna:

...fazendo eu a vanguarda das forças, corre-me o dever de comunicar à V.Ex. que, às seis horas da manhã, ocupando o meu lugar, mandei avançar a linha de atiradores composta de setenta praças, quatro oficiais, três inferiores e dois cornetas, sendo trinta do Batalhão vinte de infantaria que foram postas à minha disposição, e bem assim, um oficial do mesmo batalhão, um inferior e um corneta e as restantes pertencentes a este batalhão, cuja linha, encontrando outra a fazer fogo, matando logo os nossos atiradores três paraguaios, que ficaram em direção do caminho por onde fomos passando, continuando a nossa marcha, tiroteando sempre, não só com a Infantaria inimiga, como com cavaleiros que se apresentaram, para cujo fim mandei reforçá-la, e retirando-se os atiradores inimigos ao atravessar-mos o córrego, que dista ouco menos de meia légua deste forte, deu-me V. Ex. ordem para que os atiradores, reforçados pelos índios e mais duas companhias do batalhão 20, acelerando a marcha, fossem se aproximando do Forte, e assim prosseguirmos a nossa marcha até este acampamento. - O tiroteio do inimigo, que durou talvez mais de hora, foi renhido, como V. Ex. mesmo em pessoa observou; a linha inimiga muito sofreu, como sou informado, ficando muitos paraguaios mortos, levando eles os feridos e os mortos que podiam, a cavalo.- O pequeno número de mortos que temos tido nestas forças, creio que é devido ao pouco alcance das armas inimigas, e fico pasmo de ter a Cavalaria só, carregado por uma vez ao nosso pequeno corpo de caçadores a cavalo e este mesmo disseminado no serviço de atiradores.



FONTE: Taunay, A retirada da Laguna, 14ª edição, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1942, página 166.






9 de maio
 


1909 - Deixa Porto Esperança o primeiro trem do Pantanal

Sai de Porto Esperança, então ponto terminal da Estrada de Ferro Noroeste a primeira locomotiva a serviço da ferrovia. A alvissareira notícia é dada pelo Correio do Estado (de Corumbá) em sua primeira edição:



FONTE: Correio do Estado (Corumbá) 12 de maio de 1909.


9 de maio

1925 - Coronel Gomes morto em Nioaque

9 de maio

1940 - Assassinado em Campo Grande ex-prefeito de Aquidauana 




É assassinado em Campo Grande o médico e dentista, Oscar Alves de Souza, juiz de paz da cidade e ex-prefeito de Aquidauana. Entrevistado pelo Jornal do Comércio, Nero Moura, principal testemunha da ocorrência, prestou as seguintes informações:

Após ter jantado com o Dr. Oscar Alves de Souza, na casa de residência deste, saí em companhia dele afim de irmos ambos, a pé, em demanda da casa de residência de nosso amigo comum sr. Messias de Carvalho Araújo, para o cumprimentarmos pelo seu aniversário que transcorria naquele dia.

Conversando com o meu inditoso companheiro, seguíamos os dois pela rua João Pessoa (atual 14 de Julho), descuidadamente, quando ao defrontarmos o prédio de sobrado do sr. Alfredo Silva, sito nesta mesma rua João Pessoa, n° 1180, estando eu pelo lado de dentro do passeio, portanto do lado direito do dr. Oscar Alves de Souza, ouvimos alguém bem de perto, quase junto de nossas costas, pronunciar em tom interrogativo estas palavras: "DR. OSCAR"? e em ato contínuo a essas palavras, antes mesmo que meu companheiro se tivesse virado de todo para quem assim o chamava, ouvimos dois disparos de arma de fogo, que pela rapidez com que foram disparados, deram-me a primeira impressão de serem de arma automática.

Compreendendo a agressão covarde e traiçoeira de que fora vítima meu amigo atraquei-me simultânea e instantaneamente em luta corporal com o agressor, afim de o subjugar.

Mas, embora já estando eu atracado com o assassino, este conseguiu ainda disparar duas vezes a arma que empunhava.

Após o quarto e último tiro disparado, consegui subjugar o assassino, derrubando-o ao solo, e no momento em que já havia dominado por completo o covarde agressor de meu companheiro ia arrancar da mão dele arma assassina, foi esta arrebatada por uma homem que se aproximara e que se disse pertencer à polícia secreta de S. Paulo, o qual prendeu o assassino auxiliado por autoridades policias desta cidade que correram ao ruido dos tiros.

O criminoso, que "confessou motivos de natureza íntima" para cometer o homicídio foi João de Souza Rangel, sargento reformado do Exército e ex farmacêutico em Vista Alegre e que segundo o jornal "já vinha há dias premeditando o crime, tendo sido visto anteontem passando longo tempo nas imediações da casa de residência do dr. Oscar Alves de Souza". 

Natural de Minas Gerais, o dr. Oscar Alves de Souza estava em nosso Estado há mais de 20 anos, logo depois de se diplomar como cirurgião-dentista pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Sua passagem por Mato Grosso é resumida pelo jornal de Campo Grande:

Foi morar em Aquidauana, onde abriu seu consultório dentário, conquistando em pouco tempo, graças à sua proficiência como dentista e ao seu feitio franco e cavalheiresco, não só uma vasta clientela mas também uma grande e prestigiosa atuação social.

Casando-se naquela cidade com uma das distintas filhas do saudoso chefe político cel. Augusto Mascarenhas, ingressou também o dr. Oscar de Souza, pouco depois, nas lides da política, tendo ocupado naquela cidade, sempre com grande brilho, os cargos de vereador municipal e de prefeito, em que deixou traços anapagáveis da sua progressista operosidade.

Desgostos na política local fizeram o dr. Oscar de Souza transferir sua residência para Campo Grande, onde, demonstrando seu amor ao estudo, concluiu no ginásio municipal seus preparatórios para o curso médico, iniciando a seguir os seus estudos de medicina, tendo recebido o grau de doutor em Medicina já há alguns anos pela faculdade do Rio de Janeiro.

Exerceu aqui durante alguns anos o cargo de Delegado de Higiene, e, ultimamente, sem deixar o exercício da profissão, vinha-se dedicando com ardor ao desenvolvimento de sua bela fazenda. Era atualmente juiz de paz de Campo Grande.   

FONTE: Jornal do Comércio (Campo Grande), 10 de maio e 14 de maio de 1940.                                        

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...