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domingo, 3 de novembro de 2013

5 de dezembro]

5 de dezembro

1906 - Nasce em Corumbá, Geraldino Martins de Barros



Filho do farmacêutico da Marinha Artur Martins de Barros e da professora Maria Leite Pedroso de Barros, nasce Gealdino Martins de Barros, principal defensor da  existência de petróleo no Pantanal. 
Estudou da primeira à quinta série elementar no Colégio Salesiano Santa Teresa e o curso ginasial no Ginásio Corumbaense, fundado por sua mãe. Ainda muito jovem foi trabalhar na zona rural a princípio como professor e depois como trabalhador braçal.
Em 1928 muda-se para Porto Esperança, então terminal da estrada de ferro e trabalha como auxiliar de escritório da firma Couto e Cia, agente da Empresa de Navegação Miguéis.
Em 1929 retorna à cidade para atender ao serviço militar. Serviu no 17° Batalhão de Caçadores, permanecendo até o seguinte quando deu baixa e voltou a Porto Esperança, onde, em 1934, casou-se com Hilda Coelho.
Foi empresário do ramo gráfico e aposentou-se em 1980, como funcionário do antigo Previsul, o primeiro instituto de previdência de Mato Grosso do Sul.
Vereador por trinta anos seguidos, notabilizou-se na defesa da ideia da existência de petróleo na região, como líder da Campanha Pró-Petróleo do Pantanal, tese que levou a Petrobras a realizar várias prospecções em áreas determinadas, sem sucesso. 
Geraldino Martins de Barros faleceu em sua cidade natal em 1988.

FONTE: Renato Baez, Perfis e Missivas, edição do autor, São Paulo, 1985, página 28.



5 de dezembro

1936 – Governador recorre ao presidente da República



Acossado pela oposição, da qual participavam diversos deputados sulistas, no auge de uma crise política que resultaria na intervenção federal, decretada a 7 de março do ano seguinte, o governador Mário Correa da Costa telegrafa ao presidente Getúlio Vargas:


Quando daí regressei, animado dos elevados propósitos pacificadores, consubstanciado no meu Manifesto, do qual dei conhecimento a V. Exa., encontrei aqui um ambiente inteiramente hostil a qualquer entendimento político, devido à atuação pessoal do senador Vilasboas, cujas manobras impossibilitam a realização dos nossos objetivos.

Entretanto, agora rompendo contra meu governo, aproveita-se ele do irrequieto deputado Generoso Ponce, para unir-se ao grupo do capitão Filinto Muller, a quem sempre hostilizou rudemente, sob a alegação da necessidade de um congraçamento da família matogrossense, quando a verdadeira finalidade dessa aliança é o meu aniquilamento político e a instalação da anarquia no Estado.


Estou recebendo de todos os municípios as mais vibrantes demonstrações de apoio ao meu governo e veemente protesto contra essa atitude reprovável que tão graves conseqüências poderá trazer à vida administrativa do Estado.
Conforme mandei expor a V. Exa. pelo deputado Trigo de Loureiro, mantenho os meus anteriores propósitos de pacificação; mas jamais aceitarei imposições humilhantes e saberei defender, em qualquer terreno, as prerrogativas de minha autoridade constitucional”.


No mesmo dia, os deputados da Aliança Matogrossense, alegando falta de garantia, se asilaram no quartel do 16 BC, comparecendo às reuniões acompanhados por forças federais. Compunham a aliança, os deputados Nicolau Frageli, Ranulfo Correa, Ulisses Serra, Luiz de Miranda Horta, Joaquim Cesário da Silva, José Silvino da Costa, João Leite de Barros, Josino Viegas de Oliveira Pais, Filogônio de Paula Correa, José Gentil da Silva, Júlio Muller, Corsino Bouret, Caio Correa e João Ponce de Arruda.


Em 6 de março de 1937, o presidente Getúlio Vargas decretou intervenção federal no Estado e nomeou interventor o capitão Manoel Ari da Silva Pires, que permaneceu no governo até 4 de outubro desse ano, com a eleição pela Assembleia Legislativa e posse de Júlio Muller, para completar o mandato. 


FONTERubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembléia Legislativa, Cuiabá, 1967, páginas 237 e 281.

FOTO: Arquivo Público do Estado de Mato Grosso.


5 de dezembro

1936 - Petróleo no Pantanal: Monteiro Lobato lança manifesto de subscrição pública

         
Mapa mostrando a proximidade e a posição de latitude entre os campos                de 
petróleo em exploração na Bolívia e as terras em que a Cia.        
         Matogrossense vai operar.

A Companhia Matogrossense de Petróleo, à frente o advogado, escritor e editor Monteiro Lobato, expede manifesto, visando subscrição de integralização do capital da empresa. Sobre a companhia, o manifesto revela que o seu capital será de vinte mil contos, dividido em 200.000 ações de 100 mil réis, "metade representada pelos direitos e contratos de pesquisa e exploração do sub-solo de Mato Grosso; e outra metade tomada por subscrição pública. As ações são pagáveis em duas prestações, uma de 50% no ato da subscrição e outra metade de igual valor, mediante chamada com prévio aviso de 60 dias".

CONTRATOS - Para exploração dos subsolo em Mato Grosso, foram lavrados com os seguintes proprietários: municipio de Aquidauana: Antonio da Costa Rondon (Fazenda Tupanceretã), Clotilde Rondon de Arruda e Bartolomeu Mendes (Fazenda São Sebastião); Luiz da Costa Rondon (Fazenda Rio Negro); Ana da Costa Rondon (Fazenda Barranco Alto); José Sebastião de Souza Camargo (Fazenda Santa Terezinha), José Alves Ribeiro Filho e Joaquim Alves Ribeiro (Fazenda Taboco). Município de Porto Murtinho: Eliza Alves Arruda (Fazenda Amoquijá); Clotilde Alves de Albuquerque e Maria Margarida Alves Arruda (Fazenda Mauá); Joaquim Nunes Ferraz, Diogo Nunes Ferraz e Cecílio Mascarenhas (Fazenda Emadicá); Estevão Alves Ribeiro (Fazenda Esperança); João Alves Ribeiro (Fazenda São José); Oscar Augusto Granja (Fazenda Saudade); Germano Lariau (Fazenda Santa Cecília); e Hermínio Grosso. Município de Bela Vista: Atanásio Mello (Fazenda Santo Amaro).

Mesmo ainda não tendo nenhuma evidência técnica, comprovando a existência de petróleo na região, o manifesto argumenta:

"Ninguém mais duvida do petróleo em numerosas zonas do nosso país. Uma há, entretanto, que forçosamente vai ser a nossa grande revelação em matéria de riqueza petrolífera: Mato Grosso.

Esse imenso estado emoldura com suas florestas metade do Xaraés, mar extinto que se revela na extensíssima depressão sul-americana, denominada Chaco nas repúblicas vizinhas e Pantanal entre nós. Compreendida entre o levantamento da cordilheira dos Andes e o planalto central do Brasil, a depressão do Xaraés mostra por toda a parte os mais flagrantes indícios de sua origem. Lagoas e pântanos de água salgada se sucedem de maneira impressionadora. Grande abundância de calcários e fósseis de base marinha. Também frequentes assinalamentos de óleo, como exsudações, impregnações bituminosas, emanação de metana e outros.

Na parte pertencente às repúblicas vizinhas, o petróleo já foi revelado, dando surto a inúmeras perfurações de alta produção. Na parte que nos pertence, nada, absolutamente nada foi feito. Uma espessa cortina de fumaça nos vinha conservando alheios a qualquer investigação de petróleo, justamente na zona mais promissora e abundante de sinais. Chegamos ao ponto de admitir este absurdo: que a linha das fronteiras, isto é, uma simples convenção política, interrompesse dentro da terra as formações de petróleo já reveladas e intensamente exploradas nos países vizinhos. Embora a geologia fosse absolutamente a mesma, petróleo só do lado que fala espanhol"...

OS INCORPORADORES - Entre os incorporadores da companhia, além de Monteiro Lobato, aparecem dois fazendeiros de Aquidauana: Antonio da Costa Rondon e Manuel Alves de Arruda. São representantes autorizados: João Alfredo de Oliveira (Cuiabá); Clodoveu Gomes Ribeiro (Bela Vista); Anchises Boaventura (Campo Grande); Theophilo Xavier de Mendonça (Jau); Joaquim Pedro Kiel (Piraju) e Francisco Dias Lacerda (Ribeirão Preto).

FONTE: Correio Paulistano, 08/12/1936.

5 de dezembro

1947 - Adolescente devorado por piranhas

Aparece nos principais jornais do país, a notícia da morte em Corumbá de um adolescente, que caiu no rio Paraguai e teve o corpo devorado pelas piranhas:

"Em Corumbá, quando pescava à beira do rio, numa barranca que fica no lugar denominado Praia Vermelha, nesse porto, caiu à água o menor Karli, de 16 anos, aluno do Ginásio Maria Leite. Nem bem tocou a correnteza do rio, o corpo do infeliz foi logo abocanhado pelas vorazes piranhas, que aos milhões se encontram nas margens do Paraguai, ao cair da noite, à procura de comida, sendo ato contínuo levado para o fundo do rio. Uma hora depois, acudindo os parentes de Karli, que reside em companhia de seu tio, o negociante José Cury, o corpo apareceu completamente desprovido das carnes, sendo nesse estado, posto num caixão e dado à sepultura no cemitério local, na manhã seguinte. Os pais do menor Karli, que no ginásio sempre se destacou como o melhor aluno da série, residem em Minas Gerais, para onde, daqui a dia dias, devia
ele viajar em gozo de férias".

FONTE: Jornal de Notícias (SP), 05/12/1947 






 


OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...