O cidadão José Santiago, 1º vice-intendente em exercício do município de Campo Grande, faz saber que tendo de realizar-se nos dias 1 e 2 de novembro as eleições para os cargos de deputados à Assembléia Legislativa do Estado, intendente, vereadores e juízes de paz que hão de servir no triênio de 1915 a 1917, divide de acordo com as leis ns. 34, de 7 de junho de 1893, 131, de 12 de março de 1896 e 417, de 22 de novembro de 1905, a Paróquia de que se compõe este município em seis sessões que funcionarão: a 1ª. na sala destinada às sessões do júri, no paço municipal; a 2ª. no mesmo edifício, na sala da secretaria; a 3ª. No edifício onde funciona a inspetoria de veterinária, na sala ao lado do nascente, nesta vila; a 4ª. no mesmo edifício, na sala do lado do poente; a 5ª na povoação de Jaraguari no edifício onde funciona a sub-delegacia e a 6ª finalmente, na povoação de Entre Rios, no edifício da escola pública. Pelo que convida a todos os cidadãos eleitores a comparecerem nos dias acima designados às 10 horas, a fim de darem os seus votos nas seções em que estiverem qualificados. Na eleição de deputados, no dia 1, cada eleitor deverá votar em uma só cédula, em 16 nomes diferentes. No dia 2 em quatro cédulas, contendo uma, um só nome para Intendente; outra, dois nomes para vereadores e cinco para suplentes de vereadores, separados estes daqueles por um traço bem visível e a última, três nomes para juizes de paz e três para suplentes de juizes de paz, também separados estes daqueles por um traço visível e tendo cada um a numeração da ordem que lhe corresponder.
E para que chegue ao conhecimento de todos, mandei lavrar este Edital que será afixado na porta principal deste edifício e publicado pela imprensa local. Eu, Manoel Leite da Silva, secretário da Câmara, o escrevi. Intendência Municipal de Campo Grande, em 30 de setembro de 1914. José Santiago, 1º vice-intendente.
Realizada a eleição para Intendente Geral sai vitorioso o fazendeiro e comerciante Sebastião Lima.
Segundo a polícia, o motivo do assassinato foram as reportagens, onde Arcanjo é acusado de lavar dinheiro (pelo menos US$ 69,8 milhões), de ser o mandante de outros dois assassinatos, de comandar o crime organizado e de sonegar R$ 842 milhões da Receita Federal.²
O cabo da PM Hércules de Araújo Agostinho, 34, acertou, segundo testes de balística, os tiros no empresário. Ele é acusado de outros cinco assassinatos (dois teriam sido encomendados também por Arcanjo). Preso um dia após a morte de Sávio Brandão, fugiu do presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá, no dia 1º de maio passado. Superou cinco portões sem ser incomodado por carcereiros.
Em seu relatório, o delegado afirma que o assassinato de Sávio Brandão envolve, além de Agostinho e Arcanjo, mais três pessoas:
1) o ex-cabo da PM Célio Alves Barbosa, 38, também acusado de ser pistoleiro de Arcanjo, que, segundo o delegado, vigiou os passos de Sávio Brandão para dar informações a Agostinho.
2) o vigia Fernando Barbosa Belo, que, segundo a polícia, pilotou a moto da qual Agostinho fez disparos.
3) o "cobrador de dívidas" João Leite, que, segundo a polícia, contratou Agostinho a pedido de Arcanjo para matar Sávio Brandão. Leite tinha comprovante de que pagou R$ 38 mil a Barbosa pela morte de Brandão.
Além dos telefonemas para a VIP Factoring, que pertence a Arcanjo, Leite também ia à empresa frequentemente, afirmou o delegado Silva. A polícia também se baseia em depoimento do presidiário Paulo César Mota. Então vizinho das celas de Agostinho e Barbosa, ele diz ter ouvido os dois comentarem que o "comendador" mandou matar Brandão.²