Mostrando postagens com marcador Langsdorf. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Langsdorf. Mostrar todas as postagens

domingo, 13 de outubro de 2013

22 de novembro

22 de novembro
 
1826 – Langsdorff volta à água

Águas revoltas nas cabeceiras do rio Coxim
 
A expedição científica russa, com destino a Cuiabá e Amazônia, deixa Camapuã na manhã anterior, a cavalo, e no mesmo dia chega ao Porto Furado, no rio Coxim, aonde retoma a viagem fluvial. Hercules Florence registra:


“Dia 22. Ao nascer do sol, chegaram alguns homens de Camapuã, trazendo dois presos amarrados e desertores de Miranda. Ao sr. cônsul pedia o comandante o favor de entregá-los em Albuquerque, quando por lá passasse.

Recomeçamos nossa extensa viagem e, como o rio estava ainda perto de suas cabeceiras e pouca largura tinha, a cada instante passávamos por baixo de caramanchões formados de grandes árvores, ou por arcadas de guaitivocas. De vez em quando também grossos madeiros atravessados sobre a corrente nos detinham o passo. Tudo isso fizera com que desarmássemos as barracas, para não serem despedaçadas pelos ramos e galhos. Não foi senão dias depois que tornamos a levantá-las, ficando todo esse tempo expostos ao sol e ao sereno. Felizmente, o tempo conservou-se sempre favorável.


"Descíamos depressa, virando a todo o momento à esquerda e à direita, conforme as voltas estreitas e múltiplas do rio.


"Vimos a boca do ribeirão do Barreiro Grande e transpusemos o baixio Coroinha.”
  


FONTE: Hercules Florence, Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, de 1825 a 1829, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1941, página 53

FOTO: mtc-m12.sid.inpe.br



22 de novembro

1921 - Sob pressão política e financeira, juri condena ricaço em Corumbá

Resistindo à forte pressão política e financeira, com tentativa de suborno e ameaça retaliação, juri popular condena prestigiado viajante de Corumbá:

"Na sessão de ontem no Tribunal do Júri foi submetido a julgamento o viajante comercial Jorge Rafful, que em fevereiro último assassinou o seu colega Bento Pinho. Apesar do grande suborno posto em execução, pelo intendente municipal, que é político de influência e prestígio, contratado para defender o réu, e, ainda mais, pela ação do pai do criminoso que é homem da grande fortuna e que pretendeu solapar a ação da justiça, com grandes quantias, o tribunal depois de um exaustivo trabalho, que se prolongou até alta madrugada, condenou o acusado à pena máxima.

O conselho de jurados, composto de pessoas todas pobres, foi de uma honestidade inatacável, muito impressionando o espírito público.

A impressão geral é que esse resultado exprime bem que na pequena cidade de Corumbá ainda não penetrou o avacalhamento da instituição do júri, nem com o poder do ouro, nem com o poder da política que tudo aniquila".¹ 

Em sessão de 1° de dezembro de 1923, o STF, com parecer do ministro Muniz Barreto negou, por unanimidade, pedido de habeas corpus, impetrado pela defesa do réu.²

FONTE: ¹O Paiz (RJ), 25/11/1921); ²O Jornal (RJ) 02/12/1923.




22 de novembro

1930 – Getúlio Vargas recebe Rondon



Detido no Rio Grande do Sul por não aderir à revolução, o general Rondon envia ao presidente Vargas o seu pedido de reforma. O episódio é narrado pelo próprio militar:

A resposta foi um telegrama em que o dr. Getúlio enumerava, com os maiores elogios, os meus serviços. Terminava com as seguintes palavras: "não posso deixar de atender a seu pedido de reforma, embora pesaroso, porque foi feito em caráter irrevogável".


Não foi só. Insisti tenazmente para que me submetessem a um conselho de justiça ou conselho de guerra, a fim de que fossem apuradas quaisquer irregularidades acaso cometidas no exercício de minhas funções.


A 7 de novembro comunicava-me o Quartel General da 3ª Região ter recebido ordem do chefe do governo provisório para me considerar em liberdade.


A 21 chegava eu ao Rio e a 22 me apresentava ao ministro da Guerra, general Leite de Castro, que me negou a demissão pedida do cargo de Inspetor de Fronteiras.


Chamou-me, depois, o dr. Getúlio Vargas à sua presença. Disse-lhe que uma vez reformado entregaria os elementos colhidos, para que outros fizessem os relatórios dos trabalhos realizados. Respondeu-me ele não aceitando o alvitre. Os relatórios tinham de ser escritos por mim. E depois de muitos elogios disse-me:


- A pátria não lhe deu ainda quitação, precisa de seus serviços e muito espera deles.


E quando lhe fiz sentir que eu não fora atendido quanto ao tribunal especial que me deveria julgar, respondeu:


- Não se constituirá nenhum, porque o mais alto tribunal que é a opinião pública da nação, já o julgou, general.  



FONTE43 - Esther de Viveiros, Rondon Conta Sua Vida, Cooperativa Cultural dos Esperantistas,  Rio, 1969, página 557.



22 de novembro

1995 –Lei do Plano Diretor de Campo Grande
       



É sancionada pelo prefeito Juvêncio César da Fonseca (foto) a Lei Complementar n°5 que institui o Plano Diretor, a Política Urbana e a Política de Desenvolvimento do Município de Campo Grande, assim definidas: Plano Diretor, conjunto de diretrizes e meios instituídos para implementação da política urbana do município; Política Urbana, conjunto de princípios instituídos para o cumprimento da função social da cidade e da propriedade, integrante da política de desenvolvimento; e Política de Desenvolvimento, conjunto de diretrizes, meios de participação comunitária e de controle social das ações públicas, instituídas para viabilização da gestão democrática do município, visando a melhoria da qualidade de vida, justiça social, o crescimento econômico e a proteção ambiental.

FONTE: Planurb, Campo Grande a cidade onde moro, Prefeitura Municipal, Campo Grande, 1998, página 65.

FOTO: Correio do Estado.

sábado, 12 de outubro de 2013

10 de novembro

10 de novembro

1826 - Langsdorff prevê futuro promissor para Camapuã




O conde de Langsdorf, chefe da expedição científica russa, após alguns dias na fazenda Camapuã, onde permaneceu o tempo suficiente para reabastecer-se para a longa viagem à Cuiabá, após criticar a atual administração da propriedade, previu um futuro bastante promissor para a localidade:

Mesmo que, futuramente, venham a abrir a navegação pelo Sucuriu, a fazenda Camapuã será sempre um ponto importante de apoio para o comércio interno. Ela poderia funcionar como um centro de exportação de vários produtos, inclusive açucar e algodão cru. Aqui se deveria praticar, em larga escala, todos os tipos de pecuária, o que garantiria grande produção de leite, manteiga e queijo. Mas a criação de cavalos e mulas poderia também ser muito lucrativa. Bois, vacas, cavalos e mulas criados aqui poderiam ser vendidos em Goiás com boa margem de lucro, tendo em vista o alto preço desses animais na província sulista de São Paulo.

Mais adiante, Langsdorff, com espírito crítico à gestão da fazenda, adverte e sugere:

Caso uma colônia viesse se estabelecer aqui, o governo deveria cuidar para que os recém-chegados não fossem motivo de chacota por parte do administrador ou comandante. Entre os artesãos, deveria haver necessariamente um bom construtor de moinho, um carpinteiro, um ferreiro e um serralheiro. As carroças e carretas deveriam ser fabricadas de acordo com a medida europeia (o pé), ou então que se trouxessem carretas europeias já prontas.

Por fim, o conde propõe aproximação dos moradores com os índios:

Os vizinhos Caiapós, se recebessem tratamento realmente humano, poderiam ser de grande serventia para o estabelecimento. Aumentariam a população do lugar e ajudariam na construção de fábricas. Logicamente com os mais velhos seria mais difícil de trabalhar, mas as crianças poderiam ser facilmente conduzidas para uma vida civilizada.


FONTE: Georg Heinrich von Langsdorf, Os Diários de Langsdorff (volume II) Editora Fio Cruz, Rio de Janeiro, 1997, página 294.


10 de novembro
 
1916 – Caetano de Albuquerque não reconhece decisão legislativa

Em conflito com a Assembleia Legislativa que, alegando falta de segurança em Cuiabá, funciona em Corumbá, o presidente general Caetano de Albuquerque, rejeita intimação para depor perante os deputados, no processo de cassação que lhe é movido, “alegando não reconhecer os atos da Assembleia, dizendo que ela funciona inconstitucional e tumultuadamente”. 


FONTE:  Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 109





OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...