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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

26 de outubro

26 de outubro
 
1864 – Nasce em Nioaque, Jango Mascarenhas

Nasce na fazenda Correntes, município de Nioaque, João Ferreira Mascarenhas.

Em dezembro de 1891 passa a integrar o conselho de administração da intendência de Nioaque, assumindo a presidência do mesmo em 1892, quando reuniu e comandou as forças que, no sul do Estado combateram os rebeldes do coronel Barbosa, que haviam deposto o governador Manoel Murtinho.

Em 1894, Jango elege-se deputado estadual. 


Em 1896 atacou e destruiu a fazenda Santa Rosa, de João Caetano Teixeira Muzzi, fundador do Partido Autonomista, que defendia a separação do Sul.


Em 1899 é eleito 2º vice-presidente do Estado, em chapa encabeçada pelo capitão Antonio Pedro Alves de Barros, com quem rompe em seguida, acompanhando seu líder, Generoso Ponce. Em 1901 refugia-se no Paraguai, de onde reuniu um grupo de mercenários e invadiu o Estado, em movimento que pretendia devolver o poder político do Estado ao senador Generoso Ponce. Foi perseguido por forças legalistas, organizadas pelo coronel Jejé, de Aquidauana, sob o comando de Felipe de Brum e Bento Xavier. Sua tropa foi destroçada e ele morto a 21 de outubro de 1901, às margens do Taquarussu.
  




FONTE: Miguel A. Palermo, Nioaque – Evolução Política e Revolução de Mato Grosso, Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, 1992, página 15




26 de outubro 


1894 – Circula o jornal A Voz do Sul




Sai a edição n° 1 de "A Voz do Sul," o primeiro jornal de Nioaque. Foi seu redator João Cláudio Gomes da Silva, impresso em equipamento gráfico adquirido em Cuiabá, da antiga tipografia do jornal A Situação, pelo coronel Jango Mascarenhas. Sua linha editorial obedecia às seguintes diretrizes:


Somos alheios a toda e qualquer seita religiosa, mas convencidos apesar da diversidade das partes doutrinárias de que todas as religiões partem do mesmo princípio que - é a moral voluntários, apresentamo-nos como sectários desses altos princípios sociais, sendo a nossa divisa do desinteresse: para a sociedade, pela sociedade.

Republicanos de princípios, para nós a República é a chave que coroa a abóboda desse grande edifício de conquistas político-sociais.


Que a República é o único governo que pode fazer a felicidade do povo brasileiro: eis as nossas convicções.


Trabalhar pelo engrandecimento da pátria matogrossense em todo terreno; defender os interesses estaduais, nas questões de interesse geral e batermo-nos pelos interesses do sul em todas as questões em que for envolvido, eis o nosso programa.

Em 1896 o jornal foi empastelado e o material gráfico todo atirado no rio Nioaque. O autor do atentado foi um indivíduo alcunhado de Onça Preta.  


FONTE: Rubens de Mendonça, História do Jornalismo em Mato Grosso, edição do autor, Cuiabá, 1963, páginas 85 e 115.

FOTO: reprodução meramente ilustrativa.




26 de outubro


26 de outubro

1926 - Mate Larangeira faz empréstimo milionário ao Estado


Como parte de contrato de arrendamento de área de exploração da erva mate no Sul do Estado, a companhia Mate Larangeira, concede empréstimo ao governo de Mato Grosso, nas seguintes condições:






1963 – Prefeitos e vereadores aprovam divisão


Vereador Oclécio Barbosa Martins (UDN)

Reunidos em Corumbá, prefeitos e vereadores do norte e sul do Estado, no II Congresso da Associação Mato-grossense dos Municípios, em 26 de outubro de 1963, discutiram e votaram moção de autoria do vereador Oclécio Barbosa Martins (UDN), de Campo Grande, aprovando a divisão do Estado:


45 votos contra 11 e uma abstenção assinalaram a vitória da tese divisionista no 2° Congresso da Associação Mato-Grossense do Municípios, reunido em outubro p.p. em Corumbá.


Maioria expressiva, que revela a compreensão do problema da descentralização administrativa no grande Estado do Oeste e as vantagens que dela decorrerão, imediatamente.


Norte e Sul desfrutarão benefícios da providência, quando se concretizar após o processo determinado pelas leis constitucionais que regem o Estado e a Nação.


Premissas de uma fase de notável desenvolvimento sócio-econômico naquele vasto território pátrio são perfeitamente justificadas, agora, como o eram em etapa mais prolongada, antes da decisão histórica do 2° Congresso da A.M.M.
Formadas as duas novas unidades federativas , a Pátria se engrandecerá mais depressa com o esforço disciplinado de mato-grossenses do norte e de mato-grossenses do sul, conjugado no ritmo comum do progresso da Federação.


Urge, portanto, que providências concretizadoras da formação dos dois novos estados de desenvolvam com brevidade, num ambiente de concórdia e de recíproca tolerância, que evidencie a perfeita integração das populações matogrossenses no primado da democracia em que vive e prospera a nação.


E que não se repitam os lamentáveis acontecimentos provocados por grupos de desordeiros, que intentaram tumultuar o 2° Congresso da A. M. M., comprometendo com a sua atitude insólita os foros de civilização que Corumbá conquistou, mercê das sua perfeita identidade com os postulados democráticos.


A delegação de Corumbá votou contra a moção divisionista.


FONTE: Revista Brasil-Oeste 87, página 45 
  

FOTO: arquivo Correio do Estado.


26 de outubro

1999 - Roberto Campos toma posse na ABI

Posse posse na Academia Brasileira de Letras, na vaga do acadêmico Dias Gomes, como sétimo ocupante da cadeira 21, o economista Roberto Campos. É o segundo matogrossense eleito para a mais importante sociedade literária do Brasil. O primeiro foi Dom Aquino Correa, que assumiu em 1927.
 

25 de outubro

25 de outubro
 
1553 – Cabeza de Vaca chega ao rio Negro


O bergantins do adelentado Cabeza de Vaca

Em sua viagem de exploração ao Pantanal, o navegador espanhol Alvar Nuñes Cabeza de Vaca alcança a foz do rio Negro:

No dia 25 de outubro o adelantado chegou com seus bergantins a uma parte em que o rio se dividia em três braços. Um dos braços era uma grande lagoa, mas que os índios chamam de rio Negro. Este rio corre para o norte, terra adentro. Os outros braços são de boa cor e pouco mais abaixo vão se encontrar.


O adelantado mandou colocar muitos sinais na boca do rio, com árvores cortadas e mais três cruzes bem altas, para que servissem de indicação para os outros nativos que vinham atrás. Continuou navegando a remo durante três dias, ao cabo dos quais saiu daquele rio e foi por outros dois braços que saem da lagoa, tendo chegado à beira de umas serras muito altas e arredondadas como um sino, além de serem avermelhadas e completamente desprovidas de vegetação. Por estas condições, deferindo totalmente das outras serras destas paragens, que são montanhosas e cheias de árvores e vegetação, acredita-se que exista muito metal por ali. Os índios disseram que em outros tempos seus antepassados tiravam dali um metal branco, mas o adelantado não pode constatar a existência ou não do mineral por não levar ferramenta adequada e pela grande enfermidade que deu no pessoal por aquele período. Além disso, entendeu que poderia fazer esta investigação em outra ocasião, porque estas serras ficavam perto do porto dos Reis, vindo por terra.


FONTE: Marco Rossi, Viajantes do Pantanal, Editora Horizonte Verde, Campo Grande, 2002, página 15 

IMAGEM: Mário Sergio Lorenzetto, Cabeza de Vaca e os mitos de seu tempo, Fiuza Editora e Comércio de Livros, São Paulo, 2006, foto de capa.


25 de outubro


1907 – Murtinho alerta contra migração gaúcha


Um dos donos da Empresa Mate Larangeira, o ex-governador Manoel Murtinho, escreve ao seu correligionário e atual governante estadual, Generoso Ponce preocupado com as grandes levas de migrantes do Rio Grande do Sul que chegavam ao Sul de Mato Grosso:

Acresce que a proposta submetida pela referida empresa à deliberação da Assembleia, além de consultar altos interesses do Estado, tanto no presente como no futuro, conforme se mostrou a meu ver cabalmente, na exposição de motivos, que acompanhou, ainda viria a facilitar a solução de um temeroso problema, que não pode deixar de preocupar a alta administração do Estado.
Aludo à emigração rio-grandense, que de dia a dia vai se avolumando e estendendo pelo sul do Estado, onde os adventícios tratam logo de ocupar terrenos devolutos pela facilidade que encontram e que faz parecer que dentro de mais alguns anos, essa colônia dominará pelo seu número e extensão, toda aquela região, constituindo por assim dizer Estado no Estado.


FONTE: Pedro Valle, A divisão de Mato Grosso, Royal Court, Campo Grande, 1996, página  23

24 de outubro

24 de outubro 
 
1892 – Elisa Lynch registra escritura em Corumbá




Dando início a uma pendenga jurídica que se arrastaria até 1902, o sucessor de Elisa Lynch, ex-companheira do presidente Solano Lopez, do Paraguai, Venâncio Lopez, enquadrando-se nas exigências das leis brasileiras, registra a transferência de terras doadas pelo governo paraguaio, em território brasileiro, durante o período de ocupação na guerra da tríplice aliança. A escritura original havia sido lavrada em Buenos Aires no Cartório de Notas de Nicolas A. Rodrigues, em 1885. A área reivindicada pelos sucessores de Lynch era de 33.175 quilômetros quadrados, localizava-se entre os rios Ivinhema, Paraná, Iguatemi e a serra de Amambaí, equivalente aos atuais municípios de Amambai, Anaurilândia, Antônio João, Ângélica, , Aral Moreira, Bataiporã, Caarapó, Caracol, Deodápolis, Dourados, Eldorado, Fátima do Sul, Gloria de Dourados, Iguatemi, Ivinhema, Jateí, Mundo Novo, Naviraí, Nova Andradina e Ponta Porã.  


FONTE: J. Barbosa Rodrigues,  História de Mato Grosso do Sul, Editora do Escritor, São Paulo, 1985, página 94


24 de outubro  

1930 – Empastelado o Jornal do Comércio de Campo Grande




 

Partidários exaltados da revolução de 30, destroem as máquinas e oficinas do Jornal do Comércio, de Campo Grande, órgão dirigido pelo advogado José Jaime Ferreira de Vasconcelos, por sua linha editorial favorável ao governo de Washington Luis e do presidente do Estado, Aníbal de Toledo, depostos por esse movimento, liderado por Getúlio Vargas. 

FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses (2a. edição), Governo de Mato Grosso, 1973, página 226.


24 de outubro

1913 - Chacina do circo: justiça responsabiliza a policia

A tragédia de 13 de agosto de 1913, conhecida como chacina do circo, ocorrida em Campo Grande, teve seu inquérito policial concluído e a pronúncia do juiz de Direito, que responsabilizou a autoridade policial pelo episódio. O jornal O Debate, órgão oficial do governista Partido Republicano Conservador, dá a notícia:

Segundo as sucintas informações prestadas no aludido telegrama por aquela zelosa e competente autoridade, ficou plenamente apurada a responsabilidade dos culpados pelos lamentáveis e lutuosos acontecimentos que se deram naquela vila em meado do mês de agosto transato e dos quais resultaram a morte de dois conspícuos cidadãos ali residentes e de duas praças do destacamento policial e ferimentos mais ou menos graves de alguns outros.

Das bem encaminhadas diligências desenvolvidas em minucioso inquérito policial e do sumário crime procedido com fundamento no mesmo inquérito pelo exm. sr. dr. Silva Coelho, juiz de direito da comarca de Aquidauana, hoje removido para a de Campo Grande, que pelo exm. sr. dr. Presidente do Estado foi convidado para proceder ao mesmo sumário, de acordo com a disposição adequada da nova organização judiciária, resultou a pronúncia do alferes Espíndola, comandante do destacamento local, do sr. Antonio Marcondes, suplente do delegado de polícia e das praças de polícia de nome Lauro Machado, João Alves da Silva, José Reimundo, Euzébio Nunes, Leôncio José da Silva, Pacífico Alves de Barros, José Ramos de Almeida e Otílio Martins de Ávila como incursos respectivamente nas penas dos art. 231, 294 § 2°, 303 e 304 do Código Penal.

Os réus acham-se todos presos e recolhidos à cadeia pública, com exceção do alferes Espíndola, transportado para Corumbá, onde acha-se preso no estado maior do quartel do destacamento policial. (...)

Ao darmos estas notícias nos é sobretudo grato congratularmo-nos com a população de Campo Grande e com o ínclito governo do Estado por vermos restabelecida a ordem e asseguradas as garantias individuais naquele rico e florescente município do Sul e aplicada a rigorosa inflexibilidade da justiça sobre os culpados ou causadores daqueles tristes acontecimentos, que encheram de pesar a todos quantos sinceramente aspiram o inalterável império da ordem, da paz e da justiça em todo o vasto território do nosso querido Estado.


FONTE: jornal O Debate (Cuiabá), 24 de outubro de 1913.


24 de outubro


1963 - Justiça absolve contrabandista acusado de matar vereador





Em episódio marcado pela pressão e ameaças aos jurados, realizou-se o julgamento do século em Corumbá. O réu foi o inspetor da alfândega da cidade, Carivaldo Sales (foto), indiciado pelo crime contra o vereador Edu Rocha, que o acusava de descaminho de automóveis da Bolívia para o Brasil. "O Cruzeiro", revista de maior circulação no país, e que veiculou as denúncias e denunciou o crime, deu cobertura ao evento, com a publicação de ampla reportagem, sob o título JUSTIÇA DE BRAÇOS CURTOS:

"Na cruz sobre a sepultura 184 do cemitério de Corumbá, uma placa lembra aos visitantes que ali está enterrado Edu Rocha, vereador covardemente assassinado pelo contrabandista Carivaldo Salles. Carivaldo era nada menos que o inspetor da Alfândega, a quem competia reprimir o comércio negro. Acusado por Edu Rocha, através de 'O Cruzeiro', de ser o chefe de uma gang todo-poderosa de contrabando, emboscou-o altas horas da noite e metralhou-o, atingindo também o porteiro da Câmara dos Vereadores, ferindo-o gravemente. São estes os fatos que toda a população conhece, ocorridos a 29 de julho de 1959.

Quatro anos depois, a 24 de outubro último, Carivaldo Salles é levado ao banco dos réus. Um juri popular com cartas marcadas, embora se respeitassem todas as formalidades legais, num julgamento presidido com isenção. Dos sete jurados, apenas dois negaram a absolvição. E quatorze horas antes já se conhecia o escore: 5 x 2.

O sorteio dos 21 jurados, dentre os quais seriam escolhidos sete para o juri, foi realizado a 11 de setembro, com 43 dias de antecedência portanto, pelo presidente do Tribunal do Juri de Corumbá, juiz Leolino Teixeira Júnior. Era tempo para que funcionassem tranquilamente a corrupção e a intimidação, embora vários deles nem disso precisassem, por suas notórias ligações com Carivaldo, sua família e seus negócios. Os poucos incorruptíveis foram recusados pela defesa, a cargo do criminalista Alfredo Tranjan, dentro do que lhe facultava a lei. Restaram apenas dois jurados insuspeitos, que felizmente impediram a unanimidade, permitindo assim ao promotor, sr. José Mirrha, que funcionou auxiliado pelo advogado Nelson Trad, de Campo Grande, contratado pela família da vítima, recorrer a novo julgamento.

De direito, a presidência do julgamento cabia ao juiz da 2a. Vara da Comarca de Corumbá, sr. Leolino Teixeira Junior. Depois que procedeu ao sorteio dos 21 jurados, entretanto, ele pediu licença para tratamento de saúde. Foi convocado para substituí-lo o juiz Leão Neto do Carmo, recém-promovido, por mérito, para Campo Grande.

A propósito desse licenciamento, recorda-se em Corumbá outro pedido, feito pelo mesmo juiz, e que mereceu a seguinte crítica do desembargador Barros do Valle, ao apreciar de habeas corpus em favor de Carivaldo Salles, impetrado pelo advogado Carlos Giordano em 16 de dezembro de 1959: "Não entendo por que o processo desse crime tão monstruoso, que abalou profundamente a opinião pública corumbaense e a imprensa de todo o país, vem sendo tão tumultuado pela justiça de Corumbá. Primeiro um juiz se licenciou por seis meses, o juiz de paz se deu por impedido, o primeiro suplente deu-se por doente, o segundo suplente deu-se por impedido.Conseguimos, com dificuldade, designar o único juiz-substituto de que dispúnhamos o de Barra das Garças, e esse entrou com pedido de licença para tratamento de saúde. Diante de tanto tumulto, só me resta atribuí-lo à covardia, ou que, por interesses subalternos, a justiça de Corumbá esteja agindo desse modo (...)"

Na sentença em que o juiz pronunciou o acusado - há uma falha dificilmente explicável. A Promotoria denunciou Carivaldo por homicídio qualificado e lesões corporais de natureza grave. O magistrado, embora afirmando receber a denúncia, pronunciou-o apenas por crime de homicídio, sem nenhum esclarecimento, conforme a lei preceitua, de que aceitava a denúncia apenas em parte e porque motivos o fazia. Um lapso.

Ao patrono do réu, Alfredo Tranjan, pouco valeu seu grande tirocínio durante o julgamento, que terminou na madrugada de 25 de outubro. Esperava-se que o criminalista famoso, a 'velha raposa', fosse engolir o jovem Nelson Trad, recém-saído da faculdade. No entanto, o que o juri fez foi pronunciar-se contra toda lógica e decência. Tranjan quis lançar contra a defesa a suspeita de coação sobre os jurados, que estariam sendo pressionados pela família da vítima, especialmente o irmão do vereador Badeco Rocha. Pediu a Ênio Salles, irmão do réu, que lhe entregasse uma das cartas que comprovariam a asserção. Leu-a, antes para si. Em seguida em pleno Tribunal bradou: Caí numa cilada! É que a carta não fora dirigida a nenhum dos membros do juri e era datada de Porto Alegre, 5 de setembro, antes do sorteio dos 21 jurados.

O promotor José Mirrha e o advogado Nelson Trad dirigiram seus argumentos ao plenário e à população de Corumbá, que acompanhava o julgamento pela rádio local. Sabiam que a maioria dos jurados ou estava sob coação ou havia sido subornada. De nada valeu a leitura da carta aberta que no dia do crime Carivaldo Salles fez publicar na imprensa local, ameaçando Edu Rocha; tampouco o depoimento de Artigas Villalba, contra o réu, de quem aliás fora auxiliar de confiança. Paradoxalmente, aceitaram os jurados as declarações do homem que negou ter ido à casa de Carivaldo comunicar-lhe o crime, destruindo assim seu único álibi.

Ainda na madrugada do dia 25, o carcereiro da cadeia pública de Corumbá refugiou-se na Base Naval de Ladário. Estava sob ameaça de morte por haver confirmado, no julgamento, que alguns dos jurados recusados pela acusação realmente visitavam frequentemente Carivaldo Salles na cadeia. Enquanto isto, um genro do réu ia à casa do promotor 'instar' junto à sua esposa para que o mesmo desistisse da apelação. Lá esteve ainda uma segunda vez. A Ordem dos Advogados, cientificada do ocorrido, em reunião extraordinária, protestou contra a tentativa de cerceamento. À noite, a maioria de seus membros esteve na casa do promotor José Mirrha para prestar-lhe solidariedade.

Carivaldo Salles voltará a julgamento. E desta vez o povo de Corumbá espera justiça".


FONTE: José Belém, Justiça de braços curtos, O Cruzeiro (RJ), 14 de dezembro de 1963.


FOTO: Rubens Américo




24 de outubro

2004 - Morre Japira Alves do Vale, a primeira radialista de Campo Grande



Aos 86 anos, falece no Rio de Janeiro Japira Alves do Vale. Filha de João Alves Pereira e Senhorinha Alves do Vale. Professora formada pela Escola Normal Joaquim Murtinho em 1939, foi bibliotecária municipal,funcionária do cartório Santos Pereira, tendo se destacado como apresentadora de programas na primeira emissora de Campo Grande, a Rádio Difusora, PRI-7, no início da década de 50 do século passado.

"A presença de Japira Alves do Vale marcou um período de bons programas radiofônicos, escrevendo textos para veiculação de propaganda comercial e crônicas, que se tornaram célebres ao longo dos anos. Como locutora apresentava o programa 'Hora da amizade', em que os ouvintes solicitavam determinadas músicas para oferecerem a parentes e amigos. Essas músicas se faziam acompanhar pela voz de Japira em crônicas sentimentais, bem escritas e apresentadas".

"Descobrindo valores - atesta sua biógrafa -foi outro programa que a radialista Japira conduziu com muita eficiência. Consistia em atrair moças e rapazes para testes como músicos e cantores. Muitos valores por esse programa. Hora do Jantar, programa de grande aceitação, com música suave ou mesmo música clássica, era o momento esperado por todos".

FONTE: Maria Garcia, Jupira Alves do Vale, a primeira radialista de Campo Grande, in Campo Grande: Personalidades Históricas, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, página 299.  

23 de outubro

23 de outubro
 
1859 – Frei Mariano toma posse em Miranda


Frei Mariano de Bagnaia (à direita) em desenho de Taunay


Nomeado pelo bispo de Cuiabá, d. José Antonio dos Reis, vigário de Miranda e vigário forâneo do Baixo-Paraguai e pelo presidente da província diretor dos índios, assume a paróquia de Miranda, o frei Mariano de Bagnaia. “Miranda sempre foi um lugar de difícil permanência de sacerdotes. Mas frei Mariano de Bagnaia começa a desenvolver suas atividades seja no campo indígena seja como vigário da paróquia. Desde o começo ele planeja as suas atividades pois o seu campo agora tem caráter diferente”, observa o frei Alfredo Sganzerla:

O ambiente externo desta nucleação do Mato Grosso desde a sua fundação se constitui em área de difícil desenvolvimento. As distâncias e os problemas com as pessoas aqui destinadas, dificultam qualquer atividade em relação ao apostolado gratuito. Bem como é um dos povoados dos primeiros da região com destinos na faixa de segurança e na busca de novas terras para a criação de gado. Para tanto a navegabilidade do rio Miranda vai favorecer a todos os interesses.


Dando maior prioridade aos índios da região, frei Mariano “inicia entre os terenas uma capela dedicada a São Francisco de Assis, onde em pouco tempo realiza mais de 300 batizados. As diversas aldeias na periferia de Miranda eram constituídas por mais de 2500 índios".


Frei Mariano permanece à frente da paróquia de Miranda até 1865, quando é preso e deportado para o Paraguai. 


FONTE: Frei Alfredo Sganzerla, A História do Frei Mariano de Bagnaia, Edição FUCMT-MCC, Campo Grande, 1992, página 190

FOTO: extraída do livro A Retirada de Laguna, de Taunay.




22 de outubro

22 de outubro
 
1886 - De Miranda, Taunay mostra sinais de desânimo

Antes do ataque a Laguna, desalentado com a falta de iniciativa do comandante das tropas estacionadas em Miranda, Taunay escreve carta ao seu pai no Rio:

“Começo a me enfastiar desta intérmina expedição, não que me sinta desalentado, mas por causa de nossa sina de ter chefes que não se acham bem compenetrados da grande missão de terem em mãos o destino de considerável massa de subordinados.


Infelizmente Miranda Reis que poderia dar bem bons conselhos vê-se forçado à mais fria reserva quando se vê a cada passo o critério contrariado e o que é justo e razoável deixar campo aberto à fantasia e à extravagância.
Assim as nossas coisas não vão bem”.
  


FONTE: Taunay, Mensário do Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, 1943, PÁGINA 342


22 de outubro

1999 – Manoel de Barros assina o Estado do Pantanal



Cuiabano de nascimento e pantaneiro por opção, o poeta Manoel de Barros, assina manifesto da Liga pró-Estado do Pantanal:

Nome de Peso
O poeta Manoel de Barros anunciou ontem à tarde em solenidade concorrida, sua adesão à campanha em favor da mudança de nome de Mato Grosso do Sul para Estado do Pantanal. Um dos maiores poetas do Brasil, Manoel de Barros disse que a troca, defendida pelo governo, "é fundamental".


Outros nomes de respeitável representatividade também subscreveram o manifesto pantaneiro, entre eles, dom Vitório Pavanelo, arcebispo de Campo Grande, desembargador Rêmolo Leteriello, então presidente do Tribunal de Justiça, Humberto Espíndola e Almir Sater.


FONTE: Folha do Povo, 23/10/1999

FOTO: Orlando Brito




22 de outubro

1941 - Baianinhos atacam destacamento policial de Camapuã



No início de sua ação criminosa, ligada ao assalto a fazendas em toda a região, o bando dos irmãos Batista, gaúchos que se tornaram conhecidos como Baianinhos, atacam e destroçam o destacamento policial de Camapuã. Essa que seria uma das primeiras ações da gang, responsável pelo terror na zona rural, até 1944, ganha espaço na grande imprensa nacional:

Um grupo de facínoras alcunhados "Baianinhos", atacou na tarde de 22 do corrente o destacamento policial de Camapuã, morrendo, após renhido combate, em que se portaram com heroísmo, o sargento Elizário Ramos, os soldados Pedro Coelho e Mariano Inácio e o civil Andrade, sobrinho do sub-delegado de polícia.

Esta autoridade também tomou parte na luta, conseguindo, porém, salvar-se. Do lado dos famigerados bandoleiros morreram Victor (Baianinho), comandante do grupo e o paraguaio Gregório. Nas proximidades de Camapuã, no lugar denominado "Agua Santa", já se encontrava uma forte escolta de captura, mandada três dias antes do ataque, ao encalço dos celerados, pois esta delegacia tem tomado as mais severas providências para localizá-los e capturá-los. Logo que se soube do referido ataque foi enviada imediatamente uma grande escolta rumo de Camapuã.


FONTE: O Jornal (RJ) 4 de novembro de 1941.


21 de outubro

21 de outubro


1901 – Morre Jango Mascarenhas


Em combate contra as forças do governo, lideradas pelo coronel José AlvesRibeiro (Jejé) sob o comando de Bento Xavier e Felipe de Brum, morre na fezenda Esperança, às margens do rio Taquarussu, no município de Nioaque, Jango Mascarenhas, o maior líder político do sul de Mato Grosso no final do século XIX. Foi intendente geral de Nioaque, deputado estadual e vice-governador do Estado. É considerado por alguns autores como um dos pioneiros do movimento divisionista. Seu corpo está sepultado no cemitério de Aquidauana. Na lápide a seguinte inscrição:

Passant ne pleure ma mort
Car je suis vif meme quand je suis mort

Aqui descansa o bravo Coronel
João Ferreira Mascarenhas
Nascido a 26 de outubro de 1864
E morto heroicamente a 21 do mesmo mês de 1901

No combate de Esperança pugnando
Pela rendempção de sua terra natal
Que a sua imperecível memória
Inspire os seus conterrâneos o santo amor da liberdade
Para o engrandecimento da Pátria

Pas a sua alma.


FONTE: Miguel A. Palermo, Nioaque – Evolução Política e Revolução de Mato Grosso, Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, 1992, página 15.




21 de outubro

1917 – Nasce em Ponta Porã, Rachid Saldanha Derzi





Nasce em Ponta Porã, Rachid Saldanha Derzi. Médico, formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, Rachid Saldanha Derzi iniciou sua carreira política como prefeito de sua cidade natal, em 1942. De 1947 a 50 foi vereador e presidente da Câmara Municipal. Em 1950 volta à prefeitura de Ponta Porã para mais um mandato. Deputado federal por quatro legislaturas (de 1955 a 1971), elegeu-se senador para o primeiro mandato em 1970. Em 1978, reelege-se para o Senado por eleição indireta e em 1986 elege-se senador Constituinte, cargo onde viria a encerrar sua trajetória política em 1994. Recordista, exerceu mandatos ininterruptos por durante 52 anos. Faleceu a 10 de janeiro de 2.000, em Campo Grande.


 
FONTE: Enciclopédia Forças Vivas da Nação, página 33







20 de outubro

20 de outubro 

1839 - Fundado o Porto Alencastro





Joaquim Francisco Lopes, o Sertanejo, funda o Porto de Alencastro, no termo da estrada que abriu de Piracicada, então vila da Constituição, às margens do rio Paraná, a soldo do governo de São Paulo:

Ao alvorecer de 1838, recebeu, por ordem do presidente Gavião Peixoto, 100$000 de auxílio para as despesas da abertura e melhoramento da picada de Franca para estrada nova no interior paulista. Sob alvitre de terceiros, talvez do dr. Vergueiro, requereu à Assembleia provincial maior auxílio, que foi fixado em 250$000, pagos pela secretaria do governo.

Partiu de São Paulo para Campinas e daí para Piracicaba, então vila da Constituição. Com a colaboração de soldados e civis, encetou logo a abertura da picada em a nova estrada, de acordo com o traçado aprovado, e tal trabalho, até o trecho da via Araraquara-mirim, estava concluído em abril. O resto do ano empregou-o o Sertanejo não só na abertura da nova picada ao encontro da estrada recém-aberta até o rio Paraná, como também na retificação de voltas e curvas na estrada já concluída, para o que dispôs do auxílio de 350$000, conferido pelo presidente da província e da cooperação dominante do piloto oficial José de Campos Negreiro.

O ano de 1839 foi por ele empregado nas tarefas de melhorar as picadas para as estradas de Araraquara e do Paraná, a cuja ribeira, a 20 de outubro do mesmo ano, se fundava o porto de Alencastro, a 81 léguas da vila de Piracicaba.

O Porto de Alencastro que se conhece nos dias atuais localiza-se no rio Paranaíba, na divisa de Mato Grosso do Sul com Minas Gerais. De sua viagem de volta ao Rio, depois da célebre retirada da Laguna, Taunay refere-se ao local:

As margens do Paranayba são naturalmente barrancosas; as águas claras, têm velocidade considerável, que a constante inclinação e esforço dos sarandis, em alguns pontos mais próximos das ribanceiras, indicam, a largura é de 350 a 400 braças. Para atravessá-las existe uma barcaça composta de duas estragadas canoas de tamboril mantida pela barreira provincial de Mato Grosso, que daí tira algum rendimento. 

Ainda sobre essa estrada há notícia de que em 1842, Garcia Leal e José da Costa Lima, fundadores de Paranaíba, venceram concorrência para refazê-la.

Inaugurada no dia 11 de outubro de 2003, pelo governo federal no município de Paranaíba (MS) a ponte suspensa de Porto Alencastro, sobre o rio Paranaíba, ligando os Estados do Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. 


FONTE: Mário Monteiro de Almeida, Episódios Históricos da Formação Geográfica do Brasil, Alvorada, Campo Grande, 2010, página 57.Taunay, Viagens de Outrora, Editora Melhoramentos de São Paulo, 1921, pag.63.


20 de outubro
 
1911 – Porto Murtinho transformado em vila

Por decreto do governo do Estado a freguesia de Porto Murtinho é elevada à condição de vila. Implantada em terras da fazenda Três Barras, do major Boaventura da Mota, por iniciativa da Empresa Mate Larangeira, Porto Murtinho foi por muitos anos entreposto de embarque da erva-mate, colhida em território do sul-matogrossense para o exterior.

Houve ainda no município as indústrias de tanino: Florestal Brasileira e Quebracho do Brasil. 


Sua base econômica atual é a pecuária.


FONTE Virgílio Correa Filho,  Mato Grosso, Coeditora Brasílica, Rio de Janeiro, 1922; página175.





20 de outubro

1948 - Crime em família abala Corumbá






Crime ocorrido em Jacadigo, na fronteira com a Bolívia, abalou a população de Corumbá e teve repercussão nacional. Três irmãos solteiros, da família Velasquez, assassinaram Ramon Velasquez, o irmão casado, com 18 tiros, no sítio onde este morava, numa disputa por terras. A notícia, publicada nos jornais da cidade e do Estado, foi destaque no Diário da Noite¹, do Rio de Janeiro: 





Segundo Felipe Velasquez, neto da vítima, os irmãos homicidas foram inocentados, alegando legítima defesa, "apesar de ser pública e notória a prática do crime".²

FONTE: ¹Diário da Noite (RJ) 27 de outubro de 1948; ²Felipe Velasquez, entrevista ao blog em 20 de maio de 2017

FOTO: acervo de Felipe Velasquez (Album de Família)

19 de outubro

19 de outubro

1903 – Morre Barros Cassal



Aos 45 anos falece em Nioaque, de hepatite aguda, o advogado e revolucionário gaúcho, João de Barros Cassal. No sul de Mato Grosso, desde 1901, egresso da revolução federalista em seu Estado, dedicou-se à advocacia e é apontado por alguns autores, como teórico do movimento divisionista. Suas últimas palavras ao seu cunhado Carlos A. de Gusmão, que procurava aconchegar-lhe as cobertas foram: “Não me tolhas a liberdade! Tu sabes que eu bem pugnei por ela"!

Os seus restos mortais foram em começo de 1916 conduzidos ao Rio de Janeiro pelo coronel Gomes de Castro, de onde em março seguiram para Porto Alegre, sendo ali inumados a 20, no cemitério da Santa Casa. Uma das principais ruas de Porto Alegre tem o seu nome, dado também a um município do Rio Grande do Sul. 

FONTESLuiz Araújo Filho, O Município de Alegrete, 2a. edição, 1908


19 de outubro

1920 – Ponta Porã elevada à cidade

Decreto estadual transforma o município fronteiriço em cidade, abrangendo os distritos de Antônio João, Cabeceira do Apa, Lagunita e Patrimônio União. Com sede estabelecida na lombada do planalto de Maracaju, que lhe ameniza a temperatura, emparceirando-lhe as condições climatéricas com as do Paraná, data o seu início dos fins do século XIX, sendo de 10 de abril de 1900 a resolução que lhe reconheceu a existência, criando a paróquia respectiva.

Feito município a 18 de julho de 1912 e elevado à categoria de comarca por lei de 23 de setembro de 1915, teve por base econômica os ervais, a que deve seu povoamento e os vastos campos onde se desenvolveu a pecuária e, mais recentemente, a produção de grãos, principalmente a soja e o milho.


FONTEEstevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 219.


19 de outubro

1921 - STF reintegra juiz de direito em Corumbá

O Supremo Tribunal Federal resolveu reintegrar com salários retroativos, o bacharel Henrique Seido Barros Falcão no cargo de juiz de direito na comarca de Corumbá:

"O bacharel Henrique Seido Barros Falcão, há anos foi demitido do cargo de juiz de direito de Corumbá. Julgando o ato do governo ilegal, propôs ele uma ação no juízo seccional de Mato Grosso, que decidiu julgando legal a decisão.

O autor apelou então para o Supremo Tribunal, que na sessão decidiu ontem mandar reintegrá-lo e pagar-lhe todos os atrasados".

FONTE: O Paiz, (RJ), 20/10/1921.


19 de outubro

1997 - Morre o professor Luis Alexandre



Nascido em 14 de abril de 1903, morre em Campo Grande, o professor Luis Alexandre de Oliveira. Natural de Viçosa (MG), em 1913, em companhia da mãe, mudou-se para Aquidauana, fixando-se em Campo Grande, definitivamente, dez anos depois. Primeiro professor da Escola Visconde de Cairu, entidade mantida pela colonia japonesa, "fez grandes amizades, principalmente com os líderes Oshiro Takemori e José Shimabucuro, a ponto de ter interferido durante a segunda guerra mundial, no sentido de minimizar e até mesmo evitar perseguições a nipônicos aqui residentes".

Graduado em Ciências Jurídicas pela Faculdade Nacional de Direito, da Universidade do Brasil (RJ), chegou a ser auditor militar em Belém do Pará. Advogou por muitos anos e dedicou-se ao magistério, em Campo Grande, onde adquiriu e dirigiu por muitos anos, o Colégio Osvaldo Cruz. 

Político, foi deputado estadual constituinte, eleito em 1946 e vice-prefeito de Campo Grande, como parceiro de chapa do prefeito Wilson Barbosa Martins (1958-1962).

Intelectual, foi membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, como titular da cadeira 25, tendo como patrono o poeta Arnaldo Serra. Deixou um livro, O mundo que eu vivi, editado em 1986.

FONTE: José Couto Vieira Pontes, Correio do Estado (Campo Grande) 1° de dezembro de 2020.

FOTO: retrato de Furlan.



OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...