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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

10 de maio

10 de maio

1861 - Fundada a colônia de Dourados




É fundada no sul do Estado a colônia militar de Dourados. Segundo informação da época de sua implantação, a colônia "está localizada em um lugar aprazível e fértil, sobre uma chapada na margem direita do primeiro e maior dos três braços que formam o rio dos Dourados, entrecortada por capões e vertentes que vão encontrar no principal galho do rio. Fica abaixo do dorso da serra de Maracaju em uma distância de quatro a cinco léguas na zona compreendida entre este rio e o Ivinhema, Paraná e Iguatemi, e elevação da mesma serra para o lado do nascente, na distância de 12 léguas de Miranda, rumo geral 5.

Inaugurou-se esta colônia com 1 empregado militar, 29 praças e 10 colonos paisanos, depois de 5 anos de esforços".

O primeiro comandante da colônia foi o tenente Antonio João Ribeiro, herói da guerra do Paraguai.

FONTE: Relatório do Ministério da Guerra, Rio de Janeiro, 1866, página 14.



10 de maio   

1905 - Porto Murtinho debaixo d'água  








Notícia veiculada no jornal A Pátria, de Corumbá, dá pormenores da enchente que cobre a cidade de Porto Murtinho:

"O paquete Nioac, enviado pelo governo do Estado em socorro da infeliz Porto Murtinho, assoberbada pela extraordinária enchente atual do rio Paraguai, regressou ao nosso porto na noite de 7 do corrente. Vieram a seu bordo muitas famílias, negociantes, o destacamento de polícia e grande número de peões, ao todo 245 pessoas, das quais 7 ficaram em caminho.

Os recém-chegados, verdadeiros náufragos, confirmam em sua plenitude, contando suas próprias desventuras, o estado de horror e desolação, o pânico apavorante a que chegou ultimamente aquela até então florescente localidade.

Pormenorizemos os fatos, ainda que rapidamente. 

O rio, que crescia lentamente como aqui, em os últimos dias avolumou-se rápido, igualou com a barranca, venceu-a e a poderosa massa líquida cobriu célere toda a povoação, ficando as águas com uma altura média de 80 centímetros.

Os habitantes assustados fugiram, parte indo para a Villa Conceição e e Porto Rico, e parte refugiou-se, uns no Bocaiuval, meia légua distante, e outros na costa paraguaia do lado oposto do rio, onde ficaram acampados num pequeno capão ilhado.

A lancha S. Lourenço entrou pelas ruas da povoação, transformada em nova e triste Veneza, o foi até o Bocaiuval.

Entre os acidentes ocorridos, menciona-se o de uma inocente criança, que, dormindo numa cama, resvalou dela e foi cair n'água, morrendo afogada.

Nioac foi recebido com indiscritivel júbilo por aqueles pobres refugiados, que jaziam sem recursos de espécie alguma.

A provisão de mantimento que ia a bordo foi devidamente dividida, segundo as necessidades do momento, seguindo uma parte para a Foz do Apa e outra para o referido Bocaiuval.

O nosso amigo major José Mário Trouy, administrador da mesa de rendas, secundado pelos seus auxiliares e mais outras pessoas, tem sido incansável em atender de forma possível as circunstâncias críticas da ocasião". 

Vulnerável às cheias, Porto Murtinho viveria no correr de todo o século XX, várias enchentes. O problema somente viria a ser solucionado em 1985, com a construção de um dique, pelo governo federal.


FONTE: Jornal A Pátria (Corumbá), 10 de maio de 1905.







10 de maio   

1911 - Nasce em São Paulo, Antônio Barbosa, primeiro bispo de CG




Filho de Benedito Barbosa e Cecília Giorgi Barbosa, nasce em São Paulo, Antonio Barbosa. Fez seus primeiros estudos no Liceu Coração de Jesus, dos padres salesianos, em cuja congregação ingressou no seminário de Lavrinhas no ano de 1928. Após os estudos filosóficos, cursou teologia no Instituto Pio XI de São Paulo. Ordenou-se sacerdote em dezembro de 1936. Em 37 seguiu para Roma, onde se licenciou em Direito Canônico, na Universidade Gregoriana. Retido na Europa pela guerra, foi lente do Pontifício Ateneu Salesiano de Turim. Na volta ao Brasil assumiu a direção do Instituto Teológico Pio XI. Em 1952 foi nomeado provincial da Inspetoria Salesiana do Sul do Brasil, com sede em São Paulo. Exercia tal cargo, quando por bula pontifícia do papa Pio XII, de 23 de janeiro de 1958 foi feito bispo da recém criada diocese de Campo Grande. A ordenação episcopal lhe foi conferida a 1° de maio do mesmo ano, pelo núncio apostólico dom Armando Lombardi. Pelo mesmo prelado lhe foi dada a posse da Diocese, em memorável cerimônia no dia 24 de maio de 1958.

Em 1979, com a criação de Mato Grosso do Sul foi eleito arcebispo. Aposentou-se em 1986, sendo substituído por dom Vitório Pavanello. Faleceu em São Paulo a 3 de maio de 1993.



FONTE: Pe. Ubajara Paz de Figueiredo, Dom Antonio Barbosa - Mentor religioso e primeiro arcebispo metropolitano de Campo Grande, in Campo Grande:personalidades históricas, volume 1, Fundação de Cultura MS, Campo Grande, 2012, página 107.






10 de maio


1925 - Ponta Porã: Coluna Prestes cai na gandaia na fronteira





Nessa data os rebeldes tomam a cidade sem resistência, já que a guarnição local do exército debandou, com a notícia de sua aproximação. “Atraídos pelo choro sentido das violas e violões - descreve Domingos Meirelles - os rebeldes que ocupam Ponta Porã, em Mato Grosso, são rapidamente envolvidos pelas polcas paraguaias e arrastados para os cabarés de Pedro Juan Caballero, do outro lado da fronteira. A luz cúmplice dos lampiões a querosene assegura o anonimato dos casais que se refugiam pelos cantos dos jiroquis. As mesas estão repletas de paraguaios, com os olhos já pisados pela bebida, todos de mau humor, ao verem as moças dançarem de mão em mão, sem que lhes chegue a vez. (...)

É demais; os paraguaios não conseguem mais suportar toda essa humilhação. Ouve-se um disparo e o tiroteio se espraia por toda a zona boêmia. As patrulhas revolucionárias intervêm, desarmando os rebeldes dominados pela bebida. João Alberto passa o resto da madrugada tentando apaziguar os ânimos. O saldo do tiroteio é considerado suave, diante da violência que varreu os cabarés de Pedro Juan Caballero: três mortos, entre eles um paraguaio, e mais de uma dezena de feridos”.



FONTE: Domingos Meireles, A noite das grandes fogueiras, Editora Record, Rio, 1995, página 389.




10 de maio

2001 - Inaugurada ponte sobre o rio Paraguai





Com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi entregue ao tráfego pelo governador Zeca do PT, a ponte de concreto sobre o rio Paraguai, na BR-262. Iniciada em 1994, teve mais de 90% de sua execução viabilizada nos últimos dois anos com investimentos de R$ 22,981 milhões, dos quais R$ 18,2 milhões sob responsabilidade do Estado, através de recursos do Fonplata (Fundo de Desenvolvimento da Bacia do Prata). A outra parte foi contrapartida do governo federal.

Em seu discurso o presidente da República enfatizou que a obra “testemunha a grande parceria do governo do Estado com o governo federal (...) aliás, o governador Zeca do PT é mais que um parceiro nesta obra, que está sendo entregue graças à sábia aplicação dos recursos do Fonplata e à competente ação do seu governo”.


Para o presidente, o governador Zeca, ao levar para a solenidade toda a representação parlamentar, dá demonstração de que “acima dos interesses circunstanciais e divergências políticas e ideológicas, está o interesse da população”. 



FONTE - Jornal Primeira Hora, Campo Grande, 11/05/2001.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

30 de maio

30 de maio


1834A Rusga explode em violência


Movimento nativista, hostil aos portugueses, também chamados adotivos, surgido com a abdicação de D. Pedro I, atinge o seu ponto máximo de ebulição em Cuiabá e várias cidades do Estado:

Pelas ruas até então silenciosas de Cuiabá, propaga-se a anarquia desenfreada, em berreiro macabramente capadoçal, a que se misturavam o sinal de alarma, o estrondo de portas e janelas, que se arrombam a golpes de alavancas e coices de armas, o hino da desordem, os tiros e as deprecações das vítimas.
Rapidamente se espalhou a notícia dos primeiros assassínios e danos materiais causados aos inimigos.


A nevrose arruaceira cedo atingiu ao paroxismo, ganhando alento nas lojas entregues ao saque onde se embebedava a soldadesca viciada.
O atentado inicial contra os adotivos, degenerava em desordem mais grave, a cujos golpes não se forravam os maiores personagens de Cuiabá
¹.


Jornal do Rio de Janeiro da detalhes do episódio, no seguinte editorial:

Perseguir a tirania portuguesa é unânime opinião brasileira, e com tais fins se erigiu nesta cidade do Cuiabá uma Sociedade, cujo timbre, já malicioso é - Zelosa da Independência do Cuiabá! - A ela se uniram honrados e incautos cidadãos;porém dirigindo seus trabalhos sedentes monstros de figura humana em secretas sessões traçaram os negredados planos que postos em prática enlutaram esta infeliz cidade. No dia 30 de maio pp. reunidos no Campo do Ourique os chefes e satélites de tão infernal associação, a título de guardas nacionais, combinados com Sebastião Rodrigues da Costa então no quartel da cidade, retiveram neste até as 10 horas da noite a patrulha que de ordem do juiz de paz devia rondar a cidade; a essa hora vendo esses celerados que seus planos não podiam falhar, fazem tocar a rebate, a saque e a degola: aterrado o povo com tais toques, e com o horror da noite, buscava um centro para unir-se e não o achava, pois infelizmente o governo estava inteiramente coacto, e pérfidos conselhos chefes da anarquia, ladeavam o vice-presidente João Poupino Caldas, que cheio de amargura viu praticar essa horda de bárbaros as maiores atrocidades espezinhando a Constituição e os mais sagrados e invioláveis direitos que unem os brasileiros em associação civil. Soltam-se os facinorosos presos das cadeias e com eles as horrorosas vozes de morte aos adotivos, cujas casas são arrombadas e barbaramente assassinados quantos são encontrados, no seio de suas pacíficas famílias, e só se ouviam por todos os lados da cidade dispersos tiros e horrorosa carnificina. Debalde procurou o vice-presidente unido ao Ex. Bispo, acomodar os faciosos, porque estes longe de atenderem a estas respeitáveis autoridades, as insultaram e tudo se julgou então perdido. Foram assassinados nesta noite três adotivos e no seguinte dia um brasileiro nato, aos quais ainda vivos lhes foram cortadas as orelhas e partes genitais, atravessados os ouvidos com baionetas e lançado fogo sobre seus agonizantes cadáveres, que arrastaram à rua; tais martírios sofreu o capitão João Cardoso de Carvalho, que depois se confessou a pode ainda despedir-se de sua infeliz mulher e inocentes filhos, sendo a sua casa assim como de todos os adotivos sujeitas ao mais terrível saque e reduzidas suas tristes famílias à mais apurada indigência. Senhores das armas e do quartel esses tiranos faziam sair escoltas à custa dos dinheiros nacionais atrás do miseráveis que fugiam e dos que sendo lavradores moravam em suas fazendas, onde além de sacrificarem a seus brutais apetites as desgraçadas esposas e filhas à vista de seus maridos e pais, que assim desonrados receberam por fim crudelíssima morte e suas orelhas eram conduzidas ao quartel onde se recebiam em grande aplauso, chegando a tal excesso a ferocidade desses bárbaros que assavam e comiam essas orelhas, mofando assim dos homens e zombando da justiça divina. Ainda aqui não param as barbaridades, obrigam as viúvas desses mártires e enramarem a frente de suas saqueadas casas, e iluminarem suas portas de janelas, em sinal de aplauso de sua indigente viuvez e priva-se-lhe o luto, e para cúmulo de horror até lhes é vedado a dar sepultura aos tristes restos de seus inocentes e desditosos esposos; a pena recusa escrever tantos horrores e o coração se oprime de aflitiva dor; porém é necessário arrematar este fúnebre mas verdadeiro quadro. Ao tenente coronel José Antonio de Lima e Abreu que fugia e foi alcançado por uma das escoltas depois de sofrer afrontosa morte pois foi sangrado como um porco, abrem-lhe a barriga e tiram as banhas com que untou o famigerado Euzébio Luiz de Brito o lombo de seu cavalo para matar o piolho. Oh! monstro fúria do inferno; nada temem esses esfaimados tigres; porém aqui não para ainda a perversidade destas feras, que arrogando a si o poder de matar e perdoar dão perdões a infelizes septuagenários a peso de ouro. Chegou enfim o momento de tocar o maior dos crimes dos canibais; chegou enfim! o sangue se gela oh! perversidade! Oh! Crime dos crimes; foram todos estes horrendos atentados praticados em o Sagrado Nome da Exma. Regência que em nome do Nosso Amado e Inocente Imperador, feliz e sabiamente nos rege: foi assim que esses antropófagos profanaram os mais caros penhores da nação brasileira; sua punição pois deverá servir de exemplo ao mundo inteiro. Tocados ligeiramente os acontecimentos até a época em que o honrado vice-presidente coronel João Poupino Caldas se apoderou das armas e do quartel, só resta dizer que a não ser a resolução deste ilustre patriota, não tomaria posse o exmo. presidente e as cenas de horror e barbaridades continuariam até hoje, que graças a Divina Providência e as sábias e enérgicas medidas que se tem tomado, gozamos felizmente de alguma tranquilidade, e esta de todo se restabelecerá se a exma. regência lançar sobre esta infeliz província olhos de sublime piedade.²

Em 1867, Taunay conheceu em Miranda, Alexandre Manuel de Souza, o Patová, que dirigira “a 30 de maio de 1834, em Miranda, a célebre matança dos portugueses, pelo que fora constrangido a fugir para os lados de Camapuã e Corredor (no sertão entre aquele ponto e Santana do Paranaíba) e lá ficou 30 anos homiziado”.³

FONTE: ¹ Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, XXIV. Página 14; ²Jornal O defensor da legalidade (RJ) 23 de janeiro de 1835,  ³Taunay, Em Mato Grosso invadido, Edições Melhoramentos, SP, sd. Página 34.

FOTO: Poupino Caldas, no governo na noite da Rusga.






30 de maio


1851Nasce José Alves Ribeiro



Nasce em Miranda, José Alves Ribeiro. Passou a infância na fazenda Taboco. Iniciou seus estudos e Cuiabá, transferindo-se em seguida para o Rio de Janeiro. A guerra do Paraguai prende-lhe no litoral, de onde volta ao Taboco já no final do conflito, retomando suas atividades na velha fazenda. Tornou-se líder político, rivalizando com outros chefes regionais, entre eles Jango Mascarenhas e Bento Xavier.¹ Chegou a deputado estadual na legislatura de 1903 a 1905.²

O coronel Jejé, como ficou conhecido, era pai do coronel Joselito, outro importante chefe político da região Sudoeste do Estado. Morreu a 1º de setembro de 1927.



FONTES: ¹Renato Alves Ribeiro, Taboco, 150 anos, balaio de recordações, edição do autor, 1984. Página 63; ²Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembléia Legislativo, Cuiabá, 1967. Página 82.

FOTO: acervo de Paulo Coelho Machado.


30 de maio

1870 - Jornal defende mudança da capital de Mato Grosso para Corumbá

O Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, um dos mais influentes jornais do país, através de seu representante em Buenos Aires (Argentina), defende a mudança da capital da provincia de Mato Grosso para Cuiabá, sob a seguinte justificação:

"Em uma das anteriores já chamei a atenção do Império para este assunto, aconselhando até que se faça a mudança da capital de nossa província de Mato Grosso para Corumbá, que pode ser um empório para atrair o comércio da Bolívia para Santo Corazão. A ideia desse novo ferro-carril argentino, para o qual há muito boas razões, porque será muito menos dispendioso do que o que se empreende de Corbova a Tucuman em comunicação fácil com Buenos Aires, chamaria inevitavelmente para esta república o comércio da Bolívia.

Eu portanto insisto hoje na ideia que já anteriormente insisti, a respeito da mudança da capital de Mato Grosso para Corumbá, e da fundação de um arsenal de Marinha brasileira naquele ponto. Essa ideia tem grande alcance atualmente. Muitos de nossos depósitos em Assunção podem ser podem ser transportados para Corumbá com mais facilidade que para o Rio de Janeiro. Nossas forças seriam acompanhadas desse comércio ambulante que os habituou a acompanhar o exército do Brasil e a ganhar-lhe as libras. Fora uma colonização para Mato Grosso, sem despesa nenhuma e suavemente feita. Estabelecida depois nesse ponto a correnteza do comércio da Bolívia, que infelizmente não tem senão um péssimo porto no oceano Pacífico, e faz o transporte de seus produtos para a nossa cidade de Vila Maria, estabelecia, digo, essa correnteza comercial, melhoradas as estrada de Santo Corazão e assentados os meios de transporte, dificilmente procurariam depois os bolivianos outro caminho para venda de seus produtos e para compra das mercadorias estrangeiras. Então não os animaria a república Argentina a empreender, com a mira nesse comércio, nem a navegação do rio Bermejo, nem a tal estrada de ferro, cujo plano me foi revelado outro dia, como disse".

FONTE: Jornal do Comércio (RJ), 30 de maio de 1870.




30 de maio

1913 - Morre prefeito de Dourados

Faleceu em Ponta Porã, onde estava licenciado do cargo, por problemas de saúde, o primeiro prefeito eleito de Dourados, Álvaro Brandão. Nascido em 8 de julho de 1880, em Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul, era filho de Bernardo Barbosa Pinto Brandão e Andrelina Brandão. No Sul de Mato Grosso, trabalhou na Companhia Mat Larangeira. Residiu primeiro em Ponta Porã, onde exerceu várias atividades sociais e profissionais. Em 1920 exerceu as funções de delegado de polícia e coletor estadual.

Em Dourados, estabeleceu-se como comerciante, com uma loja na avenida Marcelino Pires, esquina com a avenida Presidente Vargas. Com o fional do mandato do primeiro prefeito nomeado do município, João Vicente Ferreira, entrou na política local e venceu o primeira eleição direta para prefeito do novo município, pelo Partido Evolucionista, cujo líder estadual era Vespasiano Barbosa Martins. Na prefeitura, foi substituído  por Frankiln Azambuja e Jaime Moreira e Souza.

FONTE: Rozemar Matos Souza, Dourados seus pioneiros, sua História, Centro Cívico, Histórico e Cultural 20 de Dezembro, Dourados, 2003, página 96.


30 de maio


1925Coluna Prestes no rio Pardo



Depois do célebre combate do Apa, no dia 14 de maio, os destacamentos de João Alberto e Siqueira Campos romperam o contato e “alcançaram Amambaí, infletindo então para Nordeste, em direção a Vacaria, onde deveriam reunir-se com o restante dos revolucionários. Fazendo a partir daí a vanguarda da Divisão, Siqueira Campos (foto) transpôs os rios Anhanduí, Anhanduizinho, Lontra e São Felix, alcançando ao anoitecer de 30 de maio de 1925, o ponto de Rio Pardo em que o mesmo é atravessado pela ferrovia Noroeste"¹.

No dia seguinte, 31 de maio, sob renhido combate com forças legalistas, Siqueira Campos toma e ocupa a estação ferroviária de Ribas do Rio Pardo.

Da passagem de Siqueira Campos pela fazenda São Pedro, na Vacaria, o ex-governador Wilson Barbosa Martins, então com oito anos, lembra o seguinte episódio:

Naquele final de tarde em que avistamos a tropa chegando à fazenda, conosco estava Godofredo Barbosa, o Tinô, primo mais velho que eu, curando-se de maleita. Em instantes, chegaram ao galpão os comandantes, outros oficiais e, a seguir, todo o regimento formado por centenas de cavalarianos. Informamos à chefia que o dono da fazenda, Henrique, se achava em viagem e que a sua senhora teria o prazer de recebê-los para café ou refresco.

Minha mãe os acolheu com serenidade e simpatia,dizendo-lhes que estava só com os filhos e pedia-lhes garantia. Ofereceu-lhes pequeno lanche e prontificou-se a preparar o jantar e a arrumar o quarto de hóspedes para que ali descansassem durante a noite.

Retornei ao contato da tropa e vi quando um dos soldados se apropriou do arreio de meu pai que se achava no galpão,levando-o para o lugar onde se alojara. Nada eu lhe disse, mas fui direto à procura de Siqueira Campos e narrei-lhe o fato. Siqueira me perguntou se eu sabia qual era o soldado e onde se encontrava, e eu lhe respondi que sim. Saímos os dois juntos e fomos ao local em que o mesmo se achava. Momentos passados, toda a tralha era devolvida a casa e, melhor ainda, guardas foram postos armados em cada canto do prédio, para vigiá-lo.

Com respeito ao comportamento dos rebeldes, Wilson depõe:

No que tocou a nós da fazenda São Pedro, a conduta dos comandantes revolucionários foi impecável. Foi com saudade de sua breve passagem que os vimos prosseguir na manhã seguinte para novos destinos.
"Sofremos apenas a perda de nossas vacas leiteiras, especialmente para nós meninos, a ausência da Laranjinha, mansa e boa de leite. O abate desses animais se destinou à alimentação dos homens que compunham o Regimento²

FONTE: ¹Glauco Carneiro, O revolucionário Siqueira Campos, Record Editora, Rio, 1966, página 374; ²Wilson Barbosa Martins, Memória Janela da História, Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2010, página 77.


30 de maio

1938 - Nasce Levy Dias,  último prefeito de Campo Grande antes da divisão




Filho de Filho de Virgílio Dias e Zila Cândido Dias, nasceu em Aquidauana, Levy Dias. Sargento do Exercito, em Campo Grande, concluiu o ensino médio. No período (1963-1966) foi presidente da UCE, União Campograndense de Estudantes, tendo construído a sede própria da entidade, na rua 25 de Dezembro. A obra que o levou à política, foi o estádio Pedro Pedrossian (o Morenão), a qual administrou. Advogado, ingressou na vida pública pelas mãos do governador Pedro Pedrossian. Em 1966 candidato a prefeito de Campo Grande por uma sub-legenda da Arena. Perdeu a eleição para o peemedebista Plínio Barbosa Martins. Em 1970 elege-se deputado estadual e, em 1972, chega à prefeitura de Campo Grande pela Arena, com decisivo apoio de Pedrossian.

Sua gestão deu prioridade à educação, com a construção de modernas unidades educacionais e a implantação do Projeto Salve, sigla de saúde, alimentação e vestimenta, que preocupou-se com a assistência sanitária, merenda escolar, uniforme e material escolar para o corpo discente das escolas públicas. Na infra-estrutura, construiu o mini-anel rodoviário e preparou a cidade para ser a capital do novo Estado.

Em 1978 elegeu-se deputado federal e em 1980, nomeado pelo governador Pedro Pedrossian, assume a prefeitura de Campo Grande pela segunda vez. Em 1982 reelege-se deputado federal, pelo PDS, com a maior votação do Estado. Em 1985 tenta voltar à prefeitura, mas perde para Juvêncio César da Fonseca, do PMDB. Em 1986, elege-se deputado federal constituinte. Em 1990 chega ao Senado, numa chapa com Pedrossian para governador.

Em 1994 tenta o governo do Estado e é derrotado por Wilson Barbosa Martins. Em 1996 volta a disputar a prefeitura de Campo Grande, mas não consegue chegar ao segundo turno.

FONTE: Câmara dos Deputados e Senado Federal.


quarta-feira, 23 de maio de 2018

23 de maio

23 de maio

1989 - Morre Zacarias Mourão



Nascido a 15 de março de 1928, em Coxim, é assassinado em Campo Grande, em 23 de maio de 1980, o compositor Zacarias Mourão. Filho de José dos Santos Mourão e Cantemira Terra Mourãoaos 11 anos de idade - relata João Ferreira Neto - "teve que trocar sua Coxim por um seminário em Petrópolis no Estado do Rio de Janeiro, fato que o marcou. Foi quanto teve a ideia de deixar  algo que o lembrasse. Assim surgiu no quintal da casa dos padres, onde Zacarias morava com o padre Chico, um 'pequeno arbusto' que cravou suas raízes no solo de Coxim, cresceu e tornou-se o nosso famoso - pé de cedro."

Em São Paulo, na década de 50, entrou para a polícia rodoviária estadual e formou-se em jornalismo pela Fundação Casper Líbero, vindo a consagrar-se em todo o Brasil como compositor de várias músicas sertanejas, sendo a mais conhecida delas o clássico Pé de Cedro, em parceria com Goiá, gravado originalmente por Tibagi e Miltinho. 


Sua morte não foi devidamente esclarecida.



FONTE: João Ferreira Neto, Raízes de Coxim, Editora UFMS, Campo Grande, 2004, página 247.

FOTO: Zacarias com o Duo Estrela Dalva

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

23 de setembro


23 de setembro
1996 - Morre Felix Zavattaro, pioneiro do ensino superior em Campo Grande

Padre Felix Zavataro
Nascido em 12 de maio de 1914 no burgo de San Marino, no Piemonte, falece em Savona, na Itália, o padre Felix Zavattaro. Filho de Giovanni e Felicitá Zavataro, aos 15 anos, a 26 de junho de 1929 deixou a terra natal com destino ao Brasil. Em janeiro de 1930 iniciou em Lavrinhas, São Paulo, o seu noviciado. Em Lavrinhas completou os estudos de Filosofia. Em 1932 iniciou a carreira de professor no Ginásio Anchieta, na cidade de Silvânia (Goiás). Em 1933 leciona no Colégio Salesiano de Santa Teresa, em Corumbá. Em 1936 regressou à Itália para cursar Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana. 

Retornou ao Brasil em 1947 e foi designado para trabalhar no Ateneu Dom Bosco, de Goiania. Em Campo Grande dirigiu o Colégio Dom Bosco até 1955. Em 1957 foi nomeado diretor do Colégio Salesiano de Lins, no interior de São Paulo. Em 1961 reassume a direção do Colégio Dom Bosco de Campo Grande, ano em que ele e o padre Ângelo Venturelli fundaram a Faculdade Dom Aquino de Filosofia, Ciências e Letras, que passaria a funcionar no ano seguinte com os cursos de Letras e Pedagogia,inserindo Mato Grosso no ensino superior.
Em 1964 assumiu a direção do Jornal do Comercio, pertencente à Missão Salesiana, fechado em 1971.

A professora Maria da Glória Sá Rosa,uma das primeiras professoras da FUCMAT, sentetiza-o:

Dotado de rara inteligência, procurava manter-se à margem quando era o centro do diálogo. Seu mundo eram os livros, os alunos, as obrigações para com  Deus e a Congregação Salesiana. Fez da entrega ao próximo um lema de vida. Era despojado de vaidades, totalmente desapegado de bens materiais. A única riqueza que lhe interessava era a interior, acumulada em anos de total desprendimento do mundo e de suas fantasias.


FONTE: Maria da Glória Sá Rosa, Félix Zavattaro, in Campo Grande: personalidades históricas, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2012, página 191

 

23 de setembro

2002 – Morre o construtor Alexandre Tognini


Aos 97 anos falece em Campo Grande o construtor Alexandre Tognini. Natural de Avaré, no Estado de São Paulo, chegou a Campo Grande em 1916, dedicando-se à construção civil, começando aos 12 anos como servente de pedreiro nas obras do atual Colégio Oswaldo Cruz. Na atividade, segundo seu biógrafo Ângelo Arruda, reformou o prédio da prefeitura e do fórum da cidade, na avenida Afonso Pena esquina com a Calógeras, construiu o Hospital Santa Maria para o médico Ari Coelho de Oliveira, na avenida Afonso Pena. Nos anos 40 construiu a sede do Rádio Clube, inclusive sua piscina, e nos anos 60, as sedes do Banco do Brasil em Aquidauana, Três Lagoas, Andradina-SP e Londrina-PR. 

Aposentou-se em 1974, sendo sua última obra a residência de César Macksoud.  


FONTE: Ângelo Arruda, Pioneiros da Arquitetura e da Construção em Campo Grande, Uniderp, Campo Grande, 2002, página 49.

FOTO: acervo Angelo Arruda.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

2 de maio






2 de maio

1825 - Langsdorff prepara-se para deixar Porto Feliz rumo a Camapuã



Saída de monção de Porto Feliz, quadro de José Ferraz de Almeida Júnior


O conde de Langsdorff, chefe da missão científica russa, que, procedente do Rio de Janeiro, chegara no dia anterior a Porto Feliz, sem perda de tempo, prepara-se para a grande aventura em territórios de Mato Grosso e Amazonas. A saída para Camapuã dar-se-ia a 23 de junho. A azáfama dos aprontos é acompanhada pelo conde em seu diário de viagem:
"Os preparativos para essa importante viagem científica se intensificaram agora. Os empregados contratados vieram receber, como é costume aqui, o pagamento antecipado de 3 ou 4 meses, em dinheiro e em mercadorias. A missão de comprar mantimentos necessários para 30 a 40 pessoas por 6 a 8 meses deixou oa Srs. Francisco Alves e Florence também muito ocupados, principalmente porque aqui é difícil encontrar provisões, além de serem caras.
Além disso, despachamos o material de História Natural coletado até agora para seu lugar de destino, que é São Petesburgo (via Rio de Janeiro). Certo de estar prestando um serviço à humanidade, mandei colher cainca, raiz medicinal muito eficaz contra hidropsia e que existe em grande quantidade nesta região.

Estamos hospedados em uma residência particular. Não obstante todos os gêneros alimentícios serem muito baratos, é muito difícil encontrá-los. Carne bovina, só uma vez por semana, aos sábados. Como chegamos num domingo, fomos obrigados a matar hoje um porco, para ter carne fresca. Para conservá-la é preciso mandar salgá-la logo. Nem por todo dinheiro do mundo se conseguiam comprar galinhas, verduras, ovos, leite,cebola ou outros mantimentos. Só aos domingos, quando o pessoal do campo tem que vir para a missa".

FONTE: Georg Heinrich Langsdorff, Os diários de Langsdorff (volume II), Associação Internacional de Estudos Langsdorff, Rio de Janeiro: Fiocruz, 1997, página 83.



2 de maio

1879 - Dom Luis D’Amour chega a Cuiabá


Procedente do Maranhão chegou à capital de Mato Grosso para assumir a vaga deixada por dom José Antônio dos Reis, falecido em 1876, o bispo dom Luis. Estevão de Mendonça registrou o evento:

“Às 10 horas da manhã uma salva de artilharia, dada no acampamento Couto Magalhães, anunciou a aproximação do paquete Coxipó, e poucos minutos depois se ouviam os repiques dos sinos de todas as igrejas da cidade.
Grande multidão, o presidente da província dr. João José Pedrosa, senhoras, colegiais, autoridades civis e militares seguiram para o porto de desembarque, onde já se encontrava a companhia de artífices do Arsenal de Guerra com a sua banda de música e um parque de artilharia. Em frente à igreja de São Gonçalo achava-se postado o 21o Batalhão de Infantaria.


(...) Cercado por imensa multidão, assim caminhou S.Exa. desde à margem do rio até a porta principal da igreja de São Gonçalo, onde recebeu da Força Militar ali postada, as continências devidas e ajoelhou-se em um coxim de damasco que estava sobre um tapete, descreveu A Província de Mato Grosso".

Dom Luis foi o primeiro bispo de Cuiabá a visitar o Sul do Estado, onde esteve em 1886 nos seguintes lugares: Corumbá, Miranda, Nioaque, Vacaria e Campo Grande. 



FONTE: Estevão de Mendonça, Datas matogrossenses, 2a. edição, Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973. Página 213.


2 de maio

1932 - Corumbaenses defendem volta à legalidade democrática

Líderes políticos e empresariais de Corumbá em telegrama ao governador gaúcho, Flores da Cunha, um dos líderes do movimento pró-constituinte, hipotecam solidariedade à campanha pelo restabelecimento da democracia, suspensa pelo governo provisório, instituído pela revolução de 30, liderada por Getúlio Vargas:

"Identificado na comissão central de Cuiabá, organizadora do partido político que inscreve como tese fundamental do seu programa o retorno do país à ordem legal, em nome dessa organização partidária neste município, apresentamos ao Rio Grande do Sul, na pessoa do seu ilustre filho e chefe de governo, a nossa solidariedade à patriótica cruzada pela volta do país ao regime constitucional. Respeitosas saudações. - (ass) Barros Maciel, Nicola Scaffa, Antonio Medeiros, Batista Mota, Fernando Barros, Apopio Andrade, João Leite Coutinho, Vandoni Barros, Jissuy Mangabeira Neto, Manoel Pereira da Silva, Theodomiro Serra. Manoel Gomes Silva, Gonçalo Barros, Indalécio Proença, Marçal Silva, Cid Figueiredo, Silvério Antunes de Souza, Fernando Wanderley, Estevão Gomes Filho, Agostinho Mônaco, Leopoldo Peres, Pedro Paulo de Barros e Agripino Bonilha".

Na Guerra Paulista, de 9 de julho, que tinha a constitucionalização como principal causa formal, Flores da Cunha preferiu aderir à reação getulista e as guarnições militares de Corumbá permaneceram fiéis ao governo.

FONTE: Diario da Noite (RJ), 02/07/1932.



2 de maio

1943 - Presidente do Paraguai em Campo Grande







De passagem para o Rio de Janeiro, onde foi recebido no dia 5 pelo presidente Getúlio Vargas, esteve em Campo Grande, o presidente da República do Paraguai, general Higino Morinigo. Seus passos, desde sua saída de Porto Esperança, no dia anterior até sua chegada à capital da República, são seguidos pelos enviados especiais e correspondentes da Agência Nacional, responsável pela divulgação de sua agenda no país. A estada do presidente paraguaio em Campo Grande teve o seguinte registro:

Em Campo Grande o trem especial


O trem presidencial deixou Porto Esperança, às 17 horas, chegando hoje às 8,40 a esta cidade. Em todo o trajeto - estações de Miranda, Taunay, Guia Lopes, Aquidauana, Camisão, Piraputanga, Laguna, Palmeiras, Cachoeirão, Murtinho, Pedro Celestino, Terenos, Jaraguá e Indubrasil - reconheceu-se o empenho das populações em distinguir e aplaudir o presidente Higino Morinigo.


Recebidos por altas autoridades


O presidente Higino Morinigo e sua comitiva foram recebidos na estação da Noroeste do Brasil, nesta cidade, pelo interventor Júlio Müller, o general Mário Xavier, comandante da 9a. Região Militar, o prefeito local Demóstenes Martins, o cônsul do Paraguai, o juiz de direito da comarca e outras autoridades civis e militares, além de incalculável massa de povo.


As homenagens prestadas ao general Morinigo


Depois das manifestações populares, que receberam na estação o presidente Higino Morinigo e sua comitiva, em automóveis, foram conduzidos pela principal artéria da cidade, passando o cortejo entre alas de povo que aclamava delirantemente os presidentes dos dois países amigos. Dirigindo-se ao palanque armado à praça da Liberdade, o presidente Higino Morinigo assistiu ao desfile militar em sua honra, passando depois revista às tropas em companhia do comandante da 9a. Região Militar, general Mário Xavier. Em seguida, S. Excia. foi ao Círculo Militar, onde o cônsul do Paraguai, nesta cidade, tenente-coronel Henrique Godoi Caceres, fez a apresentação dos representantes da colônia paraguaia de Campo Grande. Do Círculo Militar o presidente Higino Morinigo se dirigiu à sede do Rádio Clube.


O interventor Julio Müller saúda o presidente paraguaio


O interventor Júlio Müller ofereceu uma recepção ao general Morinigo e à sua comitiva na sede do Rádio Clube, presentes o comandante da 9a. Região Militar e o prefeito da cidade. Saudando o presidente da nação paraguaia o interventor matogrossense disse:


"Nesta hora trágica para a humanidade, como para o Brasil, as solenidades cívicas não são, nem poderiam ser, mero afloramento de alegria fugaz ou de entusiasmo sem raízes. São elas, ao contrário, como rajadas de estímulo, palpitações da alma brasileira fortificando o civismo e fixando propósitos firmes para realizações impreteríveis como o está a exigir a realidade presente. Assim pensando foi que vim a esta progressista Campo Grande para ter a honra insigne e a satisfação que ora sinto de apresentar a V. Excia. e a sua Excia a sra. Higino Morinigo e à ilustre comitiva de V, Excia. os votos de boas vindas de todos os matogrossenses, de todos os meus patrícios que aqui vivem e trabalham unidos e coesos sob a orientação segura e sábia do sr. presidente Getúlio Vargas. A V. Excia. e à Exma. sra. Higino Morinigo e a todos os membros da brilhente comitiva de V. Excia. os nossos votos de feliz permanência no Brasil".


O general Morinigo agradece


Agradecendo o discurso de saudação do interventor Julio Müller, o presidente Morinigo pronunciou na sede do Rádio Clube algumas palavras de agradecimento onde elogiou o progresso do Estado de Mato Grosso e a ação da tropa da 9a. Região Militar.


O presidente paraguaio deixou Campo Grande no dia seguinte.



FONTE: jornal A Noite (RJ) 3 de maio de 1943.



OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...