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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

4 de janeiro

4 de janeiro 


1821 - Junta governativa de Mato Grosso inicia atividade em Cuiabá




Iniciando o processo de mudança da capital de Mato Grosso, de Vila Bela da Santíssima Trindade para Cuiabá, já instalada oficialmente, reúne-se pela primeira vez em sua nova sede, a Junta Governativa da capitania, conforme os anais do Senado da câmara da cidade:

Por ordem Regia do anno de 1820, foi mandado transferir de Mato Grosso, para a Cuyabá, a Junta d’ Administração, e Arrecadação de Faz.a e a Casa da Fundição do ouro, e com efeito no dia 4 de Janeiro do corrente, teve lugar a primeira sessão da mesma sendo Pres.e o atual Gov.or e Cap.m Gen.al Francisco de Paula Magesse Tav.es de Carv.º, e Deputados, o D.or Ouv.or Geral, e Corregedor da Comm.a Antonio Jose de Carv.o Chaves, em qualidade de Juis dos Feitos da Coroa, o Cap.mor João Jose Guim.es e Silva em qualid.e de Escr.m e Deputados, o Sarg.mor André Gaudie Ley em qualid.e de Thesoureiro; e Cap.m Manoel Antonio Pires de Miranda em qualidade de Procur.º da Coroa, e comissão também a trabalhar a casa da Fundição do ouro.

Oficialmente, a mudança da capital para Cuiabá deu-se somente em 28 de agosto de 1835.


FONTE: Annaes do Senado da Câmara do Cuiabá (1719-1830).


4 de janeiro

1775 – Declarada a inutilidade do presídio de Iguatemi






O brigadeiro Sá e Faria, por determinação da corte portuguesa, faz visita de inspeção ao forte de Iguatemi, conhecido oficialmente  como colônia Nossa Senhora dos Prazeres,  e em relatório aos seus superiores, concluiu pela inutilidade e inconveniência da manutenção do estabelecimento “pois a região se apresentava inacessível e cercada de dificuldades insuperáveis, nada justificando tantas despesas e sacrifícios".

colônia foi abandonada pelos paulistas e incendiada pelos espanhóis em 27 de outubro de 1777.


FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Mato Grosso do Sul, Editora do Escritor, S.Paulo, 1985. 

FOTO: planta da praça de praça de Nossa Senhora dos Prazeres (forte Iguatemi), feita, em 1774, por José Custódio de Sá e Faria.


4 de janeiro


1904 - Nasce Joaquim Teodoro de Faria




Nasce na fazenda Forquilha, município de Nioaque, Joaquim Teodoro de Faria. Formado em engenharia civil pela Escola Politécnica de São Paulo, em 1927, exerceu a profissão em Campo Grande, onde deixou várias obras, entre elas os prédios do Colégio Auxiliadora, edifício Nakao, Cine Rialto e Hotel Gaspar. Foi prefeito nomeado de Campo Grande, no final da ditadura do Estado Novo (1945-1947). Faleceu em São Paulo, em 1984.


FONTE: Ângelo Arruda, Pioneiros da arquitetura e da construção em Campo Grande, Uniderp, Campo Grande, 2002, página 179.

FOTO: Reprodução do livro 100 anos do legislativo de Campo Grande, 2005.


4 de janeiro

1910 - O Commercio, novo jornal em Corumbá

Passa a circular em Corumbá mais um jornal. Sob a direção de Luis Knippel, o novo jornal recebe as boas vindas de seu concorrente:

"O novo órgão de publicidade será como seu título o indica, um defensor do comércio, indústria e agricultura do Estado, cujo progresso acompanhará e incentivará na medida de suas forças;

Servindo a uma causa tão merecedora de apoio e refletindo o ardor patriótico que anima o seu corpo de redação, a nova folha será sem dúvida um elemento eficaz de nosso progredimento local, merecendo por isso as simpatias populares".


FONTE: Correio do Estado (Corumbá) 1° de janeiro de 1910.




4 de janeiro
1932 – Dutra deixa o Sul de Mato Grosso


Dutra, natural de Cuiabá, aliado de Getúlio, chegou à Presidência da República

Removido para o Rio de Janeiro, despede-se do Sul de Mato Grosso, onde esteve desde dezembro de 1930, o tenente-coronel cuiabano Eurico Gaspar Dutra. Sua primeira cidade foi Ponta Porã, onde comandou o 11º. R.C.I. Em seguida esteve à frente da Circunscrição Militar em Campo Grande e, posteriormente, da chefia do Estado-Maior da mesma circunscrição, à época comandada pelo general Bertoldo Klinger. Mais tarde general e marechal, Dutra chegou à presidência da República em eleição direta (1945 a 1950).

Seu último trabalho no Estado foi a organização e comando de grandes manobras militares em Nioaque, cujo desempenho mereceu de seu superior a seguinte manifestação:

"O seu a seu dono. Ao Sr. Tenente-Coronel Eurico Gaspar Dutra, Chefe do Estado-Maior da direção das manobras em Nioaque, compete a indiminuivel glória de haverem sido as mesmas tão bem sucedidas, como o foram, mais até do que esperávamos, acrescentando ao nosso legítimo júbilo o de todos quantos nas mesmas tomaram parte. Este comando não abdica de responsabilidade nem méritos; sei que fiz o que me competia: como chefe - meditar, conceber e resolver. Mas, o meu pujante Estado-Maior, tendo como chefe esse extraordinário oficial, fez o que a ele competia - colaborador irrestrito do comando, preparou as suas resoluções: apreender, adotar e elaborar praticamente as suas diretivas e opiniões, supervigiar a execução.

Nada adito em palavras de louvor que não se acharia à altura do merecimento desse camarada. Com ele no Estado-Maior não há missão difícil para um Chefe. As suas altas qualidades assentam, ademais, como não pode deixar de ser para a competência funcional, não meramente livresca, no conhecimento prático das virtudes e franquezas,necessidades e gestos, corpo e alma da tropa.

Foi só esmorecer o crepitar das paixões para que a justiça lhe fosse novamente feita".

FONTE: Mauro Leite e Novelli Jr., Marechal Dutra, o dever da verdade, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1983, página 32.


4 de janeiro

1969 - Assassinado o jornalista Alves de Oliveira



Morto em Cuiabá, com um tiro no rosto, o jornalista e emoresário João Alves de Oliveira, proprietário e redator do "Diário de Cuiabá". Executado por motivo torpe, o jornalista foi atingido quando acompanhava a distribuição do jornal, numa kombi da empresa. O criminoso alegou que cometeu o homicídio porque o jornal havia publicado uma notícia sobre um acidente no trânsito, envolvendo uma irmã.

Ex-vereador Alves de Oliveira dedicou sua carreira como profissional de rádio, como dirigente e apresentador de programas jornalísticos na rádio "Voz d'Oeste", de Cuiabá.

Na Cidade Alta, em Cuiabá há uma rua com o nome dele, como reconhecimento à sua vida dedicada à defesa da cidade.

FONTE: Eduardo Gomes, Boa Mídia, (Cuiabá) 07-10-2008


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

17 de dezembro

17 de dezembro

1865 – Forças brasileiras acampam em Coxim



As tropas brasileiras que combaterão os paraguaios na fronteira, após vários meses no trajeto entre São Paulo e Mato Grosso, acampam “no lugar denominado Beliago, ou mais vulgarmente Coxim, incorporando-se a elas o contingente de tropas da província de Goiás, o qual aí se achava desde o dia 7 de setembro daquele ano e era composto de um esquadrão de cavalaria e de um batalhão de linha n. 20, completado com duas companhias de praças voluntárias.”

O tenente Taunay, da comissão de engenharia da força, descreve o novo acampamento da expedição brasileira:

“O local, indicado por vários entendidos como o mais próprio para cobrir a capital da província de Mato Grosso e ao mesmo tempo defender as estradas que dessem pronta comunicação com as outras províncias limítrofes, assenta, como dissemos, na confluência dos dois rios Taquari e Coxim, os quais unem as suas águas depois de curso bastante longo, vindo o primeiro da direção média E. e o outro de S.E., e formando no ponto de reunião uma corredeira importante, a última que encontravam os navegantes desses caudais, ao demandarem o rio Paraguai e a cidade de Cuiabá. Este local devia para o futuro tomar certo incremento e já se ia constituindo em núcleo de população, quando os paraguaios prolongaram até aí a sua devastadora incursão. Era ponto de muitos gêneros de Goiás, tendo sido, desde o século passado, necessidade de se formar aí um estabelecimento, quando em uso a navegação interna pelos rios Paraná e Pardo de um lado, e Camapuã e Coxim do outro, para lá do varadouro que levava do vale do Paraná ao do Paraguai. Até a barra dos dois rios, chegam canoas grandes com extrema facilidade, sendo possível a vinda de vapores a 2 ½ léguas abaixo dela, como já se deu.


Existia em 1862 o projeto de criação de uma colônia militar à margem direita do Taquari e o presidente de então, o sr. Herculano Ferreira Pena, tornou salientes em seu relatório à assembléia provincial as vantagens que para o profuso abastecimento dos pontos situados à margem do grande Paraguai, e mesmo para o da capital se originariam com a formação de um centro povoado que, atraindo a exportação ao Coxim, a estendesse com pouco custo até Corumbá, Dourados, etc. Tendo havido o projeto de se construir uma obra de fortificação passageira para a guarnição que aí ficou com quatro bocas de fogo, por ocasião da descida das forças para Miranda, não achou o engenheiro, 1º tenente Joaquim José Pinto Chichorro da Gama, em todos os terrenos próximos, um local conveniente para esse fim. A planta, porém, e o traçado foram entregues ao coronel comandante das forças.


Debaixo do ponto de vista militar, como já mostramos, não preenche a posição nenhuma das condições precisas. Considerado, porém, pelo lado pitoresco e comercial, o Coxim, cercado de outeiros baixos, banhado por um belo rio, navegável e de águas claras, rodeado de frondente vegetação, em situação favorável à saúde, como demonstrou exuberantemente a estatística do hospital ambulante da força é localidade aprazível e uma das mais apropriadas para um centro de população.


O Taquari, depois de receber o contingente do Coxim rola uma massa considerável de água, apresentando, entre margens altas e abruptas, a largura média de 176 metros. Pelo lado esquerdo segue-o uma fita larga de bonita mataria e, dali a 40 léguas, sempre com um curso regular e livre de obstáculos, vai atirar-se no rio Paraguai, abaixo de Corumbá, que fica à margem direita daquele caudal.


Os recursos de que dispunha o lugar eram diminutíssimos: apenas duas fazendas se achavam numa periferia de 12 léguas, ambas de minguados produtos; tendo sindo, além disso, uma delas, a de Luiz Teodoro, devastada pelos inimigos, os quais, na invasão de abril daquele ano, além de queimarem os mantimentos que não podiam levar, estragaram também todas as plantações            ainda novas. Pouco ou nenhum gado existia em seus arredores e as más pastarias favorecem o desenvolvimento da peste de cadeiras, tão fatal aos animais muares e cavalares em todo o sul de Mato Grosso. 


Uma alteração profunda no sistema atual de viver não há contudo sofrer demora: a passagem para a vida agrícola. A moléstia que grassa entre os cavalos produzirá esta modificação. Não há cavalo que resista àquela peste, depois de poucos anos de trabalho, de modo que, em certas épocas, qualquer animal atinge preços despropositados. Em alguns anos a dificuldade em obter cavalhada tem impossibilitado o costêo, sem o qual o gado se torna arisco e bravio, como o que avistamos na base da serra de Maracaju. (...)


Nessas condições e já começando a sentir a penúria da falta de víveres, como acima deixamos expendido, acampou a força esperando ordem para posteriores marchas. O tempo das águas começando em setembro, devia prolongar-se até maio, impedindo a passagem pelos terrenos inundados que separam o Coxim do rio Aquidauana, onde, de novo, aparecem as terras altas, e onde se acham os primeiros postos paraguaios.”
 


FONTE: Taunay, Em Mato Grosso Invadido, Companhia Melhoramentos de S. Paulo, sd, página 58

IMAGEM: barracão da comissão de engenheiros no acampamento de Coxim. Desenho de Taunay.



17 de dezembro


1880 - Corumbá anuncia arrocho fiscal 

Em edital a Câmara Municipal de Corumbá comunica aos contribuintes de Corumbá e Ladário as normas fiscais que vão vigorar a partir de 1881. O aviso foi publicado no semanário O Iniciador de 23 de dezembro:






17 de dezembro

1913 – Expedição Roosevelt no rio Taquari

Paraguai rio acima com destino a Cuiabá, a comissão do ex-presidente americano, que tem como guia o sertanista Cândido Rondon, alcança a foz do Taquari:


“A 17 de dezembro o cel. Rondon e vários membros da comitiva saíram em uma pequena embarcação para a fazenda de um tal senhor Barros – Las Palmeiras – no rio Taquari. Nós continuamos a descer o Paraguai mais algumas milhas e em seguida subimos o Taquari. Foi uma bela viagem. O rio, que é raso (fomos obrigados a parar várias vezes), corre por uma vasta planície pantanosa, com raras elevações cobertas de árvores. Havia muitas aves aquáticas. Pululavam as anhingas. Mas a mais interessante e atraente de todas as aves era o imponente jaburu. Bandos e bandos dessa espécie de cegonha branqueavam os pântanos ou se enfileiravam nas margens do rio.

Não são aves espantadiças, apesar do grande porte; antes do vôo dão uma carreira de alguns metros e depois lançam-se no ar. Certa vez, à tarde, um casal de jaburus se pôs a voar em curvas, muito alto sobre nossas cabeças, subindo cada vez mais, até quase desaparecer nas alturas. Outra ocasião, já dia avançado, passou um bando pela embarcação, rebrilhando, à luz da tarde, o corpo branco com pontos pretos; junto com eles os colheireiros também voavam, como manchas rosadas entre os seus companheiros de neve. 


Enxames de jacarés apareciam a toda hora, e nós matamos inúmeros desses nocivos anfíbios. E eles – coisa singular – ficavam impassíveis à nossa aproximação e ao estampido dos tiros. Às vezes se punham eretos sobre as pernas como se fossem miniaturas de monstros pré-históricos. Um deles mostrou, pelo seu modo de agir, a insignificância das dores causadas pelo tiro sobre esses animais de nervos insensíveis e sangue frio. Estava estirado na praia quando foi atingido por uma bala calibre 22. Deslizou para a água, mas caiu justamente no meio de um cardume de piabas. Num momento pareceu haver esquecido tudo com exceção do seu voraz apetite, e começou a deglutir os peixes. Abocanhou peixe por peixe, levantando a cabeça acima da água cada vez que agarrava um; mas uma segunda bala pôs fim à cena. Alguns deles, quando são visados pela arma, mostram o mais extraordinário indiferentismo.”
 



FONTE:  Marco Rossi, Viajantes do Pantanal - séculos XVI a XX, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2002, página 82


17 de dezembro

2013 - Privatizada a BR-163 em Mato Grosso do Sul

Leilão da BR-163 em Mato Grosso do Sul (Foto: Editoria de Arte/G1)

 
A Companhia de Participações em Concessões (CPC, parte do Grupo CCR) arrematou nesta terça-feira (17) a concessão do trecho da BR-163 que corta  Mato Grosso do Sul, por um preço de pedágio 52,74% menor que o máximo fixado pelo governo.


A empresa ofereceu uma proposta de tarifa de R$ 0,04381 por quilômetro (ou R$ 4,381 para cada 100 quilômetros rodados). O valor representa um deságio (desconto) de 52,74% em relação ao teto de R$ 0,0927 fixado pelo edital – o maior teto entre os quatro leilões de rodovia federal já realizados este ano.
Seis grupos participaram da disputa, que é o penúltimo leilão de trecho rodoviário feito pelo governo em 2013.


O trecho da BR-163 que será transferido para a iniciativa privada tem 847,2 quilômetros. O segmento vai da divisa entre MT e MS, ao norte, até a divisa de MS e PR, ao sul. Ele passa por 20 municípios de Mato Grosso do Sul e, ao longo dele, serão instaladas nove praças de cobrança de pedágio.


A concessão será mantida por um prazo de 30 anos. Nesse período, o governo estima que a concessionária deverá arrecadar cerca de R$ 18,8 bilhões.
A BR-163 é uma das principais vias de escoamento da produção de grãos das regiões Centro-Oeste e Norte. O trecho da rodovia em Mato Grosso já havia sido leiloado e arrematado pelo grupo Odebrecht. A aposta é que a duplicação da estrada em toda a sua extensão aliviará o atual movimento de cargas que percorrem a rodovia e seguem em direção aos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

Quarto leilão de rodovia do ano
O leilão da BR-163 faz parte do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado pelo governo em agosto do ano passado para concessão de nove lotes, em um total de 7,5 mil quilômetros de rodovias federais.

Investimentos
A previsão do governo é que sejam investidos cerca de R$ 5,69 bilhões no trecho da BR-163/MS ao longo do período de concessão.
A concessionária terá que duplicar praticamente todo o trecho concedido. Dos 847,2 quilômetros que serão administrados pela iniciativa privada, 806,3 quilômetros são de pistas simples, que deverão ser duplicadas em um prazo máximo de cinco anos.
Pela regra do leilão, a cobrança de pedágio em toda a extensão da rodovia só pode começar depois de concluídos 10% das obras de duplicação (80,6 quilômetros).
Além disso, a concessionária também será obrigada a fazer uma série de obras de melhorias no trecho, o que inclui a construção de 35,3 quilômetros de vias marginais, três acessos e pelo 16 passarelas. A empresa vencedora terá, ainda, que investir na implantação de um sistema de controle de tráfego (com monitoramento da pista, painéis de mensagens, câmeras de vigilância e controle de velocidade, entre outros), e um sistema de atendimento aos motoristas, com atendimento médico, socorro mecânico e instalação de pontos de apoio e parada.


A vencedora
A Companhia de Participações em Concessões (CPC) é controlada pelo Grupo CCR, uma empresa de concessão de infraestrutura que atua nos segmentos de concessão de rodovias, mobilidade urbana e serviços, e afirma ter valor de mercado de R$ 32,2 bilhões.


O grupo tem a concessão de 2.437 quilômetros de rodovias em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná. Também detém participação na operadora dos meios eletrônicos de pagamento Sem Parar e Via Fácil.


O CCR já participou de outras disputas por diferentes tipos de concessões. Tem participação na ViaQuatro, que opera a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, e na Controlar, que faz a inspeção veicular na capital paulista.


Em outubro, o grupo venceu uma licitação do governo da Bahia para construção e exploração comercial do Metrô de Salvador. O contrato assinado entre o governo e a companhia tem duração de 30 anos.

Propostas apresentadas no leilão
O número de concorrentes no leilão da BR-163/MS, realizado nesta terça-feira, na BM&FBovespa, em São Paulo, foi maior que o do último leilão – de trechos das BRs-060/153/262 –, quando cinco grupos e empresas participaram com propostas. Nos dois primeiros leilões, entregaram ofertas oito e sete grupos, respectivamente.


Confira os seis grupos que entregaram propostas para a BR-163/MS:
– Companhia de Participações em Concessões (CPC/CCR) – proposta de R$ 0,04381 por km (52,74% de deságio)


– Consórcio Queiroz Galvão Infraestrutura – proposta de R$ 0,05459 por km (41,11% de deságio)


– Consórcio Rota do Futuro (formado por Ecorodovias Infraestrutura e Logística S/A; Coimex Empreendimentos e Participações Ltda; Rio Novo Locações Ltda; Tervap Pitanga Mineração e Pavimentação; Contek Engenharia S/A; A. Madeira Indústria e Comércio Ltda; Urbesa Administração e Participações Ltda.) – proposta de R$ 0,05175 por km (44,17% de deságio)


– Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A. (Invepar) – proposta de R$ 0,06396 por km (31% de deságio)


– Odebrecht Transport S.A. – proposta de R$ 0,08482 por km (8,5% de deságio)


– Triunfo Participações e Investimentos S.A. – proposta de R$ 0,08992 por km (2,99% de deságio)



FONTE
: G1, 17 de dezembro de 2013

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

15 de novembro

15 de novembro

1866 – Taunay volta a dar notícias de Miranda

Em sua série de correspondências à família no Rio, o tenente Taunay escreve à sua irmã, lamentando a permanência em Miranda:

O estado sanitário da força continua mau, a moléstia reinante ainda tem feito algumas vítimas entre as quais deploramos todos o infeliz e virtuosissimo Padre Tomaz Molina, tão estimado por todos e tão procurado, tão amigo de todos. Não pude esquivar-me ao desejo de pronunciar algumas palavras sobre o seu corpo, o que foi muito aplaudido.


Tinha excelente aplicação: descia à terra um dos humildes e falava-se diante de um dos mais orgulhosos, fôfos, despóticos, toleirões.


Fala-se muito numa ida nossa à Cuiabá , não sei com que fundamento, porém, o desânimo chega até o comandantes das forças. Provou-se desastrosamente a inconveniência de não ter ido diretamente para Nioaque, clima excelente, boa água, ponto estratégico e ter vindo internar as forças neste ponto infernal. Seja tudo pelo amor de Deus.(...)


Aqui reduzidos à inação , só em lutas com enfermidades e sofrimentos mesquinhos embora dolorosos, contemplamos as vitórias do Sul com inveja, porém com a certeza de que já que todos os brasileiros sabem bater-se, nós, em iguais circunstâncias, havíamos de cumprir com o nosso dever e saber imitar aos nossos companheiros do Sul.
 



FONTETaunay, Mensário do Jornal do ComércioRio de Janeiro, 1943, página 343



15 de novembro

1866 - Governo paraguaio "recruta" brasileiros para seu exército

Carta, datada de Cuiabá, dá conta de que "os paraguaios fizeram embarcar para Assunção, com o fim de engrossarem as fileiras do seu exército, todos os homens que havia em Corumbá, inclusive estrangeiros e indígenas, alguns do quais escapando-se na ocasião do embarque, refugiaram-se no mato. Nem a população feminina tem escapado ao furor dos bárbaros, que as conservam prisioneira, sofrendo sabe Deus, quantos maus tratos e privações".

FONTE: Correio Paulistano (SP), 18 de janeiro de 1867.



1889 – Rondon na proclamação da República


Positivista convicto e ativista do movimento contra a Monarquia, o alferes matogrossense Cândido Mariano da Silva Rondon, participa no Rio da proclamação da República, cuja participação ele relata em seu diário:

Estava cheio o quartel. Chegamos na ocasião em que era arrombada a Arrecadação. Pedi logo um dos revólveres nagan que estavam sendo distribuídos – arma que conservo, com a que me ofereceu Roosevelt, verdadeiras peças de museu.


Benjamim Constant chegou às 2 da madrugada. Conferenciavam os oficiais, entre os quais o Cel. Sólon. Ficou resolvido que se indagasse se a Marinha permitiria a saída da ‘Brigada Estratégica’ e foi, nesse sentido, redigido um ofício ao Alte. Wandenkolk.


Escolheu Benjamin Constant para portadores de tão importante mensagem os dois discípulos em quem mais confiava – os discípulos amados – Fragoso e eu. Seríamos a ligação entre a ‘Brigada Estratégica’ rebelada e os oficiais revoltados da Armada.


As 4 horas partimos em cavalos escolhidos para uma galopada de São Cristóvão ao Clube, no largo do Rossio.


O tropel dos cavalos cortava o silêncio da madrugada, mas prosseguíamos sem obstáculos. Cauteloso, propus, aos sairmos da rua Gen. Pedra para defrontar o Quartel General, que nos mantivéssemos cosidos com a grade do jardim, para não sermos percebidos.


Estava o Quartel General todo iluminado, como que para advertir que o governo vigiava.


Continuamos a cautelosa marcha, quase que sopitando o pisar dos cavalos, para que não ressoasse na calçada, até desembocar na Câmara Municipal.
Ao fazer a curva para ganhar a rua da Constituição o meu cavalo prancheou – mas o vaqueiro mimoseano galopava firme na rédea e o animal que rodara, conseguiu firmar-se.


Seguíamos insensíveis a tudo o que não fosse o pensamento de chegar o mais depressa possível ao largo do Rossio, ao Clube Naval e, quando apeamos estavam nossos cavalos brancos de espuma.


Levávamos a senha. Batemos, uma portinha que nos fora indicada, três pancadas espaçadas. Depois de alguns minutos percebemos que alguém descia. Ouvimos, de dentro, as palavras da senha a que respondemos, repetindo por três vezes a contra-senha, segundo as instruções recebidas. Abriu-se então uma fenda na portinha, por onde introduzimos o ofício. Daí a pouco voltou quem recebera de nós o documento e, repetidas as mesmas formalidades, foi-nos entregue pela fenda o ofício resposta.

O tempo de montar de novo e lá partimos para o convento de Sto. Antonio, onde estava aquartelado o 7º Batalhão de Infantaria, a fim de informar a situação o cap. Ferraz. Já encontramos todos a postos. Depois de lhe falar e de lhe transmitir a mensagem de que éramos portadores, tocamos para São Cristóvão a galope, sem acidente.

O dia despertava. Súbito, tingiu-se o oriente sob uma chuva de ouro, pálida a princípio e depois cada vez mais rubra... e sobre essa cortina surgiria em breve o sol a iluminar um novo dia, a iluminar pela primeira vez a República brasileira.


FONTEEsther de Viveiros, Rondon conta sua vidaCooperativa Cultural dos Esperantistas, Rio, 1969, página 53.


15 de novembro

1905 – Iniciada em Bauru a estrada de ferro Noroeste           

     



Projetada a princípio para ligar Bauru a Cuiabá, mudando em seguida para o atual trajeto, era iniciada em Bauru, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, com o assentamento dos trilhos em território paulista. Em setembro do ano seguinte eram abertos ao tráfego “os primeiros 92 quilômetros, com a presença de altas autoridades, recebendo a última estação do percurso, o nome de Lauro Müller, ministro da Viação, que presidira a solenidade. A 13 de maio de 1910 todo o trecho até Itapura , na margem esquerda do Tietê, próximo à desembocadura do Paraná, estava concluído".

Em 1908 foi iniciado o trecho no Sul de Mato Grosso, com duas frentes de trabalho: uma começando em Itapura e outra em Porto Esperança. Em 1914 a obra foi entregue ao tráfego, com o encontro das duas frentes em Campo Grande no dia 31 de agosto.

FONTE: Lécio G. de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd., página 104 

FOTO: Primeira estação da ferrovia em Baurú, acervo do jornal Noroeste, ferrovia da integração, de Bauru.


15 de novembro

1946 - Exonerado o primeiro governador do Território de Ponta Porã

Ato do presidente Eurico Gaspar Dutra, exonerou o coronel Ramiro Noronha, do cargo de governador do território federal de Ponta Porã, nomeando, para substituí-lo o major José Guiomard dos Santos.¹ 

No governo desde 31 de janeiro de 1944, nomeado pelo presidente Getúlio Vargas, o coronel Ramiro Noronha estabeleceu as bases da nova unidade federativa, mandando construir pontes, criando colônias agrícolas em Dourados, Carapã e Itaporã. Criou uma escola normal e uma biblioteca pública em Ponta Porã, além de vário cursos noturnos em diferentes pontos do Território.

Noronha concedeu também, os primeiros títulos de terras aos lavradores, na área devoluta ocupada pela companhia Mate Larangeira, em vista do despacho do presidente da República, de 1° de fevereiro de 1944, que indeferiu a renovação do contrato de arrendamento dos ervais à Mate Larangeira.²

FONTE: ¹Jornal do Brasil (RJ), 16 de novembro de 194, ²Pedro Ângelo da Rosa, Resenha Histórica de Mato Grosso (Fronteira com o Paraguai), Livraria Ruy Barbosa, Campo Grande, 1962, página 85.



06 de novembro

06 de novembro 

1872 – Coxim é elevada à freguesia

Com a denominação de São José de Herculânea e subordinada ao município de Corumbá, a povoação de Coxim, às margens do rio Taquari, é alçada à condição de freguesia:

“Sustentando o seu crescimento, apoiado no comércio pujante, o povoado adquiriu importância, acabando por conquistar um avanço, com a sua elevação à categoria de freguesia, proporcionando a sua primeira organização jurídica, com a implantação do Juizado de Paz e a criação de seu primeiro Cartório de Notas, em 1893.” 

FONTE:  Ronan Garcia da Silveira, História de Coxim, Prefeitura de Coxim, 1995, página 31




06 de novembro

1909 - Fazendeiro demarca área para a cidade de Porto Esperança

Porto Esperança em 1947, durante cheia do rio Paraguai


Entusiasmado com a expectativa da transformação de Porto Esperança, em grande metrópole, o fazendeiro Deoclécio Leite Moreira, comunica ao governador do Estado em Cuiabá a decisão de incumbir-se do traçado da nova cidade e a disponibilidade de lotes aos interessados em se estabelecer no lugar, que, até 1953, foi o terminal da ferrovia Noroeste do Brasil:

Tenho a subida honra de comunicar à v. exc. que, por minha incumbência foram iniciados pelo engenheiro Brandão Júnior os trabalhos de organização do projeto da futura povoação de Porto Esperança, junto ao ponto terminal da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Tomando a iniciativa de franquear ao público fácil aquisição de lotes de terrenos na mencionada localidade e futura grande cidade do nosso amado torrão, não tive em vista senão concorrer na medida de minhas forças para o progresso do Estado, a que tanto me ufano de pertencer.

Julgo assim contribuir de alguma forma com o meu pequeno contingente para a prosperidade de Mato Grosso, na vigência da brilhante administração de v. exc. Saudações

Deoclécio é reconhecido como fundador de Porto Esperança. Seu sonho de construir uma grande cidade à margem esquerda do rio Paraguai, entretanto, naufragou na voracidade das frequentes e incontroláveis cheias do rio.


FONTE: Correio do Estado (Corumbá), 6 de novembro de 1909.


FOTO: O Estado de S. Paulo, 8 de outubro de 1947.



06 de novembro

1916 - Caetanada: presidente do Estado é acusado pela Assembleia


É lida na Assembleia Legislativa, excepcionalmente reunida na cidade de Corumbá, a acusação ao presidente Caetano de Albuquerque, aprovada por unanimidade na sessão do dia 4 de novembro.

São estes os termos:

"A Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso decreta a acusação do presidente do Estado, general Caetano Manoel de Faria e Albuquerque, pelos crimes de prática de atos contra o livre exercício dos poderes políticos, opondo-se diretamente e por fatos, a execução de uma lei da Assembléia Legislativa, obrigando à mesma Assembleia a deixar de propor uma resolução e obstando a sua reunião constitucional, e de prática de atos contra a guarda de aplicação legal dos dinheiros públicos, criando comissões remuneradas, sem autorização legal, abrindo créditos sem as formalidades e fora dos casos estabelecidos em lei, e o pronuncia incurso alínea e 36 in fine da lei no. 23 de 16 de novembro de 1892, deixando de o pronunciar na pena de incapacidade por oito anos para exercício de emprego do Estado por ela ser inconstitucional. Paço da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso em Corumbá, 6 de novembro de 1916. Francisco Pinto de Oliveira, presidente; Otávio Pitaluga, 1º secretário; Pilade Rebuá, 2º secretário”.
  


FONTERubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 108.


6 de novembro

1921 - Lançado o "Diário de Corumbá"

Tendo como principal objetivo defender a candidatura do Artur Bernardes para presidente da República, passa a circular o "Diário de Corumbá", bem recebido por seu congênere carioca:

"Surgiu a 6 do corrente o Diário de Corumbá que, sob a direção do conhecido jornalista Carlos de Mello e com brilhantes editoriais, está defendendo as candidaturas nacionais dos Drs. Arthur Bernardes e Urbano Santos, à presidência e vice-presidência da República.

Esses editoriais demonstram que as candidaturas, por consultarem de perto as aspirações do povo brasileiro, vão sendo unanimimente aceitos em todo o Estado de Mato Grosso".

Em uma de suas edições, "transcreve o artigo do Rio-Jornal, relativo ao assassinato do saudoso general Pinheiro Machado. Esse artigo, denunciando a coparticipação do Dr. Nilo Peçanha, no assassinato do eminente estadista brasileiro, causou a mais profunda impressão nesta capital".

FONTE: O Paiz (RJ), 11/11/1921.


6 de novembro

1952 - Morre o deputado Aral Moreira, de Ponta Porã





Morre no Rio de Janeiro, vítima de fulminante ataque cardíaco, o deputado Aral Moreira (UDN), representante da bancada de Mato Grosso na Câmara dos Deputados. Político de Ponta Porã, Aral Moreira relevou-se como defensor dos produtores de erva mate na região fronteiriça. 

Em sua homenagem, não houve sessão deliberativa na Câmara, dedicando o expediente aos discursos de exaltação, proferidos por vários parlamentares de todos os partidos, entre eles, Afonso Arinos, Dolor Ferreira de Andrade, João Ponce de Arruda e Flores da Cunha.

Foi também aprovado requerimento dos deputados Filadelfo Garcia (PSD-MT) s Benjamin Farah (PSP-SP) "solicitando inserção em ata de um voto de profundo pesar" à sua família e ao governo de Mato Grosso. Antes de levantar a sessão o presidente da Câmara, Nereu Ramos, em nome da Mesa, associou-se às manifestações de pesar, tendo salientado que "o deputado Aral Moreira era um homem forte, altivo e de atitudes corajosas, inspiradas sempre no desejo de bem servir à Pátria".¹

Aral Moreira nasceu em Ponta Porã no dia 12 de agosto de 1898, filho de Manuel Moreira e Josefina Trindade Moreira.

Bacharelou-se em Direito. Advogado, industrial, comerciante, pecuarista e especialista em cooperativismo, foi subchefe de polícia, promotor público e membro da junta governativa do Instituto Nacional do Mate.

Na eleição de 1950 elegeu-se deputado federal na legenda da UDN, União Democrática Nacional, Assumiu em fevereiro de 1951 e faleceu em pleno exercício do mandato.² Foi substituído pelo primeiro suplente da UDN, Lúcio Medeiros, prefeito de Corumbá.

Aral Moreira deu nome a um município em Mato Grosso do Sul.

FONTE: ¹Correio Paulistano, 7 de novembro de 1952, ²CPDOC da Fundação Getúlio Vargas.

FOTO: reprodução do livro biográfico.





03 de novembro

03 de novembro

1909 - Nasce em Campo Grande, Euclides de Oliveira




Filho de Amando de Oliveira e Dorotéia de Oliveira, nasce na fazenda Bandeira, Amando de Oliveira. Aos 4 anos perdeu o pai, assassinado a 10 de junho de 1914. Em 1915 iniciou seus estudos na escola pública 26 de Agosto. Em 1918, foi matriculado no Instituto Pestalozzi (atual Dom Bosco),onde estudou até 1924. Em 1929 foi aprovado para a Escola Militar, no Rio de Janeiro, escolhendo a arma de Engenharia. Em 1930, quando estourou a Revolução de Vargas, fez parte das tropas enviadas pela Escola Militar à Central do Brasil.

Em 1932 Euclides passou a aspirante do Exército e matriculou-se na Escola de Engenharia. Em 1934 é promovido a capitão. Filiado ao PCB é preso em São Paulo quando, do Rio dirigia-se a Campo Grande, em 1935, durante a chamada intentona comunista. Expulso do Exército, na Casa de Detenção Frei Caneca no Rio de Janeiro, teve a companhia de outros militares comunistas e de presos famosos, entre eles Graciliano Ramos, sendo um dos protagonistas de seu livro "Memórias do Cárcere".

Em 1937, ainda encarcerado, casou-se por procuração, com Nair Velasco, de Campo Grande. No mesmo ano é libertado e, com a instauração da ditadura do Estado Novo em novembro desse ano, cai na clandestinidade. Em 1948 volta ao Rio, matricula-se na Escola Nacional de Engenharia, formando-se em 1951. Até 1963, quando decide voltar definitivamente para Campo Grande, Euclides estagiou com o engenheiro Antonio Alves de Noronha, tendo participado dos cálculos do estádio do Maracanã, trabalhou na Base Naval de Aratu na Bahia, na Companhia Nacional de Álcalis em Cabo Frio, no Paraguai e administrou a construção de várias pontes em Minas Gerais.

Em 1964 volta a ser preso pelo golpe militar. Em 1967 é convidado por Levy Dias, da Codemat, Companhia de Desenvolvimento de Mato Gosso para a área de cálculo e responsável técnico do estádio Morenão, obra inaugurada em março de 1971.

Foi presidente do CREA, presidente da Santa Casa de Campo Grande. Em 1985 foi candidato do PCB a prefeito de Campo Grande. Faleceu em 10 de junho de 1998.


FONTE: Marisa Bittar e Amarildo Ferreira Junior, Euclides de Oliveira, in Campo Grande: Personalidades históricas,volume I, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2012, página 173.

sábado, 18 de janeiro de 2014

18 de janeiro

18 de janeiro


1848 - Morre Silva Manso



É assassinado em sua fazenda em Campinas o médico e político Antonio Patrício da Silva Manso. Nascido na vila de Santos, em 1778, mudou-se em seguida para Itu e fixou-se na vila de São Carlos (Campinas), onde dedicou-se inicialmente às artes plásticas, partindo depois para a botânica e à medicina. Em 5 de agosto de 1820, conseguiu de Dom João VI carta licença para exercer a medicina curativa. Em 1821 é nomeado cirurgião-mor da província de Mato Grosso, "para onde seguiu em trabalhosa viagem, à sua própria custa, pois que também não percebia vencimento algum do sobredito cargo, do qual prestou juramento em Cuiabá a 4 de março de 1823".

Adquiriu grande prestígio "por sua competência, por sua atividade e por sua dedicação a todas as classes sociais, desde logo teve de envolver-se na política da remota província". O primeiro cargo que exerceu em Mato Grosso foi o de secretário de governo, pouco depois da proclamação da independência do Brasil. Foi também membro do governo da província e único representante de Mato Grosso na câmara temporária do Império, na terceira legislatura (1834 - 1837). 

O que o tornou célebre em todo o Brasil, entretanto, foi a sua posição política, como militante liberal. Com a abdicação de D. Pedro I e a ascensão de Feijó à regência, o pais entrou em verdadeira efervescência revolucionária, com a polarização entre os brasileiros natos, que defendiam o novo governo e os portugueses (chamados adotivos) que pleiteavam a volta do imperador. Militante dos brasileiros natos, Silva Manso, a exemplo do que aconteceu em outras províncias, criou e passou a presidir a Sociedade dos Zelosos da Independência do Brasil em Mato Grosso, entidade que congregava os nativos na luta contra os portugueses, acusados de monopolizarem as atividades empresariais da cidade e exercerem influência política hegemônica no governo.

Mesmo havendo deixado Cuiabá antes da Rusga, para tomar posse como deputado, no Rio de Janeiro, seu nome esteve diretamente ligado aos exaltados, responsáveis pela noite sangrenta de 30 de maio de 1834, o que lhe impediu de voltar a Cuiabá ao final de seu mandato em 1837, preferindo fixar residência em Campinas. 

Em Mato Grosso, consagrou-se com o epíteto "leão de Cuiabá".


FONTE: Basílio de Magalhães, Biografia de Antonio Luiz Patrício da Silva Manso, Arquivo do Museu Nacional, Rio de Janeiro, 1909, volume XXII. 



18 de janeiro

1877 - Circula o primeiro jornal de Corumbá





Inicia circulação em Corumbá o primeiro jornal editado nessa cidade. Trata-se de O Iniciador, órgão "comercial, noticioso e literário, impresso em quatro colunas, era de propriedade e redação de Silvestre Antunes Pereira Serra, tendo como diretor técnico e editor o cidadão Manuel Guimarães.

Abria a primeira coluna o calendário da semana, com indicação das fases lunares. O Iniciador era impresso em prelo Marinoni (aliás o primeiro introduzido em Mato Grosso) tendo sido todo o material tipográfico adquirido em Assunção do Paraguai".



FONTEEstevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 50.


18 de janeiro

1903 - Inaugurada mineradora no Coxipó-Mirim




É inaugurado o serviço de mineração no rio Coxipó-Mirim, em Cuiabá. Para esse fim foi empregada a primeira draga introduzida em Mato Grosso. A companhia, para isso organizada na Austrália (The Transpacific [Brazil] Mining and Exploration Company Limited), e que tinha como diretor técnico Mr. John H. Wall, auxiliado pelo dr. Jacques Markwalder, adquirido posteriormente para os trabalhos mais duas poderosas dragas.

A chegada do equipamento em Cuiabá, sete meses antes do início das atividades da empresa foi registrado pela imprensa local:

Consta-nos que ultimamente chegou em nosso porto e descarregou-se um enorme maquinismo destinado à uma importante companhia inglesa de mineração organizada pelo hábil engenheiro Jacques Markwalder sob o título de - The Transpacific (Brazil) Mining and Exploration Company Limited - tendo por representante o mesmo sr. Marckwalder.

O maquinismo que tem sido desembarcado parte já fora conduzido para o Coxipó do Ouro, onde terá de ser assentado em suas margens.

O que podemos afiançar é que a mesma companhia muito terá de lucrar com essa mineração de que já tem conhecimento do lugar o sr. Marckwalder. Será de muita vantagem para o nosso Estado que auferirá disso grandes lucros.

O sr. Marckwalder para conseguir esse desideratum, muito tem lutado; e aqui entre os nossos capitalistas nenhum não se animou a coadjuvá-lo na empresa, desconfiando eles nada tirar de resultado, indo o sr. Marckwalder buscá-lo no estrangeiro, onde encontrou todo o apoio e certeza de resultado, conseguindo grande capitais para o trabalho.

Diz o mesmo engenheiro que as minas do Coxipó do Ouro rivalizam-se com as da Austrália.

Ora, sendo assim, nada resta a duvidar para a realização das vantagens da sua útil e importantíssima empresa.

Já não é um grande passo dado para a grandeza de Mato Grosso?

O privilégio já ele tirou e lhe fora concedido como já é público e conhecido.

Consta-nos que além desse privilégio, ainda a mesma companhia arrendou por 30 anos um terreno aurífero pertencente ao tenente-coronel Faustino Correa da Costa, pela quantia de 90:000$000.

Dando esta notícia aos leitores, felicitamos o estado de Mato Grosso e a companhia organizada pelo sr. Marckwalder, por esse grande passo dado; pois temos certeza de que ela fruirá de vantajosos resultados, fazendo inveja aos nossos usurários capitalistas que só querem o seu dinheiro para apodrecer na burra ou render prêmio n'algum banco e capitalizando os juros de seis em seis meses!

Deus que ajude ao sr. Marckwalder e sua companhia na empresa que encetaram para glória sua e nossa.

Com mais vagar iremos orientando os leitores acerca desta importante empresa, colhendo outras notícias no prosseguimento dos seus trabalhos, os quais não serão pequenos e que demandam de muito pessoal e despesas para a montagem do mesmo maquinismo que calcula-se em 400 e tantos contos de réis.¹

O otimismo do jornal se transformaria numa realidade insólita para o festejado investimento, conforme o breve registro do historiador atento:

Transferido o privilégio à Companhia Mato Grosso, com sede em Buenos Aires, teve de suspender a mineração,sendo a empresa declarada falida, em razão da carência de uma administração como a primitiva.²

FONTE: ¹O Pharol, Cuiabá, 21 de junho de 1902. ²Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses (2a. edição), Casa Civil do governo do Estado de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 50.



18 de janeiro

1924 - Assassinado líder político em Ponta Porã

É morto a tiros o advogado João Batista de Azevedo, dirigente do Partido Republicano de Mato Grosso (PRMG). Os autores do assassinato foram o tenente Heitor Mendes Gonçalves, diretor da Companhia Mate Larangeira e José Pinto e o crime aconteceu na avenida Internacional. O crime, pelo envolvimento de um dirigente de importante empresa e pela extensão da liderança política da vítima, teve enorme repercussão, estabelecendo um ambiente de extrema insegurança na cidade fronteiriça, conforme relato do governo do Estado:

"O acontecimento policial culminante pelo abalo produzido no seio da população municipal foi, porém, em Porã, o assassínio do dr. João Batista de Azevedo e Sousa.

Dada a exaltação de ânimo de que para logo se contaminou parte da população de Ponta Porã, para ali seguiu o sr. dr. chefe de polícia que já se encontrava em Corumbá de regresso para esta capital, tomando as providência necessárias para que a ordem fosse mantida e a justiça pudesse regular e legalmente pronunciar-se sobre o crime e sobre os criminosos.

Encerrado o inquérito policial apurador do fato delituoso e da responsabilidade dos delinquentes, para Ponta Porã seguiu em comissão especial incumbido pelo governo do Estado, segundo o disposto no número 20 do artigo 171, do decreto 324, de 1° de fevereiro de 1913, o exmo. sr. Barnabé Antonio Gondin, Juiz de direito da comarca de Corumbá, que presidiu à formação da culpa".²

Em julgamento apressado, dois meses depois do crime, os culpados foram absolvidos por unanimidade em júri popular. Prevaleceu a tese de legítima defesa.³


FONTE: ¹A Pacotilha (MA), 24/01/1924, ²Presidente Pedro Celestino, Mensagem à Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1924, ³A Pacotilha (MA), 01/04/1924.









OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...