quarta-feira, 9 de novembro de 2016

11 de novembro

11 de novembro

1866 - Brasileiros "recrutados" pelo exército paraguaio

Notícias de Cuibá, veiculadas na imprensa nacional, dão conta "diz que os paraguaio


11 de novembro

1892 – Sancionada lei de arrendamento dos ervais


Área entre o rio Iguatemi e a fronteira com o norte de Paraguai


Aprovada pela Assembléia Legislativa, e sancionada pelo presidente Manoel Murtinho, lei que autoriza o Estado a abrir concorrência para exploração da erva-mate, cujo monopólio é desde o Império, da Companhia Mate Laranjeira:

“Lei no. 26 de novembro de 1892

A Assembléia Legislativa do Estado resolve:


Art. 1º - A exploração e colheita da erva-mate e outros produtos vegetais nos terrenos devolutos compreendidos pelos rios Iguatemi e Paraná e linha dos limites com o Paraguai até encontrar a cabeceira principal do mesmo Iguatemi só serão permitidos a quem arrendar a zona acima descrita.


Art. 2º - O governo mandará abrir concorrência pública pelo Tesouro a fim de ter lugar o arrendamento precedendo editais com prazo de noventa dias.
§ 1º - O arrendamento se efetuará por tempo nunca excedente de 10 anos contados da data em que se lavrar o respectivo contrato.


§ 2º - As propostas serão apresentadas em cartas fechadas com as formalidades do estilo, e o arrendamento se realizará com quem mais vantagem oferecer à fazenda pública.


§ 3º - No contrato que então se firmar serão garantidos em toda sua plenitude os interesses do Estado, quer sobre a moda do pagamento, que se estipular e quer sobre a restituição dos haveres em perfeito estado de conservação, findo o            prazo de arrendamento, sob pena de multa, que no mesmo contrato se arbitrará.


Art. 3º - Ficam revogadas as disposições em contrário".





FONTEGilmar Arruda, Heródoto, in Ciclo da Erva-Mate em Mato Grosso do Sul 1883-1947. Instituto Euvaldo Lodi, Campo Grande, 1986, página 281.



11 de novembro 

1920 – Morre João Antonio de Trindade, fundador de Ponta Porã




Natural do Rio de Janeiro, herói da retirada da Laguna, chegou a Ponta Porã em 1892, José Antonio de Trindade. Foi ele – atesta Rubens Aquino – o primeiro morador que se estabeleceu no local onde se formou a povoação que hoje constitui a cidade fronteiriça.

“Nesse tempo existia no lugar um posto fiscal sob a direção de Emílio Calhao, o qual tinha atribuições de arrecadar os impostos de exportação da erva-mate, e que algum tempo depois foi extinto. Também nesse tempo aí residiram os senhores Olímpio Monteiro de Lima e Maranhão que depois mudaram-se, indo o primeiro fixar-se nas terras onde constituiu sua fazenda, dedicando-se aos trabalhos de criação de gado. Próximo de Ponta Porã, existia também a fazenda S. Máximo, de d. Maria Joana Pereira (da. Mariquinha), viúva de um veterano da guerra de 1870, de nome Nelo.


O povoamento de Ponta Porã teve início na periferia de um vasto brejo, atoleiro impenetrável, que hoje não existe mais, que ia findar na orla da espessa mata virgem, situada aos fundos. Ao norte delimitava essa zona a cabeceira do córrego S. João e ao sul a do cór
rego Estevão. Na frente, a poucos metros de distância, estavam os marcos de madeira de lei, indicando a linha divisória com o Paraguai.

Em Ponta Porã, passou o capitão João Antônio da Trindade o resto de sua vida, vindo a falecer a 11 de novembro de 1920. Foi ele naqueles tempos remotos, o homem mais culto do lugar, cabendo-lhe importante papel na formação política e social do núcleo que começava a formar-se”.


FONTE: Rubens Aquino, Tereré, in Ciclo da Erva-Mate em Mato Grosso do Sul 1883-1947, Instituto Euvaldo Lodi, Campo Grande, 1986, página 343

10 de novembro

10 de novembro
 
1916 – Caetano de Albuquerque não reconhece decisão legislativa

Em conflito com a Assembleia Legislativa que, alegando falta de segurança em Cuiabá, funciona em Corumbá, o presidente general Caetano de Albuquerque, rejeita intimação para depor perante os deputados, no processo de cassação que lhe é movido, “alegando não reconhecer os atos da Assembleia, dizendo que ela funciona inconstitucional e tumultuadamente”. 



FONTE:  Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 109

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

8 de janeiro



8 de janeiro

1890 - Rondon gradua-se em engenharia militar



O alferes Cândido Mariano da Silva Rondon recebe da Escola Militar do Rio de Janeiro o título de engenheiro militar e o diploma de bacharel em Matemática e Ciências Físicas e Naturais. 55 dias antes, por influência e sob as ordens de seu superior Benjamin Constant, participou da proclamação de República como estafeta do Exército.

FONTE: Esther de Viveiros, Rondon conta sua vida, Cooperativa Cultural dos Esperantistas, Rio, 1969, página 43.



sábado, 18 de janeiro de 2014

18 de janeiro

18 de janeiro


1848 - Morre Silva Manso



É assassinado em sua fazenda em Campinas o médico e político Antonio Patrício da Silva Manso. Nascido na vila de Santos, em 1778, mudou-se em seguida para Itu e fixou-se na vila de São Carlos (Campinas), onde dedicou-se inicialmente às artes plásticas, partindo depois para a botânica e à medicina. Em 5 de agosto de 1820, conseguiu de Dom João VI carta licença para exercer a medicina curativa. Em 1821 é nomeado cirurgião-mor da província de Mato Grosso, "para onde seguiu em trabalhosa viagem, à sua própria custa, pois que também não percebia vencimento algum do sobredito cargo, do qual prestou juramento em Cuiabá a 4 de março de 1823".

Adquiriu grande prestígio "por sua competência, por sua atividade e por sua dedicação a todas as classes sociais, desde logo teve de envolver-se na política da remota província". O primeiro cargo que exerceu em Mato Grosso foi o de secretário de governo, pouco depois da proclamação da independência do Brasil. Foi também membro do governo da província e único representante de Mato Grosso na câmara temporária do Império, na terceira legislatura (1834 - 1837). 

O que o tornou célebre em todo o Brasil, entretanto, foi a sua posição política, como militante liberal. Com a abdicação de D. Pedro I e a ascensão de Feijó à regência, o pais entrou em verdadeira efervescência revolucionária, com a polarização entre os brasileiros natos, que defendiam o novo governo e os portugueses (chamados adotivos) que pleiteavam a volta do imperador. Militante dos brasileiros natos, Silva Manso, a exemplo do que aconteceu em outras províncias, criou e passou a presidir a Sociedade dos Zelosos da Independência do Brasil em Mato Grosso, entidade que congregava os nativos na luta contra os portugueses, acusados de monopolizarem as atividades empresariais da cidade e exercerem influência política hegemônica no governo.

Mesmo havendo deixado Cuiabá antes da Rusga, para tomar posse como deputado, no Rio de Janeiro, seu nome esteve diretamente ligado aos exaltados, responsáveis pela noite sangrenta de 30 de maio de 1834, o que lhe impediu de voltar a Cuiabá ao final de seu mandato em 1837, preferindo fixar residência em Campinas. 

Em Mato Grosso, consagrou-se com o epíteto "leão de Cuiabá".


FONTE: Basílio de Magalhães, Biografia de Antonio Luiz Patrício da Silva Manso, Arquivo do Museu Nacional, Rio de Janeiro, 1909, volume XXII. 



18 de janeiro

1877 - Circula o primeiro jornal de Corumbá





Inicia circulação em Corumbá o primeiro jornal editado nessa cidade. Trata-se de O Iniciador, órgão "comercial, noticioso e literário, impresso em quatro colunas, era de propriedade e redação de Silvestre Antunes Pereira Serra, tendo como diretor técnico e editor o cidadão Manuel Guimarães.

Abria a primeira coluna o calendário da semana, com indicação das fases lunares. O Iniciador era impresso em prelo Marinoni (aliás o primeiro introduzido em Mato Grosso) tendo sido todo o material tipográfico adquirido em Assunção do Paraguai".



FONTEEstevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 50.


18 de janeiro

1903 - Inaugurada mineradora no Coxipó-Mirim




É inaugurado o serviço de mineração no rio Coxipó-Mirim, em Cuiabá. Para esse fim foi empregada a primeira draga introduzida em Mato Grosso. A companhia, para isso organizada na Austrália (The Transpacific [Brazil] Mining and Exploration Company Limited), e que tinha como diretor técnico Mr. John H. Wall, auxiliado pelo dr. Jacques Markwalder, adquirido posteriormente para os trabalhos mais duas poderosas dragas.

A chegada do equipamento em Cuiabá, sete meses antes do início das atividades da empresa foi registrado pela imprensa local:

Consta-nos que ultimamente chegou em nosso porto e descarregou-se um enorme maquinismo destinado à uma importante companhia inglesa de mineração organizada pelo hábil engenheiro Jacques Markwalder sob o título de - The Transpacific (Brazil) Mining and Exploration Company Limited - tendo por representante o mesmo sr. Marckwalder.

O maquinismo que tem sido desembarcado parte já fora conduzido para o Coxipó do Ouro, onde terá de ser assentado em suas margens.

O que podemos afiançar é que a mesma companhia muito terá de lucrar com essa mineração de que já tem conhecimento do lugar o sr. Marckwalder. Será de muita vantagem para o nosso Estado que auferirá disso grandes lucros.

O sr. Marckwalder para conseguir esse desideratum, muito tem lutado; e aqui entre os nossos capitalistas nenhum não se animou a coadjuvá-lo na empresa, desconfiando eles nada tirar de resultado, indo o sr. Marckwalder buscá-lo no estrangeiro, onde encontrou todo o apoio e certeza de resultado, conseguindo grande capitais para o trabalho.

Diz o mesmo engenheiro que as minas do Coxipó do Ouro rivalizam-se com as da Austrália.

Ora, sendo assim, nada resta a duvidar para a realização das vantagens da sua útil e importantíssima empresa.

Já não é um grande passo dado para a grandeza de Mato Grosso?

O privilégio já ele tirou e lhe fora concedido como já é público e conhecido.

Consta-nos que além desse privilégio, ainda a mesma companhia arrendou por 30 anos um terreno aurífero pertencente ao tenente-coronel Faustino Correa da Costa, pela quantia de 90:000$000.

Dando esta notícia aos leitores, felicitamos o estado de Mato Grosso e a companhia organizada pelo sr. Marckwalder, por esse grande passo dado; pois temos certeza de que ela fruirá de vantajosos resultados, fazendo inveja aos nossos usurários capitalistas que só querem o seu dinheiro para apodrecer na burra ou render prêmio n'algum banco e capitalizando os juros de seis em seis meses!

Deus que ajude ao sr. Marckwalder e sua companhia na empresa que encetaram para glória sua e nossa.

Com mais vagar iremos orientando os leitores acerca desta importante empresa, colhendo outras notícias no prosseguimento dos seus trabalhos, os quais não serão pequenos e que demandam de muito pessoal e despesas para a montagem do mesmo maquinismo que calcula-se em 400 e tantos contos de réis.¹

O otimismo do jornal se transformaria numa realidade insólita para o festejado investimento, conforme o breve registro do historiador atento:

Transferido o privilégio à Companhia Mato Grosso, com sede em Buenos Aires, teve de suspender a mineração,sendo a empresa declarada falida, em razão da carência de uma administração como a primitiva.²

FONTE: ¹O Pharol, Cuiabá, 21 de junho de 1902. ²Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses (2a. edição), Casa Civil do governo do Estado de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 50.



18 de janeiro

1924 - Assassinado líder político em Ponta Porã

É morto a tiros o advogado João Batista de Azevedo, dirigente do Partido Republicano de Mato Grosso (PRMG). Os autores do assassinato foram o tenente Heitor Mendes Gonçalves, diretor da Companhia Mate Larangeira e José Pinto e o crime aconteceu na avenida Internacional. O crime, pelo envolvimento de um dirigente de importante empresa e pela extensão da liderança política da vítima, teve enorme repercussão, estabelecendo um ambiente de extrema insegurança na cidade fronteiriça, conforme relato do governo do Estado:

"O acontecimento policial culminante pelo abalo produzido no seio da população municipal foi, porém, em Porã, o assassínio do dr. João Batista de Azevedo e Sousa.

Dada a exaltação de ânimo de que para logo se contaminou parte da população de Ponta Porã, para ali seguiu o sr. dr. chefe de polícia que já se encontrava em Corumbá de regresso para esta capital, tomando as providência necessárias para que a ordem fosse mantida e a justiça pudesse regular e legalmente pronunciar-se sobre o crime e sobre os criminosos.

Encerrado o inquérito policial apurador do fato delituoso e da responsabilidade dos delinquentes, para Ponta Porã seguiu em comissão especial incumbido pelo governo do Estado, segundo o disposto no número 20 do artigo 171, do decreto 324, de 1° de fevereiro de 1913, o exmo. sr. Barnabé Antonio Gondin, Juiz de direito da comarca de Corumbá, que presidiu à formação da culpa".²

Em julgamento apressado, dois meses depois do crime, os culpados foram absolvidos por unanimidade em júri popular. Prevaleceu a tese de legítima defesa.³


FONTE: ¹A Pacotilha (MA), 24/01/1924, ²Presidente Pedro Celestino, Mensagem à Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1924, ³A Pacotilha (MA), 01/04/1924.









OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...