03 de novembro
1909 - Nasce em Campo Grande, Euclides de Oliveira
Filho
de Amando de Oliveira e Dorotéia de Oliveira, nasce na fazenda
Bandeira, Amando de Oliveira. Aos 4 anos perdeu o pai, assassinado a 10
de junho de 1914. Em 1915 iniciou seus estudos na escola pública 26 de
Agosto. Em 1918, foi matriculado no Instituto Pestalozzi (atual Dom
Bosco),onde estudou até 1924. Em 1929 foi aprovado para a Escola
Militar, no Rio de Janeiro, escolhendo a arma de Engenharia. Em 1930,
quando estourou a Revolução de Vargas, fez parte das tropas enviadas
pela Escola Militar à Central do Brasil.
Em
1932 Euclides passou a aspirante do Exército e matriculou-se na Escola
de Engenharia. Em 1934 é promovido a capitão. Filiado ao PCB é preso em
São Paulo quando, do Rio dirigia-se a Campo Grande, em 1935, durante a
chamada intentona comunista. Expulso do Exército, na Casa de Detenção
Frei Caneca no Rio de Janeiro, teve a companhia de outros militares
comunistas e de presos famosos, entre eles Graciliano Ramos, sendo um
dos protagonistas de seu livro "Memórias do Cárcere".
Em
1937, ainda encarcerado, casou-se por procuração, com Nair Velasco, de
Campo Grande. No mesmo ano é libertado e, com a instauração da ditadura
do Estado Novo em novembro desse ano, cai na clandestinidade. Em 1948
volta ao Rio, matricula-se na Escola Nacional de Engenharia, formando-se
em 1951. Até 1963, quando decide voltar definitivamente para Campo
Grande, Euclides estagiou com o engenheiro Antonio Alves de Noronha,
tendo participado dos cálculos do estádio do Maracanã, trabalhou na Base
Naval de Aratu na Bahia, na Companhia Nacional de Álcalis em Cabo Frio,
no Paraguai e administrou a construção de várias pontes em Minas
Gerais.
Em
1964 volta a ser preso pelo golpe militar. Em 1967 é convidado por Levy
Dias, da Codemat, Companhia de Desenvolvimento de Mato Gosso para a
área de cálculo e responsável técnico do estádio Morenão, obra
inaugurada em março de 1971.
Foi
presidente do CREA, presidente da Santa Casa de Campo Grande. Em 1985
foi candidato do PCB a prefeito de Campo Grande. Faleceu em 10 de junho
de 1998.
FONTE: Marisa Bittar e Amarildo Ferreira Junior, Euclides de Oliveira,
in Campo Grande: Personalidades históricas,volume I, Fundação de
Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2012, página 173.
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
03 de novembro
03 de novembro
1869
– Frei Mariano libertado se apresenta aos seus superiores
Livre
de sua prisão no Paraguai, frei Mariano, recebido triunfalmente em Cuiabá, em 9 de outubro, se apresenta aos seus
superiores na capital matogrossense e acresce ao seu currículo a seguinte
manifestação de seu superior:
Atestamos e certificamos que o missionário revdo. Frei Mariano de Bagnaia desde que chegou neste bispado em dias de outubro de 1847 tem-se empregado sempre no serviço da igreja, já como exercendo todas as funções eclesiásticas de que nos encarregamos, e sempre com muito zelo, devoção e exemplar fervor, merecendo por isso toda a nossa confiança, amor e particular estima. Sua vida pública e mesmo particular tem sido constantemente honesta e cheia de virtudes e por isso mesmo tem recebido e gozado geral estima de todos os filhos dessa diocese. Jamais o ocupamos, que não fôssemos atendidos prontamente com edificação e humildade, e nomeando-o ultimamente como vigário da comarca eclesiástica de Baixo-Paraguai e pároco encomendado da igreja da comarca de Miranda, ali cumpriu seus deveres com tanto zelo e exatidão que só temos de engrandecê-lo de louvores pelo muito que fez a benefício da igreja e de seus filhos espirituais. Ali se edificou a igreja, despendendo nesta obra quase o que havia de seu ordenado e emolumentos,onde conservou com firmeza apostólica até a fatal invasão dos paraguaios, na esperança de que não fosse ao menos destruída a sua igreja e aprisionados seus paroquianos.
Tivemos porém que lamentar sua prisão realizada em princípio de 1865 e muitas vezes o nosso coração encheu-se de amarguras ao saber de seus sofrimentos assim arrebatado violentamente e arrebatado de sua igreja, foi por isso que deixou de remeter como cumpria os mapas dos sacramentos administrados depois de sua prisão. Logo, porém, que se viu salvo pelas mãos da Providência em primeiro lugar e depois pelo valor de nossas armas militares, em agosto do corrente ano procurou imediatamente recolher-se para esta cidade apresentando-se a nós cheio de amor e declarando que está pronto para continuar o serviço da S. igreja como melhor nos parecer, o que foi para nós de extrema alegria e de muita consolação. Pois estamos outra vez com um cooperador eclesiástico de toda a confiança, zelo e instrução e fervoroso no serviço de Deus e de sua igreja.
Cuiabá, 3 de novembro de 1869.
D. José Bispo de Cuiabá.
FONTE: Frei Alfredo Sganzerla, A história de Frei Mariano de Bagnaia,
Edição
FUCMT-MCC, Campo Grande, 1992página 403
11 de novembro
11 de novembro
1866 - Brasileiros "recrutados" pelo exército paraguaio
Notícias de Cuibá, veiculadas na imprensa nacional, dão conta "diz que os paraguaio
11 de novembro
1892 – Sancionada lei de arrendamento dos ervais
Área entre o rio Iguatemi e a fronteira com o norte de Paraguai |
Aprovada pela Assembléia Legislativa, e sancionada pelo presidente Manoel Murtinho, lei que autoriza o Estado a abrir concorrência para exploração da erva-mate, cujo monopólio é desde o Império, da Companhia Mate Laranjeira:
“Lei no. 26 de novembro de 1892
A Assembléia Legislativa do Estado resolve:
Art. 1º - A exploração e colheita da erva-mate e outros produtos vegetais nos terrenos devolutos compreendidos pelos rios Iguatemi e Paraná e linha dos limites com o Paraguai até encontrar a cabeceira principal do mesmo Iguatemi só serão permitidos a quem arrendar a zona acima descrita.
Art. 2º - O governo mandará abrir concorrência pública pelo Tesouro a fim de ter lugar o arrendamento precedendo editais com prazo de noventa dias.
§ 1º - O arrendamento se efetuará por tempo nunca excedente de 10 anos contados da data em que se lavrar o respectivo contrato.
§ 2º - As propostas serão apresentadas em cartas fechadas com as formalidades do estilo, e o arrendamento se realizará com quem mais vantagem oferecer à fazenda pública.
§ 3º - No contrato que então se firmar serão garantidos em toda sua plenitude os interesses do Estado, quer sobre a moda do pagamento, que se estipular e quer sobre a restituição dos haveres em perfeito estado de conservação, findo o prazo de arrendamento, sob pena de multa, que no mesmo contrato se arbitrará.
Art. 3º - Ficam revogadas as disposições em contrário".
FONTE: Gilmar Arruda, Heródoto, in Ciclo da Erva-Mate em Mato Grosso do Sul 1883-1947. Instituto Euvaldo Lodi, Campo Grande, 1986, página 281.
11 de novembro
1920
– Morre João Antonio de Trindade, fundador de Ponta Porã
Natural do Rio de Janeiro,
herói da retirada da Laguna, chegou a Ponta Porã em 1892, José Antonio de Trindade.
Foi ele – atesta Rubens Aquino – o primeiro morador que se
estabeleceu no local onde se formou a povoação que hoje
constitui a cidade fronteiriça.
“Nesse tempo existia no lugar um posto fiscal sob a direção de Emílio Calhao, o qual tinha atribuições de arrecadar os impostos de exportação da erva-mate, e que algum tempo depois foi extinto. Também nesse tempo aí residiram os senhores Olímpio Monteiro de Lima e Maranhão que depois mudaram-se, indo o primeiro fixar-se nas terras onde constituiu sua fazenda, dedicando-se aos trabalhos de criação de gado. Próximo de Ponta Porã, existia também a fazenda S. Máximo, de d. Maria Joana Pereira (da. Mariquinha), viúva de um veterano da guerra de 1870, de nome Nelo.
O povoamento de Ponta Porã teve início na periferia de um vasto brejo, atoleiro impenetrável, que hoje não existe mais, que ia findar na orla da espessa mata virgem, situada aos fundos. Ao norte delimitava essa zona a cabeceira do córrego S. João e ao sul a do córrego Estevão. Na frente, a poucos metros de distância, estavam os marcos de madeira de lei, indicando a linha divisória com o Paraguai.
Em Ponta Porã, passou o capitão João Antônio da Trindade o resto de sua vida, vindo a falecer a 11 de novembro de 1920. Foi ele naqueles tempos remotos, o homem mais culto do lugar, cabendo-lhe importante papel na formação política e social do núcleo que começava a formar-se”.
“Nesse tempo existia no lugar um posto fiscal sob a direção de Emílio Calhao, o qual tinha atribuições de arrecadar os impostos de exportação da erva-mate, e que algum tempo depois foi extinto. Também nesse tempo aí residiram os senhores Olímpio Monteiro de Lima e Maranhão que depois mudaram-se, indo o primeiro fixar-se nas terras onde constituiu sua fazenda, dedicando-se aos trabalhos de criação de gado. Próximo de Ponta Porã, existia também a fazenda S. Máximo, de d. Maria Joana Pereira (da. Mariquinha), viúva de um veterano da guerra de 1870, de nome Nelo.
O povoamento de Ponta Porã teve início na periferia de um vasto brejo, atoleiro impenetrável, que hoje não existe mais, que ia findar na orla da espessa mata virgem, situada aos fundos. Ao norte delimitava essa zona a cabeceira do córrego S. João e ao sul a do córrego Estevão. Na frente, a poucos metros de distância, estavam os marcos de madeira de lei, indicando a linha divisória com o Paraguai.
Em Ponta Porã, passou o capitão João Antônio da Trindade o resto de sua vida, vindo a falecer a 11 de novembro de 1920. Foi ele naqueles tempos remotos, o homem mais culto do lugar, cabendo-lhe importante papel na formação política e social do núcleo que começava a formar-se”.
10 de novembro
10 de novembro
1916
– Caetano de Albuquerque não reconhece decisão legislativa
Em conflito com a Assembleia Legislativa que, alegando falta de segurança em Cuiabá, funciona em Corumbá,
o presidente general Caetano de Albuquerque, rejeita intimação
para depor perante os deputados, no processo de cassação
que lhe é movido, “alegando não reconhecer os atos
da Assembleia, dizendo que ela funciona inconstitucional e tumultuadamente”.
FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso,
Assembleia Legislativa,
Cuiabá, 1967, página 109
terça-feira, 8 de novembro de 2016
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
8 de janeiro
8 de janeiro
O alferes Cândido Mariano da Silva Rondon recebe da Escola Militar do Rio de Janeiro o título de engenheiro militar e o diploma de bacharel em Matemática e Ciências Físicas e Naturais. 55 dias antes, por influência e sob as ordens de seu superior Benjamin Constant, participou da proclamação de República como estafeta do Exército.
FONTE: Esther de Viveiros, Rondon conta sua vida, Cooperativa Cultural dos Esperantistas, Rio, 1969, página 43.
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