sábado, 22 de janeiro de 2011

9 de janeiro

9 de janeiro

1865 – Presidente da Província faz proclamação de guerra

Coimbra, palco da primeira batalha da guerra do Paraguai


O brigadeiro Alexandre Manoel Albino de Carvalho, que governava a província de Mato Grosso quando estourou a guerra do Paraguai, dirige ao povo a seguinte proclamação:

Matogrossenses! A injustificável ameaça do Governo da República do Paraguai, feita ao Império em sua nota 30 de agosto do ano passado, está consumada. Em 27 de dezembro findo uma expedição paraguaia, composta de numerosos navios a vapor e a vela com cerca de 5000 homens, acometeu o forte de Nova Coimbra e intimou ao comandante tenente-coronel Hermenegildo de Albuquerque Porto Carreiro a sua entrega dentro do prazo de uma hora, ficando em tal caso a guarnição sujeita à sorte das armas.

Contra tão desleal agressão protestaram energicamente as guarnições do forte de Nova Coimbra e do vapor Anhambaí, seu auxiliar, composta de menos de 200 homens.
Esse protesto ficará na história, escrito pelas armas imperiais, tintas de sangue de centenas de agressores, sangue dos que foram mortos e mutilados, durante dois dias de renhido combate.

Foi um protesto solene e glorioso!

Mato-grossenses, às armas! E com elas em punho, rivalizai com os valentes soldados da Nova Coimbra e com os intrépidos marinheiros da Anhambaí. Viva o Imperador! Viva a integridade do Império!


FONTE: Jorge Maia, A invasão de Mato Grosso, Biblioteca do Exército Editora, Rio, 1964, página 214.


9 de janeiro 

1872 - Assinado o tratado de demarcação Brasil-Paraguai

Barão de Maracaju

É assinado o tratado de demarcação dos limites entre o império do Brasil e a República do Paraguai. "Chegava-se -constata o cronista - ao fim de mais de cento e vinte anos de tentativas e malogros, de controvérsias e lutas, por fim cruentas e desesperadas, que haviam imposto, sob os auspícios de ambição surpreendentes, a revelarem a ocorrência de psicose irremediável, a ruína de um país, a destruição de uma pátria, a mortandade de milhares de vítimas e o sacrifício dos mais primários sentimentos de humanidade".

Firmaram o documento os dois plenipotenciários autorizados a negociá-lo: - o barão de Cotegipe pelo Brasil e o senador Carlos Loizaga, pela república do Paraguai. Serviu como secretário das conferências, o da missão oficial brasileira João Pedro Carvalho de Moraes.

A partir desse tratado seriam iniciados os trabalhos de demarcação, com a constituição de uma representação dos dois países. A comissão brasileira foi chefiada pelo coronel Enéas Rufino, o barão de Maracaju.

FONTE: Mário Monteiro de Almeida, Episódios históricos da formação geográfica do Brasil, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2010. Pag 102.  


9 de janeiro

1947 – Realizam-se eleições diretas para governador


Arnaldo Estevão de Figueiredo

O Estado de Mato Grosso escolhe o seu primeiro governador e deputados estaduais depois da queda do Estado Novo. Concorreram os seguintes partidos: União Democrática Nacional, Partido Social Democrático, Partido Trabalhista Brasileiro, Partido Republicano e Partido Comunista do Brasil. Venceu a aliança PSD-PTB, com Arnaldo Estevão de Figueiredo, governador e Filinto Muller, senador. Para a Assembleia Estadual Constituinte elegeram-se os seguintes deputados: Adjalmo Saldanha, André Melchiades de Barros, Antonio Mena Gonçalves, Antonio Ribeiro de Arruda, Audelino Francisco da Costa Sobrinho, Benedito Vaz de Figueiredo, Clovis Hugueney, Gervásio Leite, Guilherme Vitorino, Italívio Coelho, José Gomes, José Cerveira, José Gomes Pedroso, José Gonçalves de Oliveira, José Henrique Hanstenreiter, José Manoel Fontanilhas Fragelli, Lenine Povoas, Licínio Monteiro da Silva, Lício Proença Borralho, Luiz Alexandre de Oliveira, Luis Felipe Pereira Leite, Oclécio Barbosa Martins, Otacílio Faustino da Silva, Pen de Moraes Gomes, Rádio Maia, Salviano Mendes Fontoura, Virgílio Alves Correa Neto e Waldir dos Santos Pereira.


FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo do Estado de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967 (I volume), página 283.

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