terça-feira, 1 de março de 2011

13 de julho

13 de julho


1867 - Paraguai festeja final da retirada da Laguna






Em seu relatório sobre a retirada de Laguna, publicado no órgão oficial do governo, o Paraguai contabilizou a marcha da coluna brasileira como vitória da falange Paraguaia do Norte e felicitou seus soldados como verdadeiros heróis:

El ejercito que venia a apoderarse de nuestras poblaciones, esclavizar nuestras famílias, y trazer su linea divisoria, despedazando nuestro pais, há sucumbido a la aparicion de la falange Paraguaia del Norte. Ella puede decir, como César, llegué, vi, venci.

El desastre de ese Ejército repercutirá com un golpe terrible sobre el ambicioso Emperador, que vê desecha una de sus mas grandes esperanzas, y le llevará una conviccion mas de que sus esclavos jamas conquistaran la tierra de los libres.

Estamos poes de felicitaciones por el importante suceso que acaba de alcanzar el esfuerzo de nuestro brazo: es una venganza terible que debe horrorizar el invasor y echar por tierra su espírito abatido.

Felicitamos ardentemente a la Pátria por la nueva glória, y al Gefe Supremo de la República, cuya prevision y tino guerreiro ha arrancado del enemigo tan valioso laurel.

Felicitamos a la denodada coluna del Norte, castigo y terror del cobarde invasor.

A retirada da Laguna foi oficialmente encerrada em 12 de junho de 1867, no porto Canuto, à margem esquerda do rio Aquidauana.



FONTE: Jornal El Semanário (Assuncion, PY) 13 de julho de 1876.


13 de julho

1896 Lançada a estrada de ferro  de Uberaba (MG) para Coxim


Estação ferroviária de Uberaba no início do século XX

Realiza-se em Uberaba, Minas Gerais, o ato de lançamento de uma estrada de ferro ligando Minas a Mato Grosso, iniciando naquela cidade, com terminal em Coxim. “A essa solenidade – conta Estevão de Mendonça – compareceram, além das autoridades locais, comerciantes e industriais, os representantes de Mato Grosso, Minas e Goiás. Ao mais antigo jornalista do triângulo mineiro, coronel Antonio Borges Sampaio, coube a honra de bater o prego inaugural da primeira estaca.” ¹

Este evento atendia as disposições do decreto 862, de 16.10.1890, que propunha um sistema de viação geral ligando diversos Estados da União à Capital Federal, incluindo dentre as ferrovias concedidas, duas para Mato Grosso: 1) a estrada de Catalão (Goiás) à fronteira com a Bolívia, passando por Cuiabá e Cáceres; e 2) a estrada que partindo de um ponto entre Uberaba e São Pedro de Uberabinha, se dirigisse à vila de Coxim, no Estado de Mato Grosso. "A primeira - segundo Paulo Cimó - veio a ser declarada caduca em 1903, por não terem os concessionários apresentado os respectivos estudos e orçamentos," e a segunda, que ligaria  Coxim à Estrada de Ferro Mogiana, seguindo de Uberaba a Campinas e ao porto de Santos, foi arquivada em 1904, com a alteração do projeto da NOB que previa um novo traçado a partir de Bauru e terminal em Cuiabá, que resultaria no traçado definitivo do engenheiro Emílio Schnoor, começando em Bauru e terminando em Corumbá,com passagem por Campo Grande.²

Era presidente do Estado de Mato Grosso o engenheiro Antonio Correa da Costa e presidente da República Prudente de Moraes. A mais expressiva liderança política do Estado era o senador Joaquim Murtinho que, em dezembro de 1896, assumiu o Ministério de Indústria, Viação e Obras Públicas.

Era presidente da República o paulista Prudente de Moraes e presidente de Mato Grosso, Antonio Correa da Costa.



FONTE: ¹Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, 2a. edição, Governo do Estado, Cuiabá, 1973, página 33;²Paulo Roberto Cimó Queiroz, As curvas do trem e os meandros do poder, o nascimento da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, Editora UFMS, Campo Grande, 1977, página 21.


13 de julho

1930 - Rondon em Corumbá


Chega a Corumbá, o general Candido Rondon à frente da Comissão de Inspeção Geral das Fronteiras:

"O ilustre viajante - segundo o Jornal do Comércio - com a sua comitiva, pela lancha "Rosa Boróro, tendo sido visitado a bordo logo após sua chegada, pelos membros representativos da nossa sociedade, dentre os quais o Exmo. Sr. Cel. Nicola Scaffa, digno Intendente Municipal, cel. Salustiano A. Maciel, operoso presidente de nossa Câmara, imprensa, autoridades militares e inúmeros amigo, tocando ao porto de desembarque abanda 17 Batalhão de Caçadores.

Em Corumbá, Rondón encerrou a primeira fase das inspeções nas linhas limítrofes de Norte e de Oeste, perfazendo cerca de 23.500 quilômetros, desde "sua partida do Rio de Janeiro até esta cidade, via Aragua".ia, Tocantins, Belém, Manaus e nossas fronteiras com Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia".

De Corumbá, a comissão prosseguiu seus trabalhos até o arroio Chuí, no extremo Sul do país.


FONTE: Jornal do Comércio (Campo Grande), 16 de julho de 1930.




13 de julho

 

Criada a Faculdade de Odontologia e Farmácia de Campo Grande

 

     É publicada na Gazeta Oficial, em Cuiabá, o ato de criação da Faculdade  de Odontologia e Farmácia de Campo Grande, a primeira instituição de ensino superior do Estado.

 

     Mantida por uma sociedade anônima, à frente o dentista Agostinho dos Santos, os dois cursos começaram no início deste ano, com professores escolhidos entre profissionais de saúde da cidade, entre eles, os médicos Vespasiano Barbosa Martins e Tertuliano Meireles.

 

     Em 1932 teve as aulas interrompidas e suas dependências ocupadas, depois da derrota dos constitucionalistas. Em 1933, frustrada a tentativa de conseguir inspeção federal para reconhecimento dos cursos, o diretor Agostinho dos Santos, transfere a direção da sociedade para o médico Tertuliano Meireles e muda-se para o Rio de Janeiro.³

 

     A faculdade chegou a formar uma turma de dentistas e outra de farmacêuticos e, não conseguindo o credenciamento federal, encerrou suas atividades.

 

 



1962 - Morre o ex-governador Aníbal de Toledo


Anibal de Toledo, último governador
de Mato Grosso na República Velha

Nascido a 21 de junho de 1881, em Miranda, falece no Rio de Janeiro, o advogado Aníbal José de Toledo. Filho de Daniel Benício de Toledo e Maria José de Oliveira Toledo, realiza seus estudos primários em Cuiabá. Graduou-se em Direito a 6 de dezembro de 1906 pela Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro, com bolsa do governo do Estado. Juiz substituto em Cuiabá (1907/1908), afastou-se da judicatura para assumir a chefia de polícia no governo de Pedro Celestino. Deputado federal de 1912 a 1929. Foi secretário da Câmara dos Deputados e teve atuação em assuntos importantes,destacando-se a ponte sobre o rio Paraná, o vale do rio Madeira, o Tratado de Petrópolis, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e a rumorosa questão de limites entre Mato Grosso e Goiás.

Participou diretamente dos acontecimentos que culminaram com a Caetanada, nome dado ao movimento que culminou com a renúncia do general Caetano de Albuquerque, do governo do Estado, tendo sido ele o denunciante perante a Assembleia Legislativa.

Em 1930 elege-se presidente do Estado de Mato Grosso, tendo sido neste mesmo ano derrubado pela revolução liderada por Getúlio Vargas. 
"Depois de haver sofrido o vexame de uma prisão violenta a injusta - descreve seu biógrafo - decepcionado e pobre, retirou-se definitivamente o dr. Aníbal de Toledo das atividades políticas, entregando-se inteiramente ao exercício da sua profissão no Rio de Janeiro, como advogado da Empreza Mate."

FONTE: Nilo Póvoas, Galeria dos Varões Ilustres de Mato Grosso, Fundação Cultural de Mato Grosso, Cuiabá, 1978, página 15

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