sábado, 5 de março de 2011

2 de agosto

2 de agosto
 


1866Paraguaios deixam Nioaque





Após ocupar a vila por quase dois anos, o exército de Solano Lopes abandona-a, não sem antes incendiá-la. Quando, a 24 de janeiro do ano seguinte, as tropas brasileiras rumo à fronteira, chegaram ao local, Taunay viu por toda parte vestígios do incêndio, poupadas “apenas duas casas e uma pequena igreja de pitoresca aparência. À primeira vista - observa Taunay - agrada o aspecto geral do lugar. De um lado, o povoado e o ribeirão chamado Urumbeva; do outro, o rio Nioac, cujas águas confluem cerca de 900 metros para trás da igreja, deixando livre, em torno desta, à direita e à esquerda, um espaço duas vezes maior. Pequena colina fica-lhe em frente, a pouca distância".  



FONTE:Taunay, A Retirada da Laguna, 14a. edição, Melhoramentos, São Paulo, 1942. Página 37.

IMAGEM: Reprodução do livro Epopéa da Laguna, de Lobo Viana, Imprensa Militar, Rio de Janeiro, 1920, in José Vicente Dalmolin.



2 de agosto


1876 - Baronesa tem concessão para explorar metais em Corumbá




Pelo decreto n° 6273, o governo imperial dá concessão à viúva baronesa de Vila Maria para explorar ferro e outros metais na sua propriedade de Piraputangas e São Domingos, em Corumbá. Esse foi o resultado das idas e vindas do latifundiário Joaquim José Gomes da Silva, o barão de Vila Maria, ao Rio de Janeiro, desde 1870, onde o proprietário da antiga fazenda das Piraputangas fora ao governo "tratar de ver os meios de desenvolver a mineração do ferro na sua propriedade, refere-se às camadas de itabirito dos arredores de Corumbá e diz ter colhido do leito do Piraputangas amostras de ferro e manganês".

O Barão de Vila Maria, de volta da Corte, faleceu em viagem, cabendo à viúva, dona Maria da Glória, a concessão, sucessivamente prorrogada em 1878 e 1882.

A exploração predatória chegou a exaurir o minério e a própria vitalidade do solo de Piraputangas. Alguns córregos secaram por alterações causadas por mineradores, algumas condenadas pela justiça. O local foi transformado em parque ecológico em 2003, administrado pelo município. Pesquisas indicam que o parque abriga 94 espécies entre a flora e a fauna, com 39 plantas, 25 mamíferos e 13 répteis, numa área de 1300 hectares.


FONTE: Miguel Arrojado Ribeiro Lisboa, Oeste de São Paulo, Sul de Mato Grosso, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2010, página 110. 




2 de agosto



1894Mate Larangeira incorpora banco



O Banco do Rio Mato Grosso, criado pelos irmãos Murtinho para explorar o ervais do Sul de Mato Grosso entra em liquidação e seu espólio é arrematado por 2.250 contos de réis pelo acionista minoritário Thomaz Larangeira, que retoma o controle da empresa que, “continuou naquilo que sabia fazer: colher, transportar e exportar a erva-mate, através de suas associadas platinas. Em vários exercícios financeiros acusou receitas superiores a de Mato Grosso, tendo mais de uma vez socorrido com empréstimos de vulto ao Tesouro Estadual.”



FONTE: Otávio Gonçalves Gomes, Dom Tomaz, in Ciclo da Erva-Mate em Mato Grosso do Sul 1883-1947, Instituto Euvaldo Lodi, Campo Grande, 1986, página 412.




2 de agosto


1916 – Morre em Corumbá, o coronel João Antônio Rodrigues


Aos 72 anos, gaúcho de Porto Alegre, herói da guerra do Paraguai, mudou-se para o Sul de Mato Grosso, em 1876, por recomendação médica. Em 1879 foi nomeado delegado de polícia, função em que permaneceu por 8 anos, juntamente com sua dedicação ao jornalismo. Em 1884 fundou o semanário A Gazeta Liberal, órgão do Partido Liberal ao qual se filiou. Em 1888 fundou o jornal O Escravo, dedicado à causa abolicionista. Em 1893 criou O Eco do Povo e 1904, O Autonomista. Provisionado em 1889, “exerceu a advocacia com bastante inteligência, sendo apontado em Corumbá como um dos mais hábeis profissionais.” 


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, 2a. edição, Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 70.

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