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domingo, 6 de fevereiro de 2011

9 de abril

9 de abril

1870 - Isenção para os ingleses em Corumbá

Acusando o recebimento de aviso do fim da Guerra do Paraguai, o governo britânico aproveita para agradecer ao Brasil a concessão de "isenção, concedida por dois anos, dos direitos de exportação e consumo ao porto de Corumbá, em Mato Grosso":

Legação de Sua Majestade. Petrólis, 9 de abril de 1870 - sr. ministro - Tenho a honra de acusar a recepção de circular de V. Ex. de 4 do corrente, comunicando-me oficialmente a grata notícia da terminação da guerra no Paraguai.

Renovando a V.Ex. as minhas congratulações pelo feliz restabelecimento da paz, aproveito-me com prazer desta ocasião para reconhecer de novo, da maneira mais veemente, a humanidade, o cuidado e a bondade que tiveram com os súditos britânicos no Paraguai, S.A. Real o comandante em chefe , os oficiais e as praças das forças brasileiras naquele país, aos quais muitos deles devem a vida.

Concordo inteiramente com V.Ex. em que a livre navegação dos rios, que banham a república, deve contribuir para promover os interesses gerais da civilização e do comércio, e posso assegurar a V.Ex. que o governo de Sua Majestade terá com grande satisfação conhecimento das vistas do governo de Sua Majestade Imperial relativamente à importância da livre eleição do governo do Paraguai.

Comunicarei imediatamente ao meu governo a isenção concedida por dois anos, dos direitos de exportação e consumo ao porto de Corumbá, em Mato Grosso.

Aproveito-me desta oportunidade para renovar a V.Ex. a segurança de minha mais alta consideração.

- À S.Ex. o sr. barão de Cotegipe, etc.etc. - Geroge Backley Mathew.

FONTE: Jornal do Commercio (RJ) 14 de abril de 1870.

9 de abril
1899 – Totó Paes cerca a Assembléia em Cuiabá








Não reconhecendo o resultado da eleição que favorecia ao coronel Generoso Ponce e ao seu candidato João Felix, o usineiro Antônio Paes de Barros, Totó Paes, aliado aos Murtinhos, dissidentes de Ponce, com exército de mercenários, invade Cuiabá e decide impedir à força o reconhecimento do resultado eleitoral pela Assembleia Legislativa, que é cercada e o seu presidente, o próprio Generoso Ponce, recebe, redigido com irônica sutileza, o seguinte ultimato:
 
Tenho a honra de comunicar-vos que se acha a Divisão Patriótica – Campos Salles – organizada com o fim especial de garantir a Assembleia Legislativa do Estado no julgamento da eleição procedida a 1º de março último nos cargos de presidente e vice-presidente do Estado no futuro quatriênio a começar de 15 de agosto. A notícia de tratar-se do assunto do corpo de polícia militar, do armamento de paisanos em grande número, vindo do interior, do entrincheiramento das ruas desta cidade principalmente das que rodeariam o edifício onde funciona a Assembléia, de todo este aparato bélico de que é testemunha a população inteira desta capital, tomada de natural terror, inspirou a idéia de reunir a divisão patriótica sob o meu comando afim de assegurar no meio desta atmosfera de ameaças à independência dos representantes do povo sobre cujo ânimo talvez se tenha pretendido atuar por tal forma para alcançar a aprovação de uma série de atas de eleições simuladas em prejuízo da justiça e da verdade do regime republicano.


Contando com o apoio patriótico que lhe é oferecido, poderá a Assembleia no exercício de uma das suas mais elevadas atribuições, obrar mais livremente, anulando ou aprovando como entender em sua sabedoria, as eleições que vão ser apuradas sem que os seus dignos membros tenham a recear qualquer consequência de votos que derem no desempenho da delicada missão a eles conferidas por lei.

 
Na persuasão de que prestamos assim um serviço às instituições que nos regem, assegurando o seu funcionamento regular na situação anormal que atravessa o Estado, cabe-me solicitar que transmitais à Assembleia o conhecimento das verdadeiras intenções que animam a divisão patriótica e o seu respeito e acatamento às deliberações que forem legitimamente decretadas por ela. Saúde e fraternidade. Antônio Paes de Barros.



No dia seguinte, Ponce envia ofício ao coronel Totó Paes,  recusando o "apoio". CLIQUE AQUI e veja a resposta de Ponce.
 

FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967. Páginas 68 e 69.


FOTO: prédio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso em Cuiabá, na atual rua Pedro Celestino, esquina com a rua Campo Grande. Foto extraída do Album Grphico de Matto-Grosso, 1914.


9 de abril

2019 - Acadêmico morto por engano desencadeia a maior operação policial de MS





A execução do acadêmico de Direito, Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos, foi um crime que chocou a sociedade de Mato Grosso do Sul e ocasionou a operação Omertà, do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. O jovem foi morto quando manobrava o veículo do pai na garagem de casa, no jardim Bela Vista, em Campo Grande. Matheus foi assassinado com tiros de fuzil AK-47.

O alvo do assassinato era o pai dele, o capitão da reserva da PM, Paulo Roberto Xavier e, em menos de dois anos, a força tarefa de investigação, havia formulado a denúncia contra os suspeitos, acusando  Jamil Name e seu filho Jamil Name Filho, como mandantes e os ex-guardas municipais José Moreira Freires, o Zezinho e Juanil Miranda Lima. Foram indiciados como integrantes da quadrilha, o policial civil aposentado Valdenilson Daniel Olmedo, apontado como um dos gerentes do grupo, o ex-guarda civil Mercelo Rios e de Eurico dos Santos Mota, hacker contratado para monitorar o capitão Xavier.

Antes mesmo da formalização da denúncia, a 26 de novembro, o juiz da 2a. Vara Criminal de Campo Grande, já havia decretado a prisão preventiva dos sete por esse homicídio.

A investigação evoluiu para a descoberta de uma milícia, ligada ao jogo-do-bicho e ao crime de pistolagem, supostamente envolvida na execução de mais dois homicídios em Campo Grande.

Jamil e Jamil Filho foram mandados para o presídio federal de Mossoró,  no Rio Grande do Norte. Antes de ser julgado, Jamil Name morreu por complicações da Covid-19, em 27 de junho de 2021, num hospital em Mossoró.

FONTE: G1/MS, 17/12/2019



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

17 de abril

17 de abril

1867 - Vanguarda das tropas brasileiras chega à fronteira




Primeiro destacamento da força expedicionária brasileira de combatentes ao exército paraguaio, alcança, finalmente, a fronteira Brasil-Paraguai. O momento é descrito por Taunay:

Quem comandava este destacamento era um capitão da guarda nacional do Rio Grande do Sul, Delfino Rodrigues de Almeida, mais conhecido pelo apelido paterno de Pisaflores, homem enérgico a cuja bravura todos prestávamos homenagem. Vimo-lo olhar fixamente para o oeste; de repente, partido de diferentes pontos reboou um grito: A fronteira! Da elevação onde se achava o destacamento avistava-se com efeito a mata sombria do Apa, limite das duas nações.

Momento solene este, em que entre oficiais e soldados não houve quem pudesse conter a comoção! O aspecto da fronteira que demandávamos a todos surpreendeu. É que realmente era novo. Podiam alguns já tê-la visto, mas com olhos do caçador ou do campeiro, indiferentes. A maior parte dos nossos dela só haviam ouvido vagamente falar; e agora ali estava à nossa frente como ponto de encontro das duas nações armadas, e como campo de batalha.


FONTE: Taunay, A Retirada da Laguna (16ª edição brasileira), Edições Melhoramentos, São Paulo, 1963, página 51.

FOTO: imagem meramente ilustrativa.


17 de abril

1917 - Nasce em Cuiabá, Roberto de Oliveira Campos
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Roberto de Oliveira Campos, economista, diplomata e professor, nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, em 17 de abril de 1917 e faleceu no dia 09 de outubro de 2001, no Rio de Janeiro, RJ.
Filho do professor Waldomiro Campos e de D. Honorina de Campos, casou-se com Stella e teve três filhos - Sandra, Roberto e Luís Fernando. Formou-se em Filosofia em 1934 e em Teologia em 1937, nos Seminários Católicos de Guaxupé e Belo Horizonte. Ingressou no Serviço Diplomático Brasileiro em 1939, por concurso. Mestrado em Economia pela Universidade George Washington, Washington D. C. Estudos de pós-graduação na Universidade de Columbia, Nova York. Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nova York, NY, 1958. Doutor Honoris Causa pela Universidade Francisco Marroquim, Guatemala, 1996. Ex-deputado Federal pelo PPB - RJ por duas legislaturas (1990 / 1998), após cumprir oito anos de mandato como senador (1982 / 1990) por Mato Grosso, sua terra natal. Foi embaixador em Washington e em Londres. Participou, ao lado de Eugênio Gudin, do Encontro de Bretton Woods, que criou o Banco Mundial e o FMI - Fundo Monetário Internacional, negociou os créditos internacionais do Brasil no pós-guerra (origem da Companhia Siderúrgica Nacional - Volta Redonda), coordenou as ações econômicas do Plano de Metas do Governo Juscelino Kubitschek e foi ministro do Planejamento e Coordenação Econômica durante o Governo Castelo Branco. Defensor incondicional das liberdades democráticas e da livre iniciativa durante mais de 40 anos, em palestras, conferências, livros e artigos, defendeu a inserção do Brasil no contexto da economia internacional, com base na estabilidade monetária, na redução do tamanho e da influência da máquina administrativa nas atividades produtivas e na modernização das relações entre o Estado e a sociedade.
No seu ideário, estiveram as reformas da Constituição, da Previdência Social, fiscal e partidária, além da aceleração do processo de privatização das empresas estatais. Criador do FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço -, da Caderneta de Poupança, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (posteriormente com o apêndice Social) e do Estatuto da Terra, que se adotado na década de 70, teria evitado os conflitos posteriores. Crítico ferrenho do dirigismo estatal, irônico nos comentários sobre as teses e diatribes esquerdizantes e profundo observador das transformações sócio-político-econômicas do mundo, Roberto Campos foi, também, um juiz de si mesmo.
Em seu mais comentado livro, A Lanterna na Popa, fez uma auto-avaliação da trajetória como diplomata, economista e parlamentar, descrevendo detalhes da convivência com John Kennedy, Margareth Thatcher, Castelo Branco, Juscelino Kubitschek, João Goulart e Jânio Quadros.
Atividades Profissionais:
Conselheiro Econômico da Comissão de Desenvolvimento Econômico Brasil-Estados Unidos (1951 / 1953).
Diretor, Gerente Geral e Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (1952 / 5 / 9).
Secretário-geral do Conselho de Desenvolvimento Econômico (1956 / 1959).
Professor das cadeiras de Moeda e Crédito e Conjuntura Econômica da Faculdade de Economia, Universidade do Brasil (1956 / 1961).
Embaixador itinerante para negociações financeiras na Europa Ocidental (1961).
Delegado a Conferências internacionais, inclusive ECOSOC e GATT (1959 / 1961).
Embaixador do Brasil nos Estados Unidos (1961 / 1961).
Ministro de Estado para o Planejamento e Coordenação Econômica (1964 / 1967).
Membro do Comitê Interamericano para a Aliança para o Progresso, representando o Brasil, Equador e Haiti (1964 / 1967).
Presidente do Conselho Interamericano de Comércio e Produção (CICYP) (1968 / 1970).
Embaixador do Brasil na Corte de Saint James (1975 / 1982).
Senador da República, representando o Estado de Mato Grosso (1983 / 1990).
Deputado Federal pelo Estado do Rio de Janeiro, eleito em outubro de 1990 e reeleito em 15 de novembro de 1994.
Membro da Junta de Governadores do Centro de Pesquisas de Desenvolvimento Internacional (Canadá).
Membro da Junta de Diretores da Fundação de Recurso para o Futuro (USA).
Membro do Grupo dos Trinta, sobre reforma monetária (USA).
Membro do Conselho consultivo do Instituto de Estudos Internacionais da Universidade de Stanford (USA).
Presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento - COMUDES - da Cidade do Rio de Janeiro (1999).
Membro do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (1999).
Roberto Campos foi o sétimo ocupante da Cadeira 21, eleito em 23 de setembro de 1999, na sucessão de Dias Gomes e recebido pelo Acadêmico Antonio Olinto em 26 de outubro de 1999. Foi o segundo imortal de Mato Grosso. O primeiro foi D. Aquino Correa, também cuiabano.
FONTE:  Academia Brasileira de Letras.

15 de abril

15 de abril

1881 - Imperador comuta pena de morte de condenados em Corumbá

Dois escravos, condenados à morte, pela morte de Firminiano Ferreira Cândido,¹ têm a pena capital comutada em galés perpétuas, por decreto do imperador D. Pedro II, nos termos da seguinte comunicação, do governo da província:

"Ao dr. juiz de direito da comarca de Santa Cruz de Corumbá. - Transmito a v. s. para a devida execução, cópia do decreto de 15 de abril último, pelo qual sua majestade o imperador houve por bem comutar em galés perpétuas a pena de morte a que foram condenados por esse juízo, em 29 de março de 1879, os réus escravos José e Benedito por crime de homicídio, mencionados na relação também junta por cópia".² 

FONTE: ¹O Iniciador (Corumbá), 26/05/1881; ²A Província de Matto-Grosso (Cuiabá), 17-07-1881.



1892 – Independência de Mato Grosso aparece em jornal de Londres







Tem repercussão na capital da Inglaterra, a notícia da proclamação do Estado Livre de Mato Grosso, por militares rebeldes de Corumbá, encabeçados pelo coronel João Dias Barbosa. Deu no Daily Telegraph:

Acredita-se que a proclamação da independência de Mato Grosso foi favorecida e preparada pelos argentinos, que são beneficiados pela separação de Mato Grosso porque essa província não mais pertencendo ao Brasil, este último país não mais tem alguma razão para interferir nas repúblicas do Prata, as quais, agora, dominarão inteiramente os rios Paraguai e Uruguai. É sabido que o governo da república Argentina tem ultimamente estado a comprar armas da Alemanha a fim de preparar-se para um possível conflito com o Brasil, o que pode ser ocasionado pelo problema de Mato Grosso.


O assunto voltaria à imprensa londrina nos dias 16 e  20 de abril.



FONTE: Paulo Cimó Queiroz, As curvas do trem e os meandros do poder, Editora da UFMS, 1997, Campo Grande, página 89.

FOTO: capa (com texto inelegível) do The Dayle Telegraph, de Londres



15 de abril

1933 - Jornal O Progressista inicia circulação em Campo Grande



Arthur Jorge:médico, político e jornalista


Órgão bi-semanal do Partido Progressista, passa a circular em Campo Grande, o jornal O Progessista, fundado pela cúpula partidária, Vespasiano Barbosa Martins, Arthur Jorge Mendes Sobrinho, Luiz da Costa Gomes, Arlindo de Andrade Gomes, Nicolau Fragelli, Dolor Ferreira de Andrade e os irmãos Victor e André Pace. Seu primeiro diretor foi Luiz da Costa Gomes. 

Demósthenes Martins, que o dirigiu de 1938 a 1939, descreve-o:

Jornal do interior e, ademais, jornal de partido, em uma época de exacerbação política, era coisa difícil de conduzir, a começar pelo ônus de sua manutenção. Os correligionários consideravam-no seu, devendo ter suas publicações nele inseridas isentas de pagamento, bem como as assinaturas. Se o jornal era do partido, a que tudo davam, deviam merecer uma compensação - argumentavam. E o adversários julgavam-se até insultados pelo garoto, vendedor ambulante, quando lhe oferecia um jornal, repelindo-o sob ameaça de uns cascudos - É um desaforo, saia de minha frente, seu atrevido, com essa porcaria! esbravejavam.

A principal bandeira d'O Progressista foi a campanha pela divisão do Estado.

FONTE: Demosthenes Martins, A Poeira da Jornada (Memórias), edição do autor, Campo Grande, sd., página 124.



15 de abril


1943 - Morre em Corumbá, o poeta Pedro Medeiros


Nascido a 25 de novembro de 1890 na cidade onde viveu, morre Pedro Medeiros. Autor de grande inspiração, foi considerado um dos maiores poetas de Mato Grosso do seu tempo. É de sua autoria a célebre Lenda Borôro:

 Deus atirou no espaço um punhado de estrelas.../ Uma caiu à terra.Outras tardaram ainda.../ A que desceu, por certo a mais luzentes d'elas,/ Veio e se transformou em uma cidade linda;/ Desceu porque do alto o Paraguai parece/ neste ponto uma jóia: escreve em prata um S/que a estrela imaginara,um prendedor ideal,/ ligando à serrania o imenso Pantanal;/E como a muita estrela o céu azul não baste/ caiu, como um brilhante à procura do engaste./E Corumbá surgiu por sobre a terra branca,/na alegria sem par, do gentil casario,/ - entre o verde dos montes - no alto da barranca, debruçada, a sorrir, para o espelho do rio...  

FONTE: Rubens de Mendonça, Poetas Mato-Grossenses, edição do autor, Cuiabá, 1958, página 53

21 de abril

21 de abril

1867 - Tropas de Camisão ocupam o forte Bela Vista no Paraguai



Forte de Bela Vista do Paraguai, em esboço de Taunay



Na guerra contra o Paraguai, coluna brasileira, que viveria a dramática retirada da Laguna, entra em território inimigo e ocupa o forte de Bella Vista. O relato é do cadete Taunay:

“No dia seguinte, 21 de abril, às 8 da manhã, deram os clarins do quartel general o toque de marcha: nada menos significativa do que transpormos a fronteira, entrar em território paraguaio e atacar o forte de Bela Vista, que, deste lado, é a chave de toda aquela região. Não havia quem não compreendesse o alcance da operação, redobrando por este motivo a animação geral. Cada um envergava o mais luzido uniforme; e como às nossas antigas bandeiras não prestigiasse ainda feito notável algum, foram substituídas por outras, cujas cores vivas se destacavam no céu formoso das campinas paraguaias.


Deixando a Machorra, adotara-se a ordem compacta. Dos dois lados da coluna, e para facilitar o movimento, os atiradores, que a flanqueavam, cortavam a macega; pois mudara a natureza do terreno. Não mais tínhamos a grama curta e fresca dos prados que acabávamos de atravessar. Estava o solo coberto desta perigosa gramínea que atinge a altura de um homem, e a que chamam macega, e cujas hastes duras e arestas cortantes tornam, em muitos lugares do Paraguai, a marcha tão penosa. Transpusemos o Apa em frente a Bela Vista; o 20° de infantaria de Goiás formava a vanguarda, sob o comando do capitão Ferreira de Paiva. Avançando à frente dos batedores, a quem comandava, jovem e valente oficial, de nome Miró, fadado à morte próxima, víamos o velho Lopes, apressurado, montando belo cavalo baio, um daqueles animais que o filho e os companheiros deste haviam tomado aos paraguaios.

Estava no auge da alegria, o olhar como o de um rapineiro, a fitar Bela Vista, que começávamos a avistar. De repente, no momento em que acabávamos de chegar ao seu lado, percebemos que a fisionomia se lhe anuviara: 'A perdiz, disse-nos, voa do ninho e nada nos que deixar, nem os ovos'. Mostrava ao mesmo tempo tênue fumo que subia aos ares. 'São as casas de Bela Vista que incendiaram'.

Foi a notícia levada ao Coronel que, avisado também por um sinal do alferes Porfírio, do batalhão da frente, fez acelerar a marcha. Começamos a correr, precipitando-se a linha de atiradores do 20° para o rio; mas à sua frente já se antecipara pequeno grupo de que fazia parte o nosso guia. Com grande espanto nosso não pareciam os inimigos pretender disputar-nos o passo; retiravam-se do Apa como já se haviam afastado da Machorra, indo estacar a uma distância grande, imóveis sobre os cavalos".

Em 22 de maio seguinte, o comandante da coluna, coronel Camisão liberou o seguinte relatório:

O programa que apresentei às forças, ao partir da Colônia de Miranda, acha-se concluído em toda a sua brilhante plenitude. O inimigo fugiu aos primeiros passos da briosa força brasileira e nos abandonou seus entrincheiramentos, incendiando as suas propriedades e devastando brutalmente o trabalho de longos anos. - O conflito em que devia patentear-se a coragem que é própria do soldado brasileiro, não se deu: bastou a simples demonstração de sua placidez e energia. - Deus, em sua resplandecente justiça permitiu a completa reação da injusta invasão do distrito de Miranda, tocando-nos a glória imensa de executá-la em todo o seu elastério. - Orgulhoso por me achar à testa de tão distinta expedição, louvo em extremo, nesta ocasião, aos empregados do quartel deste comando, srs. engenheiros, médicos, oficial pagador, comandantes dos corpos de caçadores e de cavalo, provisório de artilharia, dos batalhões ns. 17, 20 e 21, todos os srs. oficiais e praças pelo entusiasmo no desejo de encontrar o inimigo e alegria ao marchar ao seu encontro, que se manifestaram em todas as ocasiões, desde a saída de Miranda, não só nos corpos que formavam a vanguarda, os quais desenvolveram muita atividade e vigilância, como nos demais, o que patenteou-se na passagem do rio Apa, o qual apesar de seu péssimo vau foi em poucos minutos transposto, ainda mesmo pela artilharia, cujo trem pesado faria crer em longa demora, dando-se o mesmo com o cartuchame. Ainda merece os meus elogios o bravo e denodado guia dessas forças José Francisco Lopes, o qual, impelido pelos sentimentos de pai e cidadão, pois tem a sua família prisioneira nesta República, nunca se esquivou a trabalhos e perigos, assim como os mais paisanos e fugitivos que ora me acompanham.

Sem resistência, o forte, que apenas consistia em sólida estacada de madeira, foi ocupado pelos brasileiros, assim como a vila. 


FONTE: Taunay, A retirada da Laguna, (16ª edição brasileira) Edições Melhoramentos, São Paulo, 1963, páginas 59 e 154.



21 de abril

1919 - Pedra fundamental da biblioteca pública de Campo Grande


Projeto do prédio da primeira biblioteca de Campo Grande
Na administração municipal de Rosário Congro, é criada a primeira biblioteca da vila de Campo Grande, em terreno doado pela municipalidade, em local onde funcionou o Rádio Clube , o fórum e, finalmente, a Câmara de Vereadores. Arlindo de Andrade, que foi o primeiro juiz de direito da comarca e fundador do primeiro jornal (O Estado de Mato Grosso), foi um dos dirigentes da Sociedade Organizadora da Biblioteca Pública de Campo Grande, responsável pela administração da entidade, juntamente com seu colega advogado, José Jaime Ferreira de Vasconcelos.


FONTE: Paulo Coelho Machado, Arlindo de Andrade, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1988, página 44.



21 de abril

1930 - Instalada a primeira escola normal de Campo Grande

Anexa ao ginásio estadual, na avenida Afonso Pena é instalada a primeira escola normal de Campo Grande. Seu primeiro diretor foi o professor Tessitore Júnior. O ato inaugural foi presidido pelo juiz de direito da comarca, Laurentino Chaves. que pronunciou "de improviso e com uma eloquência tão sua", proferiu discurso considerado "verdadeiro alarma contra o materialismo avassalador e absorvente ora dominando os homens". O prefeito Antero Paes de Barros, agradeceu ao governador Aníbal de Toledo pelo investimento do Estado no ensino público da cidade.

Em homenagem a Tiradentes, cuja data se comemorava, fez uso da palavra o capitão Eudoro Correa de Arruda.


FONTE: A Cruz (Cuiabá), 26/05/1930.






21 de abril

1951 - Circula o número 1 do jornal "O Progresso" de Dourados



Com direção do advogado Weimar Torres passa a circular em Dourados o semanário O Progresso. O título foi uma homenagem do editor ao seu genitor, o também advogado e jornalista José dos Passos Rangel Torres, que manteve um jornal com o mesmo nome em Ponta Porã. O Progresso estreou com um título ufanista e profético - VERTIGINOSA! A marcha de Dourados para o progresso - secundado por um lead que traduzia a azáfama da cidade naquele meado de século: "De uma terra inexpressiva e esquecida, passa Dourados a ser uma das regiões mais famosas da Pátria. Gente de toda parte se instala no município para explorar suas magníficas matas. Mais de 2.400 pessoas chegadas depois do recenseamento. Grandes vendas de terra, cinema, luz elétrica, linha de aviões diários, loteamento em massa, mais e mais casas de comércio, valorização acelerada dos imóveis, cafezais, produção imensa de algodão e cereais, instalação de grandes serrarias, um instantâneo polifórmico de uma esplêndida realidade".


FONTE: Regina Heloiza Targa Moreira, Memória Fotográfia de Dourados, UFMS, Campo Grande, 1990, página 117.




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domingo, 6 de fevereiro de 2011

11 de abril

11 de abril

1853 – Habilitado o porto de Corumbá



Porto de Corumbá, no início do século passado. Um dos maiores do Brasil

A notícia, de Ferreira Moutinho em sua “Notícia sobre a Província de Mato Grosso”, é citada por Lécio G. de Souza:

O decreto de 11 de abril de 1853 habilitou seu porto para o comércio e criou na povoação uma mesa de rendas. No ano seguinte, a Resolução de 5 de julho autorizou a presidência a transferir a sede de Albuquerque Novo para ela, o que não se verificou senão em 1862, por força da lei 1º de julho, demarcando a provisão de 5 de fevereiro do ano seguinte os limites da nova freguesia.



FONTE: Lécio Gomes de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd., página 33.


11 de abril

1867 -  Fugitivo, filho do Guia Lopes alcança coluna brasileira




Tendo conseguido escapar do cativeiro no Paraguai a 25 de março, consegue alcançar a coluna em marcha para a fronteira, um grupo de brasileiros que haviam sido aprisionados pelo exército de Lopes no início da guerra, entre eles um filho de José Francisco Lopes, o guia da coluna. Ao comandante, coronel Camisão, foi dito que "conseguiram apossar-se de bons cavalos paraguaios, e, como não se iludissem acerca do destino que os aguardava caso fossem novamente capturados, tinham se arriscado a caminhar à noite, e de mata em mata, fazendo contínuos rodeios, em direção à fronteira. Atingindo-a felizmente, atravessaram o Apa e depois, deixando à direita a estrada da colônia, subiram ao norte, em direção à estância do Jardim, de onde desceram ao nosso encontro".

O reencontro de pai e filho é registrado por Taunay:

Anunciou-se neste momento a volta do 17º batalhão que acompanhara o velho Lopes. Era geral o desejo de assistir ao primeiro encontro do pai e do primogênito que lhe voltava aos braços.

Passando pelos postos avançados soubera o nosso guia da grande notícia.
Vinha pálido, lacrimejante, em direção ao filho que, respeitosamente, o esperava, descoberto. Não descavalgou; estendeu a dextra trêmula ao filho, que a beijou; depois o velho guia deu-lhe a bênção e passou sem palavra.

Foi uma cena patriarcal, e como seja o coração humano sempre sensível aos grandes lances, atônitos, olhávamos uns para os outros, como a indagar se não seria fraqueza entre soldados nem sempre poder conter as lágrimas.

Que emoção devia sentir o velho vendo o filho escapo ao inimigo! E quanta dor, ao pensar que os outros membros da família, ainda cativos, haviam perdido o mais valente defensor!


FONTE: Taunay, A Retirada da Laguna (16a. edição brasileira) Edições Melhoramentos, São Paulo, 1963, página 46.  

FOTO: Tela de Ruy Martins Ferreira.


11 de abril

1881 - Morre em Miranda, o homem mais "velho do mundo".


Faleceu em Miranda, Francisco José Cardoso Guaporé¹, agente dos correios da vila, último cargo público que exerceu, tendo falecido com idade muito avançada, cujo tempo de vida foi calculado entre 120 e 150 anos, conforme comentário irônico e discriminatório do correspondente de um jornal de Corumbá e obituário publicado no mesmo jornal:

"Tenho sido mais que irregular na remessa de minhas missivas ao público, não por carência de matérias, como talvez possa acontecer n'outros pontos da província, mas sim pela falta de confiança nos portadores que de aqui seguem para essa cidade, bem como na agência do correio, contra a qual em vão tantas queixas e clamores levantam os prejudicados na remessa de suas correspondências. Longe estou de acusar o atual agente de corrupto, venal ou desidioso no cumprimento de seus deveres, mas sim pela sua decrepitude e imprestabilidade para qualquer função pública, pois que no século presente, de pronunciada degeneração da espécie humana, o homem de cento e cinquenta anos, como ele que há pouco festejou o seu natalício, de há muito não deverá pertencer ao rol dos vivos. Prescindindo porém de adiantar-me mais sobre o anti-diluviano Francisco José Cardoso Guaporé, permitir-me-á tratar de outros assuntos".²

O mesmo jornal, por ocasião de se falecimento, dá a seguinte nota:

"Faleceu em Miranda o ancião Cardoso Guaporé, que exercia ali os cargos de coletor e agente do correio. Dizem-nos que contava mais de 120 anos de idade. Paz à sua alma".³


FONTE: ¹A Província de Mato Grosso (Cuiabá), 15/07/1881, ²O Iniciador (Corumbá), 26/12/1880, ³Idem, 21/04/1881.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

10 de fevereiro


10 de fevereiro

1925 - Morre Caetano de Albuquerque



Aos 68 anos, falece no Rio de Janeiro, o general Caetano Manuel de Faria e Albuquerque. Cuiabano, presidente do Estado, de 15 de agosto de 1915 a janeiro de 1917, foi protagonista de um dos períodos de maior convulsão na história política de Mato Grosso republicano, resistindo a um pedido de impeachment da oposição na Assembleia Legislativa e desencadeando sangrenta reação armada, que ficou conhecida como Caetanada.
 
Ao final das escaramuças, o impasse, que resultou em sua renúncia, juntamente com todos os deputados, ensejou o chamado governo de conciliação, encabeçado por dom Aquino Correa.

 
Sobre seu governo e sua personalidade, generosamente depõe Nilo Póvoas:

 
Igual ao militar brioso e idealista; igual ao parlamentar insigne e operoso, foi o presidente impoluto e de larga visão. Dotado de altivez indomável e de caráter independente, tentou Caetano de Albuquerque implantar na governança do seu Estado uma política administrativa baseada nos salutares princípios de uma democracia sadia, de respeito a todos os direitos. Seria um governo ideal, que satisfazia aos anseios da oposição e. em geral, do povo matogrossense, já cansado dos processos abastardados que de há muito vinham infelicitando o Estado de Mato Grosso.¹ 


Sobre a sua morte e sua vida, jornal do Rio, deu a seguinte nota:

"Faleceu anteontem às 22 horas, em sua residência à rua general Canabarro, n° 317, o sr. General Caetano Manuel de Faria Albuquerque, vitimado por uma angina pectoris.

O enterramento foi verificado ontem às 17 horas, no cemitério São Francisco Xavier, sem as honras militares devidas ao seu alto posto, por ter sido este o seu desejo.

O general Caetano de Albuquerque nasceu a 11 de janeiro de 1857 no estado de Mato Grosso, tando assentado praça a 26 de abril de 1871. Durante sua vida militar desempenhou vários cargos, alcançando elogiosas referências do governo.

Político, o então capitão Cae cotano de Albuquerque foi chamado à Constituinte como representante do seu estado natal, sendo depois, deputado por mais de uma legislatura.

Fazendo parte do grupo oposicionista à política de Floriano, o general Albuquerque foi preso, para, pouco mais tarde, ser solto em virtude de uma defesa escrita que apresentou àquele marechal.

Retirado por momentos das lutas políticas, o extinto foi eleito em 1915, presidente de Mato Grosso, cargo que, devido às várias dissenções ali ocorridas nesse tempo, muitos dissabores e aborrecimentos causou ao referido militar.

Dado também às letras o general Caetano de Albuquerque deixou trabalhos esparsos sobre os mais variados assuntos, chegando a publicar, porém, entre outros volumes, o Dicionário Técnico Miliar, Corografia do Brasil, Manual do Empregado no Comércio, etc. além da resposta, que, como presidente do referido Estado, ofereceu à Assembleia Legislativa sobre a denúncia que contra o autor do trabalho foi apresentada à mesma Assembleia.

Era casado em primeiras núpcias com d. Adelaide de Melo Albuquerque de quem houve quatro filhos; e em segundas núpcias com d. Ana Josefina da Mota Albuquerque, já falecida, tendo desse matrimônio cinco filhos. Possuía numerosos netos e um bisneto.

Os últimos anos de vida consagrou-os o general Caetano de Albuquerque exclusivamente aos carinhos da família e aos estudos de gabinete.

Era o extinto reformado no posto de general de divisão e formado em engenharia".²



FONTE: ¹Nilo Póvoas, Galeria dos varões ilustres de Mato Grosso, Governo do Estado, Cuiabá, 1978, página 33. ²Jornal do Brasil (RJ) 12 de fevereiro de 1925.

FOTO: Jornal do Brasil.



10 de fevereiro 


1954 - Inaugurado monumento ao prefeito Ari Coelho em Campo Grande






Assassinado em 21 de novembro de 1952 em Cuiabá, o prefeito Ari Coelho de Oliveira é homenageado com a denominação da praça central da cidade e com a construção de um monumento no mesmo logradouro, até então conhecido como praça da Liberdade. A estátua é constituída pela figura de bronze, em corpo inteiro do homenageado sobre pedestal de concreto armado. A obra foi de iniciativa popular, coordenada por uma comissão diretora composta de: presidente Walfrido Moraes, secretário Assaf Trad e tesoureiro Ulisses Serra.


FONTE: General J.B. Mattos, Os monumentos nacionais (Mato Grosso), Imprensa do Exército, Rio de Janeiro, 1957, página 65.


sábado, 19 de fevereiro de 2011

7 de junho

7 de junho


1861 – Nasce Joaquim Augusto da Costa Marques


Filho de Poconé, Costa Marques fez o primário em sua cidade e o secundário em Cuiabá. Em 1891, bacharela-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo e volta para Mato Grosso, instalando-se em São Luiz de Cáceres. Na política, filia-se ao antigo partido nacional, mais tarde democrata, participa ativamente do movimento que derrubou o presidente Manuel Murtinho, em 1892. Em 1899, com a cisão do Partido Republicano, adere à liderança do coronel Generoso Ponce.

“Sempre solidário com o povo de sua terra nas suas memoráveis reivindicações – lembra Nilo Póvoas – não hesitou em participar do movimento revolucionário de 1906, tendo comandado uma brigada de que se compunha o Exército Libertador que pôs cerco à capital matogrossense, fazendo ruir por terra o despotismo do coronel Antônio Paes de Barros.”


Deputado federal, elegeu-se governador em sucessão ao coronel Pedro Celestino Correa da Costa. Governou de 1911 a 1915. Foi o primeiro governante estadual a visitar Campo Grande, em 11 de outubro de 1912. Em sua homenagem a municipalidade colocou o seu nome na principal praça da cidade, atualmente praça do Imigrantes, no final da rua 26 de Agosto. Faleceu em Cáceres a 2 de dezembro de 1939. 



FONTE: Nilo Póvoas, Galeria dos varões ilustres de Mato Grosso, Fundação EStadual de Cultura, Cuiabá, 1978. Página 95.





7 de junho

1883 - Nioaque ganha sua primeira escola pública e retoma nome original



Resolução nº 612, do governador Barão de Batovi, da província de Mato Grosso, devolve o nome original da vila e cria a primeira escola de Nioaque:

"Art. 1º - A freguesia de Levergeria, criada pela lei provincial n. 606 de 24 de maio de 1877, se denominará d’ora em diante – freguesia de Santa Rita de Nioaque.

Art. 2° - Fica criada uma cadeira de instrução primária para ambos os sexos na mesma freguesia.

Art. 3° - O professor nomeado para reger a mesma cadeira perceberá o ordenado anual de 600$000 réis e a gratificação de 200$000, revogadas as disposições em contrário.

Mando portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e a execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. O secretário da província a faça imprimir, publicar e correr. Cuiabá, aos sete dias do mês de junho de 1883, 62° da independência e do império.

Barão de Batovi".

 


7 de junho


1964Americanos em Urubupungá



Lincoln Gordon (de óculos escuros) vistoria obras de Jupiá com o governador
Fernando Correa da Costa, o primeiro à esquerda
Durante visita ao Estado, o embaixador americano Lincoln Gordon esteve em Cuiabá, Corumbá, Campo Grande e Dourados, encerrando a viagem no dia 7 com visita às obras de Urubupungá. No dia 5, o diplomata assinou com o governador Fernando Correa da Costa, convênio de financiamento da Aliança para o Progresso ao Plano de Eletrificação de Mato Grosso no valor de US$ 6.230.000,00. Em Jupiá, acompanhados do governador e do ministro Roberto Campos, do Planejamento, os americanos percorreram as obras da usina de Urubupungá, “sendo então informados de que o cronograma vem sendo cumprido, de forma que as primeiras unidades poderão iniciar a produção de eletricidade em princípios de 1967".

A usina de Jupiá entrou em funcionamento em 14 de abril de 1969.



FONTE: Revista Brasil-Oeste, n° 94. Página 42.

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...