1857 - Nasce Antonio Correia da Costa
De uma das mais tradicionais famílias cuiabanas, nasce Antonio Correa da Costa. Formado em Ciências Físicas e Naturais pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, retornou à sua terra natal, inicialmente para lecionar Matemática no Liceu Cuiabano. Em seguida fundou e dirigiu o Externato Matogrossense. Com a proclamação da República ingressa na política, iniciando como secretário do general Antônio Maria Coelho, primeiro presidente do Estado no novo regime. Deputado à Assembléia Constituinte em 1891, presidente do Estado, em 1895, cargo ao qual renunciou por desentender-se com o senador Generoso Ponce, chefe de seu partdio político.
Sua ligação com o Sul do Estado relaciona-se, particularmente, ao tempo em que foi superintendente da Companhia Mate Laranjeira, “a maior organização industrial de Mato Grosso, naqueles tempos”, tendo-se notabilizado “como exímio administrador, executando um vasto plano de realizações, inclusive a fundação do povoado a que deu o nome de Porto Murtinho, preparando para a empresa uma era de grande prosperidade.”
FONTE: Nilo Póvoas, Galeria de varões ilustres de Mato Grosso, vol II, Fundação de Cultura de Mato Grosso, Cuiabá, 1978, página 29.
5 de fevereiro
1892 - Rebeldes libertam presos comuns em Corumbá
Militares, à frente o coronel João da Silva Barbosa, (segundo da esquerda para a direita) e civis que derrubaram o governo constitucional de Manoel Murtinho em Cuiabá, dito Governo Provisório, com sede em Corumbá, decidem abrir as portas da cadeia pública da cidade, cientificando a população através do seguinte boletim:
Decreto nº 2. A Junta Governativa Provisória do Estado de Mato Grosso, atendendo a que o dia 22 de janeiro próximo passado é para os filhos do Estado uma data de indelével memória pela reivindicação de seus direitos, então solene e pacificamente realizada, assinalando de tal modo os poderes que lhe foram conferidos pela soberania do povo, resolve decretar:
Art. 1º - Ficam perdoados todos os presos sentenciados e por sentenciar existentes na cadeia pública da cidade.
Art. 2º - Ficam igualmente perdoados os criminosos já processados e ausentes e indultos os que até a presente data não o estejam.
Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Cumpra-se e comunica-se.
Gabinete do Governo provisório nos Paços da Intendência Municipal da cidade de Corumbá, Capital provisória, 5 de fevereiro de 1892. Generoso Nogueira Nunes e Antonio Joaquim da Rocha.
FONTE: Estêvão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2a. edição), Casa Civil do Governo do Estado de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 81.
FOTO: João da Silva Barbosa, promovido a general, na guerra de Canudos, na Bahia.
5 de fevereiro
1921 - Nasce na Paraíba José Pereira Lins
Está no Estado desde 1937. Bacharel em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Curitiba, Paraná. Lecionou em Campo Grande nos colégios Estadual Campo-grandense, Oswaldo Cruz e Barão do Rio Branco. Fundou em Dourados o Colégio Oswaldo Cruz, lecionou no Centro Universitário de Dourados, da UFMS. Foi presidente da Academia Sul-matogrossense de Letras.
Faleceu em Dourados em 2 de maio de 2011.
FONTE: Maria da Glória Sá Rosa, História da Cultura e da Educação de Mato Grosso do Sul, UFMS, 1990, página 175.
5 de fevereiro
1938 - Filinto Müller veta entrada de judeus no Brasil
Justificando-se em eventual aversão do judeu para as atividades agrícolas, únicas abertas à imigração, o matogrossense Filinto Muller, chefe de polícia do Rio de Janeiro, no governo Vargas, e que depois viria a ser senador por diversos mandatos em Mato Grosso, recomendava em relatório ao Ministro Francisco Campos, da Justiça e Negócios Interiores, a manutenção das restrições à entrada de judeus no Brasil. O memorial apontava três razões para vetar a entrada de judeus alemães, perseguidos pelo nazismo:
1) por não se dedicarem à agricultura, contrariando a política tradicional do Departamento Nacional de Povoamento que tem por objetivo fomentar a corrente migratória para o campo;
2) por se dedicarem às atividades comerciais de baixa classe, desorganizando todo o comércio nacional nas cidades do interior do país; e
3) no tocante às suas ideias políticas.
Filinto foi acusado de haver entregue a militante comunista Olga Benário, mulher de Luiz Carlos Prestes ao governo nazista de Adolf Hitler.
FONTE: Maria Luiza Tucci Carneiro, O anti-semitismo na era Vargas, Editora Brasiliense, São Paulo, 1988, página 338.
1920 - EFNOB: cheia interrompe tráfego entre Porto Esperança e Miranda
Prolongada enchente no Pantanal tem causado enorme prejuízo as atividades econômicas em Corumbá, Porto Esperança e Cuiabá:
"Continua a enchente do rio Paraguai, o que tem causado completa interrupção no tráfego da Noroeste do Brasil. No trecho entre Miranda e Porto Esperança o comércio tem sido enormemente prejudicado, havendo cargas que, despachadas para o Rio de Janeiro em julho do ano passado, delas em Corumbá não se sabe notícias.
Os passageiros têm sido também muito embaraçados nas suas viagens, sendo obrigados a fretar lanchas para conduzi-los de Miranda a Corumbá, com cinco dias de atraso e sem nenhuma comodidade. Há em todo o Estado clamor geral contra a incúria do governo federal que mantem a estrada com linhas provisórias há mais de cinco anos".
FONTE: O Jornal (RJ), 5 de fevereiro de 1920.
1921 - Nasce na Paraíba José Pereira Lins
Está no Estado desde 1937. Bacharel em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Curitiba, Paraná. Lecionou em Campo Grande nos colégios Estadual Campo-grandense, Oswaldo Cruz e Barão do Rio Branco. Fundou em Dourados o Colégio Oswaldo Cruz, lecionou no Centro Universitário de Dourados, da UFMS. Foi presidente da Academia Sul-matogrossense de Letras.
Faleceu em Dourados em 2 de maio de 2011.
FONTE: Maria da Glória Sá Rosa, História da Cultura e da Educação de Mato Grosso do Sul, UFMS, 1990, página 175.
5 de fevereiro
1938 - Filinto Müller veta entrada de judeus no Brasil
Justificando-se em eventual aversão do judeu para as atividades agrícolas, únicas abertas à imigração, o matogrossense Filinto Muller, chefe de polícia do Rio de Janeiro, no governo Vargas, e que depois viria a ser senador por diversos mandatos em Mato Grosso, recomendava em relatório ao Ministro Francisco Campos, da Justiça e Negócios Interiores, a manutenção das restrições à entrada de judeus no Brasil. O memorial apontava três razões para vetar a entrada de judeus alemães, perseguidos pelo nazismo:
1) por não se dedicarem à agricultura, contrariando a política tradicional do Departamento Nacional de Povoamento que tem por objetivo fomentar a corrente migratória para o campo;
2) por se dedicarem às atividades comerciais de baixa classe, desorganizando todo o comércio nacional nas cidades do interior do país; e
3) no tocante às suas ideias políticas.
Filinto foi acusado de haver entregue a militante comunista Olga Benário, mulher de Luiz Carlos Prestes ao governo nazista de Adolf Hitler.
FONTE: Maria Luiza Tucci Carneiro, O anti-semitismo na era Vargas, Editora Brasiliense, São Paulo, 1988, página 338.
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