06 de novembro
1952 - Morre o deputado Aral Moreira
Nascido
em 20 de agosto de 1898 na cidade de Aquidauana, falece no Rio de
Janeiro, por complicação de uma cirurgia na vesícula, o deputado federal
da bancada de Mato Grosso, Aral Moreira. Advogado, jornalista e
produtor rural, elegeu-se pela UDN (União Democrática Nacional) na
eleição de 1950, tendo como principal reduto eleitoral o município de
Ponta Porã. Líder ervateiro foi um dos fundadores e primeiro presidente
da Federação das Cooperativas Produtoras de Mate, fundada em 1942.
Divisionista convicto participou como combatente voluntário da revolução
constitucionalista de 1932, tendo se destacado na última batalha em
Porto Murtinho.(*)
No
Congresso, durante o pouco tempo de seu mandato, defendeu a restauração
do Território Federal de Ponta Porã, suprimido pela Constituinte de
1946 e pela construção do ramal da NOB de Campo Grande para Ponta Porã.
Em
sua homenagem há ruas em Ponta Porã, Iguatemi, Itaporã e em
praticamente todas as cidades da região Sul do Estado e o distrito de
Fronteira Rica, desmembrado de Ponta Porã, emancipado em 13 de maio de
1976 passou a chamar-se município de Aral Moreira.
FONTE: Milton Batista Fróes, Aral Moreira e Juvenal Fróes - os caminhos da erva-mate na fronteira sul-mato-grossense, Editora Massoni, Maringá, 2007.
(*) Umberto Puigari, Nas fronteiras de Mato Grosso, terra abandonada... Casa Mayença, São Paulo, 1933. Página 190, sobre a participação de Aral Moreira na batalha.
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
06 de novembro
06 de novembro
1872 – Coxim é elevada à freguesia
Com a denominação de São José de Herculânea e subordinada ao município de Corumbá, a povoação de Coxim, às margens do rio Taquari, é alçada à condição de freguesia:
“Sustentando o seu crescimento, apoiado no comércio pujante, o povoado adquiriu importância, acabando por conquistar um avanço, com a sua elevação à categoria de freguesia, proporcionando a sua primeira organização jurídica, com a implantação do Juizado de Paz e a criação de seu primeiro Cartório de Notas, em 1893.”
FONTE: Ronan Garcia da Silveira, História de Coxim, Prefeitura de Coxim, 1995, página 31
06 de
novembro
1909 - Fazendeiro demarca área para a cidade
de Porto Esperança
Porto Esperança em 1947, durante cheia do rio Paraguai |
Entusiasmado com a expectativa da
transformação de Porto Esperança, em grande metrópole, o fazendeiro Deoclécio
Leite Moreira, comunica ao governador do Estado em Cuiabá a decisão de incumbir-se
do traçado da nova cidade e a disponibilidade de lotes aos interessados em
se estabelecer no lugar, que, até 1953, foi o terminal da ferrovia Noroeste do
Brasil:
Tenho a subida honra de comunicar à v. exc. que, por minha incumbência foram iniciados pelo engenheiro Brandão Júnior os trabalhos de organização do projeto da futura povoação de Porto Esperança, junto ao ponto terminal da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Tomando a iniciativa de franquear ao público fácil aquisição de lotes de terrenos na mencionada localidade e futura grande cidade do nosso amado torrão, não tive em vista senão concorrer na medida de minhas forças para o progresso do Estado, a que tanto me ufano de pertencer.
Julgo assim contribuir de alguma forma com o meu pequeno contingente para a prosperidade de Mato Grosso, na vigência da brilhante administração de v. exc. Saudações.
Deoclécio é reconhecido como fundador de Porto Esperança. Seu sonho de construir uma grande cidade à margem esquerda do rio Paraguai, entretanto, naufragou na voracidade das frequentes e incontroláveis cheias do rio.
FONTE: Correio do Estado (Corumbá), 6 de novembro de 1909.
FOTO: O Estado de S. Paulo, 8 de outubro de 1947.
06 de novembro
1916 - Caetanada: presidente do Estado é acusado pela Assembleia
É lida na Assembleia Legislativa, excepcionalmente reunida na cidade de Corumbá, a acusação ao presidente Caetano de Albuquerque, aprovada por unanimidade na sessão do dia 4 de novembro.
São estes os termos:
São estes os termos:
"A Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso decreta a acusação do presidente do Estado, general Caetano Manoel de Faria e Albuquerque, pelos crimes de prática de atos contra o livre exercício dos poderes políticos, opondo-se diretamente e por fatos, a execução de uma lei da Assembléia Legislativa, obrigando à mesma Assembleia a deixar de propor uma resolução e obstando a sua reunião constitucional, e de prática de atos contra a guarda de aplicação legal dos dinheiros públicos, criando comissões remuneradas, sem autorização legal, abrindo créditos sem as formalidades e fora dos casos estabelecidos em lei, e o pronuncia incurso alínea e 36 in fine da lei no. 23 de 16 de novembro de 1892, deixando de o pronunciar na pena de incapacidade por oito anos para exercício de emprego do Estado por ela ser inconstitucional. Paço da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso em Corumbá, 6 de novembro de 1916. Francisco Pinto de Oliveira, presidente; Otávio Pitaluga, 1º secretário; Pilade Rebuá, 2º secretário”.
FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 108.
6 de novembro
1921 - Lançado o "Diário de Corumbá"
Tendo como principal objetivo defender a candidatura do Artur Bernardes para presidente da República, passa a circular o "Diário de Corumbá", bem recebido por seu congênere carioca:
"Surgiu a 6 do corrente o Diário de Corumbá que, sob a direção do conhecido jornalista Carlos de Mello e com brilhantes editoriais, está defendendo as candidaturas nacionais dos Drs. Arthur Bernardes e Urbano Santos, à presidência e vice-presidência da República.
Esses editoriais demonstram que as candidaturas, por consultarem de perto as aspirações do povo brasileiro, vão sendo unanimimente aceitos em todo o Estado de Mato Grosso".
Em uma de suas edições, "transcreve o artigo do Rio-Jornal, relativo ao assassinato do saudoso general Pinheiro Machado. Esse artigo, denunciando a coparticipação do Dr. Nilo Peçanha, no assassinato do eminente estadista brasileiro, causou a mais profunda impressão nesta capital".
FONTE: O Paiz (RJ), 11/11/1921.
6 de novembro
1952 - Morre o deputado Aral Moreira, de Ponta Porã
Morre no Rio de Janeiro, vítima de fulminante ataque cardíaco, o deputado Aral Moreira (UDN), representante da bancada de Mato Grosso na Câmara dos Deputados. Político de Ponta Porã, Aral Moreira relevou-se como defensor dos produtores de erva mate na região fronteiriça.
Em sua homenagem, não houve sessão deliberativa na Câmara, dedicando o expediente aos discursos de exaltação, proferidos por vários parlamentares de todos os partidos, entre eles, Afonso Arinos, Dolor Ferreira de Andrade, João Ponce de Arruda e Flores da Cunha.
Foi também aprovado requerimento dos deputados Filadelfo Garcia (PSD-MT) s Benjamin Farah (PSP-SP) "solicitando inserção em ata de um voto de profundo pesar" à sua família e ao governo de Mato Grosso. Antes de levantar a sessão o presidente da Câmara, Nereu Ramos, em nome da Mesa, associou-se às manifestações de pesar, tendo salientado que "o deputado Aral Moreira era um homem forte, altivo e de atitudes corajosas, inspiradas sempre no desejo de bem servir à Pátria".¹
Aral Moreira nasceu em Ponta Porã no dia 12 de agosto de 1898, filho de Manuel Moreira e Josefina Trindade Moreira.
Bacharelou-se em Direito. Advogado, industrial, comerciante, pecuarista e especialista em cooperativismo, foi subchefe de polícia, promotor público e membro da junta governativa do Instituto Nacional do Mate.
Na eleição de 1950 elegeu-se deputado federal na legenda da UDN, União Democrática Nacional, Assumiu em fevereiro de 1951 e faleceu em pleno exercício do mandato.² Foi substituído pelo primeiro suplente da UDN, Lúcio Medeiros, prefeito de Corumbá.
Aral Moreira deu nome a um município em Mato Grosso do Sul.
FONTE: ¹Correio Paulistano, 7 de novembro de 1952, ²CPDOC da Fundação Getúlio Vargas.
FOTO: reprodução do livro biográfico.
6 de novembro
06 de novembro
1872
– Coxim é elevada à freguesia
Com a denominação
de São José de Herculânea e subordinada ao município
de Corumbá, a povoação de Coxim, às margens
do rio Taquari, é alçada à condição
de freguesia:
“Sustentando o seu crescimento, apoiado no comércio pujante, o povoado adquiriu importância, acabando por conquistar um avanço, com a sua elevação à categoria de freguesia, proporcionando a sua primeira organização jurídica, com a implantação do Juizado de Paz e a criação de seu primeiro Cartório de Notas, em 1893.”
FONTE: Ronan Garcia da Silveira, História de Coxim, Prefeitura de Coxim, 1995, página 31
05 de novembro
05 de novembro
1880
- Nasce em Cuiabá, Otávio Pitaluga
Militar, político
e sertanista. Técnico da Comissão Rondon, traçou
o projeto da cidade de Rondonópolis. Foi deputado estadual por
várias legislaturas. Faleceu em sua cidade natal em novembro
de 1929.
05 de novembro
Ao caudilho mato-grossense Generoso Ponce é concedida por decreto do presidente da República, carta de oficial honorário do Exército Brasileiro:
“O marechal Floriano Peixoto, vice-presidente da República dos Estados Unidos do Brasil:
Faço saber aos que esta Carta Patente virem que por decreto de cinco de novembro de 1894, resolvi conceder, como por esta concedo, ao Coronel Comandante Superior da Guarda Nacional de Mato Grosso Generoso Paes Leme de Sousa Ponce as honras de (ilegível) de Coronel do Exército por serviços prestados à Repúbica.
Pelo que mando à autoridade a quem compete, que por tal o tenha e reconheça. Em firmeza do que lhe mandei passar a presente Carta.
Cidade do Rio de Janeiro, aos quatorze dias do mês de novembro de mil oitocentos e noventa e quatro, sexto da República".
FONTE: Generoso Ponce Filho, Generoso Ponce, Um Chefe, Pongetti, Rio de Janeiro, 1952, página 121
Ambientalista imola-se em protesto contra agressão Pantanal
12 de novembro
2005 - Ambientalista imola-se em protesto contra agressão ao Pantanal
Durante manifestação de militantes do movimento ecológico de Campo Grande, contra projeto que pretendia flexibilizar a lei que proíbe a implantação de indústrias poluentes no Pantanal, Francisco Anselmo Gomes de Barros, o Francelmo, presidente da Fundação para a Conservação da Natureza de Mato Grosso do Sul, despejou uma certa porção de alcool ao corpo e ateou fogo na roupa, sofrendo queimaduras de terceiro grau por todo o corpo.
Em consequência veio a falecer no dia seguinte no hospital da Santa Casa de Campo Grande e o projeto, de autoria do deputado Dagoberto Nogueira (PDT) foi rejeitado pela Assembleia Legislativa.
Nascido em 21 de abril de 1940, em Fortaleza, Ceará, aos 18 anos, Francelmo ingressou na Aeronáutica, onde permaneceu até 1965. Em 1977, ele e a esposa Iracema Sampaio, mudam-se para Campo Grande, onde dedicaram-se ao jornalismo empresarial com o lançamento da revista "Executivo Plus."
Paralelamente às atividades empresariais, dedica-se à militância ecológica, através da criação da Feconams, que depois de sua morte passou a denominar-se Associação Francisco Anselmo. Em sua homenagem o prefeito Nelsinho Trad deu seu nome ao Parque do Sóter.
Do poeta Manoel de Barros, a viúva de Francelmo, recebeu no dia seguinte à sua morte a seguinte mensagem: Querida amiga Iracema: o que o nosso querido Francelmo fez, a mim a Stella e a todos nós chocou tanto, que ficamos um pouco aparvalhados com a notícia. Foi uma imolação pela Pátria que na terra do mensalão destoa. Mas até pode corrigir. O que nosso Francelmo fez é mais que um protesto. Para mim tem o componente maior do heroísmo. Francelmo: o último herói do Brasil. Meus sentimentos Iracema. Seu velho amigo Manoel de Barros.
FONTE: Iracema Sampaio, Francisco Anselmo Gomes de Barros, o ambientalista que fez da defesa na natureza a causa de sua vida, in Campo Grande: personalidades históricas, volume I, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2012, página 219.
2005 - Ambientalista imola-se em protesto contra agressão ao Pantanal
Francelsmo, líder ambientalista |
Durante manifestação de militantes do movimento ecológico de Campo Grande, contra projeto que pretendia flexibilizar a lei que proíbe a implantação de indústrias poluentes no Pantanal, Francisco Anselmo Gomes de Barros, o Francelmo, presidente da Fundação para a Conservação da Natureza de Mato Grosso do Sul, despejou uma certa porção de alcool ao corpo e ateou fogo na roupa, sofrendo queimaduras de terceiro grau por todo o corpo.
Em consequência veio a falecer no dia seguinte no hospital da Santa Casa de Campo Grande e o projeto, de autoria do deputado Dagoberto Nogueira (PDT) foi rejeitado pela Assembleia Legislativa.
Nascido em 21 de abril de 1940, em Fortaleza, Ceará, aos 18 anos, Francelmo ingressou na Aeronáutica, onde permaneceu até 1965. Em 1977, ele e a esposa Iracema Sampaio, mudam-se para Campo Grande, onde dedicaram-se ao jornalismo empresarial com o lançamento da revista "Executivo Plus."
Paralelamente às atividades empresariais, dedica-se à militância ecológica, através da criação da Feconams, que depois de sua morte passou a denominar-se Associação Francisco Anselmo. Em sua homenagem o prefeito Nelsinho Trad deu seu nome ao Parque do Sóter.
Do poeta Manoel de Barros, a viúva de Francelmo, recebeu no dia seguinte à sua morte a seguinte mensagem: Querida amiga Iracema: o que o nosso querido Francelmo fez, a mim a Stella e a todos nós chocou tanto, que ficamos um pouco aparvalhados com a notícia. Foi uma imolação pela Pátria que na terra do mensalão destoa. Mas até pode corrigir. O que nosso Francelmo fez é mais que um protesto. Para mim tem o componente maior do heroísmo. Francelmo: o último herói do Brasil. Meus sentimentos Iracema. Seu velho amigo Manoel de Barros.
FONTE: Iracema Sampaio, Francisco Anselmo Gomes de Barros, o ambientalista que fez da defesa na natureza a causa de sua vida, in Campo Grande: personalidades históricas, volume I, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2012, página 219.
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