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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

8 de dezembro

1923 - Fazendeiros decidem fundar Maracaju

Pressionados pelo farmacêutico João Pedro Fernandes, que cogitava de sua mudança da fazenda Santa Rosa, onde atendia a toda a região, para Entre Rios (atual Rio Brilhante), que oferecia melhores condições para suas atividades, fazendeiros dos arredores decidiram fundar uma cidade para não perder seu farmacêutico, que era também médico, quando precisava.

Testemunha da época descreve a situação:

Terminava o segundo semestre de 1923 quando houve uma reunião em Santa Rosa, de quase todos os fazendeiros dos arredores, tendo à frente meu avô José Pereira da Rosa, acompanhado de meu pai Ataliba Pereira da Rosa e de todos os demais filhos e dos seus genros Gilberto Teixeira Alves e José Adrião Juquita, bem como os fazendeiros Melanio Garcia Barbosa, João Vicente Muzi, Nestor Pires Barbosa e outros. Nessa reunião fez-se apelo a João Pedro Fernandes para que não saísse da região. Após muita discussão, assentou-se que se fundaria uma povoação que se denominaria "patrimônio", onde os fazendeiros construiriam uma casa e uma farmácia para João Fernandes. Acabou João concordando com a fundação do patrimônio, mas com uma condição: ao invés de lhe darem a casa e a farmácia, os fazendeiros criariam a "Associação Incentivadora da Instrução" e construiriam através daquela associação, uma escola para as crianças da região, onde não existia um colégio sequer, sendo que a mais próxima escola só havia em Nioaque e Campo Grande. 


FONTE: Francisco Bernardes Ferreira e Albino Pereira da Rosa, Maracaju e sua gente, edição dos autores, Campo Grande,1988, página 16 e 18.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Solidariedade: carta de Pedro Celestino a Arlindo de Andrade

14 de novembro

1923 - Solidariedade: carta de Pedro Celestino a Arlindo de Andrade

Arlindo de Andrade, Pedro Celestino e Oliveira Neto, em Campo Grande


Intendente geral de Campo Grande, Arlindo de Andrade tem sua casa metralhada por uma escolta comandada pelo então 1° tenente Filinto Müller, a mando do coronel Paiva Meira, que empenhado em “por cobro às violências e crimes da cidade cometeu certas arbitrariedades.” No caso do chefe do executivo campograndense, a alegação para o ato de truculência foi a denúncia infundada de que Andrade protegia um bandido, com quem tivera relações profissionais como advogado. Atitude revoltante, a ocorrência teve repercussão inclusive na capital do Estado, de onde o presidente Pedro Celestino enviou-lhe a seguinte carta:


“Respondo sua apreciada carta de primeiro do mês passado e é com vivo prazer que me congratulo com meus amigos do município pelo restabelecimento da ordem e garantias, aí perturbadas pelo desvairamento do cel. Paiva Meira. Foi uma situação vexatória que passou, causando muitas contrariedades a demora da solução, felizmente reparadora dos males causados pela integridade e critério do general Nepomuceno que, estou certo, restaurará a reciprocidade de prestígio e de apoio de que necessitam as autoridades para o bom desempenho da respectiva função social. Muito confio na ação patriótica desse ilustre general colaborando na esfera das suas atribuições com o governo do Estado para a prosperidade desta unidade do país ainda tão carecedora de elementos com que possa, só por si, prover todas necessidades administrativas, principalmente no que diz respeito à ordem nos municípios do sul, todos eles reclamando maior contingente e mais eficiência da força pública, o que o governo não tem podido atender devido a escassez de recursos, de pessoal idôneo e às distâncias que separam essas circunscrições. Evolue, porém, o Estado se bem que lentamente de modo a podermos esperar melhores dias em que essas falhas desapareçam com a consolidação política conciliadora e afastamento das lutas partidárias, objetivos que me esforço por firmar.


"Muito agradeço seu bonito e excelente trabalho para o líder da prosperidade dos municípios do Estado, posição essa para a qual tem o meu amigo concorrido com entusiasmo e operosidade, colocando Campo Grande em destaque saliente. Sinto não dispor o governo de recursos e de aparelho administrativo suficientes para suprir com outros municípios as deficiências de esforços e de iniciativas para sua rápida evolução. O exemplo, porém, de Campo Grande e Corumbá estimulará, espero, suas influências locais.” 

FONTE: Paulo Coelho Machado, Arlindo de Andrade, o primeiro juiz de direito de Campo Grande, Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, página 47


OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...