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domingo, 1 de janeiro de 2017

Instalado o poder legislativo de Campo Grande

1° de janeiro

1903 - Instalado o poder legislativo de Campo Grande

Eleita a 2 de novembro de 1902, assume a primeira Câmara Municipal de Campo Grande. Depois dessa sessão de abertura, onde nada se deliberou, o legislativo entrou em recesso, voltando a se reunir somente a 23 de janeiro de 1905. Estes foram os primeiros edis campograndenses: Manoel Inácio de Souza, João Antunes da Silva, José Vieira Damas, Jerônimo José Santana e Cel. João Correa Leite.

FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, edição do autor, página 80

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Fundada a Igreja Batista em Campo Grande

29 de dezembro

1917 - Fundada a Igreja Batista em Campo Grande




Tendo como moderador da assembleia de criação o pastor Pedro Sebastião Barbosa, da Igreja Batista de Corumbá, é fundada a Igreja Batista de Campo Grande, que funcionou inicialmente em prédio alugado à rua Barão de Rio Branco esquina com a rua 13 de Maio. Silidônio Urbieta foi o seu primeiro pastor. "Na tarde festiva de 9 de maio de 1919 - segundo Carlos Trapp - na presença de, aproximadamente, 150 pessoas, entre as quais o lendário missionário batista, Dr. Wilian B. Bagby, foi assentada a pedra fundamental do 'nosso templo batista, em construção na cidade' ", em área doada pelo coronel Bernardo Franco Baís, à rua Treze de Maio, entre a Barão do Rio Branco e a Dom Aquino, onde funciona até os dias atuais.

FONTE: Carlos Osmar Trapp, Evangélicos em Campo Grande, origens e desenvolvimento, Associação Evangélica Brasileira, Campo Grande, 1999, página 21.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

22 de novembro

22 de novembro

1995 – Sancionada a ei do Plano Diretor de Campo Grande
       


É sancionada pelo prefeito Juvêncio César da Fonseca (foto) a Lei Complementar n°5 que institui o Plano Diretor, a Política Urbana e a Política de Desenvolvimento do Município de Campo Grande, assim definidas: Plano Diretor, conjunto de diretrizes e meios instituídos para implementação da política urbana do município; Política Urbana, conjunto de princípios instituídos para o cumprimento da função social da cidade e da propriedade, integrante da política de desenvolvimento; e Política de Desenvolvimento, conjunto de diretrizes, meios de participação comunitária e de controle social das ações públicas, instituídas para viabilização da gestão democrática do município, visando a melhoria da qualidade de vida, justiça social, o crescimento econômico e a proteção ambiental.

FONTE: Planurb, Campo Grande a cidade onde moro, Prefeitura Municipal, Campo Grande, 1998, página 65.

FOTO: Correio do Estado

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

21 de novembro

21 de novembro

1788 - Cientista faz relato sobre Camapuã




O matemático,engenheiro e astrônomo português, Francisco José de Lacerda e Almeida, que a serviço de seu governo, mapeava o percurso das monções, procedente de Cuiabá, chega a Camapuã, após 36 dias de viagem pelos rios Cuiabá, Paraguai, Taquari e Coxim. O cientista registrou sua passagem pela primeira povoação brasileira no Sul da capitania de Mato Grosso:

Esta povoação fundada no centro deste sertão somente com o fim de ter carros prontos para a varação das canoas e cargas de um para outro rio, o que teve princípio em 1720 e onde todos se provêm de mantimentos, de açúcar, de aguardentes, de tabaco de rolo, dois gêneros que são para os trabalhadores o mesmo que o maná para os israelitas, é administrada por um de seus sócios, e está situado em os princípios de um chapadão coberto de relva mimosa para a criação de todo o animal que dela se sustenta. Antes de Cuiabá ter as boas e muitas fazendas de gado, que presentemente tem, levaram por terra uma grande boiada para aquela vila, cortando sertões, por onde nunca se tinha passado e dirigindo o rumo por estimativa. Os seus matos produzem muito bem os legumes, a cana de açúcar, o arroz, o pão e as frutas do país. Neste chapadão, por onde se veem dispersas algumas colinas, estão as vertentes de alguns rios de desaguam no Paraguai, rio Grande, ou Paraná, os quais tem um declive tão grande que me admirou, pois nunca pensei subir ou descer por uma ladeira de águas.

O ar é temperado e puro, tão alegre, e ameno aquele terreno todo, que depois que saí de Portugal não vi, nem nas capitanias do Pará, o Rio Negro, nem na de Mato Grosso coisa que se lhe possa comparar. Renasceu em mim toda alegria que um país aprazível pode causar, e que tinha perdido vivendo por oito anos em um sertão (assim o posso dizer) cheio de matos altíssimos, ásperos, e de algum campo pela maior parte inundado e pestífero. Os sócios desta fazenda devem fazer bom negócio, pois além de carnes e mais gêneros que vendem pelo preço que corre em Cuiabá, levam pelo transporte de cada uma canoa 20$000 rs., e por cada uma carrada 9$000 rs
.



FONTE: Francisco José de Lacerda e Almeida, Viagem do dr. Francisco José Lacerda de Almeida pelas capitanias do Pará, Rio Negro, Mato Grosso, Cuiabá e São Paulo nos anos de 1780 - 1790, impresso por ordem da Assembleia Provincial do Estado de São Paulo, 1841, página 75.


21 de novembro

1826 - Langsdorff deixa Camapuã e chega do rio Coxim





A expedição científica, liderada pelo conde de Langsdorff, patrocinada pelo governo russo, prossegue a sua viagem rumo a Corumbá, Cuiabá e Amazônia. A despedida de Camapuã é registrada por Hércules Florence:

No dia 21 de novembro, depois de uma estada de 43 dias em Camapuã, montamos a cavalo e partimos com direção ao Furado, onde chegamos depois de atravessar sete léguas de terreno montanhoso e em geral desnudado. O aspecto do porto é pitoresco: o Coxim aí não tem mais de 25 braças de largura e, entre copada mataria, corre por sob arcos formados de uma taquara chamada guaitivoca que se ergue à altura das árvores mais elevadas. De cada nó do colmo irradia-se basta ramificação de folhas compridas e finas, que, a modo de ramalhetes, vão progressivamente se tornando menores, à medida que se chegam à ponta. O peso obriga esses enormes caniços a se arquearem até que a extremidade livre, que finda numa bola de folhas, penda perpendicularmente ao terreno. As duas margens estão cheias dessas elegantes monocotiledôneas que cruzam os colmos de lado a lado, formando majestosas e verdejantes arcarias.

FONTE: Hércules Florence, Viagem fluvial do Tietê ao Amazonas, de 1825 a 1829, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1941, página 52.

FOTO: rio Coxim em desenho de Hercules Florence.



21 de novembro

1891 - Governador de Mato Grosso apóia golpe do marechal Deodoro

O presidente (governador) do Estado de Mato Grosso, Manoel Murtinho, apóia o golpe cometido pelo presidente Marechal Deodoro, que em 3 de novembro dissolveu o Congresso Nacional. O ato de adesão foi formalizado no seguinte telegrama:

Palácio do Governo de Mato Grosso - Telegrama - Cuiabá 21 de novembro de 1891 - Ao Sr. Ministro do Interior - Rio - Recebi hoje vosso telegrama de 4 do corrente comunicando que o governo federal teve necessidade de dissolver Congresso Nacional, e, oportunamente convocaria novo Congresso; que no interesse da segurança pública foram declarados em estado de sítio o Distrito Federal e a cidade de Niterói. Certo de que este Estado saberá bem aquilatar os intuitos patrióticos que inspiraram o decreto de dissolução e por isso há de acatá-lo devidamente e concorrer para que a Nação possa livre e pacificamente manifestar-se na consulta que vai-lhe ser feita, creio poder assegurar-vos que neste Estado conservar-se-á inalterável a ordem pública, se entretanto, for perturbada, recorrerei à medidas que me recomendastes.

Fico também ciente do mais que me comunicastes, observância fielmente vossas instruções. Aguardo o manifesto do Presidente da República do país.

Pode o Governo Federal contar com toda minha dedicação em prol da manutenção da ordem pública e sustentação das instituições constitucionais. (Assinado) O Presidente do Estado Manoel Murtinho.


FONTE: Jornal do Commercio (RJ), 15 de março de 1892.


21 de novembro

1917 - Seis mortos na apuração dos votos




Seis mortos e 21 feridos, entre estes o prefeito Eugênio Cunha, foi o saldo de um conflito entre adversários na apuração das urnas da eleição municipal em Corumbá, realizada logo após o final da Caetanada, disputa armada entre partidários do presidente Caetano Albuquerque e de seu aliado Pedro Celestino e os conservadores ligados ao senador Antonio Azeredo. O episódio foi retratado pelo jornal dos conservadores em Cuiabá:

Corumbá, 22. - Conforme estava marcado,reuniu-se a Câmara ontem para fazer apuração eleições municipais. Na hora marcada, presidente abriu a sessão com a presença de quatro vereadores conservadores Francisco Vieira, Antonio Aguiar, Marechal Horácio, João Wenceslau e um celestinista, Rosário Congro, faltando Amilcar Vadoni e Pacífico Siqueira. Feita a leitura autênticas todas as sessões eleitorais e contagem de votos, presidente declarou maioria de votos candidatos conservadores. Em seguida, Rosário Congro, obtendo palavra, pediu fossem apurados votos em separado dados candidatos celestinistas. Câmara rejeitou essa proposta de acordo lei rege caso, aceitando, entretanto, protesto apresentado pelo mesmo. Passou-se então a redação das atas. Ao terminar leitura mesmas, alguns próceres celestinistas, chefiados Cristião Cartens, começaram em altos gritos, a protestar, exigindo contagem votos em separado. Com essa gritaria estabeleceu-se grande tumulto, em meio do qual surgiu conflito pessoal, iniciado por José Antonio Jesus, conhecido capanga de Cristião, que avançou para José Signorelli, cunhado intendente e detonou contra ele, a queima roupa, o seu revólver. Projétil feriu Signorelli e ao intendente Eugênio Cunha Signorelli, ferido mesmo, sacou revólver e derrubou seus pés agressor, mas imediatamente caiu também morto por um filho de Jesus, de nome Laurindo, que, por sua vez, tombou varado por uma bala que o atingiu na cabeça. Conflito então generalizou-se rapidamente, havendo na salinha forte tiroteio que durou alguns minutos, resultando seis mortos e inúmeros feridos. Além dos três mortos já referidos pereceram também Maximiliano Brandão, Salomão Roque Pereira e Joaquim Gomes.
 

FONTE: O Republicano, (Cuiabá), 24 de novembro de 1917.

FOTO: Câmara Municipal de Corumbá, início do século XX.





1952 – Assassinado o prefeito Ari Coelho de Oliveira



Aos 41 anos é morto a bala, o prefeito de Campo Grande, Ari Coelho de Oliveira (PTB). O assassino foi  Acir Pereira Lima que o acometeu em uma emboscada no prédio da CER-3 em Cuiabá, onde o prefeito fora tratar de assuntos de interesses do município. Nascido em Bauzinho, município de Paranaíba, fez seus estudos ginasiais no colégio Grambery, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Formou-se em Medicina em 1933, em Belo Horizonte, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais. Chegou a Campo Grande em 1934, onde iniciou sua carreira de médico, fundador e proprietário da Casa de Saúde Santa Maria, denominação dada em homenagem à sua esposa dona Maria Arantes. 

“Eleito prefeito de Campo Grande no pleito eleitoral de 3 de outubro de 1950, assumiu o executivo municipal em 31 de janeiro de 1951, tendo dentro de seu programa de Honestidade, Responsabilidade e Trabalho, imprimido ao município, no curto período de sua administração, um desenvolvimento magnífico, elevando a cidade de Campo Grande ao nível de primeira grandeza".¹


O crime foi o desenlace de uma divergência política havida entre o prefeito Ari Coelho de Oliveira e Arquimedes Pereira Lima, presidente da Fundação Brasil Central, ambos do PTB, este dissidente e líder da ala do partido que apoiava o governo udenista de Fernando Correa da Costa. O prefeito, através de seu jornal "O Matogrossense", de Campo Grande, passou a denunciar ao desafeto, engrossando a corrente de acusações de negociatas, patrocinadas pela fundação, acumpliciada ao governo do Estado para favorecer grilagem de terras devolutas, por uma organização criminosa, da qual fazia parte um irmão de Arquimedes, Alci Pereira Lima, alto funcionário do governo do Estado, autor do atentado contra o prefeito.

ORIGEM - O jornal Ultima Hora (RJ), que antes do atentado ao prefeito, denunciou a negociata de Pereira Lima, com a sua morte, convenceu-se:

O brutal assassinato do prefeito de Campo Grande está ligado a grandes negociatas de terras conforme documentadas reportagens publicadas recentemente por ULTIMA HORA. Quadrilhas de grileiros vêm agindo a solta nas regiões do Alto Xingu e Fundação Brasil Central, vendendo terras de propriedade de dezenas de tribos indígenas que habitam aquela região. Os criminosos lançam mãos de todos os recursos para levar avante seus negócios ilícitos, empregando até mesmo bandos armados para espalhar o terror entre os habitantes das selvas.

O criminoso Alci Pereira Lima, tesoureiro da Comissão de Estradas de Rodagem, irmão do presidente da Fundação Brasil-Central, tornou-se rico da noite para o dia em negócios dessa natureza, de parceria com o grileiro Rodrigo Barjas, condenado pela justiça de São Paulo. Recentemente o sertanista Orlando Vilas Boas foi demitido da Fundação Brasil Central por se recusar, patrioticamente, a prosseguir nos estudos de uma rodovia, impraticável sob o ponto de vista econômico, cuja construção serviria para indenizar e valorizar os terrenos dos grileiros. Essa estrada deveria partir de Cuiabá e penetrar nas terras do grileiro assassino Alci Pereira Lima e seu sócio Barjas.


PREMEDITAÇÃO - O matutino carioca está convencido de que o crime foi premeditado, versão nunca desmentida:

Mal desembarcaram em Cuiabá, onde foram participar da convenção do Partido Trabalhista Brasileiro, o prefeito Ari Coelho de Oliveira e seus amigos foram avisados a tempo de que suas vidas corriam perigo. Não dando grande importância ao fato, embora entre os informantes se encontrasse um desembargador, dirigiu-se o prefeito de Campo Grande na manhã do dia 21 a um barbeiro da cidade. Ao fazer calmamente sua barba acercou-se de si um cidadão para lhe mostrar um violento artigo contra sua pessoa. O Dr. Ari compreendendo a provocação do indivíduo se limitou a sorrir, talvez seu riso derradeiro. Dirigiu-se sem seguida à Assembleia Legislativa onde se demorou examinando a carta de Mato Grosso, levantada pela Comissão Rondon, identificando a cidade de "Bausinho" onde nascera.


Arci Pereira Lima, o assassino

O DESFECHO - O jornal carioca segue os passos do prefeito de Campo Grande até a cena do crime:

Mal sabia o prefeito Ari de Oliveira que momentos mais tarde perderia a vida ao penetrar na Sala dos Municípios, com uma bala na cara, disparada de surpresa. Saindo da Assembleia Legislativa se encaminhava para a morte ao pedir o carro do deputado Leal de Queiroz emprestado e se dirigindo para a sede da Comissão de Estradas de Rodagem, sita à rua 13 de Junho. Chegando ao local, onde foi atendido pelo porteiro, perguntou-lhe o prefeito de Campo Grande se poderia falar com o diretor da Comissão a quem desejava solicitar as cotas de seu município do ano 1951, que ainda não haviam sido entregues. Poucos minutos de vida teria então, pois mal entrara o Dr. Ari de Oliveira na Sala dos Municípios, o grileiro Alci Pereira Lima, irmão do presidente da Fundação Brasil Central, abriu a porta de sopetão e disparou um revólver, atingindo a face direita do prefeito de Campo Grande, que emborcou de frente, mortalmente ferido. Em seguida, o criminoso Alci Pereira Lima, tesoureiro da Comissão de Estradas de Rodagem, fugiu em seu carro, lubrificado e abastecido de véspera. Acudido na própria sede da CER pelo médico Salomão Nahas, o prefeito de Campo Grande foi transferido para a Santa Casa, onde faleceu uma hora depois, sem pronunciar uma só palavra.

EM CAMPO GRANDE - O jornal registra ainda a repercussão do crime e a chegada do corpo do prefeito em sua cidade:

Esta cidade recebeu consternada a notícia do brutal assassinato de seu prefeito, jornalista Ari Coelho de Oliveira, morto a traição no interior de uma repartição pública de Cuiabá. Todo o comércio local cerrou suas portas e o povo em massa se manifestou para receber o corpo e prestar ao querido morto as homenagens póstumas a que fazia jus.

Anunciada a hora da chegada do avião que conduzia o corpo, a multidão foi aos poucos se aglomerando ao longo das vias públicas por onde transitaria o séquito fúnebre. Desde a Base Aérea até a porta do edifício do Fórum, aglomerava-se a massa humana, todos com lágrimas nos olhos dizendo um último adeus àquele que tanto fez por Campo Grande.


À passagem da urna funerária, cenas comoventes se registravam aqui e ali: eram acenos de lenços brancos no derradeiro adeus, lágrimas copiosas derramadas por pessoas de ambos os sexos e de todas as condições sociais.


Duas extensas filas de automóveis, caminhões e ônibus cobriam cerca de maio quilômetro da rota percorrida, até que em chegando à avenida Calógeras parou o carro fúnebre e a multidão tomou nos braços o caixão, que foi conduzido pelo povo até a Câmara Municipal, onde o corpo ficou exposto ao povo em câmara mortuária.²


Em sua homenagem a cidade ergueu um monumento na praça da Liberdade que passou a ter o seu nome, inaugurado a 10 de fevereiro de 1954. 


FONTE: J. B. Mattos, Os Monumentos Nacionais (Mato Grosso), Imprensa do Exército, Rio de Janeiro, 1957, 65. ²Jornal Última Hora (RJ) 22-11 e 28-11-1952.

FOTOS: reprodução da revista O Cruzeiro (RJ)


21 de novembro

2020 - Morto, chargista tem o corpo esquartejado, incinerado e colocado em malas

Foi morto a facadas pela namorada o chargista Marco Antonio Rosa Borges, de 54 anos. O crime ocorreu em Campo Grande e foi assumido
pela namorada da vítima, a massagista e auxiliar de enfermagem, Clarisse Silvestre. A confissão da autora do homicídio, ocorreu no dia 21 de novembro e foi ratificada no dia 25 pelo filho dela, João Victor Silvestre, que admitiu ter ajudado a mãe a esquartejar o corpo da vítima. 
O chargista havia desaparecido no sábado, quando a família resolveu rastrear o celular da vítima e descobriu que o último sinal do aparelho havia sido enviado nas proximidades da casa da Clarisse, com quem o artista havia iniciado um relacionamento recentemente.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Kelvis Antonio Borges, de 25 anos, único filho de Marco Antonio, disse que suspeitava do envolvimento de terceiros no crime, acrescentando que o pai era discreto e não falava muito do relacionamento com a massagista.

A Delegacia Especializada de Homicídios foi acionada após Clarice indicar o local do crime. Na terça-feira a euipe encontrou malas com os restos mortais em um terreno na região sul de Campo Grande.

De acordo com o depoimento da massagista, o assassinato aconteceu após uma discussão em que Marco Antonio a teria agredido com dois tapas no rosto. Durante a briga, ela o teria empurrado da escada e, em seguida, corrido até a cozinha, pegado uma faca, golpeando-o até a morte.

De acordo com o delegado Carlos Delano, responsável pelo inquérito, João Victor, o filho dela, ajudou a mãe a esquartejar o corpo e a guardar os restos em três malas. Em seguida ela levou as malas para a casa, no bairro Jordim Tarumã. No domingo, João Victor e Clarice acionaram um motorista de aplicativo e transportaram as malas até uma casa abandonada, onde o corpo foi carbonizado.

Com informações do Correio Braziliense, (DF), 26/11/2020.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016


7 de novembro



07 de novembro

1882- Índio lidera fuga de escravos em Coxim

Capitaneados por um índio chiquitano de nome André, fugiram da Fazenda Santa Luzia, em Coxim (São José de Herculânia) nove escravos, sendo 5 homens e quatro mulheres. O alarme foi dado pelo coronel Antonio Luiz da Silva Albuquerque, chefe político do distrito, em anúncio publicado num jornal de Corumbá:




FONTE: jornal O Iniciador (Corumbá) 31 de dezembro de 1882.



07 de novembro

1911 – Morre no Rio, Generoso Ponce






Aos 58 anos falece no exercício do mandato de deputado federal, Generoso Ponce, o político de maior influência e prestígio em Mato Grosso nas três primeiras décadas da República. Nasceu em Cuiabá e começou a militar na política, ainda no Império, como membro do partido liberal. Com a proclamação da República, aderiu ao novo regime, elegendo-se deputado constituinte e vice-presidente do Estado, no governo de Manoel Murtinho.

Em 1892 chefiou a contra-revolução aos seguidores do general Antônio Maria Coelho, devolvendo o governo a Manoel Murtinho, deposto num golpe militar, chefiado pelo coronel Barbosa, de Corumbá.


Em 1894 elege-se senador, cargo que ocupou até 1902. Em 1906 comandou, a partir de Corumbá, onde estava residindo e estabelecido como comerciante, a rebelião que derrubou Totó Paes do governo. Em 1907 assume a presidência do Estado, quando por motivo de doença, renunciou em favor de seu primeiro-vice, Pedro Celestino Correa da Costa, sendo eleito deputado federal. 


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, 245




07 de novembro

1921 – Calógeras em Campo Grande




Chega à cidade, em sua viagem de inspeção às guarnições do Exército em         Mato Grosso, o ministro da guerra, dr. João Pandiá Calógeras. O evento foi registrado pelo Correio do Estado (de Cuiabá):

Campo Grande,8 - Acompanhado de sua comitiva, constituída dos srs. generais Celestino Bastos, chefe do Estado Maior do Exército e Cândido Rondon, major Egídio Costa Silva e Teixeira Freitas, capitão Rogaciano Mendes e vários outros militares, drs. Paulo Moraes Barros e família, Jorge Moraes Barros, ambos da "Sociedade Rural Brasileira, Primitivo Moacir, redator dos debates da Câmara Federal, Júlio de Mesquita, diretor do "Estado de S. Paulo", chegou ontem aqui, com sua exma. família, às 11 horas, o dr. Pandiá Calógeras, Ministro da Guerra, que foi recebido por toda a população da cidade, na estação da Noroeste, em cuja esplanada estava estendida a guarnição militar.

Prestadas as continências do estilo, foi o ministro Calógeras conduzido até a Câmara Municipal, atravessando as principais ruas. A Câmara reunida em sessão solene, recebeu o ilustre titular da Guerra tendo o engenheiro Arnaldo Estevão de Figueiredo,presidente daquela corporação, saudado o ministro, respondendo este fazendo previsões sobre a futura grandeza do Estado e especialmente de Corumbá, como entreposto internacional, explicando ainda os motivos que determinaram a mudança da circunscrição para aqui. Após muitas orações foi solenemente inaugurada a denominação da nova Rua Calógeras, antiga "Santo Antonio". Nesta ocasião foram muito ovacionados os presidentes da República e do Estado, o Ministro da Guerra e os generais da comitiva.

Tomada a refeição no palacete de residência do sr. Vespasiano Martins, partiram às duas horas o ministro e comitiva em visita aos quarteis velhos da guarnição, enfermaria e quartel da polícia, tendo recebido dessas visitas penosíssima impressão. Depois percorreu em automóveis várias partes da cidade. Às 4 horas da tarde, houve a cerimônia de lançamento da pedra fundamental dos novos quarteis e do Hospital Militar. O general Rondon saudou o Presidente da República e o general Celestino Bastos saudou o ministro Calógeras. Este agradeceu saudando os oficiais superiores do Exército, entre aclamações ruidosas dos populares. Ao regressar fizeram refeição no referido palacete. Visitaram em seguida a invernada militar e à noite, acompanhado do intendente municipal, dr. Arlindo de Andrade, do juiz de direito, dr. Silva Coelho, coroneis Alves Quito, Antero Barros, dr. Miguel Melo, Mário Monteiro, Gavião Gonzaga, César Galvão, Vespasiano Martins e outras pessoas gradas, foi o ministro conduzido ao cinema Central afim de assistir o espetáculo de gala, que terminou cerca de meia noite.

Hoje às 10 horas seguiram para a fazenda do "Capão Bonito", da Brazil Land, onde o superintendente James Barr fará proceder um rodeio de gado de raça, oferecendo ao ministro magnífico cavalo crioulo. O fazendeiro Clemente Pereira fará também em sua fazenda rodeios que serão assistidos pelo ministro.

Amanhã s. exa. prosseguirá viagem para Ponta Porã, em automóvel.¹

Primeiro ministro civil do Exército no regime republicano, Calógeras foi responsável pela total modernização militar do Brasil, com visível interesse pela região da fronteira. Em 9 de setembro de 1928, antes de deixar Campo Grande, teve seu busto levantando na praça da Liberdade (hoje Ari Coelho).² 


FONTE: ¹Jornal Correio do Estado (de Corumbá), 11 de setembro de 1921; ²J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, Edição do autor, Campo Grande, 1980, página 135



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

01 de dezembro

1º de dezembro



01 de dezembro

1928 – Iniciado o asfaltamento da rua 14 de Julho em Campo Grande



Projetado desde 1927, na gestão do intendente Jonas Correa da Costa, é, finalmente iniciado a pavimentação da principal rua de Campo Grande, a 14 de Julho, conforme relato de Paulo Coelho Machado:

Com a presença do intendente Manoel Joaquim de Moraes, do engenheiro Sinésio Guimarães, representante da empreiteira e de convidados, foi iniciado o serviço no dia 1º de dezembro de 1928.


Satisfeito, diz o intendente que ‘com a execução deste extraordinário melhoramento, que há longo tempo constituía uma das mais acariciadas aspirações do nosso povo, remove o último obstáculo que ainda entrava a marcha brilhante do seu desenvolvimento.


Centro de uma atividade de trabalho intensa, procurada por forasteiros de todas as partes, a nossa cidade oferecia-nos um aspecto desolador pelo estado lastimável de suas ruas. Com as obras de calçamento, a se concluírem dentro de 3 anos, podemos falar com o mais justificado otimismo que o impulso que receberá o município será verdadeiramente surpreendente.’


Com a ascensão de Antero Paes de Barros à prefeitura, em janeiro de 1930, as obras se interromperam. No entanto, a memória quase geral é de que foi ele o iniciador do calçamento. Mais tarde os serviços foram retomados, a cargo do engenheiro Inácio Franco Camargo, genro de Olivério da Luz e que foi prefeito de Campo Grande de abril a dezembro de 1929. Em 1931 estava pronto, para regozijo de toda a população.


A obra foi realizada pela empresa Firmo Dutra & Cia. Ltda. e de acordo com o contrato "o calçamento deveria ter duas camadas de pedra britada lançadas sobre uma caixa de 20 cent. de profundidade e aberta entre os meios-fios da rua, deixando livres pelo menos 15 cent. dos mesmos meios-fios. A primeira camada de pedra britada terá 18 cent. de espessura e as pedras 8 cent. de diâmetro; a segunda camada terá a espessura de 10 cent. e o diâmetro das pedras será de 3 a 4 centímetros. Essas espessuras serão antes da compressão por meio de rolo compressor de 10 a 12 toneladas de peso. Sobre estas duas camadas depois de inteiramente comprimidas e regularizadas será espalhada uma primeira rega de asfalto à razão de 5 litros por m². Este asfalto é empregado a quente numa temperatura de 160 a 170 graus centígrados. Imediatamente após a rega acima, espalha-se uma camada de cascalhinho de 2 cent. de espessura."


FONTE: Paulo Coelho Machado, A rua principal, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1991, página 20.
FOTO: Acervo do Arca, Arquivo Público de Campo Grande.


1° de dezembro

1938 - Nasce em Uberaba (MG), Marcelo Miranda Soares
Filho de José Severino Neto e Diva Miranda Soares, nasce em Uberaba, Marcelo Miranda Soares. Estudou o primário e o secundário em sua cidade natal, formando-se em engenharia civil, pela Faculdade de Engenharia do Triângulo Mineiro em 1964, ano em que se mudou para o estado de Mato Grosso. Iniciou a vida pública no Estado, como presidente da Cemat, Centrais Elétricas de Mato Grosso (1970), passando em seguida à direção do Dermat, Departamento de Estradas de Rodagem de Mato Grosso (1971), no governo de Pedro Pedrossian. Em 1976 elege-se prefeito de Campo Grande, sucedendo a Levy Dias. Em 1979 deixa a prefeitura e é nomeado governador de Mato Grosso do Sul, em substituição a Harry Amorim Costa. Em 1982 é eleito senador e em 1986, vence a eleição para o governo do Estado, o qual governou até 1990, sendo sucedido por Pedro Pedrossian. Seu último cargo público foi o de superintendente regional do DNIT em Mato Grosso do Sul.

FONTE: Entrevista de Marcelo Miranda Soares ao autor.

domingo, 13 de outubro de 2013

23 de novembro


23 de novembro

1889 - Criado o Distrito de Paz de Campo Grande




Lei provincial no 792, do governador Cunha Matos, cria o distrito de paz Campo Grande:

O coronel Ernesto Augusto da Cunha Mattos, presidente e comandante das armas da província de Mato Grosso.

Faço saber a todos os seus habitantes que a assembleia legislativa provincial decretou e eu sancionei a lei seguinte:

Artigo 1° - Fica elevado à categoria de freguesia o povoado de Campo Grande, no município de Miranda, sob a denominação de - Santo Antonio de Campo Grande.

Artigo 2° - São seus limites, ao norte, o rio Aquidauana até a foz do ribeirão Pontinha e daí uma reta até a última cabeceira do rio Verde; ao Sul, o rio Paraná desde a foz do rio Verde ou Sucuriu até a foz do rio Ivinhema; ao nascente, o rio Verde abaixo até a sua foz no rio Paraná; ao poente, o riacho denominado Cachoeira grande até a sua última cabeceira no espigão mestre, que divide as águas do Paraná e Paraguai e daí espigão acima até ganhar a cabeceira do rio Vacaria e por este abaixo, até sua foz no rio Paraná.

Artigo 3° - Revogam-se as disposições em contrário.

A propósito do novo distrito, Paulo Machado Coelho depõe:

Apesar da existência da lei citada e da nomeação de Bernardo Franco Baís (foto) para juiz de paz e de José Antônio Pereira para subdelegado de polícia, permaneceu a novel freguesia na dependência dos necessários expedientes burocráticos do governo para o efetivo funcionamento dos órgãos criados. Atraso talvez justificado pelo fato de o distrito haver sido criado por uma lei provincial, sancionada pelo representante do governo imperial quando já nos encontrávamos na República.


Enquanto isso, os registros de casamento eram lançados em um caderno comum para que depois fossem transcritos no livro oficial, de forma definitiva. Certa vez uma senhora procurou o juiz de paz para informar que seu marido desaparecera, deixando recado que não mais voltaria. Como se tratasse de uma mulher jovem, entendeu a autoridade que ela não poderia ficar incapacitada para novo casamento. Apanhou o caderno dos registros, arrancou a folha correspondente ao assentamento do matrimônio, rasgou-a e sentenciou: ‘O registro também desapareceu. A senhora está livre para novas núpcias.’


A decisão repetiu-se, transformou-se em jurisprudência, sendo criado assim, uma forma simples, rápida e econômica de declaração de divórcio em Campo Grande.



FONTE: ¹Jornal A Província de Mato Grosso (Cuiabá, 1° de dezembro de 1889. ²Paulo Coelho Machado, A Rua Velha, Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 1990, página 48.

IMAGEM: Retrato pintado por Lídia Baís, filha de Bernardo Franco Baís.

sábado, 12 de outubro de 2013

02 de novembro

02 de novembro

 
1902 – Campo Grande elege seu primeiro prefeito




Emancipado em 26 de agosto de 1899, o município de Campo Grande elege seu primeiro intendente geral e a câmara de vereadores. Vencem o pleito: intendente, Bernardo Franco Baís (foto), primeiro vice-intendente, Francisco Mestre e segundo vice, Antônio Francisco de Almeida. Para o conselho de vereadores foram eleitos Manoel Inácio de Souza (Manoel Taveira), João Antunes da Silva, José Viera Damas (Zeca Cassemiro), Jerônimo José Santana (Pepe) e cel. João Correa Leite.

Bernardo Franco Baís – segundo Demósthenes Martins - “italiano de nascimento e comerciante que, apesar de desfrutar do mais elevado apreço e mais amplas simpatias pelo seu trato ameno, cavalheiresco e discreto, mantendo-se acima das questiúnculas, dos mexericos e das disputas pequeninas tão comuns, até hoje, nos nossos acanhados aglomerados urbanos, declinou da investidura que a eleição lhe atribuíra, renunciando ao cargo”.


Em seu lugar assumiu o primeiro-vice-prefeito Francisco Mestre.


FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, Edição do autor, Campo Grande, 1980, página 80

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