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quarta-feira, 9 de novembro de 2016


10 de novembro

10 de novembro
 
1916 – Caetano de Albuquerque não reconhece decisão legislativa

Em conflito com a Assembleia Legislativa que, alegando falta de segurança em Cuiabá, funciona em Corumbá, o presidente general Caetano de Albuquerque, rejeita intimação para depor perante os deputados, no processo de cassação que lhe é movido, “alegando não reconhecer os atos da Assembleia, dizendo que ela funciona inconstitucional e tumultuadamente”. 



FONTE:  Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 109

sábado, 12 de outubro de 2013

04 de novembro

04 de novembro


1901 - Chacina na baia do Garcêz



Usina Conceição, no início do século XX


A polícia do coronel Totó Paes, que aliado aos irmãos Murtinho, expulsou o senador Generoso Ponce, do Estado, cerca a fazenda Conceição, do primeiro-vice-presidente João Paes de Barros, que acabava de romper com o governo, e prende um grupo de oposicionistas refugiados naquele estabelecimento rural, vizinho da usina Itaicy, de Totó Paes, prende a todos, exceto o vice-presidente que é obrigado a assinar a carta de renúncia, seleciona um grupo que é levado a Cuiabá e separa dezessete que são executados e atirados no lugar conhecido por baia dos Garcêz, no distrito Santo Antonio Rio Abaixo, atual Santo Antonio do Leverger. 

O episódio, que se transformou no discurso da oposição, estigmatizou o período Totó Paes, encerrado com a sua morte em 1906. O fato, de repercussão nacional, foi relatado pelo coronel João Paes de Barros, proprietário da usina onde as vítimas foram aprisionadas:

Feita a seleção dos que deveriam ir por terra a Cuiabá, soube que foram todos amarrados de braços para trás pela escolta que os conduzia, seguindo assim a pé até o lugar denominado "Potreiro", onde, junto a uma baia, conhecida pelo nome de "Garcêz", foram um a um fuzilados, saqueados e os cadáveres com os ventres partidos em cruz para não boiarem, lançados na água à voracidade das piranhas, ficando aí postada uma guarda até que desaparecessem.

Da usina foram ouvidos os tiros, pois, em linha reta, é pequena a distância àquela baia, a qual posto que situada na mesma margem em que está a usina, fica-lhe em frente, pela grande curva que forma ali o rio Cuiabá.

Antes da partida da escolta, Eugênio Vital que tinha hábito de andar grande distância a pé, pediu que lhe permitissem seguir a viagem a cavalo, embora preso e devidamente seguro; a esta súplica foi-lhe respondido;- "que não era muito longa a distância a caminhar, que logo chegariam ao fim". E assim foi.

Ao cair da noite parte da escolta, que seguira com os presos por terra, regressara à usina, narrando sem reservas os horrorosos detalhes da carnificina havida na baia dos Garcêz.

Autor da época realça o episódio com assombroso tom de dramaticidade:

Cardumes de piranhas ferozes, na sua fúria carnívora, se incumbirão de raspar ou últimos vestígios daqueles corpos  - não ficará provas da façanha.

Assim pensam os autores do horripilante morticínio. O bem estudado dos detalhes macabros, entremostra a premeditação dos mandantes. Mas a natureza, obediente a Deus, abre no ano seguinte uma exceção: em 1902 a baia do Garcêz secou.

E dezessete ossadas humanas, alvas sob o sol adusto, atestavam ali o crime inominável.



FONTE: Generoso Ponce Filho, Generoso Ponce um chefe, Pongetti, Rio de Janeiro, 1952, página 311.

FOTO: Album Graphico de Mato Grosso, Corumbá, 1914.



04 de novembro

1916 – Assembleia intima presidente do Estado a depor

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso, reunida em Corumbá, por falta de garantias em Cuiabá, aprova parecer nº 41 da Comissão Especial, opinando pela pronúncia do presidente Caetano Albuquerque:

Pediu a palavra, pela ordem, o sr. Amarildo de Almeida e declarou que achando-se impedido, conforme declaração anteriormente feita, de tomar parte no processo do presidente do Estado, retirava-se do recinto para não tomar parte na votação.


Por idêntico motivo e sucessivamente retiraram-se os srs.Almeida Castro, Julio Muller e Ângelo Rebuá, em vista do que, para verificar se existia número legal depois da retirada desses srs. deputados, o senhor presidente submeteu a votos o parecer, foi aprovado unanimimente.


Na sessão seguinte, segunda parte do expediente, entra em segunda e última discussão o parecer no. 41, da Comissão Especial, sobre a defesa do presidente do Estado, o qual terminou opinando pela pronúncia.


Posto em discussão e ninguém pedindo a palavra, foi submetido a votos sendo aprovado por unanimidade. O senhor presidente declarou que à vista do voto da Assembléia, a mesa ia lavrar o decreto de pronúncia do presidente do Estado, general Caetano Manoel de Faria e Albuquerque e mandava proceder a intimação do mesmo, tudo nos termos do art. 11 da lei no. 26 de 17 de novembro de 1892.



FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 107.



04 de novembro

1927 - Nasce Maria da Glória Sá Rosa, educadora, escritora e animadora cultural

Professora Maria da Glória Sá Rosa

Nasceu em Mombaça, Ceará, Maria da Gloria Sá Rosa. Estudou no colégio interno Juvenal de Carvalho, em Fortaleza e graduou-se em línguas neolatinas, em 1949, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Mudou-se para Campo Grande definitivamente em 1950, onde casou um ano depois de sua chegada com José Ferreira Rosa, com quem teve quatro filhos.

Por meio de projetos, incentivou a cultura e as artes nas escolas, organizou e promoveu vários festivais de músicas, artes plásticas, teatro e cinema em Mato Grosso do Sul. É autora de diversos livros sobre o Estado nas áreas econômica, política, social e cultural.

Foi uma das fundadoras da Faculdade Dom Aquino de Filosofia, Ciências e Letras, primeira escola das Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (Fucmat), atual UCDB, Universidade Católica Dom Bosco.

Recebeu o título de Doutora Honoris Causa, da UCDB e ocupa a cadeira 19 da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.

Faleceu em 28 de julho de 2016, vítima de AVC, no hospital El Kadri, em Campo Grande.


FONTE: Revista Atuação nº 5, Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2012, página 18.


4 de novembro

1944 - Governo aprova Guarda Florestal da a colônia de Dourados

O ministro da Agricultura do governo Vargas, Apolonio de Carvalho aprovou o ante-projeto da Guarda Florestal do Território Federal de Ponta Porã, organizada pela administração da Colônia Agrícola Nacional de Dourados.

A iniciativa se refere à criação inicial do seu núcleo-base para a preparação de instrutores da nova organização, cujas atribuições e estrutura, depois de estudadas pelo Serviço Florestal por 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

01 de novembro

01 de novembro


1875 - Corumbá ganha novo cemitério






Com as bênçãos frei Mariano de Bagnaia, pároco da freguesia, Corumbá inaugura novo cemitério, construído pela municipalidade. A notícia foi enviada pela Câmara Municipal ao presidente da província, general Hermes Ernesto da Fonseca, que comunicou o recebimento do ofício da edilidade através de publicação no jornal oficial, A Situação, em sua edição de 17 de fevereiro de 1876:

"- A Câmara municipal de Corumbá, acusando o recebimento do ofício que dirigiu à Presidência em data de 24 de novembro último no qual participa acharem-se concluídas as obras do novo cemitério público daquela vila a cargo da referida Câmara, importando a despesa de sua construção, inclusive a capela em R.s 12:326$610, e que no dia 1° de novembro se procedeu solenemente ao benzimento, tendo sido as respectivas chaves entregues ao reverendo Frei Mariano de Bagnaia".


FOTO: cemitério Santa Cruz, o maior de Corumbá em 2017. Meramente ilustrativa.




01 de novembro

1916 – Assembleia legislativa muda-se de Cuiabá para  Corumbá



Pressionados pelo presidente Caetano de Albuquerque (foto), a quem tentam cassar seu mandato por questões políticas, os deputados decidem mudar o legislativo de Cuiabá para Corumbá, passando a funcionar no edifício da intendência municipal. A sessão inaugural é presidida pelo deputado Francisco Pinto, que justificou o caráter extraordinário do funcionamento do poder:

A convocação que tive a honra de dirigir ontem aos meus honrados colegas, convidando-vos para prosseguirmos os nossos trabalhos neste alegre e próspero recanto do solo mato-grossense, tem a dupla significação de um protesto e de um triunfo.


É um protesto dos mais veementes contra a selvageria de que fomos vítimas na trágica noite de 24 de setembro, contra a desordem sistematicamente organizada pelos diretores intelectuais do partido republicano mato-grossense, com a conivência criminosa do presidente do Estado. E é um triunfo porque representa a vitória da lei e da ordem, reintegradas pelo mais alto tribunal do país, que vem buscar nesta cidade o ambiente de liberdade que Cuiabá nos negou pela presença da força policial e da capangada revoltada por instigação e ordem do presidente contra a Assembléia, poder tão respeitável e tão legitimamente constituído quanto o Executivo que s. exa. detém.


Nesse episódio está a origem da Caetanada, movimento que envolveu todo o Estado em confronto bélico da oposição contra o governo.


FONTE: 1 - Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 235.




01 de novembro

1954 - Inaugurada a linha de ônibus entre Dourados e Campo Grande



Começa a circular o ônibus entre Dourados e Campo Grande. O evento é antecipado pelo semanário O Progresso, em sua edição de 17 de outubro:

"Registramos com grande satisfação mais uma progressista iniciativa do Expresso Queiroz, cujo esforçado proprietário vem de instituir uma linha de ônibus entre Dourados e Campo Grande que iniciará a circular no dia primeiro de novembro próximo.

Oportunamente publicaremos o horário dessa nova linha.

Registramos aqui nossos parabéns ao sr. Loureiro Queiroz pela valiosa iniciativa".

FONTE: O Progresso (Dourados) 17 de outubro de 1954

FOTO: Primeiro auto-ônibus da empresa Queiroz, acervo Fortalbus.com.




01 de novembro

2017 - Morre em Campo Grande, Ruiter Cunha, prefeito de Corumbá





Morreu as 0:28 h no hospital do Proncor em Campo Grande, o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira, 53 anos.

Filho de Leir Cunha e Oswaldo de Oliveira (o saudoso e popular Rolinha), Ruiter Cunha de Oliveira nasceu em 24 de janeiro de 1964, viveu a infância e a adolescência em Corumbá. O esforço e a dedicação dos pais proporcionaram-lhe a oportunidade de se mudar para o Rio de Janeiro-RJ, onde cursou o antigo segundo grau e a faculdade de Ciências Econômicas, na Universidade Federal Rural do Rio De Janeiro (UFRJ), formando-se em 1985.
Da capital fluminense, voltou determinado a construir uma carreira profissional no Mato Grosso do Sul. Em Corumbá, fez mais uma faculdade: Ciências Contábeis, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), concluindo o curso em 1994. Já em 2002, concluiu pós-graduação em Contabilidade Gerencial, Auditoria e Controladoria pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp).
Com vocação para o setor público, começou a carreira como agente tributário estadual e, em seguida, foi aprovado em concurso público para o cargo de Fiscal de Rendas (Auditor Fiscal), que começou a exercer em 1992. Na Secretaria de Fazenda do Estado, ocupou todos os cargos de carreira, como os de chefe de Agenfa e delegado de Fazenda em Corumbá, chegando a superintendente de Administração Tributária do Estado, em 2003. Também exerceu os cargos de secretário municipal de Finanças de Corumbá, entre 1993 e 1996, e assessor especial de Assuntos Estratégicos do Governo do Estado, em 2004.

Com destacada vivência religiosa e preocupação social, em particular com relação às camadas mais carentes de Corumbá, Ruiter ajudou a fundar, em 2001, o Centro Padre Ernesto de Promoção Humana e Ambiental (CENPER), tornando-se seu primeiro presidente e trabalhando pela continuidade das ações do Padre Ernesto Sassida e da Cidade Dom Bosco.
Rompimento de aorta – Ruiter passou mal na segunda-feira (30). Ele sentiu dores fortes na perna e na barriga simultaneamente, foi levado para a Santa Casa de Corumbá, sendo transferido à Capital no mesmo dia, em uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) aérea.
No Proncor de Campo Grande ele passou por um cateterismo, exame que vasculha os vasos sanguíneos em busca de problemas vasculares e no coração. Aqui, ele foi diagnosticado com um aneurisma dissecante da aorta abdominal, que significa o rompimento da artéria, a maior do corpo, nesta região.
Depois de ser estabilizado, o paciente foi levado ao centro-cirúrgico nesta terça-feira (31), onde foi operado pela equipe do cirurgião cardíaco João Jazbik Neto por quatro horas.
Segundo informações da assessoria de imprensa da prefeitura corumbaense, o prefeito sofreu várias paradas cardíacas no pós-operatório e oscilação constante da pressão arterial. Além disso, os medicamentos aplicados não surtiram efeito e o prefeito teve morte confirmada às 0h28.
Ruiter Cunha tinha 53 anos e deixa mulher, Beatriz Cavassa, e os filhos Rodrigo e Rafaela, além da mãe e da irmã.
Vida política - Eleito prefeito em 2004 pelo PT, Ruiter nasceu em Corumbá  e lá fez seu berço político, tanto que foi eleito em 2004 e reeleito em 2008, sendo substituído em 2012 por Paulo Duarte, também do PT.
Antes de político, Ruiter era auditor fiscal do Estado. No período em que José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, foi governador, Ruiter chegou a ocupar o cargo de superintendente de Administração Tributária.
Em 2014, ele foi candidato a deputado estadual, tendo recebido 18.502 votos. A 26ª posição nas urnas garantiu a ele a primeira suplência da coligação. Porém, em 2015, alegando perseguição no partido, Ruiter se desfiliou do PT e foi parar o PSDB, onde contou com o apoio do governador Reinaldo Azambuja.
Com o apoio tucano, Ruiter conseguiu ser eleito em 2016 prefeito de Corumbá pela terceira vez. Ele derrotou nas urnas justamente seu ex-correligionário Paulo Duarte, que também saiu do PT, mas foi para o PDT. Esse era o primeiro ano de Ruiter à frente do novo mandato como prefeito de Corumbá, tendo como vice-prefeito Marcelo Iunes (PTB).

FONTE: Campo Grande News e Correio de Corumbá

FOTO: Blog de Marluce Brasil.

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