30 de dezembro
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
30 de dezembro
30 de dezembro
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
14 de dezembro
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Estampilha do correio russo em homenagem à Expedição Langsdorff, que explorou Mato Grosso na rota dos bandeirantes |
Expedição científica, à frente o conde de Langsdorrff, patrocinada pelo governo russo, em sua longa viagem entre São Paulo e a Amazônia, chega finalmente a Albuquerque:
Do lado do O. avistávamos então montanhas que em distância aproximada de duas léguas formam uma serra paralela ao curso do Paraguai. Já a mencionei atrás.
Pela manhã de 14, alcançamos a povoação de Albuquerque, assente à margem direita do rio e em terreno um tanto alto e enxuto. Quatro lances de casas em torno de uma praça, uma capelinha intitulada igreja e uma casa para os oficiais de primeira linha, constituem o povoado.
Não vi senão quatro a cinco brancos; o resto era crioulo, caburé, mestiço ou índio. O comandante, oficial de milícias era de cor parda.
14 de dezembro
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Em recompensa da vossa lealdade e grandes serviços fixei sobre vós minha atenção, escolhendo-vos entre as numerosas legiões que formam os exércitos da República, para que sejais os primeiros a dar uma prova de valentia das nossas armas, recolhendo os primeiros louros que devemos reunir aos que os nossos maiores puseram na coroa da Pátria, nos memoráveis dias de Paraguai e Taquary.
A vossa subordinação, disciplina e constância nas fadigas me respondem pela vossa bravura e brilho das armas que ao vosso valor confio.
Soldados e marinheiros. Levai este voto de confiança aos vossos companheiros que das nossas fronteiras do norte hão de se vos reunir; marchai serenos ao campo da honra, recolhei glória para a Pátria e honra para vós e vossos companheiros; mostrai ao mundo quanto vale o soldado paraguaio. – Francisco Solano Lopez.
O ataque ao forte Coimbra aconteceria no dia 27 de dezembro e sua tomada no dia seguinte.
14 de dezembro
1943 - Baianinhos ameaçam invadir Estado de São Paulo
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Cardoso, Rolim e João Batista, os baianinhos |
Bando gaúcho de Campo Grande, conhecido por Baianinhos, ameaça atravessar o rio Paraná e invadir o território paulista. É o que informa o Correio Paulistano em sua edição dessa data:
BANDOLEIROS EM MATO GROSSO - Em data de 7 de agosto de 1941, a polícia de Mato Grosso solicitou auxílio da polícia civil de S. Paulo para o desbarato de uma quadrilha de bandidos que assolava o sul daquele estado. Segundo suas informações os bandidos se contavam em mais de 20, dos quais 8 paraguaios, todos chefiados pelos irmãoes "Baianinhos", apelido de Rolim, João e Cardoso Batista. O cabeça deles era João Batista. Constava ainda da informação que um quarto irmão também fora criminoso, vindo a acabar seus dias assassinado.
A Delegacia Especializada de Vigilância e Capturas do Gabinete de Investigações de S. Paulo, depois de se por a campo, conseguiu descobrir as fotografias dos indiciados, as quais foram distribuídas pela delegacias regionais do Estado.
Agora passado todo esse tempo, novamente aparecem em cena os três indivíduos. Segundo insistentes boatos, consta que os facínoras pretendem invadir o nosso Estado de S. Paulo. Para isso - dizem os informados - têm em seu poder fuzis e metralhadoras.
O dr. Inácio da Costa Ferreira, ciente do caso, ordenou a ida às fronteiras paulistas de 15 praças, um tenente, dois sargentos e 2 dos investigadores de sua Delegacia a ver se obtem a prisão dos criminosos.
FONTE: jornal Correio Paulistano (SP) 14 de dezembro de 1943.
FOTO: Diário da Noite (RJ).
sábado, 14 de dezembro de 2013
29 de dezembro
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Monumento aos heróis da guerra do Paraguai, na Praia Vermelha, Rio de Janeiro |
“Sei que morro, mas o meu sangue e o dos meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo de minha pátria”.
O comandante Martin Urbieta resumiu o episódio em relatório enviado no dia seguinte ao seu superior em Assunção:
Senhor Ministro:
Com o devido respeito tenho a honra de dar parte à V. E. de que em 29 do que expira, cheguei nesta colônia de Dourados sem que fosse percebido por nenhum indivíduo e sendo divisado à curta distância ouvi tocar uma chamada breve e, tomando armas, marchou o comandante com alguns homens de resguardo; o tenente de infantaria Manuel Martinez, que levava o ataque, lhe exigiu a rendição e respondeu o comandante brasileiro que em caso de trazer-lhe ordem do governo imperial, se renderia, senão, não o faria de nenhuma maneira.
Com esta resposta, pronto se travou o combate e o comandante de Dourados, tenente Antonio João Ribeiro, caiu com as primeiras balas, o mesmo com dois indivíduos mais, fugindo o restante o monte do riacho de onde foram reconhecidos em número de doze, incluindo um ferido e um cabo, havendo escapado os demais da guarnição com o 2° comandante.
Da tropa sob meu comando só o tenente Benigno Dias recebeu uma contusão e ferido um soldado de infantaria.
Tenho a honra de acompanhar à V.E. a conta de armas tomadas neste ponto.
Pelas declarações e pelos papéis tomados se vê que faz mais de dois meses que este ponto estava avisado de retirar-se quando alguma força paraguaia aparecesse, sendo, segundo parece, esta disposição geral nos outros destacamentos.
Deus guarde a V.E. muitos anos.
Colônia de Dourados, 30 de dezembro de 1864.
MARTIN URBIETA.
29 de dezembro
1864 - Paraguaios ocupam a colônia de Miranda
O comandante Francisco Resquin, à frente de coluna de combatentes de cavalaria e infantaria, ocupa a colônia de Miranda, pequena guarnição militar, localizada às margens do rio Miranda, nas proximidades da sede da fazenda Jardim, distante 80 quilômetros de Nioaque.
Em ofício dirigido ao seu superior em Assunção, o comandante da expedição paraguaia, descreve sua ação na colônia, durante a ocupação do termo, abandonado pela população e a guarnição do exército brasileiro:
Senhor Ministro:
Ontem ao por do sol, apenas atravessei o rio que chamam de Miranda, me apoderei da colônia sem encontrar nenhuma resistência, destinei 150 infantes ao mando do tenente Narcizo Rios e precedente ultimato de rendição, a população e tropa com o comandante fugiram para um monte contíguo, deixando abandonadas as casas, de maneira que até agora não temos ninguém, além de uma negra velha e uma senhora chamada Francisca Correa de Oliveira, que ao amanhecer de hoje foram encontradas no monte pelos monteadores que lhes mandaram dispersar por todas as direções, igualmente que aos cinco guardam que devem conter os fugitivos.
Sinto que escape talvez toda a tropa que guarnecia a população, mas de outro modo não poderia haver procedido,contando que esta gente havia estado apercebida para um caso semelhante de nossa parte, segundo o que relaciona dona Francisca, que há cerca de dois meses o comandante desta população havia recebido ordem do governo da província, como precaução de que a República do Paraguai poderia mover-se sobre estes territórios, encontrando-se em estado de completa quebra de relações com o Império, fazer o despovoamento da colônia e enviar aos departamentos acima as famílias, assim como a Miranda o que pertencer à guarnição, ficando com a gente de seu mando cuidar o ponto que devem abandonar tão logo que se saiba que o Paraguai marchava para estas fronteiras; e que assim algumas famílias e vários haveres haviam sido despachados em carretas, cuja prevenção também demonstra o fosso com três cordas da comprimento, duas varas de largura e vara e meia de profundidade, aberto em frente da povoação, como para defender os caminhos dos dois passos do rio.
Da adjunta relação que é tomada de Francisca Correa de Oliveira, que segundo lhe disse a mulher de um dos militares desta colônia, se informará V.E. das averiguações que tenho tomado sobre pontos que me carcam as instruções.
Anexo apresento à V.E. o inventário do pouco armamento e munições encontrados em um dos ranchos da colônia e que deixados a cargo do subtenente Albarenga, que logo apresentará à V.E. a matrícula e haveres dos colonos com qualquer outro conhecimento que chegue a saber.
Também incluo à V.E. vários papéis de partes do comandante da colônia de Dourados e as comunicações tomadas de um chasque, pelas quais se vê que há mais de dois meses estão prevenidos para a fuga, oficialmente ordenada no caso que alguma parte de nossas forças apareça por aqui.
A tropa marcha com felicidade e demonstra o melhor ânimo para as próximas operações.
Deus guarde a V.E. muitos anos.
Guarda da colônia de Miranda, 30 de dezembro de 1864.
FRANCISCO RESQUIN.
FONTE: El Semanário (PY) Assunção, 7 de janeiro de 1865.
“Fui aluno de Brandão Filho, a grande estrela da cirurgia nacional de então, em cujo serviço da Santa Casa do Rio, desfilaram naquele tempo os ases da cirurgia de todo o continente. Fui interno de Fernando Magalhães, o homem que sistematizou para todo o mundo a operação cesária baixa. Fui ver em Buenos Aires os grandes operadores argentinos, com os irmãos Finocchieto à frente, e sinceramente não vi ninguém operar tão pessoalmente como Vespasiano. Em cirurgia ele era ele mesmo. E interessante que eu vindo da maior escola cirúrgica do país, peguei muito da técnica pessoal do nosso cirurgião autóctone.”
1917 - Fundada a Igreja Batista em Campo Grande
Tendo como moderador da assembleia de criação o pastor Pedro Sebastião Barbosa, da Igreja Batista de Corumbá, é fundada a Igreja Batista de Campo Grande, que funcionou inicialmente em prédio alugado à rua Barão de Rio Branco esquina com a rua 13 de Maio. Silidônio Urbieta foi o seu primeiro pastor. "Na tarde festiva de 9 de maio de 1919 - segundo Carlos Trapp - na presença de, aproximadamente, 150 pessoas, entre as quais o lendário missionário batista, Dr. Wilian B. Bagby, foi assentada a pedra fundamental do 'nosso templo batista, em construção na cidade' ", em área doada pelo coronel Bernardo Franco Baís, à rua Treze de Maio, entre a Barão do Rio Branco e a Dom Aquino, onde funciona até os dias atuais.
FONTE: Carlos Osmar Trapp, Evangélicos em Campo Grande, origens e desenvolvimento, Associação Evangélica Brasileira, Campo Grande, 1999, página 21.
27 de dezembro
A frota de Barrios, segundo Carlos Francisco Moura, “capitaneada pelo Igurey, era formada por 5 vapores e 5 grandes embarcações a reboque e totalizava 39 canhões de bordo. Vieram a reboque também balsas-curral com gado para o abastecimento da tropa e cavalos. As tropas de combate formavam 4 batalhões, num total de 3.200 homens. Traziam também 12 peças de campanha.”
As forças de Coimbra, ainda conforme o mesmo autor, a “artilharia era constituída de 31 canhões velhos, dos quais apenas 11 estavam em condições de atirar, mas como o número de artilheiros era insuficiente, só 5 podiam ser manejados.
Ao amanhecer, o comandante brasileiro recebe o seguinte ultimatum:
Viva la República Del Paraguay! A bordo del vapor de guerra Igurey. Deciembre 27 de 1864. El Coronel Comandante de la Division de Operaciones del Alto Paraguay, em virtud de órdenes expressas de su gobierno, viene a tomar posesió del fuerte de su mando, y quiriendo dar una prueba de moderacion y humanidad invita á V. para que dentro de una hora lo rinda, pues que no hacerlo asi, y cumplido el plazo señalado, procederá a tomarlo á viva fuerza quedando la guarnición sugeta ás leyes del caso. Mientras espera su pronta respuesta, queda de V. atento, Vicente Bárrios. Al Señor Comandante del Fuerte de Coimbra.
Mesmo em completa desvantagem o comandante brasileiro respondeu ao inimigo com altivez:
Distrito Militar do Baixo-Paraguai, no Forte de Coimbra, 27 de dezembro de 1864. O tenente-coronoel , comandante deste Distrito Militar, abaixo assinado respondendo à nota enviada pelo coronel Vicente Bárrios, comandante da Divisão em Operações no Alto-Paraguai, recebida às 8 1/2 horas da manhã, na qual lhe declara que, em virtude de ordens expressas de seu governo, vem ocupar esta fortaleza; e querendo dar uma prova de moderação e humanidade o intima para que a entregue, dentro do prazo de uma hora, e que, caso não a faça, passará a tomá-la à viva força, ficando a guarnição sujeita às leis do caso: - tem a honra de declarar que, segundo os regulamentos e ordens que regem o Exército Brasileiro, a não ser por ordem de autoridade superior, a quem transmite neste momento cópia da nota a que responde - só pela sorte e honra das armas a entregará; assegurando a S. S. que os mesmos sentimentos de moderação que S. S. nutre, também nutre o abaixo assinado. - Pelo que o mesmo comandante, abaixo assinado, fica aguardando as deliberações de S. S., a quem Deus guarde.
Hermenegildo de Albuquerque Portocarrero, tenente-coronel.
Os paraguaios romperam fogo às 11 horas com canhões de bordo e a seguir com os canhões de campanha instalados do outro lado do rio, no morro da Marinha. Como entretanto os projéteis não alcançaram o forte, Portocarrero só respondeu o fogo às 14 horas.
A infantaria passou também ao ataque, avançando por entre a vegetação, mas era castigada pela artilharia e pela fuzilaria do forte.
As 19,30 a infantaria paraguaia cessou fogo e recolheu-se aos navios.
A guarnição do forte estava exausta, pois durante todo o dia combatera sem tréguas.(...)
Prosseguiu depois a fuzilaria e o canhoneio até à noite, quando novamente os paraguaios se recolheram aos navios.
Nessa noite o comandante Portocarrero reuniu um conselho de oficiais para discutir a gravidade da situação. Não era possível prosseguir a resistência, pois só restavam 1.000 cartuchos e não havia meios para confeccionar outros em número suficiente para resistir no dia seguinte.
A conclusão a que chegaram todos foi a de que deviam abandonar o forte.
As 21 horas começaram os preparativos no maior sigilo para não levantar suspeitas aos paraguaios. Às 23 horas a Anhambai partiu rio acima. Nele embarcaram todos, soldados e civis e mulheres e crianças que residiam na aldeia. Apenas os índios aliados preferiram seguir por terra, seguindo as trilhas do sertão que bem conheciam. A guarnição levou consigo a bandeira do forte e a imagem da padroeira.
No dia seguinte, Barrios ocupa o forte abandonado.
FOTO: TV Morena/Campo Grande.
O Diário Oficial de Campo Grande publicou a lei 6.768, de iniciativa da Câmara Municipal, estabeledendo o 13 de abril, como o “Dia em Memória das Vítimas Fatais da Covid-19”l.
Com isso, a data passou a ser incluída no Calendário Oficial de Eventos do Município de Campo Grande.
O dia 13 de abril foi escolhido por ser a data em que foi registrado o primeiro óbito pela doença no município.
Ainda como lembrança dos mortos da covid 19, em julho, o prefeito autorizou a criação de memorial em homenagem aos mortos da Covid-19, sendo denominado "Apóstolo Edilson Vicente da Silva", pai do vereador Epaminondas Vicente Silva Neto, conhecido como 'Papy'.
O local tem como principal objetivo “guardar a memória dos cidadãos e prestar homenagem às vítimas”, que deverá conter a foto, nome completo e data de morte do homenageado.
FONTE: Correio do Estado, Campo Grande, 27/12/2021.
sábado, 12 de outubro de 2013
12 de novembro
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Vapor Marquez de Olinda, aprisionado pelo governo paraguaio quando se dirigia a Corumbá |
Em 12 de novembro de 1864, subia barco brasileiro, pacificamente, as mansas águas do rio Paraguai, rumo à província de Mato Grosso, levando seu futuro presidente – o coronel Frederico Carneiro de Campos, que substituiria o general Albino de Carvalho, quando recebe, inesperadamente, depois de passadas as águas de Assunção, já distante da capital, um tiro de canhão de navio paraguaio, avisando-o de que fizesse alto! O navio – o Marquês de Olinda, da companhia de navegação que servia à linha de Mato Grosso, foi apresado por ordem do presidente López. Foi o primeiro tiro da guerra!¹
Não pára nisto os vexames e o procedimento barbaresco do ditador do Paraguai nesta extraordinária emergência.
O vapor Marquez de Olinda foi declarado boa preza e a bandeira brasileira está considerada por aquele governo como inimiga.
O presidente de Mato Grosso, bem como os oficiais que o acompanhavam estão em Assunção a bordo do Marquez de Olinda, como prisioneiros de guerra e incomunicáveis.
A pena treme em nossa mão quando escrevemos esta série de atentados, quando temos que anunciar as famílias de nossos compatriotas que jazem em terrível cativeiro os bárbaros tormentos que estão sofrendo.
Para que esses desgraçados não morram à fome é preciso que o nosso consul ali lhes envie diariamente os alimentos porque na república não é uso sustentar os presos.
O pedido de alimentos vai primeiro à polícia e quando se tem de embarcar são examinados do modo mais infame possível, porquanto os soldados picam o pão e a carne em pedacinhos, e no jarro de leite metem a mão e braço a pretexto de apreender comunicações.
O vapor Marquez de Olinda esta´debaixo de baterias das baterias do vapor Taquari e cercado dia e noite por lanchas armadas, isto além do destacamento que existe a bordo para vigiar individualmente cada prisioneiro. A maior parte destes já estão enfermos por causa do excessivo calor e da má água que bebem.
Em uma palavra tais são as mortificações que sofrem aqueles espíritos , que por mais valor que tenham não será impossível que alguém sucumba a tão grande martírio.
Resta, pois, ao governo imperial ir em socorro daqueles desgraçados e sem perda de tempo sindicar os ultrajes inferidos à nossa honra pelo ditador do Paraguai.²
Em função dos maus tratos, o coronel Frederico Carneiro de Campos morreu em plena guerra, em 3 de novembro de 1867.
Em Campo Grande (MS), o ambientalista Francisco Anselmo Gomes de Barros incendeia seu próprio corpo para protestar contra o projeto que tramitava na Assembleia Legislativa, autorizando a construção de usinas de álcool e açúcar na bacia do Paraguai, no Pantanal.
Ao meio dia de sábado, durante um protesto popular, Anselmo estendeu dois colchonetes no calçadão da rua Barão de Rio Branco, em frente ao Bar do Zé, encharcou-os de gasolina, sentou-se sobre eles e ateou-lhes fogo.
Francelmo, como era conhecido, morreria no dia seguinte, com queimaduras em 100% do corpo. “Já que não temos voto para salvar o Pantanal, vamos dar a vida para salvá-lo”, escreveu Francelmo numa de suas cartas de despedida.
O projeto das usinas, de iniciativa do deputado Dagoberto Nogueira (PDT), tentava reverter uma legislação que o próprio Francelmo ajudara a criar, em 1982.
Na época, especialistas advertiam que as usinas poderiam poluir o Aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água potável do planeta. Além disso, em caso de acidente, a vinhaça (subproduto da destilação do álcool) atingiria a bacia hidrográfica do Pantanal, causando danos irreversíveis ao ecossistema.
O sacrifício de Francelmo surtiria efeito: a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pressionaria os deputados estaduais e, no dia 30 daquele mês, por 17 votos a 4, a Assembleia Legislativa sepultaria o projeto.
Em 5 de junho de 2006, Dia do Meio Ambiente, o local da imolação de Francelmo, no centro de Campo Grande, receberia um memorial. Quatro meses depois, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), fundado por ele, aprovaria uma moção instituindo a data de 12 de novembro como o Dia do Pantanal.
Em sua homenagem, o prefeito de Campo Grande, André Puccinelli, deu o nome dele ao parque nas cabeceiras do córrego do Sóter.
Com informações da Folha de S.Paulo (online), 14/11/2005.
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