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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

7 de novembro



07 de novembro

1882- Índio lidera fuga de escravos em Coxim

Capitaneados por um índio chiquitano de nome André, fugiram da Fazenda Santa Luzia, em Coxim (São José de Herculânia) nove escravos, sendo 5 homens e quatro mulheres. O alarme foi dado pelo coronel Antonio Luiz da Silva Albuquerque, chefe político do distrito, em anúncio publicado num jornal de Corumbá:




FONTE: jornal O Iniciador (Corumbá) 31 de dezembro de 1882.



07 de novembro

1911 – Morre no Rio, Generoso Ponce






Aos 58 anos falece no exercício do mandato de deputado federal, Generoso Ponce, o político de maior influência e prestígio em Mato Grosso nas três primeiras décadas da República. Nasceu em Cuiabá e começou a militar na política, ainda no Império, como membro do partido liberal. Com a proclamação da República, aderiu ao novo regime, elegendo-se deputado constituinte e vice-presidente do Estado, no governo de Manoel Murtinho.

Em 1892 chefiou a contra-revolução aos seguidores do general Antônio Maria Coelho, devolvendo o governo a Manoel Murtinho, deposto num golpe militar, chefiado pelo coronel Barbosa, de Corumbá.


Em 1894 elege-se senador, cargo que ocupou até 1902. Em 1906 comandou, a partir de Corumbá, onde estava residindo e estabelecido como comerciante, a rebelião que derrubou Totó Paes do governo. Em 1907 assume a presidência do Estado, quando por motivo de doença, renunciou em favor de seu primeiro-vice, Pedro Celestino Correa da Costa, sendo eleito deputado federal. 


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, 245




07 de novembro

1921 – Calógeras em Campo Grande




Chega à cidade, em sua viagem de inspeção às guarnições do Exército em         Mato Grosso, o ministro da guerra, dr. João Pandiá Calógeras. O evento foi registrado pelo Correio do Estado (de Cuiabá):

Campo Grande,8 - Acompanhado de sua comitiva, constituída dos srs. generais Celestino Bastos, chefe do Estado Maior do Exército e Cândido Rondon, major Egídio Costa Silva e Teixeira Freitas, capitão Rogaciano Mendes e vários outros militares, drs. Paulo Moraes Barros e família, Jorge Moraes Barros, ambos da "Sociedade Rural Brasileira, Primitivo Moacir, redator dos debates da Câmara Federal, Júlio de Mesquita, diretor do "Estado de S. Paulo", chegou ontem aqui, com sua exma. família, às 11 horas, o dr. Pandiá Calógeras, Ministro da Guerra, que foi recebido por toda a população da cidade, na estação da Noroeste, em cuja esplanada estava estendida a guarnição militar.

Prestadas as continências do estilo, foi o ministro Calógeras conduzido até a Câmara Municipal, atravessando as principais ruas. A Câmara reunida em sessão solene, recebeu o ilustre titular da Guerra tendo o engenheiro Arnaldo Estevão de Figueiredo,presidente daquela corporação, saudado o ministro, respondendo este fazendo previsões sobre a futura grandeza do Estado e especialmente de Corumbá, como entreposto internacional, explicando ainda os motivos que determinaram a mudança da circunscrição para aqui. Após muitas orações foi solenemente inaugurada a denominação da nova Rua Calógeras, antiga "Santo Antonio". Nesta ocasião foram muito ovacionados os presidentes da República e do Estado, o Ministro da Guerra e os generais da comitiva.

Tomada a refeição no palacete de residência do sr. Vespasiano Martins, partiram às duas horas o ministro e comitiva em visita aos quarteis velhos da guarnição, enfermaria e quartel da polícia, tendo recebido dessas visitas penosíssima impressão. Depois percorreu em automóveis várias partes da cidade. Às 4 horas da tarde, houve a cerimônia de lançamento da pedra fundamental dos novos quarteis e do Hospital Militar. O general Rondon saudou o Presidente da República e o general Celestino Bastos saudou o ministro Calógeras. Este agradeceu saudando os oficiais superiores do Exército, entre aclamações ruidosas dos populares. Ao regressar fizeram refeição no referido palacete. Visitaram em seguida a invernada militar e à noite, acompanhado do intendente municipal, dr. Arlindo de Andrade, do juiz de direito, dr. Silva Coelho, coroneis Alves Quito, Antero Barros, dr. Miguel Melo, Mário Monteiro, Gavião Gonzaga, César Galvão, Vespasiano Martins e outras pessoas gradas, foi o ministro conduzido ao cinema Central afim de assistir o espetáculo de gala, que terminou cerca de meia noite.

Hoje às 10 horas seguiram para a fazenda do "Capão Bonito", da Brazil Land, onde o superintendente James Barr fará proceder um rodeio de gado de raça, oferecendo ao ministro magnífico cavalo crioulo. O fazendeiro Clemente Pereira fará também em sua fazenda rodeios que serão assistidos pelo ministro.

Amanhã s. exa. prosseguirá viagem para Ponta Porã, em automóvel.¹

Primeiro ministro civil do Exército no regime republicano, Calógeras foi responsável pela total modernização militar do Brasil, com visível interesse pela região da fronteira. Em 9 de setembro de 1928, antes de deixar Campo Grande, teve seu busto levantando na praça da Liberdade (hoje Ari Coelho).² 


FONTE: ¹Jornal Correio do Estado (de Corumbá), 11 de setembro de 1921; ²J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, Edição do autor, Campo Grande, 1980, página 135



sábado, 12 de outubro de 2013

7 de novembro

07 de novembro

1882- Índio lidera fuga de escravos em Coxim

Capitaneados por um índio chiquitano de nome André, fugiram da Fazenda Santa Luzia, em Coxim (São José de Herculânia) nove escravos, sendo 5 homens e quatro mulheres. O alarme foi dado pelo coronel Antonio Luiz da Silva Albuquerque, chefe político do distrito, em anúncio publicado num jornal de Corumbá:




FONTE: jornal O Iniciador (Corumbá) 31 de dezembro de 1882.


7 de novembro 

1911 – Morre no Rio, Generoso Ponce






Aos 58 anos falece no exercício do mandato de deputado federal, Generoso Ponce, o político de maior influência e prestígio em Mato Grosso nas três primeiras décadas da República. Nasceu em Cuiabá e começou a militar na política, ainda no Império, como membro do partido liberal. Com a proclamação da República, aderiu ao novo regime, elegendo-se deputado constituinte e vice-presidente do Estado, no governo de Manoel Murtinho.

Em 1892 chefiou a contra-revolução aos seguidores do general Antônio Maria Coelho, devolvendo o governo a Manoel Murtinho, deposto num golpe militar, chefiado pelo coronel Barbosa, de Corumbá.


Em 1894 elege-se senador, cargo que ocupou até 1902. Em 1906 comandou, a partir de Corumbá, onde estava residindo e estabelecido como comerciante, a rebelião que derrubou Totó Paes do governo. Em 1907 assume a presidência do Estado, quando por motivo de doença, renunciou em favor de seu primeiro-vice, Pedro Celestino Correa da Costa, sendo eleito deputado federal. 


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, 245


7 de novembro

2020 - Mulher no mais alto posto da Polícia Militar





Mato Grosso do Sul tem a primeira mulher no posto de coronel. Foi promovida ao mais elevado posto da corporação, a Neudy Nunes Barbosa Centurião. Como oficial da PM, passou pela Companhia de Trânsito, Policiamento Montado, 1° Batalhão e Comunicação Social. Comandou a Cavalaria e foi sub-comandante da PM de Corumbá e do Batalhão Rodoviário. Quando foi alçada ao mais elevado posto da polícia estava à frente do Centro de Equoterapia.


FONTE: Correio do Estado, Campo Grande, 7 de novembro de 2020.

FONTE: revista Boca do Povo, Campo Grande.





sexta-feira, 12 de julho de 2013

12 de setembro


12 de setembro

1864 - Receita ameaça execução fiscal de escravocratas inadimplentes

Em edital publicado em jornais da capital, a Inspetoria da Fazenda, ameaça executar a dívida da taxa de escravos aos inadimplentes do exercício fiscal anterior:

"De ordem do Ilm° Senr. inspetor desta Tesouraria convido aos senhores colectados da cidade de Poconé que no exercício de 1861-1863 deixaram de pagar na coletoria geral do lugar o imposto de taxa dos escravos, para que hajam de por si ou por seus procuradores satisfazer a boca do cofre nesta repartição as importâncias de seus débitos no prazo de trinta dias a contar desta data; sendo que, se não o fizerem, serão as suas contas remetidas ao juízo competente para promover executivamente a cobranças delas.

Primeira Secção da Tesouraria da Fazenda de Mato Grosso em Cuiabá, 12 de setembro de 1864. O chefe interino, José Estevão Correa".


FONTE: A Imprensa de Cuyabá, 13 de setembro de 1864.





12 de setembro


1883 - Índios Coroados atacam fazendas em Coxim






Índios da tribo Coroados em ataque a moradores da margem esquerda do rio Taquari, em Bom Jardim, no distrito de São José de Herculânia (Coxim) "fizeram 12 vítimas e roubaram tudo quanto acharam", colocando em pânico "todos os moradores daquela circunferência" e obrigando a retirada de todos, abandonando suas propriedades e pertences. A denúncia consta de um apelo às autoridades, publicado em jornal de Corumbá, implorando o restabelecimento da ordem na região:

"Os índios da tribo - Coroados - que no Taquari, à margem esquerda fizeram 12 vítimas e roubaram tudo quanto acharam, fato que deu lugar a que todos os moradores daquela circunferência se retirassem abandonando tudo quanto tinham, assaltaram minha casa às 10 horas do dia 6 do corrente, deixando-me a dura provação de ver flechados um casal de escravos, de cujos ferimentos está à morte um deles.

Antes de darem este assalto haviam surpreendido e assassinado a mulher de um meu agregado a qual fora encontrada com a cabeça espedaçada por uma mão de pilão - de que se serviram, e junto ao cadáver encontrou-se ensanguentada.

As criações que no meu terreiro estavam, ficaram todas feridas de flechas e algumas mortas.

Como é de todos sabido os vândalos rapinas - com suas correrias, plantaram nesta zona um geral horror e completo desânimo de modo que, está quase de todo cortado o trânsito da estrada em que os habitantes deste sertão, do Goiás e parte do de Minas, comerciam na povoação de S. José de Herculânia. E, se imediatos socorros não vierem a impedir a audácia destes índios, seremos todos suplantados pela miséria e inúmeros serão os prejuízos a lamentar-se no comércio deste distrito e não menos no de Corumbá.

O comandante do destacamento de Boa Vista, o sr. alferes Cipriano Alcides, a quem recorri temendo ser novamente agredido, mandou postar dois soldados em minha fazenda e outros dois na do sr. Leandro Borges, 5 léguas de minha residência, observando-me apenas, que tão logo acalmassem as hostilidades dos índios, tornassem os soldados ao destacamento, visto como se tomou a si o expediente de dar-me auxílio, foi pelo sentimento da piedade que o domina e não porque as autoridades, seus superiores, a isso instruissem, por isso que aconselhava-me a retirar quanto antes, afim de que seus soldados não demorassem fora do destacamento que, com as poucas praças que ali se compõe, podia ser também pelos índios atacado, e ele tinha então, necessidade de defender o quartel a mais pertences nacionais ou morrer sobre eles, com todos os soldados sob seu comando.

Dei razão ao dito sr. alferes; mas sr. redator em tais circunstâncias entre audazes e tiranos selvagens, sem poder com tranquilidade, cuidar de minha família objeto para cuja mantença me sacrifiquei a ocupar um pedaço de terra em que resido e onde tenho empregado não mesquinho capital, porém, sim de alguma importância, como devo estar e o que farei? onde trabalhar quando os terrenos estão de difícil aquisição e a quem pedir recursos em tão precária situação?

Providências a serem por mim tomadas, é a resignação de retirar-me de minha fazenda, sem esperança de jamais haver aquilo que com sacrifícios enormes pude adquirir em seis anos de assíduo labor.

Providências hão de sobejo; mas, para pedi-las o fraco som de minha voz, não alcança onde elas estão, e V. S. advogado da santa causa dos malaventurados e esclarecido como é, com a sublimidade de sua clara linguagem, com o robusto eco de seu conceituado jornal, do alto de sua tribuna tipográfica e traduzindo os sentimentos que nesta quadra de mim se apoderam e das mais vítimas minhas companheiras de sacrifícios, proclamará ao vivo ao administrador da província, os fatos supra narrados; e, então, far-me-á o favor, lhe rogo, pedir-lhe uma medida no sentido de afugentar esses índios, afim de que possamos tranquilos seguir a marcha de nossos trabalhos como outrora.

Convencido de que V.S. não se negará a este favor, desde já antecipo os meus agradecimentos e sou

De V. S.

Admirador am.°

Distrito de S.José de Herculânia no Bom Jardim, 12 de setembro de 1883.

José Venâncio Naves".


FONTE: jornal O Iniciador (Corumbá), 1° de novembro de 1883.


FOTO: reprodução meramente ilustrativa.




12 de setembro
   
1893 – Morre o marechal Porto Carreiro

Falece ao 74 anos no Rio de Janeiro, Hermenegildo de Albuquerque Porto Carreiro, o barão do Forte de Coimbra. Nascido em Recife, Pernambuco em 1818. No exército brasileiro chegou a marechal. Era o comandante do forte de Coimbra em 27 dezembro de 1864, por ocasião da ocupação paraguaia e coordenou a fuga  para evitar combate desigual com a armada paraguaia. A frota inimiga, capitaneada pelo Igurey, era formada por 5 vapores e 5 grandes embarcações a reboque, e totalizava 39 canhões de bordo. A reboque também balsas-curral com gado para o abastecimento da tropa e cavalos. As tropas de combate formavam 4 batalhões, num total de 3.200 homens. Traziam também 12 peças de campanha. A artilharia brasileira,por sua vez, era constituída de 31 canhões velhos, dos quais apenas 11 estavam em condições de atirar, mas com o número de artilheiros era insuficiente, somente 5 podiam atirar.




FONTE: Carlos Francisco Moura, O forte de Coimbra, sentinela avançada da fronteira, Edições UFMT, Cuiabá, 1974, página 60.



12 de setembro

1934 – Nasce em São Paulo, Rubens Gil de Camilo





Nasce em São Paulo, Rubens Gil de Camilo. Mudou-se para Campo Grande aos 5 anos de idade. Fez o primário no Colégio Dom Bosco, o ginasial no Joaquim Murtinho. Aos 16 anos entrou para a Aeronáutica. Com 17 anos prestou exame para a Marinha em Corumbá. Aos 18, em 1951 muda-se para São Paulo, onde cursou arquitetura na Universidade Mackenzie, formando-se em 1960. Retorna a Campo Grande onde se dedica à profissão. Seus projetos mais conhecidos são o Palácio Popular da Cultura no Parque dos Poderes e a sede da Federação das Indústrias, na avenida Afonso Pena.
Faleceu tragicamente durante uma pescaria em agosto de 2000. Em sua homenagem o governo do Estado deu o seu nome ao Centro Popular de Cultura, seu mais conhecido projeto.

FONTE: Ângelo Marcos Vieira de Arruda, Pioneiros da Arquitetura e da Construção em Campo Grande, Uniderp, Campo Grande, 2002; página 323.


12 de setembro

1976 - Sequestro e morte de Lúdio Coelho Filho, o Ludinho




Sequestrado e morto em Campo Grande, o jovem Lúdio Martins Coelho, o Ludinho, filho do empresário e político Lúdio Martins Coelho. O crime, por envolver uma das mais tradicionais famílias de Mato Grosso, e, principalmente, por ser um dos primeiros no gênero no Brasil, teve enorme repercussão, desde o rapto da vítima até a prisão dos suspeitos e condenação de seus autores.

As primeiras notícias davam conta de que com "um tiro na testa, uma mulher encontrou ontem, num terreno baldio no centro de Campo Grande, o corpo do estudante Lúdio Martins Coelho Filho, sobrinho do senador Italívio Coelho (Arena-MT) e filho do banqueiro e pecuarista Lúdio Martins Coelho. O rapaz havia sido sequestradosexta-feira e seu carro, deixado em frente à residência da família, foi encontrado um bilhete exigindo resgate de Cr$ 6 milhões".

O mesmo noticiário dava conta que "um forte esquema de segurança o corpo de Ludinho, que permaneceu intocável até a noite, quando a Polícia Técnica de São Paulo - vinda em jato fretado - o examinou. O delegado Fleury comanda as investigações. O sequestro era mantido em rigoroso sigilo até ontem às 15.45 quando o corpo foi encontrado. O tiro teria sido disparado na manhã de ontem (dia 10), segundp a polícia."

OS AUTORES - Com o auxílio da polícia do Estado, o delegado Luis Antonio Fleury, do DOPS de São Paulo, comandou as investigações e chegou aos suspeitos, graças à delação do cabo Luiz Targino, que soube do fato, através de um de seus autores, o tenente Aramis.

Os tenentes da PM de Mato Grosso, Aramis Ramos Pedrosa e João Louzada, e João Leozar Machado, presos dez dias depois, confessaram a autoria do crime. Aramis assumiu a autoria intelectual da trama e dos dois disparos que mataram Ludinho. No depoimento, acrescentou que o objetivo do sequestro era apenas o dinheiro, salientando que de qualquer forma o jovem seria morto, pois conhecia bem os sequestradores e os denunciaria.

Foram condenadas, além de Aramis e Machado. a amante deste, Josélia Rosa da Costa e a esposa daquele, Iolanda Grizahay Ramos.

O crime foi celebrizado pela música sertaneja "Lágriimas que choram", da dupla Milionário e José Rico.

FONTE: Jornal do Brasil (RJ) 11 de setembro de 1976.

FOTO: Correio Braziliense, Brasilia, DF.

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

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