1858 – Nasce em Alegrete, no Rio Grande do Sul, João de Barros Cassal
Nasce em Alegrete, RS, João de Barros Cassal. Advogado, jornalista e político, João de Barros Cassal foi chefe de polícia em 1889 e com a deposição de Júlio de Castilhos é aclamado governador do Estado do Rio Grande do Sul, como membro de uma junta provisória, que ficou conhecida como "governicho". Tomou parte na guerra civil do Estado e na revolta da armada no Estado do Rio de Janeiro, em 1894, a bordo do vapor Esperança. Exilado na Argentina, com a derrota dos maragatos na revolução federalista, chegou ao Sul de Mato Grosso em 1901, fixando residência em Nioaque, onde juntou-se aos divisionistas, dentre eles, seu conterrâneo e partidário coronel Bento Xavier. É tido por alguns historiadores como o primeiro teórico da separação de Mato Grosso. Barros Cassal faleceu em Nioaque em 19 de outubro de 1903, em consequência de uma hepatite aguda. Seus restos mortais foram transladados para Porto Alegre, anos após seu falecimento. Uma das principais vias públicas da capital gaúcha tem o seu nome. Em 1930, a cidade de Rincão de Santo Antonio, no Rio Grande do Sul, passou a chamar-se Barros Cassal em sua homenagem.
FONTE: Luiz Araújo Filho, O município de Alegrete, avulso e http://biblioteca.ibge.gov.br/d_detalhes.php?id=32364
2 de fevereiro
1904 - Epidemia de varíola em Cáceres e Corumbá
Em sua mensagem `Assembleia Legislativa, o presidente de Mato Grosso, coronel Antonio Pedro Alves de Barros dá conta de epidemia de varíola em Cáceres e Corumbá e faz referência ao trabalho do voluntariado no combate à doença em Corumbá:
"Em Corumbá e S. Luis de Cáceres tem flagelado a população a varíola. Por atos de 30 de junho, 22 de setembro e 8 de novembro, foram abertos créditos na importância total de treze contos de réis para auxiliar o tratamento dos enfermos nessas duas cidades e atender a outras despesas na capital.
Em ambas aquelas cidades a caridade particular colaborou e continua a agir beneficamente para a obra de debelação do mal.
Mas, sobretudo em Corumbá, foram as autoridades poderosamente auxiliadas pela população, que concorreu com dinheiro e serviços, organizando comissões , uma das quais prestou socorros domiciliares aos indigentes, fundando uma enfermaria com todo o pessoal e material necessários e dando assim um belo exemplo de seus sentimentos de humanidade".
FONTE: Presidente Antonio Pedro Alves de Barros, Mensagem à Assembleia Legislativa, 2 de fevereiro de 1904.
2 de fevereiro
1922 - Nasce em Campo Grande Hélio Bucker
Fez o curso primário no Colégio Pestalozzi de Campo Grande e o colegial no Colégio Martin Afonso em Niterói. Entrou para o Exército em 1942, no Sétimo Batalhão de Caçadores em Porto Alegre. Integrou a Força Expedicionária Brasileira, participando da 2a. Guerra Mundial na Itália. Deixou o Exército em 1945 e dedicou-se à causa indígena. No Serviço de Proteção ao Índio, chefiou postos em São Paulo, Bahia e Mato Grosso.
A partir de 1961 exerceu as funções de chefe da 5a. Inspetoria Regional do SPI com sede em Campo Grande. Em 1964 passou a exercer as funções de chefe da 6a. IR em Cuiabá, com jurisdição em Mato Grosso, Goiás e Rondônia. Em 1968 foi nomeado delegado regional da Funai e promoveu a estruturação e implantação da 5a. Delegacia Regional , com sede em Cuiabá. Em 1970 foi designado para planejar e implantar a 9a. DR com sede em Campo Grande. Nessa delegacia determinou a medição e demarcação das reservas dos cadiuéus, caoivás e terenas. Pleiteou e obteve títulos de propriedade de 2.000 hectares para os índios terenas do Limão Verde em Aquidauana.
Durante 23 anos de atuação oficial junto aos índios coletou, descreveu, catalogou diretamente nas aldeias, 800 peças de artesanato aborígene, constituindo coleção de acordo com os padrões e métodos etnológicos recomendados. As referidas peças se encontram no museu da Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá. Hélio Bucker faleceu a 10 de fevereiro de 1996.
FONTE: Hélio Jorge e Ivete Bucker, Um pracinha entre os índios, Associação dos Novos Escritores de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 1991. Página 32.
Nenhum comentário:
Postar um comentário