sábado, 22 de janeiro de 2011

23 de janeiro

23 de janeiro


1905 – Câmara de Campo Grande realiza sua primeira reunião e aprova salário do prefeito




Eleito a 2 de novembro de 1902, após inexplicável intervalo de dois anos, reune-se pela primeira vez o legislativo campograndense, tomando suas primeiras deliberações a saber: fixação do subsídio do intendente, computado em 84$000 (oitenta e quatro mil réis) por mês; criação dos cargos de secretário, procurador, porteiro, fiscal, aferidor e dois agentes fiscais e aprovação de lei orçamentária, calculando a receita municipal em 9:595$000 (nove contos, quinhentos e noventa e cinco mil réis). O vereador Jerônimo José de Santana foi o seu primeiro presidente. Ele mais João Correa Leite, Manoel Ignácio de Souza, João Antunes da Silva e José Vieira Damas compunham a primeira legislatura da Câmara Municipal de Campo Grande. Era prefeito do município Manoel Inácio de Souza, o Manoel Taveira.

Durante o tempo em que a câmara municipal permaneceu inativa a prefeitura funcionou nas casas do intendentes (prefeito) eleitos, Francisco Mestre e Manoel Taveira e não tinha funcionários.



FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, edição do autor, Campo Grande, 1980. Página 80
FOTO: extraída do livro 100 anos do legislativo de Campo Grande, editado em 2005 na presidência do vereador Youssif Domingos.


23 de janeiro

1933 - Lançado em Campo Grande movimento contra a divisão

Subscrito pelo prefeito Ytrio Correa da Costa e seu irmão Fernando Correa da Costa (que viria a ser governador do Estado) ambos cuiabanos, é lançado, por influentes cidadãos residentes em Campo Grande, um movimento contrário à divisão de Mato Grosso, intitulado "Liga por Mato Grosso Unido". O citado movimento tinha por objetivo de opor-se à recém-criada Liga Sul-matogrossense, que defendia a separação. Na ocasião, seus signatários fizeram publicar a seguinte nota:

Comunicando a fundação da "Liga por Mato Grosso Unido" para a qual solicitamos o vosso prestigioso e  patriótico concurso, transmitimos às altas autoridades, bancada matogrossense e imprensa do Rio, o seguinte telegrama:"A Liga por Mato Grosso Unido fora fundada sem objetivo e finalidades partidárias constituída por elementos de matizes políticas diferentes,que se congregam para a defesa da unidade política e integridade territorial de Mato Grosso, como quer e deseja a totalidade de suas populações, vem protestar e o faz com veemência contra a campanha insidiosa e tumultuária que um grupo de pessoas sem credenciais necessárias porque se divorcia inteiramente da opinião pública dominante procura lançar fora do Estado e junto aos altos poderes da Republica no  sentido da c riação de um novo Estado com desmembramento do território matogrossense que nossos ancestrais descobriram e palmilharam e nos legaram unido e coeso, em dilatado perímetro de suas lindes indestrutíveis. Em manifesto que brevemente dará à publicidade, a Liga por Mato Grosso Unido demonstrará com maior evidência a improcedência dos motivos e razões invocadas para justificar tão esdrúxulas e absurdas pretensões, razões e motivos fantásticos com deslealdade e com má fé inconcebíveis e distanciados por completo d a verdade e da lógica dos fatos. A hora presente de reconstrução nacional não comporta aventuras. "Tudo por Mato Grosso unido e coeso. (a.a.) Dr. Patrício de Siqueira, dr. Ytrio Correa da Costa, dr. Oliveira Melo, Américo Carlos Costa, fazendeiro, farmacêutico Aluino Correa, dr. Arnaldo Figueiredo, dr. Tertuliano Meireles, dr. Antonio Leite Campos, Sebastião Inácio de Souza, fazendeiro, dr. Carlos Hugueney Filho, Joaquim Cesário da Silva, tabelião, Pérsio Shamann, comerciante, Humberto Miranda, professor, dr. Argemiro Fialho, dr. Ernani Coutinho, Severimo Toledo, fazendeiro, Godofredo de Albuque, tabelião, Eudoro Correa de Arruda e Sá, dr. Lourival Azambuja, Francisco Gaudie Leite, comerciante, major Severino de Queiroz, Benjamim Sdhese, jornalista, dr. Jonas Correa, Máximo Levy, Arnaldo Serra, capitalista, Clodomiro Bastos, jornalista, dr. Fernando Correa da Costa, Otaviano Pereira Rosa, industrial, Pedro Celestino Filho, Josino Graciano de Pina.

FONTE: jornal A Cruz (Cuiabá), 28 de janeiro de 1934.



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