quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

3 de março

3 de março

1865 - Governo federal cobra da província notícias da guerra

O Ministério dos negócios da guerra, encaminha ofício ao governo da província de Mato Grosso, cobrando informações oficiais sobre a invasão do nosso território por tropas paraguaias, nos seguintes termos:

O governo imperial há muito que não recebe notícia de Mato Grosso.

A invasão pelos soldados paraguaios, a tomada do forte de Coimbra, Corumbá, Miranda etc., as depredações horrorosas praticadas pela ferocidade do inimigo, nada tem servido de incentivo, para que V.Ex. empregasse os máximos esforços para dar conhecimento ao governo das ocorrências momentosas que se estão dando, pondo o mesmo governo na indeclinável necessidade de ajuizar dos tristes sucessos pelas notícias suspeitas, vindas por via do Paraguai e Rio da Prata, ou comunicadas por algum particular, que dessa província tenha chegado; acrescendo que, quando um cidadão notável pode fazer com rapidez a viagem de Corumbá a esta corte, acompanhado de sua família, a administração presidencial não soube fazer partir um ou mais próprios com a sua correspondência! Semelhante procedimento é inacreditável, mas infelizmente não pode ser escurecido. Na presença disto tudo sou obrigado a fazer-lhe sentir, quão estranhavelmente tem sido o seu descuido, e a determinar-lhe muito positivamente que não conte com os correios ordinários para a remessa da correspondência importante, antes empregue em conduzi-la próprios de confiança bem montados e bem pagos, e com aqueles intervalos aconselhados pela maior ou menor gravidade das circunstâncias.

Deus guarde a V. Ex. - Visconde de Camamu. - Sr. Alexandre Manoel Albino de Carvalho.

FONTE: Correio Mercantil (RJ), 10 de março de 1865.


3 de março

1865 - Governo pune comandante que fugiu de Corumbá



Ato do governo do Estado pune o coronel Carlos Augusto de Oliveira, por ter abandonado Corumbá e sua população, diante da ameaça de invasão paraguaia, ocorrida em 3 de janeiro de 1865:

RESOLUÇÃO - O presidente da Província, considerando que o Coronel Carlos Augusto de Oliveira, comandante das armas da mesma Província, não pode mais desempenhar este cargo com provento do serviço público depois do desastroso abandono que fez do importante e florescente ponto de Corumbá sem ter visto o inimigo, inutilizando e desmoralizando assim a força de linha sob seu comando, a qual até hoje anda dispersa e fugitiva por esses pantanais ínvios, por onde se meteu o mesmo comandante das armas com parte dela; e que à vista do seu procedimento é indispensável e urgente a sua substituição por um oficial superior que tenha as qualidades correspondentes a semelhante cargo na tão melindrosa situação presente; resolve, em virtude do artigo 5. § 8º da lei n° 38 de 3 de outubro de 1834, suspender o mencionado coronel Carlos Augusto de Oliveira do exercício de comandante das armas desta Província para ser responsabilizado no foro competente pelo seu procedimento; e outrossim que assuma interinamente o exercício o exercício do cargo de comandante das armas, logo que chegue a esta capital, o tenente-coronel Carlos de Moraes Camisão, visto acharem-se os outros dois tenentes-coroneis mais antigos, existentes na Província.

Palácio do Governo de Mato Grosso em Cuiabá 3 de março de 1865.

Conforme

Joaquim Felicissimo d'Almeida Lousada.


FONTE: A Imprensa de Cuiabá, 5 de março de 1865.

FOTO: Reprodução. Planta da vila da época da guerra. 


3 de março

1903 - Rondon chega ao Forte de Coimbra



Depredação da gruta do Inferno preocupou Rondon 
Explorando o roteiro por onde deveria passar a rede telegráfica, ligando Corumbá à histórica guarnição militar, onde se achava o 25º batalhão do qual era cabo Getúlio Vargas, futuro presidente da República, Rondon chega ao forte Coimbra. De Coimbra, o sertanista guarda memória da gruta do Inferno:
 
A entrada da gruta é um simples buraco que dá acesso à ante-sala de um verdadeiro "Palácio de conto de Fadas". Ensombra-a uma grande figueira de folha larga, Fícus Doliaria, cujas raízes penetram pelas frestas e gretas das pedras soltas, engastadas no maciço que constitui o morro do Buraco Soturno ou gruta do Inferno. Há aí uma escada que permite descer para a ante-sala. Vê-se, ao lado direito da entrada, um segundo buraco por onde é iluminado o compartimento, constituído por grandes pedaços de pedras soltas, atiradas desordenadamente aqui e ali e, entre elas, depósitos de carbonato de cálcio, verdadeira argamassa feita por mão inteligente. Para lá chegar é necessário passar por dentro d'água, nadando e com luzes, porque a escuridão é completa. Assim se passa de salão em salão e há verdadeiro deslumbramento quando a luz se reflete nas estalactites e estalagmites de cristal, raras na ante-sala. É um palácio encantado que os séculos construíram com a concreção sucessiva de cada gota. Observamos, entretanto, consternados, que a selvageria de alguns visitantes, sob pretexto de colecionar minerais, destruíra, à alavanca e martelo, grande parte das estalactites. Será necessário proteger tão maravilhosa beleza natural contra os vândalos.

 
A linha entre Corumbá e Coimbra foi inaugurada no dia 1º de janeiro de 1905.



FONTE: Esther de Viveiros, Rondon conta sua vida, Cooperativa Cultural dos Esperantistas, Rio, 1969, páginas 159 e 175.



3 de março

1973 - Fundada a federação dos professores de Mato Grosso do Sul


É fundada a Federação dos Professores de Mato Grosso do Sul (Feprosul), que a partir de 1989 passaria a chamar-se Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul, (FETEMS) quando a entidade filiou-se à CUT e houve a unificação da carreira: professores e funcionários administrativos de escolas passaram a ser reconhecidos como trabalhadores em educação e as associações passaram à categoria de sindicatos.

O primeiro presidente (1979-1982) foi o professor Eusébio Garcia Barrio. 


FONTE: Revista Atuação, FETEMS, Campo Grande, março 2014, página 12. 


3 de março


2011 - Assassino da ex-mulher pega vinte anos de cadeia


O homicida e a vítima (foto: arquivo do Correio do Estado)
O julgamento do empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, autor do homicídio de maior repercussão da década passada em Campo Grande foi o principal assunto da imprensa de Mato Grosso do Sul  no dia seguinte:

O empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, acusado do assassinato da arquiteta Eliane Aparecida Nogueira de Andrade, sua esposa, foi condenado a vinte anos de prisão. O julgamento foi realizado ontem no auditório da 1a. Vara do Tribunal do Júri. O crime aconteceu no dia 2 de julho de 2010, em Campo Grande. Do total da pena ele deverá cumprir pelo menos oito anos em regime fechado.

O Ministério Público Estadual sustentou que o empresário asfixiou a mulher por meio de esganadura e posteriormente ateou fogo no veículo em que ela estava. Com o incêndio parte do cadáver foi destruído. Ele está preso desde julho de 2010. Luiz Afonso foi a julgamento pela prática de crime de homicídio por motivo torpe, meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime de destruição de cadáver.

O julgamento presidido pelo juiz Aluizio Pereira, começou às 8 h e só foi concluído por volta das 16.30h com a publicação da sentença. O plenário do Tribunal do Júri estava lotado, reunindo principalmente, familiares da vítima e estudantes de Direito.


FONTE: Michelle Rossi, Correio do Estado, 4 de março de 2011.

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