segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

8 de fevereiro

8 de fevereiro

1863 - Goiás denuncia invasão de Mato Grosso ao seu território



Em longo ofício enviado ao marquês de Olinda, ministro do império, o presidente da província de Goiás reclama da invasão de Mato Grosso ao seu território. Argumentando com um acordo firmado em 1771 entre os governadores das duas províncias, José Vieira Couto Magalhães defende os limites originais entre as duas províncias e reclama a posse de Coxim e Santana do Paranaiba. Ironicamente, Couto Magalhães seria nomeado para o governo de Mato Grosso, no ano seguinte, vindo a permanecer na chefia do executivo estadual durante a guerra do Paraguai e, naturalmente, abandonado a ideia de anexar parte do território de Mato Grosso ao vizinho, sem deixar, entretanto, de alimentar o sonho goiano de apoderar-se de significativa parcela leste da província, que durou até recentemente. 


A seguir, íntegra do longo ofício da Couto Magalhães ao ministro do Império:















FONTE: Presidente José Vieira Couto de Magalhães, Relatório apresentado à Assembleia Legislativa de Goiás, 1° de junho de 1863.

FOTO: presidente Couto Magalhães. Acervo Prefeitura Municipal de Várzea Grande (MT).








8 de fevereiro



1892 - Sediciosos derrubam autoridades em Nioaque e Miranda



Em relatório ao general Ewbank, logo em seguida ao fracassado golpe militar contra o governo de Manoel Murtinho, Jango Mascarenhas, chefe da resistência no Sul do Estado, destaca esse incidente:

Na vila de Nioaque, residência do 7º Regimento de Cavalaria Ligeira, onde me achava no exercício do cargo de presidente da municipalidade, os oficiais todos em companhia do caudilho major David de Medeiros, Filadelfo de Campos Machado, Manuel Guilherme Garcia e quatro ou cinco homens sem importância social, precedidos da banda de música militar, no dia 8 de fevereiro, e secundando os movimentos sediciosos de Corumbá, fizeram solene manifestação, alegando representarem o povo, depuseram as autoridades constituídas e os intendentes, os quais lavraram solene protesto que ficou consignado na ata da sessão desse dia, firmado por mim e mais membros presentes.


Na vila de Miranda fizeram o mesmo e ainda a soldadesca desenfreada, ao mando do alferes José Joaquim de Azevedo Saldanha e capitão Hermenegildo, que seguiam para Corumbá às ordens do coronel Barbosa, tendo-se encontrado com o cidadão João Rodrigues de Sampaio, onde exercia o cargo de substituto do juiz de direito, e nessa circunstância de regresso da capital do Estado, castigaram-no desapiedadamente com palmatória e obrigando-o a passar recibo. 



FONTE: Miguel Palermo, Nioaque evolução política e revolução de Mato Grosso, edição do Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1992, página 74.




8 de fevereiro


1934 - Rondon contra a divisão do Estado de Mato Grosso


Rondon, o general contra a divisão do Estado


Em entrevista ao Diário de S. Paulo, o general Rondon manifesta-se contra a ideia separatista, apontando as seguintes razões:

a) o movimento secessionista só é amparado pelos filhos de outros Estados, que não votam verdadeiro amor a Mato Grosso; b) o Norte do Estado é o mais próspero e não tem interesse em retardar o progresso do Sul; c) O Sul não tem elementos para se constituir em Estado da Federação, não possui recursos econômicos suficientes, estando ainda em fase pastoril; d) os divisionistas não estão apoiados em razões de ordem moral ou material”.


Os divisionistas responderam ao general através de um folheto de março seguinte, datado de Maracaju. 



FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Mato Grosso do Sul, Editora do Escritor, S.Paulo, 1985, pagina 146.




8 de fevereiro


1955 - Nasce em Corumbá, Delcídio do Amaral




Filho de Miguel Gómez e Rosely do Amaral Gómez, nasce em Corumbá, Delcídio do Amaral Gomes. Estudou o primário em sua cidade natal, o secundário no Colégio São Luís, em São Paulo e formou-se em Engenharia Elétrica. Na profissão trabalhou no Brasil e no exterior nas seguintes empresas: General Eletric do Brasil (1976/1977), Themag Engenharia Ltda. (1978/1982), e Eletrosul (1991/1994). Ingressou na vida pública em 1994, como secretário executivo do Ministério de Minas e Energia. Em setembro de 1994 é nomeado ministro de Minas e Energia pelo presidente Itamar Franco. Em Mato Grosso do Sul conduziu o processo de privatização da Enersul e, no governo Zeca do PT, foi secretário de Infra-Estrutura e Habitação.  Em 2002 ingressa na política partidária e elege-se o primeiro senador do PT de Mato Grosso do Sul. No Congresso celebrizou-se como presidente da CPMI dos Correios, que apurou o escândalo do mensalão. Em 2006, candidata-se ao governo do Estado e perde a eleição para André Puccinelli (PMDB). Em 2010 é reeleito senador da República.

Em 2014 tenta novamente o governo do Estado e é derrotado, no segundo turno, pelo deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB).

Em 2015 é escolhido líder do governo Dilma no Senado. Em 25 de novembro de 2015 é preso por ordem do ministro Toeri Zavasky, relator da Operação Lava Jato no STF, acusado de tentativa de obstrução às investigações da citada operação. 87 dias em regime fechado, é transferido para o regime domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica, tendo, em 14 de março de 2016, homologado o seu acordo de delação premiada. No dia 10 de maio de 2016 teve seu mandato cassado pelo Senado, com 74 votos a favor e nenhum contrário.


FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Delc%C3%ADdio_do_Amaral




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