1867 – Retirantes de Laguna chegam a porto Canuto
Paisagem do rio Aquidauana em desenho de Taunay |
Depois de cinco dias de marcha, desde a saída em Nioaque, sempre fustigados pela cavalaria inimiga, os expedicionários brasileiros finalmente chegam à margem esquerda do rio Aquidauana, termo da retirada de Laguna. O momento é registrado por Taunay:
A 11 chegamos ao porto do Canuto à margem esquerda do rio Aquidauana. Tal o último trecho de nossa penosa retirada. Ali findou o nosso doloroso itinerário que, como expiação de nossas temeridades, nos fizera curtir tantas misérias quantas pode o homem suportar sem sucumbir. No Canuto nos despojamos dos miseráveis andrajos que nos cobriam, libertando-nos, afinal, da mais horrível sevandija e dos parasitos do campo, que, perfurando a pele, nela produzem dolorosas úlceras. Oferecia-nos o rio magnífico ensejo para nossas abluções. Todas estas paragens podem ser chamadas: a terra das águas belas.
Segundo ele, no dia da invasão do território paraguaio, “em abril de 1867, era o efetivo da coluna de 1680 soldados. A 11 de junho reduzira-se a 700 combatentes. Perderamos pois 980 soldados pela cólera e o fogo. Morreram além disto grande número de índios, mulheres e homens negociantes ou camaradas que haviam acompanhado a marcha agressiva do nosso corpo”.
A campanha seria oficialmente encerrada no dia seguinte, 12 de junho de 1867.
FONTE: Taunay, A retirada da Laguna, 14a. edição, Edições Melhoramentos, SP, 1942, página 137.
11 de junho
1911 - Instalada a comarca de Bela Vista
Criada pela lei n° 549, de 20 de julho de 1910, foi instalada a comarca de Bela Vista. Tomou posse como primeiro juiz de direito, o dr. Augusto Cavalcanti de Mello, que designou promotor de justiça ao cidadão Fernando de Vasconcelos.
FONTE: Sydney Nunes Leite, Bela Vista - uma viagem ao passado, edição do autor, Bela Vista, 1995, página 38
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