1867 - Camisão cogita invadir a vila de Conceição no Paraguai
Porto de Conceição, rio Paraná, no final do século XIX |
Ainda na euforia do sucesso na tomada da fazenda Machorra e do forte Bela Vista e antes do malogro da invasão da fazenda Laguna, o coronel Carlos Camisão, comandante das forças brasileiras em operações no Sul de Mato Grosso, chegou a cogitar a possibilidade de invadir o território paraguaio e ocupar a vila de Conceição. A pretensão do comandante brasileiro consta de relatório ao vice-presidente da Província de Mato Grosso, sobre o estado de ânimo da tropa:
"No estado em que se acham as coisas, tenho,confiado na coragem que todos os meus comandados patenteiam, o desejo de avançar até a vila da Conceição a trinta léguas daqui, onde eu estabeleceria a artilharia sobre a barranca do Rio Paraguai, para incomodar aos vapores que passarem com direção em Coimbra, e onde se reuniriam não só os quinze brasileiros que acham-se ocultos em matas, como numerosas famílias prisioneiras em pontos próximos; entretanto, a questão de recursos me tolhe os passos, pois me acho sem gado nem cavalhada, a 26 léguas de Nioac, onde está o depósito pouco provido de mantimentos, que ali criei. Farei todos os esforços para ver se consigo o meu intento e se levo ao cabo a empresa gloriosa, bem que árdua, que me foi confiada".
FONTE: Taunay, A Retirada da Laguna, (16a. edição brasileira) Edições Melhoramentos, São Paulo, 1963, página 151.
23 de abril
1912 – Município de Campo Grande doa áreas à Noroeste
Projeto do vereador Amando de Oliveira, aprovado pela Câmara Municipal, autoriza o intendente municipal “a conceder à Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, sem qualquer ônus, os terrenos de que precisar para a construção da estação ferroviária da vila, bem como dos depósitos e armazéns necessários. Uma proposta que inclui uma preocupação com as novas necessidades geradas pela presença do trem de ferro, que é da circulação satisfatória de pessoas e de produtos em geral que passam então à esfera do transporte ferroviário, o mais ágil do momento e aquele capaz de unir tão grandes distâncias”.
FONTE: Cleonice Gardin, Campo Grande entre o sagrado e o peofano, Editora UFMS, Campo Grande, 1999, página 141.
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