25 de julho
1883 – Mate Larangeira instala-se oficialmente no Estado
Thomaz Larangeira, à esquerda |
Autorizado pelo decreto imperial 8.799, de 9 de dezembro de
A exploração da erva mate na região, em verdade, começou bem antes da autorização formal. Terminados os trabalhos de demarcação das fronteiras Brasil-Paraguai em 1874, Thomaz Lanrangeira, que participou dos trabalhos como fornecedor da comissão de limites, começou a trabalhar na elaboração da erva mate, para o que foi ao Rio Grande do Sul, de lá trazendo os auxiliares de que necessitava para organização dos trabalhos.
"De início - informa Pedro Ângelo da Rosa - o sr. João Lima passou a gerenciar e organizar a empresa; Antonio Inácio da Trindade e Francisco Xavier Pedroso eram incumbidos da compra de gado, e Gabriel Machado encarregado da fazenda Santa Virgínia, que foi fundada para abastecer de gado os 'ranchos' ervateiros, onde começavam a chegar os piões trazidos de Conceição, Paraguai por João Lima.
O depósito central e a administração da empresa ficaram estabelecidos em Capivari, na boca da picada do Chiriguelo, no Paraguai e por onde era o produto conduzido em carretas para Conceição a fim de ser embarcado por via fluvial para a Argentina. Algumas remessas entravam também pelas picadas de Nhuverá e Ipehum".
FONTE: Pedro Ângelo da Rosa, Resenha Histórica de Mato Grosso (Fronteira com o Paraguai), Livraria Ruy Barbosa, Campo Grande, 1962, página 25.
FOTO: Luiz Alfredo Marques Magalhães, Retratos de uma época, 2a. edição, edição do autor, Ponta Porã, 2013, página 46.
25 de julho
1921- Peste bovina: exportações liberadas
Proibidas desde abril, em virtude de surto de surto da febre bovina (rinderpest) em rebanhos de São Paulo, é reaberta a exportação interestadual e internacional de animais e carne bovina, segundo comunicação do Serviço de Indústria Pastoril no Estado de Mato Grosso, em Aquidauana:
"Levo ao vosso conhecimento que, por portaria de 25 de julho do sr. Ministro da Agricultura, foi revogada a de 7 de abril do ano corrente, em virtude da qual foi proibida a exportação interestadual e internacional de animais e produtos de origem animal do Estado de São Paulo, sendo também suspensa a proibição da exportação de animais dos estados do Paraná, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro para o estado de São Paulo. Além destas medidas, foram suspensas outras, aplicadas por esta Diretoria Geral, ao combate à peste bovina, entre as quais a que proibia o trânsito de animais e seus produtos através do território do estado de São Paulo, sendo unicamente conservados interditos por espaço de 6 meses todas as propriedades, postos e estábulos onde foram verificados casos da doença, sendo proibido por 3 meses a entrada de animais na zona outrora infectada do mesmo estado, constituída pelo municípios da capital, Santo Amaro, São Roque, Cotia. Itu, Sorocaba Araçariguama. Saudações Alcides Miranda, Diretor Geral".
FONTE: Tribuna (Corumbá) 06/08/1921
25 de julho
2001 - Morre no Rio, Carmen Portinho
Carmen Portinho à direita, com Bertha Lutz à esquerda e lady Seeds,
embaixatriz da Inglaterra no Brasil.
Falece no Rio de Janeiro, a líder feminista Carmen Velasco Portinho.
Nascida em Corumbá, em 26 de janeiro de 1903, filha da boliviana, Maria Velasco, e do gaúcho, Francisco Sertório Portinho, ainda na infância, mudou-se com os pais e os outros nove irmãos para o Rio de Janeiro.
Em 1919 organizou, com Bertha Lutz, o movimento pelo voto feminino, colaborou na fundação da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, como tesoureira e 1º vice-presidente. Na defesa do direito das mulheres ao voto, Carmen e outras companheiras chegaram a sobrevoar o Rio de Janeiro, na década de 1920, lançando panfletos em defesa do sufrágio feminino.
Carmen aconselhava às mulheres que não mudassem o nome ao se casar, em atitude de independência e resistência.
Desde 1925, ainda no último ano do curso de engenharia, começou a dar aulas no Colégio Pedro II. O fato de uma mulher ministrar aulas num internato masculino foi considerado um escândalo. O ministro da Justiça quis interferir em sua nomeação para o colégio, mas não conseguiu afasta-la. Na época, seu pai havia falecido. Ela então, montou uma lojinha para que suas irmãs pudessem trabalhar com datilografia. Ela dizia que a emancipação econômica da mulher é a base da sua emancipação social e política.
Em 1926, formou-se na engenharia civil, pela Escola Politécnica da Universidade do Brasil. Foi a terceira mulher a se formar engenheira no país. No mesmo ano, ingressou na prefeitura do Distrito Federal, na diretoria de Obras e Viação.
Sempre ativa no movimento feminista, em 1930, ela criou a União Universitária Feminina. Em 1936, ingressou na Universidade do Distrito Federal no curso de urbanismo, de pós-graduação.
Fundou em 1937, a Assosiação Brasileira de Engenheiras e Arquitetas (ABEA), visando impulsionar mulheres formandas a ingressar no mercado de trabalho.
Em 1939, obteve o titulo de urbanismo na Universidade Distrito Federal, defendendo a tese “A Construção da Nova Capital do Brasil no Planalto Central”. Foi a primeira mulher no Brasil a obter o título de urbanista. Após a formação, recebeu uma bolsa do Conselho Britânico para estagiar junto às comissões de reconstrução e remodelação das cidades inglesas destruídas pela guerra. A viagem durou 24 dias de navio.
Representou o Brasil no Congresso Feminino Pró-Paz, realizado em 1950, na França.
Em 1952, assumiu a diretoria executiva adjunta do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, instalado provisoriamente no do Edifício do MEC. Permaneceu no cargo por mais de 15 anos.
Em 1954, chefiou as obras de engenharia civil da construção da nova sede do MAM, no aterro da Gloria.
Carmen foi uma das responsáveis pela introdução do conceito de habitação popular no Brasil, propôs ao prefeito, a criação de um Departamento de Habitação Popular, sendo nomeada diretora. Nele, ela construiu, na década de 50, o conjunto residencial Pedregulho, em São Cristóvão, zona norte do Rio de Janeiro. Affonso Eduardo Reidy, seu companheiro, é o arquiteto autor do projeto.
Em 1966, foi convidada pelo então governador Negrão de Lima, para ser diretora da Escola Superior de Desenho Industrial – Esdi – a primeira escola de desenho industrial da América Latina. Por duas décadas, Carmen Portinho dirigiu a escola. Posteriormente, a Esdi foi incorporada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro, onde trabalhou até aos 96 anos.
Ao longo de sua vida, recebeu inúmeras medalhas, títulos, homenagens e convites. Participou como jurada nacional de diversas bienais nacionais (SP – Brasil) e internacionais, de salões nacionais de artes plásticas, ministrou palestras, organizou exposições de artes plásticas, arquitetura e design.
Viajou a convite de diversos países e continentes (Israel, China, Japão, Europa, Escandinávia, América Latina, Rússia, Estados Unidos da América, Índia, entre outros).
FONTE: Blog As mina na história (https://goo.gl/ZFdDn6)
2001 - Morre no Rio, Carmen Portinho
Carmen Portinho à direita, com Bertha Lutz à esquerda e lady Seeds,
embaixatriz da Inglaterra no Brasil.
Falece no Rio de Janeiro, a líder feminista Carmen Velasco Portinho.
Nascida em Corumbá, em 26 de janeiro de 1903, filha da boliviana, Maria Velasco, e do gaúcho, Francisco Sertório Portinho, ainda na infância, mudou-se com os pais e os outros nove irmãos para o Rio de Janeiro.
Em 1919 organizou, com Bertha Lutz, o movimento pelo voto feminino, colaborou na fundação da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, como tesoureira e 1º vice-presidente. Na defesa do direito das mulheres ao voto, Carmen e outras companheiras chegaram a sobrevoar o Rio de Janeiro, na década de 1920, lançando panfletos em defesa do sufrágio feminino.
Carmen aconselhava às mulheres que não mudassem o nome ao se casar, em atitude de independência e resistência.
Desde 1925, ainda no último ano do curso de engenharia, começou a dar aulas no Colégio Pedro II. O fato de uma mulher ministrar aulas num internato masculino foi considerado um escândalo. O ministro da Justiça quis interferir em sua nomeação para o colégio, mas não conseguiu afasta-la. Na época, seu pai havia falecido. Ela então, montou uma lojinha para que suas irmãs pudessem trabalhar com datilografia. Ela dizia que a emancipação econômica da mulher é a base da sua emancipação social e política.
Em 1926, formou-se na engenharia civil, pela Escola Politécnica da Universidade do Brasil. Foi a terceira mulher a se formar engenheira no país. No mesmo ano, ingressou na prefeitura do Distrito Federal, na diretoria de Obras e Viação.
Sempre ativa no movimento feminista, em 1930, ela criou a União Universitária Feminina. Em 1936, ingressou na Universidade do Distrito Federal no curso de urbanismo, de pós-graduação.
Fundou em 1937, a Assosiação Brasileira de Engenheiras e Arquitetas (ABEA), visando impulsionar mulheres formandas a ingressar no mercado de trabalho.
Em 1939, obteve o titulo de urbanismo na Universidade Distrito Federal, defendendo a tese “A Construção da Nova Capital do Brasil no Planalto Central”. Foi a primeira mulher no Brasil a obter o título de urbanista. Após a formação, recebeu uma bolsa do Conselho Britânico para estagiar junto às comissões de reconstrução e remodelação das cidades inglesas destruídas pela guerra. A viagem durou 24 dias de navio.
Representou o Brasil no Congresso Feminino Pró-Paz, realizado em 1950, na França.
Em 1952, assumiu a diretoria executiva adjunta do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, instalado provisoriamente no do Edifício do MEC. Permaneceu no cargo por mais de 15 anos.
Em 1954, chefiou as obras de engenharia civil da construção da nova sede do MAM, no aterro da Gloria.
Carmen foi uma das responsáveis pela introdução do conceito de habitação popular no Brasil, propôs ao prefeito, a criação de um Departamento de Habitação Popular, sendo nomeada diretora. Nele, ela construiu, na década de 50, o conjunto residencial Pedregulho, em São Cristóvão, zona norte do Rio de Janeiro. Affonso Eduardo Reidy, seu companheiro, é o arquiteto autor do projeto.
Em 1966, foi convidada pelo então governador Negrão de Lima, para ser diretora da Escola Superior de Desenho Industrial – Esdi – a primeira escola de desenho industrial da América Latina. Por duas décadas, Carmen Portinho dirigiu a escola. Posteriormente, a Esdi foi incorporada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro, onde trabalhou até aos 96 anos.
Ao longo de sua vida, recebeu inúmeras medalhas, títulos, homenagens e convites. Participou como jurada nacional de diversas bienais nacionais (SP – Brasil) e internacionais, de salões nacionais de artes plásticas, ministrou palestras, organizou exposições de artes plásticas, arquitetura e design.
Viajou a convite de diversos países e continentes (Israel, China, Japão, Europa, Escandinávia, América Latina, Rússia, Estados Unidos da América, Índia, entre outros).
FONTE: Blog As mina na história (https://goo.gl/ZFdDn6)
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