sábado, 5 de março de 2011

9 de agosto

9 de agosto


1884Floriano, nomeado presidente de Mato Grosso



Herói da guerra do Paraguai, brigadeiro, que depois chegaria a marechal e presidente da República, Floriano Peixoto é nomeado presidente da província de Mato Grosso:

Eu, o Imperador Constitucional e Perpétuo do Brasil, vos envio muito saudar.


Atendendo ao vosso distinto merecimento e patriotismo hei por bem nomear-vos presidente da província de Mato Grosso. E vós, depois de prestardes juramento nos termos da Carta de Lei de 30 de outubro de 1834; estareis no exercício daquele cargo e fareis observar religiosamente as leis para liberdade, segurança e prosperidade dos povos de dita província, transmitindo à respectiva Secretaria de Estado os esclarecimentos exigidos na circular de 11 de março de 1884.


Escrita no Palácio do Rio de Janeiro, em nove de agosto de mil oitocentos e oitenta e quatro, sexagésimo terceiro da Independência e do Império. (a) O Imperador.¹


Tendo tomado posse no dia 13 de outubro de 1884, Floriano permaneceu menos de um ano no governo, passando-o ao seu vice, Joaquim Ramos Ferreira.


FONTE: ¹Generoso Ponce Filho, Generoso Ponce um chefe, Pongetti, Rio, 1952, página 53. ²Demosthenes Martins, História de Mato Grosso, Vaner Bícego Editora, São Paulo, sd, página 47.




9 de agosto


1886Bispo de Cuiabá chega a Miranda


Praça da matriz de Miranda o início do século XX. (foto Album Gráphico de
Mato Grosso, Corumbá, 1914)
Em sua primeira visita ao Sul do Estado, dom Luis chega a Miranda, momento lembrado pelo cônego Bento Severiano da Luz, secretário da comitiva:

“Pelas 5,00 horas da tarde o Alfa lançou ferro no porto de Miranda. Ali se achavam o Rvmo. vigário padre Julião Urquia, os membros da municipalidade, o comandante militar, autoridades, policiais e muita gente miúda. Esgotada a fraseologia dos cumprimentos, S. Exa. Rvma. dirigiu-se a pé para o povoado, havendo durante esse tempo música, fogos e repiques de sinos. Serviu de residência episcopal uma velha casa de sobrado, onde a Câmara Municipal e o Júri davam suas secções. Consorciaram-se nos arranjos da recepção os srs. capitães Luiz Generoso da Silva Albuquerque e Tibério Augusto de Arruda e o advogado João Augusto da Costa Leite; mas quem tomou a direção de tudo foi o sr. Albuquerque. Apesar do pouco tempo que tiveram para preparar-se as coisas correram bem que nada pode faltar ao prelado, quanto mais ao pessoal de sua comitiva. Não à falta de aviso em tempo, mas a quase certeza em que estavam de que o bispo não empreenderia uma tal visita cercada de privações de todos os gêneros, eis o que os colocou e a todos nas circunstâncias de passarem por tão grata surpresa. Ficaram porém conhecendo que o virtuoso pastor tem uma constância de ferro e que a nada se acovarda seu ânimo, quando se propõe a empresas tais como a de espalhar pelo bispado os incalculáveis bens de uma visita pastoral.” 




FONTE: Luis-Philippe Pereira Leite, Bispo do Império, edição do autor, Cuiabá, sd. página 148.


9 de agosto

1900 - Morre em Corumbá, o empresário Manoel Cavassa


Anuncio de M.Cavassa no Album Gráfico de Mato Grosso, 1914


Aos 78 anos morre em Corumbá o comerciante italiano Manoel Cavassa. Em Corumbá desde 1857, prosperou rapidamente, comercializando com os habitantes da vila e de outra localidades como Cáceres, Cuiabá, Miranda, Coxim, com as fazendas ribeirinhas e com os índios das aldeias espalhadas ao longo do rio Paraguai e seus tributários.

Com a invasão paraguaia, em 1865, perdeu tudo, além da liberdade, ao ser enviado com a família a Assunção, de onde é libertado após o término da guerra, recomeçando em Corumbá sua vida de comerciante, com a fundação da empresa Manoel Cavassa, filhos & Cia. Torna-se agente do Banco do Brasil, representante da Brazil Land, dono de várias embarcações que faziam a linha internacional e interiorana, restabelece as finanças e volta a ser um expoente no meio empresarial da cidade.

Casado com Carlota Cavassa, também italiana, teve com ela doze filhos, sendo que onze nasceram em Corumbá.

É autor de Memorandum de 1894,dirigido ao presidente da República, cobrando indenização pelos prejuízos materiais sofridos durante a guerra do Paraguai.

A rua do casario do porto em Corumbá tem o seu nome.


FONTE: Augusto César Proença, Corumbá de todas as graças, Fundação de Cultura MS, Campo Grande, sd., página 79.

 


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