segunda-feira, 5 de agosto de 2013

13 de setembro

13 de setembro

1775 – Fundado o Forte de Coimbra





Por ordem do governador Luis de Albuquerque, é criado o presídio de Coimbra:

Ano do nascimento de N. S. Jesus Cristo de mil setecentos e setenta e cinco – aos 13 dias do mês de setembro nesta situação até agora chamada – Fecho dos Morros – aonde presentemente me acho, eu o capitão Mathias Ribeiro da Costa, comandante dum corpo de soldados Dragões, doutro de Auxiliares encarregado ao ajudante Francisco Rodrigues Tavares e de outro de ordenanças encarregado ao capitão Miguel José Rodrigues – e sendo aí em cumprimento das ordens do Ilmo. e Exmo. Sr. Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, Governador e Capitão General desta capitania de Mato-Grosso debaixo das quais fui expedido da vila de Cuiabá com os sobreditos corpos a indagar paragem própria que debaixo das armas de Sua Majestade F. pudesse segurar a nossa antiga navegação do rio Paraguai para que em nenhum tempo passem vassalos de outro qualquer monarca a ocupar e invadir esses domínios meridionais do dito sr., nem prosseguir por este rio nem pelos mais que nele desembocam subindo-lhe suas fontes, ou isto seja com gentes gentílicas habitadores destes distritos que por serem auxiliados com armas ofensivas, e outros socorros pelos vassalos de Sua Majestade Católica costumam por esta mesma navegação fazer repetidos roubos e mortes não só nas viagens dos comerciantes, mas ainda nas povoações sujeitas a S.M.F. que Deus guarde e não achando eu paragem mais acomodada para estabelecer-me entrincheirado segundo as ordens do dito senhor general até a sua decisão última se não a de um morro que fica sobre as margens do dito Paraguai, da parte do poente em uma ponta dele com o parecer dos sobreditos oficiais que presentes estavam fiz assento duma fortificação na forma dita com figura quadrada, sendo lançada por mim a primeira pedra em nome d’El Rei nosso Senhor presentes as sobreditas tropas formadas em batalha com bandeiras reais arvoradas solenizando-se este auto de revalidação de posse, ou de nova posse, sendo necessário que por ordem do Ilmo. e Exmo. Governador e Capitão-General desta sobredita capitania tomei com efeito ou revalidei, sendo necessário com dito fica em nome d’Ele Rei Nosso Senhor a quem diretamente pertencem esta fortificação e domínios isto com descarga de artilharia e mosquetaria entre os mais aplausos que em semelhantes atos se praticam, do que para constar a todo o tempo mandei lavrar este termo por José da Fonseca Fontoura e Oliveira e assinei como comandante, juntamente com os mais oficiais abaixo assinados. E eu, José da Fonseca Fontoura e Oliveira que sirvo de furriel de Dragões por ordem do dito comandante, o escrevi e assinei. José da Fonseca Fontoura e Oliveira – o capitão Miguel José Rodrigues – o ajudante Francisco Rodrigues Tavares – o alferes Gaspar Luiz de Amorim – o alferes Francisco Lopes Barreyro.


Houve equívoco quanto à sua localização. O capitão Ribeiro da Costa enganou-se no reconhecimento do local destinado à fundação do forte. Em vez de Fecho dos Morros parou no lugar chamado estreito de São Francisco Xavier, 44 léguas antes do local estabelecido. 


FONTE: Ayala, S. Cardoso e F. Simon, Album Graphico do Estado de Mato Grosso, Corumbá/Hamburgo, 1914; pag 349


13 de setembro

1941 - Corumbá entra na Campanha do Metal da aeronáutica brasileira

O general Pinto Guedes, comandante da 9a. Região Militar, com sede em Campo Grande entregou à coordenação da campanha do alumínio, liderada pelo Ministério da Aeronáutica, a primeira contribuição de Mato Grosso, mandada pela cidade de Corumbá:

"Tenho a grata satisfação de comunicar à V. Ex. que a campanha de arrecadação de alumínio para a aeronáutica do Brasil, lançada por iniciativa do capitão Asclepiades Santos, em colaboração com a radio-difusora local, conseguiu em um mês um total de 512 quilogramas".

A campanha em questão, "que vai se difundindo por todo o país, tem por finalidade o recolhimento de matéria prima necessária à defesa nacional. Compreendendo o seu alcance patriótico, o povo começa a prestar-lhe o seu valioso apoio, desfazendo-se de objetos de ferro, aço e alumínio disponíveis do uso doméstico".

Para a aeronáutica a prioridade recaia sobre o alumínio, "pois com essa matéria, de preferência, são construídas as fuselagens dos aviões fabricados em nosso país".


FONTE: Correio Paulistano, 14/09/1941.



1943 – Criado o território federal de Ponta Porã



Pelo decreto 5.812, o presidente Getúlio Vargas faz a primeira divisão formal do Estado de Mato Grosso, criando os territórios de Guaporé, ao Norte e de Ponta Porã, ao Sul. O território de Ponta Porã, com capital nessa cidade, compreendia os municipios de Porto Murtinho, Bela Vista, Dourados, Miranda, Nioaque e Maracaju.  

A 5 de janeiro de 1944 foi nomeado governador o coronel Ramiro Noronha, que a 28 chegou a Campanário, onde se achava em excursão o presidente da República, tomando posse do cargo a 31 do mesmo mês, em Ponta Porã.
"Publicado o decreto n° 1, de 18 de setembro, ficou assim constituída a administração do Território: a) Governador; b) Secretário; c) Consultor jurídico; d) Serviço de segurança; e) Serviço de educação e cultura; g) Serviço de saneamento e saúde; h) Serviço de organização e fomento da produção; i) Serviço de engenharia e obras; j) Serviços de finanças e contabilidade; k) Serviço de geografia e estatística; l) Imprensa oficial.

O coronel Noronha foi um administrador efeciente, mandando construir pontes, criando colônias agrícolas em Dourados, Carapã e Iporã. Criou uma escola normal e uma biblioteca pública em Ponta Porã, além de vários cursos noturnos em diferentes pontos do Território.

Concedeu também os primeiros títulos de terras aos lavradores, na área devoluta ocupada pela empresa Mate Laranjeira, em vista do despacho do Presidente da República, publicado no Diário Oficial de 1-2-44, que negava provimento à renovação do contrato de arrendamento do ervais de Mato Grosso.

O território de Ponta Porã teve mais dois governadores: major Guiomar dos Santos e José Alves de Albuquerque, que permaneceu no cargo até sua extinção, pelo artigo 18, das Disposições Transitórias, da Constituição Federal de 18 de setembro de 1946, de autoria do deputado nortista João Ponce de Arruda.

Tentou ainda sua restauração através da constituição de uma entidade, a Liga Pró Restauração do Território, "sendo enviado à Capital Federal o dr. João Portela Freire, que muito trabalhou junto aos representantes da Câmara, a fim de serem atendidas as suas reivindicações, porém, nada mais foi conseguido e o caso ficou definitivamente encerrado."

O território de Guaporé foi mantido e transformou-se no atual Estado de Rondônia.

FONTE: Pedro Ângelo da Rosa, Resenha Histórica de Mato Grosso (Fronteira com o Paraguai), Livraria Ruy Barbosa, Campo Grande, 1962, página 85.


13 de setembro

1957 - Entra no ar a primeira emissora de Dourados




Inicia suas transmissões a Rádio Clube de Dourados em prédio de Camilo Ermelindo da Silva, na rua João Cândido da Câmara. Seu primeiro proprietário foi o empresário Roberto Jaques Brunini, dono da Rádio Voz do Oeste, de Cuiabá.


FONTE: Regina Heloiza Targa Moreira, Memória Fotográfica de DouradosUFMS, 1990,  página 120  

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