quinta-feira, 29 de agosto de 2013

15 de setembro

15 de setembro

1866Bispo de Cuiabá chega ao rio Santa Gertrudes


Tendo deixado a fazenda Boa Esperança no dia anterior, com destino à fazenda Santa Rosa, a caravana do bispo Dom Luis, pernoita no sítio São João do Monte-Alto, às margens do rio Santa Gertrudes, de onde escreve o cônego Bento Severiano da Luz:

Era dia de magro, mas não sendo possível a observância, passamos como se fosse dia de gordo, pois tivemos excelente matalotagem e todos comeram com bom apetite. Dali voltaram o Sr. José Elias de Almeida Gustavo e outros cavaleiros, entre os quais ia um senhor que era uma fonte inesgotável de charadas, tão pronto em propô-las como em decifrá-las. Nunca em minha vida ouvi tantas como neste dia.

Pelas 2.00 horas e vinte minutos continuamos a viagem, seguindo-nos um cão perdigueiro, que muito divertiu-nos levantando perdizes, avestruzes e até lagartos, que alguns dos companheiros atiravam a esmo para assustá-los somente.

Obrigados a longas voltas, gastamos a tarde inteira em bom andar para alcançar o sítio S. João do Monte-Alto, aonde chegamos ao escurecer. Seu proprietário o Sr. João Ferreira Ribeiro recebeu-nos com muito agrado e tratou-nos bem.

A morada fica à margem do riozinho Santa Gertrudes, que passa perto e vai cair no Brilhante.

Existe aqui uma escola de instrução elementar sustentada por alguns pais de família que cotizam-se para esse fim, dando ao professor, além do sustento, a gratificação mensal de 20$000.

Havia nessa ocasião dez alunos e era seu mestre o Sr. Antonio Tomaz Rodrigues. Liam e escreviam sofrivelmente. S. Exa. mandou um deles copiar a Ave-Maria, o que ele fez traçando bonitas letras sobre o papel. Em prêmio recebeu do Prelado um livrinho de oração, e eu ensinei-lhe a composição do quadrado e do cubo dos números.

As 10 horas do dia seguinte, a comitiva episcopal deixou o sítio São João em direção à fazenda Santa Rosa, no rio Brilhante.

FONTE: Luis-Philippe Pereira Leite, Bispo do Império, edição do autor, Cuiabá, sd., página 172.




15 de setembro

1889 - Marechal Deodoro deixa o comando militar em Corumbá



De volta de Corumbá, onde comandou o distrito militar da província de Mato Grosso, por cerca de 7 meses, chega ao Rio de Janeiro o marechal Manuel Deodoro da Fonseca. Seu retorno tem discreto registro da imprensa carioca:

Do sul, vindo das fronteiras de Mato Grosso, chegou o bravo general Manuel Deodoro da Fonseca, um dos militares mais estimados e prestigiosos do nosso exército e a quem o governo poderá confiar num momento dado às comissões mais arriscadas e penosas.

Bravo e patriota, o general Deodoro está sempre na vanguarda dos seus companheiros nas ocasiões difíceis, e seu nome está inscrito junto ao do ilustre visconde de Pelotas, no livro glorioso da abolição dos escravos no Brasil, como um dos seus beneméritos.

Os seus amigos e camaradas, em grande número, foram receber o ilustre general, felicitando-o pelo seu regresso à corte. Nós fazemos o mesmo".¹

Sobre sua breve permanência em Corumbá, o jornal Oásis, por ocasião de sua despedida, publicou a seguinte manifestação:

- Vai deixar esta cidade, onde esteve cerca de sete meses o Exm° Sr. marechal Deodoro, no comando das forças de Terra e Mar e das Armas, no exercício do qual mereceu os aplausos dos habitantes.

Com S. Exa. seguem seu Estado Maior e os 1° e 7°batalhões de infantaria.

Militar inteligente, caráter independente e coração magnânimo, quer como homem público, quer como particular; patriota e bravo qual os que mais o são, é o digno marechal Deodoro, e o atestam os bordados que cinge nos punhos e as condecorações que lhe adornam o peito.

A ordem e o respeito que manteve durante o exercício dos cargos referidos e os serviços que mandou se fizesse aqui, hão de ficar perenemente gravados na consciência da população de Corumbá e na história desta província.

Temos convicção de que seu ilustre substituto, o ilustre coronel Joaquim José de Magalhães, fará uma brilhante administração, mantendo a ordem que manteve o Exm. marechal e sendo como ele foi, a garantia dos direitos de todos

No Rio, Deodoro reassumiu a presidência do Círculo Militar, e dois meses depois de sua chegada à corte, assume o comando das forças armadas a proclama a República.


FONTE: ¹Diário de Notícias (RJ) 19 de setembro de 1889; ²Jornal Oasis (Corumbá), agosto de 1889.







15 de setembro

2015 - Assassinado Oscar Goldoni, ex-deputado e ex-prefeito de Ponta Porã




O ex-prefeito de Ponta Porã, Oscar Goldoni, 66, foi morto com tiros de fuzil 556, na rua Vicente Azambuja, bairro Jardim Vitória, em Ponta Porã - a 329 quilômetros de Campo Grande. Goldoni foi encontrado na porta da Toyota Hilux que dirigia momentos antes do crime. Ele foi perseguido e atingido pelos disparos de arma de fogo, em frente ao Detran do município.

De acordo com a polícia, a vítima foi surpreendida por um indivíduo que trajava um capuz e fez os disparos. Junto ao corpo foi encontrada uma pistola 9 mm de fabricação argentina.

Segundo o delegado, por se tratar de uma área de fronteira e pelas características do crime, existe certa dificuldade em conseguir testemunhas. No mesmo dia do crime os policiais fizeram uma varredura no trajeto feito pela vítima em busca de informações. As câmeras de monitoramento que ficam no páteo do Detran não registraram a ação.

Em junho deste ano, Goldoni foi apontado como mandante do assassinato de um empresário de uma fábrica de bebidas. A informação chegou à polícia por meio de depoimento do irmão da vítima. Goldoni, que também era dono de uma empresa de bebidas, teria uma dívida de 2 milhões de reais com os empresários.

O corpo de Goldoni foi velado na prefeitura de Ponta Porã. Goldoni foi deputado estadual em 1991, prefeito de Ponta Porã em 1993 e 1994, havendo renunciado para concorrer a uma vaga de deputado federal, que exerceu de 1995 a 1999. Em 2014 concorreu para deputado estadual, pelo PDT, tendo obtido 9.547 votos.


FONTE: Adriana Queiroz, jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, 16/09/2015.


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