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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

3 de dezembro

3 de dezembro

1826 – Langsdorff alcança o rio Taquari


Última cachoeira do agitado rio Coxim antes de sua chegada ao Taquari


Expedição científica, comandada pelo visconde de Langsdorff, patrocinada pelo governo russo, com destino a Cuiabá e a Amazônia, completa seu trajeto pelo agitado rio Coxim:


Logo depois de levantar o pouso, passamos à esquerda pela embocadura do rio Taquari-mirim e pouco adiante entramos no Taquari que aí tem 200 braças de largura. A maior parte do dia foi consumido em vencer a cachoeira Beliago, cuja extensão de meio quarto de légua é semeada de ilhas e rochas à flor ou acima d’água, que, se não produzem quedas, originam fortes correntezas e ondas agitadas, cuja violência as canoas vazias têm que suportar.


Agarramos uma arraia.


Pelas 2 horas da tarde, seguimos viagem, passando ainda por entre diversas ilhas. Ao pôr do sol, os camaradas, para festejarem a transposição da cachoeira Beliago, última até Cuiabá, deram descargas de fuzilaria, gritaram a valer e cantaram até alta noite. Daí por diante, com efeito, a navegação faz-se em rios de curso tranqüilo, sem perigos de corredeiras nem obstáculos que obriguem a descarregar as canoas e por conseguinte a transportar cargas às costas por distâncias não pequenas. Aí, pois, findam os labores mais penosos.



FONTE: Hercules Florence, Viagem Fluvial do Tietê ao Amazônia, de 1825 a 1829, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1941, página  57

27 de novembro

27 de novembro
 
1826 – Expedição Langsdorf navega no rio Coxim


Continuando sua viagem por Mato Grosso, com destino a Cuiabá e ao Norte do país, a expedição científica Langsdorf passa, em 27 de novembro de 1826, a cachoeira das Furnas, “onde a canoinha dos caçadores foi a fundo, atirando à água uma espingarda, uma pistola e vários outros objetos que ficaram perdidos”.
Hercules Florence, integrante da comissão dá novas notícias desse dia:

“Vencemos a cachoeira das Anhumas, perto do morro do mesmo nome. O país era tão montuoso. Desde há dias navegávamos junto à base de montanhas cobertas de mato, das quais nascem córregos que com alegre ruído se atiram no rio. Fomos parar junto àquele morro e ali vimos batidas feitas por antas”.
Mais adiante, Florence traça resumido perfil do Coxim:


“O Coxim é pitoresco pelas suas corredeiras, paredões, campos, caapões e montanhas: a pouca largura, as matas, as belas guaitivocas, as praias argênteas, a abundância e variedade de peixes trazem o viajante sempre entretido.


As cachoeiras são numerosas; entre essas algumas há compridas e perigosas: as rochas, a água em borbotões, a espuma formam um verdadeiro caos”.


FONTE: Hercules Florence, Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, de 1825 a 1829, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1941, página 54

FOTO: Rio Coxim, retratado por Hercules Florence.



27 de novembro

1968 - Termina exílio de Janio Quadros em Corumbá. 


Terminou o exílio de 116 dias do ex-presidente Jânio Quadros, em Corumbá. Confinado por ordem do general Costa e Silva, em portaria expedida por Gama Gama e Silva, ministro da Justiça, JQ teve frustradas todas as tentativas na justiça para interromper o castigo, imposto pela ditadura por críticas do ex-presidente ao regime de exceção, adotado pelos golpistas de 31 de março de 1964.

Janio recusou o avião da FAB, colocado à sua disposição, alegando que permaneceria na cidade por mais alguns dias, para ser padrinho de batizado do filho do líder emedebista, Jesus Gaeta, vereador mais votado do município, o que não ocorreu.

Recusando-se a falar com a imprensa, o ex-presidente deixou Corumbá, em táxi aéreo, na madrugada, desembarcando às 9,57 no campo de Marte, em São Paulo.

FONTE: Diário de Notícias  (RJ), 28 de novembro de 1968.

domingo, 13 de outubro de 2013

22 de novembro

22 de novembro
 
1826 – Langsdorff volta à água

Águas revoltas nas cabeceiras do rio Coxim
 
A expedição científica russa, com destino a Cuiabá e Amazônia, deixa Camapuã na manhã anterior, a cavalo, e no mesmo dia chega ao Porto Furado, no rio Coxim, aonde retoma a viagem fluvial. Hercules Florence registra:


“Dia 22. Ao nascer do sol, chegaram alguns homens de Camapuã, trazendo dois presos amarrados e desertores de Miranda. Ao sr. cônsul pedia o comandante o favor de entregá-los em Albuquerque, quando por lá passasse.

Recomeçamos nossa extensa viagem e, como o rio estava ainda perto de suas cabeceiras e pouca largura tinha, a cada instante passávamos por baixo de caramanchões formados de grandes árvores, ou por arcadas de guaitivocas. De vez em quando também grossos madeiros atravessados sobre a corrente nos detinham o passo. Tudo isso fizera com que desarmássemos as barracas, para não serem despedaçadas pelos ramos e galhos. Não foi senão dias depois que tornamos a levantá-las, ficando todo esse tempo expostos ao sol e ao sereno. Felizmente, o tempo conservou-se sempre favorável.


"Descíamos depressa, virando a todo o momento à esquerda e à direita, conforme as voltas estreitas e múltiplas do rio.


"Vimos a boca do ribeirão do Barreiro Grande e transpusemos o baixio Coroinha.”
  


FONTE: Hercules Florence, Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, de 1825 a 1829, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1941, página 53

FOTO: mtc-m12.sid.inpe.br



22 de novembro

1921 - Sob pressão política e financeira, juri condena ricaço em Corumbá

Resistindo à forte pressão política e financeira, com tentativa de suborno e ameaça retaliação, juri popular condena prestigiado viajante de Corumbá:

"Na sessão de ontem no Tribunal do Júri foi submetido a julgamento o viajante comercial Jorge Rafful, que em fevereiro último assassinou o seu colega Bento Pinho. Apesar do grande suborno posto em execução, pelo intendente municipal, que é político de influência e prestígio, contratado para defender o réu, e, ainda mais, pela ação do pai do criminoso que é homem da grande fortuna e que pretendeu solapar a ação da justiça, com grandes quantias, o tribunal depois de um exaustivo trabalho, que se prolongou até alta madrugada, condenou o acusado à pena máxima.

O conselho de jurados, composto de pessoas todas pobres, foi de uma honestidade inatacável, muito impressionando o espírito público.

A impressão geral é que esse resultado exprime bem que na pequena cidade de Corumbá ainda não penetrou o avacalhamento da instituição do júri, nem com o poder do ouro, nem com o poder da política que tudo aniquila".¹ 

Em sessão de 1° de dezembro de 1923, o STF, com parecer do ministro Muniz Barreto negou, por unanimidade, pedido de habeas corpus, impetrado pela defesa do réu.²

FONTE: ¹O Paiz (RJ), 25/11/1921); ²O Jornal (RJ) 02/12/1923.




22 de novembro

1930 – Getúlio Vargas recebe Rondon



Detido no Rio Grande do Sul por não aderir à revolução, o general Rondon envia ao presidente Vargas o seu pedido de reforma. O episódio é narrado pelo próprio militar:

A resposta foi um telegrama em que o dr. Getúlio enumerava, com os maiores elogios, os meus serviços. Terminava com as seguintes palavras: "não posso deixar de atender a seu pedido de reforma, embora pesaroso, porque foi feito em caráter irrevogável".


Não foi só. Insisti tenazmente para que me submetessem a um conselho de justiça ou conselho de guerra, a fim de que fossem apuradas quaisquer irregularidades acaso cometidas no exercício de minhas funções.


A 7 de novembro comunicava-me o Quartel General da 3ª Região ter recebido ordem do chefe do governo provisório para me considerar em liberdade.


A 21 chegava eu ao Rio e a 22 me apresentava ao ministro da Guerra, general Leite de Castro, que me negou a demissão pedida do cargo de Inspetor de Fronteiras.


Chamou-me, depois, o dr. Getúlio Vargas à sua presença. Disse-lhe que uma vez reformado entregaria os elementos colhidos, para que outros fizessem os relatórios dos trabalhos realizados. Respondeu-me ele não aceitando o alvitre. Os relatórios tinham de ser escritos por mim. E depois de muitos elogios disse-me:


- A pátria não lhe deu ainda quitação, precisa de seus serviços e muito espera deles.


E quando lhe fiz sentir que eu não fora atendido quanto ao tribunal especial que me deveria julgar, respondeu:


- Não se constituirá nenhum, porque o mais alto tribunal que é a opinião pública da nação, já o julgou, general.  



FONTE43 - Esther de Viveiros, Rondon Conta Sua Vida, Cooperativa Cultural dos Esperantistas,  Rio, 1969, página 557.



22 de novembro

1995 –Lei do Plano Diretor de Campo Grande
       



É sancionada pelo prefeito Juvêncio César da Fonseca (foto) a Lei Complementar n°5 que institui o Plano Diretor, a Política Urbana e a Política de Desenvolvimento do Município de Campo Grande, assim definidas: Plano Diretor, conjunto de diretrizes e meios instituídos para implementação da política urbana do município; Política Urbana, conjunto de princípios instituídos para o cumprimento da função social da cidade e da propriedade, integrante da política de desenvolvimento; e Política de Desenvolvimento, conjunto de diretrizes, meios de participação comunitária e de controle social das ações públicas, instituídas para viabilização da gestão democrática do município, visando a melhoria da qualidade de vida, justiça social, o crescimento econômico e a proteção ambiental.

FONTE: Planurb, Campo Grande a cidade onde moro, Prefeitura Municipal, Campo Grande, 1998, página 65.

FOTO: Correio do Estado.

sábado, 12 de outubro de 2013

10 de novembro

10 de novembro

1826 - Langsdorff prevê futuro promissor para Camapuã




O conde de Langsdorf, chefe da expedição científica russa, após alguns dias na fazenda Camapuã, onde permaneceu o tempo suficiente para reabastecer-se para a longa viagem à Cuiabá, após criticar a atual administração da propriedade, previu um futuro bastante promissor para a localidade:

Mesmo que, futuramente, venham a abrir a navegação pelo Sucuriu, a fazenda Camapuã será sempre um ponto importante de apoio para o comércio interno. Ela poderia funcionar como um centro de exportação de vários produtos, inclusive açucar e algodão cru. Aqui se deveria praticar, em larga escala, todos os tipos de pecuária, o que garantiria grande produção de leite, manteiga e queijo. Mas a criação de cavalos e mulas poderia também ser muito lucrativa. Bois, vacas, cavalos e mulas criados aqui poderiam ser vendidos em Goiás com boa margem de lucro, tendo em vista o alto preço desses animais na província sulista de São Paulo.

Mais adiante, Langsdorff, com espírito crítico à gestão da fazenda, adverte e sugere:

Caso uma colônia viesse se estabelecer aqui, o governo deveria cuidar para que os recém-chegados não fossem motivo de chacota por parte do administrador ou comandante. Entre os artesãos, deveria haver necessariamente um bom construtor de moinho, um carpinteiro, um ferreiro e um serralheiro. As carroças e carretas deveriam ser fabricadas de acordo com a medida europeia (o pé), ou então que se trouxessem carretas europeias já prontas.

Por fim, o conde propõe aproximação dos moradores com os índios:

Os vizinhos Caiapós, se recebessem tratamento realmente humano, poderiam ser de grande serventia para o estabelecimento. Aumentariam a população do lugar e ajudariam na construção de fábricas. Logicamente com os mais velhos seria mais difícil de trabalhar, mas as crianças poderiam ser facilmente conduzidas para uma vida civilizada.


FONTE: Georg Heinrich von Langsdorf, Os Diários de Langsdorff (volume II) Editora Fio Cruz, Rio de Janeiro, 1997, página 294.


10 de novembro
 
1916 – Caetano de Albuquerque não reconhece decisão legislativa

Em conflito com a Assembleia Legislativa que, alegando falta de segurança em Cuiabá, funciona em Corumbá, o presidente general Caetano de Albuquerque, rejeita intimação para depor perante os deputados, no processo de cassação que lhe é movido, “alegando não reconhecer os atos da Assembleia, dizendo que ela funciona inconstitucional e tumultuadamente”. 


FONTE:  Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 109





OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...