sábado, 19 de fevereiro de 2011

13 de junho

13 de junho


1866 Morre o brigadeiro Galvão



Morre às margens do rio Negro, o brigadeiro José Antonio Fonseca Galvão, comandante da força expedicionária brasileira, que no ano seguinte protagonizaria a célebre retirada da Laguna.


Taunay, o escritor da expedição, registra o lamentado ocorrido em seu diário de campanha:

A 13 do mesmo mês, soltou o último suspiro o comandante das forças o brigadeiro graduado José Antônio da Fonseca Galvão. Em idade avançada, debilitado pelo mal passadio a que todos se viram sujeitos, acabrunhado de desgostos, não resistiu à invasão do mal que, em poucos dias, o atirou ao leito da morte. A divisão expedicionária fez as honras fúnebres ao chefe que a guiara desde o Rio dos Bois até aquele ínvio ponto, dando as salvas do estilo o parque de quatro peças de artilharia que chegara então a 8 daquele mês. A cruz que protege os seus restos levanta-se à margem esquerda do rio Negro, e tosca inscrição declara a hierarquia da pessoa que ali descansa para sempre, em melancólico e deserto sítio, na paz dos sertões.



FONTE: Taunay, Em Mato Grosso invadido, Edições Melhoramentos, São Paulo, sd. página 71




13 de junho


1867Retomada de Corumbá


Tendo à frente o tenente-coronel Antônio Maria Coelho, corpo expedicionário, organizado pelo presidente da província Couto de Magalhães, retoma Corumbá aos paraguaios que a ocupam desde 3 de janeiro de 1865. O Boletim de Mato Grosso em Cuiabá, deu a notícia:

O tenente-coronel Antonio Maria Coelho, que desta capital partiu a 10 do passado, atacou e enxotou de Corumbá nesse dia os inimigos invasores.


Entretanto, pelo caminho das Piraputangas, ao chegar no antigo acampamento das forças paraguaias, o tenente-coronel Antonio Maria Coelho, do 1º corpo da vanguarda das forças expedicionárias, deu vivas à S. M. o Imperador e toda a tropa partiu em marche-marche.

A ala direita, ao mando do capitão Joaquim José de Pinho, escalou a ponta da trincheira, do lado do rio, por onde o fosso não estava concluído.
O tenente-coronel, com a 6ª companhia, avançou sobre 2 bocas de fogo colocadas do outro lado da trincheira e os demais avançaram para a ponta do morro, a fim de ofender os vapores.


Após grande e renhido combate em terra, onde infelizmente sucumbiram como heróis o capitão de comissão Cruz, um cadete e seis soldados, sendo também vítimas, inclusive o coronel Cabral, o Padre e o valente tenente Roa.
Perdidas as esperanças de defesa, os dois vasos tomaram águas acima e refugiaram-se na volta do rio, onde os não podiam perseguir nossas artilharias, e daí regressaram em fugida para Assunção, às 4 horas da madrugada.
Contam-se vinte e sete paraguaios prisioneiros, e reduzidos ao seu estado de liberdade quinhentos e tantos brasileiros, entre homens e mulheres, os quais não se farão muito aqui esperar.


Como despojos deixaram-nos os inimigos oito bocas de fogo, muito armamento, munições de guerra e depósito de víveres.

O tenente-coronel Hermogenes Cabral, comandante paraguaio da vila ocupada, morreu em combate, o que não impediu que fosse responsabilizado pela derrota e acusado de traidor da pátria por seus comandados e superiores.



FONTE: Estevão de Mendonça, Datas matogrossenses, 2a. edição, Governo do Estado, Cuiabá, 1973, página 287. 




13 de junho

1912 - Emancipação de Porto Murtinho


Porto Murtinho, às margens do rio Paraguai

Desmembrado do município de Corumbá pelo Decreto Estadual nº 310, de 02-04-1912, é instalado o município de Porto Murtinho. O povoado nasceu nos primórdios de 1892, pela necessidade da criação de um porto de embarque de erva-mate, às margens do rio Paraguai, na altura de 50 quilômetros a montante da barra do rio Apa, em terras das fazenda Três Barras, 3600 hectares, adquiridos pela Companhaia Mate Larangeira. Murtinho é homenagem ao ministro Joaquim Murtinho, diretor do Banco Rio e Mato Grosso, controlador da citada empresa. Com área de 16.000 quilômetros quadrados.

FONTE: IBGE.



13 de junho

1959Divisão do Estado discutida na Assembléia


Discurso do deputado Edson Brito Garcia, de Aquidauana, sobre a questão divisionista tumultua a sessão da Assembléia Legislativa, em Cuiabá, onde se homenageava a retomada de Corumbá. O deputado sulista analisava expediente das câmaras municipais de Campo Grande e Dourados, defendendo a idéia separatista e discutia requerimento de sua autoria, apoiando a divisão. Posto em votação a proposição foi derrotada por 13 votos a 11. Votaram a favor:

Edson Brito Garcia, Reis Costa, Oliveira Lima, Olivia Enciso, Edil Ferraz, Ranulfo Marques Leal, Salvador Roncisvale Filho, Alarico Reis d’Ávila, Francisco de Barros Por Deus, Pedro Luiz de Souza e Waldir dos Santos Pereira, todos do Sul. Votaram contra: Augusto Mário Vieira, Manoel José de Arruda, Ubaldo Monteiro da Silva, Clóvis Hugueney, Fauze Gattass (de Corumbá), João Franchi, Licínio Monteiro da Silva, Mário Vand den Bosch, Sebastião Nunes da Cunha (de Aquidauana), Vicente Vuolo, Wilson Dias de Pinho (de Dourados), Lourival Fontes e Edmir Moreira Rodrigues (de Corumbá).


FONTE: Rubens de Mendonça, Historia do poder legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 128.



13 de junho

1979Mato Grosso do Sul ganha sua carta





Numa manhã fria, tendo como plenário uma dependência da universidade federal, sob quente clima político, com os rumores da demissão do governador Harry Amorim Costa, dá-se em Campo Grande a promulgação da primeira constituição estadual. Na cerimônia simples, falaram o presidente da Assembléia, Londres Machado e os líderes da Arena, Waldomiro Gonçalves e do MDB, Sergio Cruz. Subscreveram a Carta os seguintes deputados constituintes: da Arena, Londres Machado, Walter Benedito Carneiro, Horácio Cerzósimo de Souza, Waldomiro Alves Gonçalves, Alberto Cubel Brull, Ary Rigo, Oswaldo Ferreira Dutra, Paulo Roberto Capiberibe Saldanha, RamezTebet, Rudel Espíndola Trindade e Zenóbio Neves dos Santos e pelo MDB, Cecílio de Jesus Gaeta, Getúlio Gideão Bauermeister,Odilon Nakasato, Onevan José de Matos,Roberto Moaccar Orro, Sergio Manoel da Cruz e Sultan Rasslan.


FONTE: anais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.


13 de junho


2020 - Primeiro posto  público para abastecimento de carros elétricos



Reportagem do jornal Correio do Estado dá conta da ativação em Campo Grande, da primeira estação solar para abastecimento de carros elétricos em Mato Grosso do Sul. Trata-se de iniciativa da empresa Solar Energy, cujo objetivo, segundo seu diretor Heverton Martins, "é criar uma rota de postos solares que chegue até São Paulo, para dar autonomia aos viajantes".

Trata-se de "de um estacionamento coberto com painéis solares e é público. Qualquer viajante que passar por ali pode abastecer e acessar o WI-FI gratuitamente". Ainda segundo o proprietário da estação, "a ideia a gente vem amadurecendo há dois anjos. Fomos à Alemanha e aos Estados Unidos para saber qual a tecnologia mais viável e acessível aqui. É o primeiro posto gratuito, está na rua e é público, o que já existe aqui em Campo Grande é particular e de uso privativo".

Segundo o jornal as "vendas de carros elétricos e híbridos tem participação discreta no mercado brasileiro, representando 0,2 do total de emplacamentos feitos no Brasil em 2019. De acordo com a Associação Brasileira de Veículo Elétrico (ABVB) até o ano passado, o Brasil registrou 15 mil unidades de veículos elétricos circulando pelo país". 

A empresa está de olho no mercado futuro, segundo seu proprietário: "Nos trabalhamos há dez anos com energia solar fotovoltaica, hoje já temos tanto os equipamentos quanto oferecer a manutenção. Queremos fazer uma rede de abastecimento, criando uma rota que chegue até São Paulo. Alguém que tem um hotel ou restaurante, por exemplo, pode criar uma estação para atender seus clientes".

FONTE: Susan Benites, Correio do Estado, Campo Grande, 13 de junho de 2020.

FOTO: Valdenir Rezende, Correio do Estado.



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