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domingo, 27 de fevereiro de 2011

21 de junho

21 de junho

1867 - Retomada de Corumbá: governador presta contas




Por ocasião de sua saída de Cuiabá, o governador de Mato Grosso, Couto Magalhães, que se dirige a Corumbá, em apoio à retomada ocorrida em 13 de junho, envia ofício ao ministro da Guerra, no Rio de Janeiro, com informações gerais sobre aquele acontecimento histórico:

"Comunico à V. Ex. que a praça de Corumbá assaltada dia 13 do corrente pela vanguarda do 2° corpo de operações desta província caiu em nosso poder, e com ela toda a fronteira do baixo Paraguai brasileiro, menos Coimbra.

A guarnição paraguaia morreu quase toda em desesperada resistência, inclusive o comandante desta praça o coronel paraguaio Hermogenes Cabral.

Os vapores Anhambahy e Rio Apa conseguiram evadir-se com muita perda depois de sofrerem o fogo combinado de duas peças raiadas e de nossa infantaria.

Tudo quanto estava em poder do inimigo caiu em nossas mãos, grande quantidade de armamento, 8 canhões, depósito de víveres, e, o que é mais precioso, cerca de 500 patrícios nossos, que há quase três anos ali sofriam os tratos do mais duro cativeiro.

Estão vingados com o sangue inimigo as mortes por lanceamentos, e depois de açoites que ali sofreram nossos compatriotas, com barbaridade que desonra a humanidade.

Não tenho tempo para entrar em mais detalhes, porque julgo urgente reforçar aquele ponto para evitar alguma tentativa do inimigo contra a vanguarda que está isolada, e, enquanto a força com que aqui estou acampado esteja cansada, porque temos vindo a marchas forçadas, contudo como o rio está agora desembaraçado, eu aproveito a noite para seguir já com a flotilha, rebocando 1000 homens e amanhã estarei em Corumbá com quatro navios de guerra, de sete bocas de fogo para as da flotilha dois mil homens dispostos a vingar a honra nacional, tão gravemente comprometida nesta província e a quem a recente vitória deu consciência de sua força.

O governo imperial deve tomar em toda consideração e o patriotismo, dedicação e energia do comandante da vanguarda tenente coronel de comissão Antonio Maria Coelho, dos distintos oficiais que o acompanharam e dos bravos soldados, que depois de uma rápida marcha através de oitenta e quatro léguas de pantanais restauraram a integridade do Império e a honra desta província".

FONTE: Diário do Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1867.



21 de junho

1872 - Governo manda indenizar família do Guia Lopes da Laguna

Atendendo apelo do visconde de Taunay, o governo imperial mandou indenizar, dona Senhorinha Barbosa, viúva de José Francisco Lopes, e filhos. A notícia é dada pelo próprio Taunay:

"A promessa feita por mim ao guia da coluna de Mato Grosso não foi esquecida. Lavrei-a em termos positivos na minha história da retirada da Laguna, e apelei para o governo brasileiro.

Hoje posso com entusiasmo declarar solvido o compromisso que existia entre a nação e a sombra daquele homem que, na esfera, foi um verdadeiro herói.

Graças à conscienciosa informação do major Cândido Pires de Vasconcelos, empregado de fazenda, testemunha e participante da retirada da Laguna, caráter sisudo e bom companheiro, o governo imperial mandou, por despacho de ontem datado, pagar em Cuiabá à viúva e filhos de José Francisco Lopes, não só as reses consumidas pela força brasileira, como os vencimentos que ele deixara de receber.

Esse ato, que à primeira vista parece de poucas consequências, entra no número daqueles rasgos singelos que a antiguidade tanto apreciava, porque abalam as fibras íntimas da alma dos que vêm neste transitório mundo alguma coisa mais do que força e matéria e colocam acima das contingências do acaso ou das combinações do espírito positivo e da razão fria e calculista um movimento nobre e generoso do coração.

ALFREDO D'ESGRAGNOLLE DE TAUNAY

Rio, 22 de junho de 1872".

FONTE: Jornal do Comercio (RJ) 23 de junho de 1872.



21 de junho
 


1872 - José Antônio Pereira chega a Campo Grande

 


De Monte Alegre, Minas Gerais, com uma pequena caravana, chega a Campo Grande e acampa na cabeceira do Anhanduí, onde o tributário do rio Pardo é formado pelas águas dos atuais córregos Prosa e Segredo, o José Antonio Pereira. 

Epaminondas Alves Pereira, neto do fundador da cidade resume o longo percurso de sua primeira viagem a Mato Grosso, desde o triângulo mineiro:

“Em 4 de março de 1872, a pequena caravana partiu de Minas rumo a estas paragens, trilhando os caminhos deixados pelos nossos soldados que combateram os invasores do território brasileiro na Guerra do Paraguai.
A comitiva, após três meses de caminhada, chega a 21 de junho à confluência de dois córregos, mais tarde denominados Prosa e Segredo. José Antônio Pereira, com seus quase cinquenta anos de idade, alquebrado pela longa viagem, mas satisfeito com o panorama que a seus olhos se descortinava, deu por finda a excursão.


"Enquanto descansam, constroem um rancho coberto de folhas de buriti; em seguida, derrubam pequena mata que existia entre os dois córregos. Numa área, de aproximadamente um quarto de alqueire, procedeu-se o preparo da terra e o plantio de milho e arroz, cuja lavoura, devido à fertilidade exuberante do solo, correspondeu plenamente à experiência otimista de José Antônio e seus companheiros de jornada.
” 



1872 é historicamente tido como o ano da fundação de Campo Grande, apesar de ser oficialmente festejado o 1899 ano em que a 26 de agosto o povoado é transformado em município, como o dia do aniversário da cidade, feriado municipal, desde 1919, por decreto do intendente Rosário Congro. Em 1972, na gestão do prefeito Antonio Mendes Canale, o município chegou a festejar o seu centenário, evento repetido em 1999. Tanto 1872 com 1899 estão na bandeira e demais símbolos da cidade.



FONTE: E. Barsanulfo Pereira, História da fundação de Campo Grande, edição do autor, Campo Grande, 2001, página 32.




21 de junho


1881 - Nasce em Miranda, Aníbal de Toledo



O último governador de Mato Grosso na república velha
Seus primeiros estudos foram feitos em Cuiabá. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Livre do Rio de Janeiro, em 1906. Iniciou sua vida pública pela magistratura, como juiz substituto de Cuiabá, entre 1907 e 1908, afastando-se no governo de Pedro Celestino, onde ocupou a chefia de polícia. Em 1909 retorna à judicatura, como juiz federal, permanecendo até outubro de 1911. Deputado federal, representou o Estado no Congresso Nacional por quatro legislaturas seguidas, de 1912 a 1929. Em 1930 elegeu-se para o governo do Estado, ficando no cargo por poucos meses, deposto pela revolução de 30, liderada por Getúlio Vargas. “Depois de haver sofrido o vexame de uma prisão violenta e injusta - deplora Nilo Póvoas - decepcionado e pobre, retirou-se definitivamente o dr. Aníbal de Toledo das atividades políticas, entregando-se inteiramente, ao exercício da sua profissão no Rio de Janeiro, como advogado da Empresa Mate.” Faleceu no Rio a 13 de julho de 1962. 


FONTE: Nilo Póvoas, Galeria dos varões ilustres de Mato Grosso, volume 2, Fundação de Cultura do Estado, Cuiabá, 1978, página 17.




21 de junho


1904 - Fundada a companhia Noroeste do Brasil


Realizou-se no Rio de Janeiro a assembleia constitutiva da sociedade anônima denominada Companhia de Estradas de Ferro Noroeste do Brasil, com a finalidade definida no artigo 2° de seus estatutos:

“aquisição de privilégio, garantia de juros e outros favores concedidos ao Banco União de S. Paulo por decreto do governo federal brasileiro no 862, de 16 de outubro de 1890 e, portanto, 1. A construção e exploração de uma estrada de ferro que, partindo de um ponto situado no prolongamento da Estrada de Ferro Mogiana, entre Uberaba e S. Pedro de Uberabinha, ou de outro ponto que seja julgado mais conveniente, vá terminar em Coxim, no Estado de Mato Grosso.” 




FONTE: Paulo Roberto Cimó Queiroz, As curvas do trem e os meandros do poder, o nascimento da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, Editora UFMS, Campo Grande, 1997, página 21.




21 de junho


1917Nasce em Rio Brilhante, Wilson Barbosa Martins


Wilson (à direita) e a infância na fazenda São Pedro na Vacaria
Filho Adelaide e Henrique Martins, nasce na fazenda São Pedro, hoje município de Rio Brilhante, Wilson Barbosa.Iniciou seus estudos em Entre Rios (Rio Brilhante),completando o ensino médio em Campo Grande, no Colégio Dom Bosco.Em 1939 forma-se em Direito pela faculdade do largo São Francisco em São Paulo. De 1946 a 1950 exerce o cargo de secretário geral da Prefeitura Municipal de Campo Grande na gestão de Fernando Correa da Costa. Em 1950 candidata-se a prefeito de Campo Grande (UDN) e é derrotado por Ari Coelho de Oliveira (PTB). De 1958 a 1962, exerce o cargo de prefeito de Campo Grande, quando concurso promovido pelo IBAM e revista O Cruzeiro elege a cidade um dos cinco municípios de maior progresso no Brasil.

Em 1962 elege-se deputado federal, cargo que exerce até dezembro de 1968, quando é cassado pelo AI-5. Em 1966 fundou o MDB em Mato Grosso e tornou-se seu primeiro presidente. Em 1979 recupera seus direitos políticos e é eleito o primeiro presidente da OAB de Mato Grosso do Sul. 


Em 1982 torna-se o primeiro governador do Estado em eleições diretas, pelo PMDB. Em 1986 é eleito senador Constituinte. Em 1995 ocupa seu segundo mandato de governador do Estado, encerrando sua carreira política.




FONTE: Wilson Barbosa Martins, Memória janela da história, Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2010. 



21 de junho


1925 - Coluna Prestes inicia retirada de Mato Grosso para Goiás

Depois de seguidos confrontos com o inimigo, a coluna Prestes deixa Mato Grosso e entra em Goiás. Desde as cabeceiras do Camapuã, onde estruturou-se de vez a organização guerrilheira, Siqueira Campos sustentou vários combates parciais, na ponte de Capela, sobre o rio Sucuriu e nas cercanias da Fazenda Dois Córregos, com tropas legalistas sob o comando do Major Bertoldo Klinger. Este no primeiro momento, repeliu o ataque à ponte da capela, mas não conseguindo contato com a sua retaguarda,interceptada que fora  pelo 4° Destacamento, de Djalma Dutra, tentou,com duas ou três investidas, romper, pelo norte, o cerco que o constrangia. Foi,porém repelido pelas forças de Siqueira Campos, que então contra-atacaram, tomando-lhe parte do acampamento - situado na margem direita do arroio Dois Córregos - um fuzil metralhador e certa quantidade de munição. Embora sitiado desde o meio-dia de 19 de junho, o Major Klinger ocupava uma posição privilegiada, excelente para a defensiva. Uma vitória esmagadora da Coluna naquela circunstância iria ser um verdadeiro desastre em perda de tempo e de material humano e armamento." Com efeito, a Coluna levantou o cerco na madrugada de 21, e iniciou a retirada para o vizinho estado de Goiás. O grosso da tropa passou e Siqueira Campos,com o seu 3° Destacamento ocupou-se em fixar o inimigo.  


FONTE:Glauco Carneiro, O revolucionário Siqueira Campos, Recor Editora, Rio, 1966, página 375.





21 de junho


1931 - Vespasiano nomeado prefeito de Campo Grande


 Vespasiano Barbosa Martins, na praça do Rádio em Campo Grande
Por decreto do interventor estadual Arthur Antunes Maciel, Vespasiano Barbosa Martins assume o cargo de prefeito municipal, permanecendo até julho de 1932, quando é guindado à condição de governador revolucionário de Mato Grosso, por indicação do general Klinger, chefe militar da revolução constitucionalista do Estado de São Paulo. 


FONTE: Nelly Martins, Vespasiano, meu pai, edição da autora, Brasilia, 1989, página 59.


21 de junho

1933 - Trânsito agitado preocupa em Campo Grande





Crônica publicada no Jornal do Commercio, assinada sob o pseudônimo de Rolan do Toras, reclama providências das autoridades estaduais e municipais para os perigos que representa o tumultuado tráfego de veículos no perímetro urbano da cidade.




FONTE: Jornal do Commercio, 21 de junho de 1933.


FOTO: Rua 14 de Julho na década de 30, acervo ARCA.



21 de junho

2001 - Ramez Tebet assume o Ministério da Integração Nacional


Ramez Tebet toma posse no ministério de Fernando Henrique Cardoso


Nomeado pelo presidente Fernando Henrique, assume o Ministério da Integração Nacional o senador Ramez Tebet (PMDB/MS). Na posse, o presidente destacou as tarefas a serem encaradas pelo novo titular da pasta:

"Quero ressaltar que o ministro Ramez Tebet assume esta pasta em um momento de profunda transformação na estrutura de seu Ministério, da criatividade e discernimento. Estas foram as características que FHC elegeu para o novo Ministro, com perspectiva de melhoramentos. Quem estiver aqui neste palácio há de saber que, neste país, há um problema emergente. É emergente falar sobre pessoas abandonadas que não têm onde ficar, referido-se aos flagelos da seca e às enchentes que podem ocorrer simultaneamente em diferentes regiões do país."

Em setembro Ramez deixou o ministério para assumir a presidência do Senado.  


FONTE: Castilho Coaraci, Simplesmente Ramez Tebet, Life Editora, Campo Grande, 2007, página 139. 

sábado, 22 de janeiro de 2011

21 de janeiro

21 de janeiro

1809 – Morre Ricardo Franco, o herói do forte Coimbra




Aos 61 anos, falece no Forte Coimbra, Ricardo Franco de Almeida Serra. Nascido na cidade do Porto, em Portugal, veio para Mato Grosso como auxiliar do presidente da província Luiz de Albuquerque de Mello Pereira. Sua trajetória no Estado é resumida por Rubens de Mendonça:

Fez importantes explorações geográficas. Reconstruiu o Forte de Coimbra em 1797 e o defendeu gloriosamente em 1801. Foi o maior auxiliar do Capitão General Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres. Foi governador interino da Capitania. Comandou a fronteira do Baixo Paraguai, demarcou a fronteira da Barra do Jauru ao Madeira, de acordo com o tratado de 1777, explorou vários afluentes do Amazonas, fez o levantamento hidrográfico do Madeira e Guaporé. Explorou os campos dos Parecis, as cabeceiras de Jauru, do Barbado, do Juruena e toda a região fronteira entre a boca daquele rio e Vila Bela, seguindo depois pelo Paraguai abaixo até a Baía Negra e rio acima até o Cuiabá.

O nome de Ricardo Franco, junto com Vespasiano Barbosa Martins, Coronel Camisão e o tenente Antonio João, está na letra do Hino de Mato Grosso do Sul.
 

FONTE: Rubens de Mendonça, Dicionário Biográfico Mato-grossense, edição do autor, Cuiabá, 1971, página 145.



21 de janeiro 

1932 - Morre Pedro Celestino Correa da Costa




Aos 72 anos, morre em Petrópolis, no Rio de Janeiro, Pedro Celestino Correa da Costa, deputado estadual constituinte, vice-presidente do Estado de Mato Grosso, presidente do Estado e senador da República. Sua morte é lamentada e sua obra revista no editorial do jornal católico, A Cruz, de Cuiabá:


O grande mato-grossense, cujo desaparecimento constitui, nesta hora, sobretudo, um golpe dos mais dolorosos para a nossa terra, nasceu a 5 de julho de 1860, no sítio do Bom Jardim, distrito de Serra-Acima.

Pertencente a uma ilustre linhagem, que deu a Mato Grosso muitas figuras de destaque na administração, na política e no domínio da pura inteligência, foram seus pais o capitão Antonio Correa da Costa e D. Inês Maria Luiz Correa da Costa (da família Souza Prado).

Formado em Farmácia, em 1881, abriu em Cuiabá, uma “botica” que, graças à sua tenacidade, competência e amor ao trabalho, se tornou dentro em pouco a primeira no gênero entre nós.

Ingressando na política foi, logo após a proclamação da República, eleito deputado à Assembleia Constituinte, da qual é o penúltimo membro que desaparece, somente sobrevivendo o cel. Virgílio Alves Correa.

A sua atuação na política e em cargos de administração pública o impôs logo a confiança e estima de seus concidadãos, de cujos direitos se fez sempre o desinteressado paladino nas mais difíceis e às vezes trágicas conjunturas. Elevado à vice-presidência do Estado, com Manoel Murtinho, em 1891, foi novamente escolhido para esse cargo em 1907, ao lado de Generoso Ponce, a quem lhe coube substituir, ao cabo de um ano de governo. O que foi a sua diretriz no Palácio Alencastro, dí-lo a consciência dos contemporâneos, a atestar o seu tino financeiro, o seu patriótico desprendimento e, acima de tudo, a sua inatacável probidade.

Deve-lhe Mato Grosso, principalmente no departamento de Instrução Pública, os mais assinalados serviços, levados a efeito nesse primeiro período governativo. Após as lutas políticas de 1916-1917, coube-lhe representar o Estado no Senado Federal, donde o foram buscar seus conterrâneos para entregar-lhe novamente o governo, em sucessão ao arcebispo Aquino Correa, cuja presidência  se finalizara pela  fusão dos partidos, realizando dessa forma, o programa patriótico de paz e união que formara o escopo do governo do eminente prelado cuiabano. Essa união só de pode fazer, no momento, em torno do nome consagrado e respeitável de Pedro Celestino, que congregou em redor de si, como uma bandeira de honestidade e de patriotismo, os elementos mais ponderáveis da política mato-grossense.

A segunda administração Pedro Celestino é de ontem e dela basta dizer que, além da obra de cimentação da paz e da concórdia, conseguiu ainda o egrégio patrício a reconstrução financeira do Estado, abalado em consequência das lutas partidárias e da depressão enorme da receita, em 1921, legando-nos vários e importantes melhoramentos, alguns acabados, como a estrada da Chapada, velha aspiração cuiabana, que lhe coube realizar, e outros iniciados, como o serviço de iluminação da capital pela força motriz do Rio da Casca.

Teve a auxiliá-lo nessa segunda fase a competência, a energia e a aptidão invulgar do dr.V. Correa Filho, seu secretário Geral do Estado, figura de eleição no meio intelectual e administrativo de Mato Grosso, cujo nome constitui uma garantia de confiança, sendo, como é, um dos poucos em que Mato Grosso pode e deve espera para sua evolução e o seu progresso.

Enfermado, já ao final do quadriênio, passou o governo ao 1° vice-presidente, dr. Estevão Correa, que prosseguiu e ultimou o período administrativo, em perfeita unidade de vistas e de ação com o grande mato-grossense, o que vale dizer, trabalhando patrioticamente pela nossa terra.

O maior serviço prestado a Mato Grosso por Pedro Celestino foi, porém, não há duvidar, esse exemplo vivo de honradez e trabalho, de abnegação e amor pátrio, de carinho pelas nossas coisas e discernimento no estudo dos nossos problemas, de pureza e inquebrantabilidade  na defesa do patrimônio moral e material do Estado, constituindo-se barreira inexpugnável aos delapidadores da nossa honra e das nossas riquezas.

O “caso Antonina” é típico e não há mister evocar outros.

Criou, por isso, como é natural, inimigos rancorosos e adversários implacáveis. Essas odiosidades são, entretanto, daquelas que honram e enobrecem o homem.

Terminado o seu governo, foi, em 1927, reconduzido, pelo voto dos seus paisanos, à Câmara Alta, onde se conservou até que a Revolução de Outubro de 1930 dissolvesse o Poder Legislativo. Partidário da Aliança Liberal desde a sua constituição, dirigiu nessa ocasião, memorável manifesto aos seus amigos. Vitoriando o movimento revolucionário, nada, entretanto, ambicionou, no seu desprendimento assaz conhecido, no seu nobre e sadio idealismo, que só visava o bem coletivo. Tendo feito uma carreira política e administrativa de meio século, jamais se lhe apontou um ato menos digno ou inspirado em motivos que não fossem os que visam o engrandecimento de sua terra. Sofreu, com superioridade, com estoicismo, as mais ingratas campanhas. Tudo levou de vencida. E hoje, ao descerem-lhe ao seio maternal da terra os despojos venerandos, um sentimento de tristeza e de pesar invade todos os corações dos mato-grossenses patriotas e sensatos, ante o vácuo que, no cenário da administração e da política, deixa o desaparecimento do grande filho da terra cuiabana.

O coronel Pedro Celestino foi casado com D. Constança Novis Correa da Costa e, enviuvando-se, consorciou-se com a sua cunhada D. Corina Novis Correa da Costa. Do primeiro casal deixou os seguintes filhos: dr. Clóvis Correa da Costa, médico, residente no Rio de Janeiro, drs. Alvino Correa da Costa, farmacêutico e Ytrio Correa da Costa, engenheiro, residentes em Campo Grande; d. Aline, casada com o tenente-coronel Romão Veriano da Silva Pereira, d. Edith, casada com o dr. Virgílio Alves Correa Filho e d. Maria Constança, casada com o cel. José Alves Ribeiro Filho.
Das segundas núpcias deixou os seguintes filhos: dr. Fernando Correa da Costa, médico, residente em Campo Grande, tenente Pedro Celestino Correa da Costa, Paulo Correa da Costa, contador, João Batista, estudante e senhorinha Inês Maria Luiza Correa da Costa.

Seu principal herdeiro político foi o filho Fernando Correa da Costa, médico que, mudando-se para o Sul do Estado em 1927, fez carreira com prefeito de Campo Grande (1947), governador do Estado (1950 e 1960) e senador da República (1966). Seu outro filho, Ytrio Correa da Costa, foi prefeito nomeado de Campo Grande e deputado federal. A mais recente representante da família na política foi a deputada federal Tereza Cristina Correa da Costa (2014-2023), ministra da Agricultura (2019 - 2022) senadora da República (1923 - 1931). 


FONTE: A Cruz (Cuiabá), 31 de janeiro de1932.

FOTO: acervo do governo do Estado de Mato Grosso.






21 de janeiro 

1938 - É criada a primeira maternidade de Campo Grande

D. Elvira, sentada à esquerda, a pioneira com familiares

Em reunião realizada no Rádio Clube é criada a AAMI, Associação de Amparo à Maternidade e à Infância. Era prefeito de Campo Grande, o advogado Olímpio Machado Metelo e a primeira presidente da entidade foi a primeira-dama Elvira Coelho Machado, cuja diretoria tomou posse a 7 de fevereiro em sessão solene realizada no cine Alhambra. Em 11 de agosto de 1938 a AAMI foi reconhecida de utilidade pública, tendo liberada pela prefeitura uma verba de 300 mil réis.
O primeiro trabalho foi a instalação de um posto puericultura e um lactário e um ambulatório maternal na loja maçônica Oriente à avenida Calógeras, onde eram atendidas gestantes e crianças até 10 anos de idade. Em 8 de janeiro de 1939, a entidade comprou por cinquenta contos de réis, uma casa na rua 15 de Novembro, esquina com a rua 14 de Julho (atual Lojas Americanas) onde instalou todos os seus trabalhos, que tinham como diretor clínico o dr. Vespasiano Martins auxiliado por seus colegas Walfrido Arruda, Alcindo de Almeida, Arthur Vasconcelos e Fernando Correa da Costa.
Em 21 de janeiro de 1941 a AAMI lança a pedra fundamental da Maternidade Cândido Mariano, tendo sua presidente Elvira Coelho Machado, justificado a escolha da data:

"Escolhemos hoje para o lançamento da pedra fundamental da AAMI por ser a data natalícia do presidente Getúlio Vargas, inspirado animador das instituições de amparo à maternidade e à infância de nosso país".

A 21 de julho de 1944, dona Elvira e demais diretores da associação, finalmente entregavam à população a maternidade Candido Mariano, a primeira de Campo Grande.

FONTE: José Corrêa da Barbosa, A Maternidade Cândido Mariano e sua história, Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2013, página 13.



19 de janeiro

19 de janeiro


1927 - Revoltosos pregam divisão de Mato Grosso

De acordo com notícia da imprensa paulista "há dias estão sendo espalhados em Campo Grande, Corumbá e Porto Murtinho e outras localidades, boletins pregando a separação do Sul de Mato Grosso, para nele constituir um estado autônomo, havendo nos municípios mais progressistas certa animosidade contra os cuiabanos". 

FONTE: Diario da Noite (SP), 19/01/1927.


19 de janeiro

1936 - Inaugurada linha aérea São Paulo - Corumbá - La Paz

                            Tocantins, pilotos e pessoal do Condor/ Foto Correio Paulistano


Realizou-se no Campo de Marte, em São Paulo, a inauguração da linha aérea São Paulo-La Paz, com escalas em Campo Grande e Corumbá:

"O Sindicato Condor, que vem desenvolvendo progressivamente suas linhas aéreas na América do Sul, tendo iniciado o serviço da linha para o Chile, em outubro próximo passado, aumenta agora a sua rota ligando São Paulo a La Paz, cujo percurso é feito em nove horas e meia, com ligeiras paradas.

A última para será em Corumbá, onde haverá baldeação para para outro aparelho de três motores Junkers, de cuja fábrica são fornecidos todos os aviões para as linhas do Sindicato Condor". 

O voo inaugural da nova linha foi feito pelo aparelho Tocantins. Deixou o Campo de Marte, "as 10 horas, sendo pilotado pelos aviadores Licínio Correa Dias e Luiz David Catelli. O possante avião, numa ligeira manobra, alçou voo rumo a Mato Grosso, transportando jornais de São Paulo e cerca de mil cartas procedentes da Europa e Rio de Janeiro, destinadas à Bolívia".

FONTE: Correio Paulistano, 21/01/1936


1947 – Terminada a apuração da eleição para governador do Estado.

Relatório do TRE com o resultado da primeira eleição para o Executivo de Mato Grosso, depois da ditadura do Estado Novo, realizadas a 9 de janeiro. Pelo referido expediente, segundo Lélia Rita de Figueiredo Carneiro, “se verificou haverem votado nas citadas eleições 44.305 eleitores, tendo sido anulados 2.287 votos. Para Governador do Estado foram apurados 40.941 votos válidos, sendo 21.293 computados ao candidato do Partido Social Democrático, Doutor Arnaldo Estevão de Figueiredo.” 
 
O adversário de Arnaldo Figueiredo foi o udenista Dolor Ferreira de Andrade.


FONTE: Lélia Rita E. de Figueiredo, Campo Grande,o homem e a terra, edição da autora, Campo Grande, sd. Página 342.

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...