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sexta-feira, 4 de março de 2011

18 de julho

18 de julho

1865 - Expedicionários chegam a Uberaba

Procedente do Rio de Janeiro e São Paulo, força expedicionária brasileira, com destino ao Sul de Mato Grosso, chega a Uberaba no triângulo mineiro:

Chegando as forças de S. Paulo e da província do Paraná, à cidade de Uberaba, incorporaram-se à vinda de Minas, ao mando do Ilmo. Sr. coronel Galvão, a qual se achava acampada a meia légua N. O. na direção do caminho de Goiás. O quartel do comando acantonou no interior da cidade, assim como as demais repartições anexas, que tinham com ele vindo de São Paulo, acrescentando a do quartel mestre general, que começou a funcionar a 25 de julho.

A brigada mineira compunha-se do batalhão de voluntários n. 17 e dos corpos fixo e policial da província de Minas. Depois da fusão dos contingentes trazidos das duas outras províncias ficou organizada uma brigada, compreendendo mais uma companhia de cavalaria e um corpo de artilharia, que foi formado com o casco do contingente dessa arma, vindo a província do Amazonas.

Com destino a Coxim, a força expedicionária deixou Uberaba na manhã de 6 de setembro.

FONTE: Taunay, Marcha das Forças, Melhoramentos, São Paulo, 1928, página 59.



18 de julho

1890Nioaque é elevada à categoria de vila*






Por decreto do presidente Antônio Maria Coelho, primeiro governador de Mato Grosso no regime republicano, a freguesia de Nioaque, principal centro político do Sul do Estado, com a denominação Levergeria (em homenagem ao ex-governador Augusto Lerverger) passa à condição de vila:

Art. 1º - Fica elevada à categoria de vila, constituindo termo unido à comarca de Miranda e município próprio a freguesia de Levergeria.


Art. 2º - Ficam alterados os limites que à mesma freguesia marcou a Lei n. 506, de 1877, para os seguintes: uma reta que, partindo da confluência dos rios Miranda e Nioaque, vai ter ao morro Azul, à margem esquerda do Aquidauana; margem esquerda deste até sua mais alta origem no lugar denominado Pontinha – na estrada de Camapuã – e da Pontinha outra reta que vai ter às cabeceiras do rio Sanguesuga e pela margem direita até sua foz no rio Paraná e pela margem direita do Paraná até o Iguatemi, seguindo-se a linha da frenteira até o marco das cabeceiras do rio Apa; margem esquerda deste até o rio Pedra de Cal e por este acima até sua cabeceira e daí à do ribeirão Prata até sua confluência no rio Miranda e margem direita deste até a foz do Nioaque”. 


*Vila correspondia ao município atual.


FONTE: Miguel A. Palermo, Nioaque Evolução Histórica e Revolução de Mato Grosso,Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1992. Página 27.

FOTO: sede da primeira prefeitura de Nioaque. Reprodução do Album Graphico de Mato Grosso, Corumbá, 2014.





18 de julho


1912 Criado município de Ponta Porã







Pela Resolução n° 617, sancionada pelo presidente do Estado de Mato Grosso, Joaquim A. da Costa Marques, Ponta Porã, a mais próspera povoação da fronteira Brasil-Paraguai, é elevada à categoria de município. "A fundação de Ponta Porã - constata o historiador - como a de tantas outras cidades, não constituiu ato premeditado de ninguém, por isso não lhe pode fixar uma data precisa. O lugar foi evoluindo aos poucos, e o povo vinha fixar residência aí, de preferência onde mais tarde se estabelecia o comércio do lado do Paraguai e depois do Brasil, em razão da proximidade da picada do 'Chiriguelo', por onde vinha de Conceição toda a mercadoria necessária ao seu consumo, inclusive o sal para as fazendas de criação, já que naqueles tempos não existia outra zona de abastecimento mais próxima, em território brasileiro".¹

Seu primeiro morador foi o capitão João Antonio de Trindade, carioca, veterano da guerra do Paraguai, herói da retirada da Laguna, que chegou ao lugar em 1892.

Resolução de 10 de abril de 1900 reconhece sua existência com a criação da respectiva paróquia. Por lei de 23 de setembro de 1915 é elevada à categoria de comarca e "continuou a prosperar, tendo por base econômica os opulentos hervais, a que deve o povoamento, entreverados de campos, onde se tem desenvolvido boa criação de gado".²

Instalado o município em 25 de março de 1913, tomam posse o primeiro prefeito eleito Ponciano de Matos e os conselheiros municipais Felisberto Marques, Manuel Moreira, Heliodoro José de Almeida, Valêncio de Brum e o suplente João Maria da Silva. 
 



FONTES: ¹Pedro Ângelo da Rosa, Resenha Histórica de Mato Grosso (Fronteira com o Paraguai), Livraria Ruy Barbosa, Campo Grande, 1962, página 29; ² Virgílio Correa Filho, Mato Grosso, (2a edição) Coeditora Brasílica, Rio de Janeiro, 1939, página 174.



FOTO: Ponta Porã no inicio do século passado. Extraída do Album Graphico de Matto-Grosso (1914)



2017 - Ex-vereador e esposa assassinados a golpes de facas e facões




São assassinados em Campo Grande o ex-vereador Cristovão Silveira e sua esposa Cristina Silveira. O crime, que chocou pela brutalidade com que foi cometido, foi retratado pela imprensa, com detalhes:

O vereador Cristovão Silveira,65, e sua mulher, Fátima de Jesus Diniz Silveira, 54, foram cruelmente assassinados na tarde de terça-feira (18) em uma chácara na MS-080, na área rural de Campo Grande. O ex-parlamentar foi morto com várias facadas e a mulher teve o corpo parcialmente carbonizado, além de indícios de ter sido abusada sexualmente. Três envolvidos no crime foram presos pela ação, um morreu em confronto com a polícia e outro continua foragido.

Conforme a Polícia Civil, por volta das 14h, vizinhos ouviram Cristovão discutindo com o funcionário Rivelino Mangelo, 48. Cerca de duas horas depois, Rivelino procurou socorro em um bar próximo do local, pois havia sido ferido em um assalto.

O vizinho Ronaldo Ribeiro, 50, mora há 30 anos na região e não conhecia os moradores, que estão no local há pouco tempo. Ele conta que o caseiro pediu para usar o telefone, mas não desconfiou da atitude.

"Tenho um bar na região e tem telefone fixo. Ele pediu para usar o telefone, o pé estava sangrando muito. Ele disse que sete homens invadiram a chácara para roubar um carro e bateram nele. Nós chamamos o corpo de bombeiros e levaram ele. Quando anoiteceu, vimos vários carros da polícia e só ficamos sabendo o que aconteceu com os donos. Não desconfiamos de nada", relata.

Corpo do ex-vereador foi encontrado em lavanderia com vários ferimentos na face

Rivelino estava com um ferimento profundo no pé e foi levado para a Santa Casa da capital, e a história de um possível roubo chamou a atenção da classe médica, que acionou a polícia. Ainda no hospital, o funcionário entrou em contradição por várias vezes.

Equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), do GOI (Grupo de Operação e Investigação) e do Batalhão de Cheque da Polícia Militar foram até a chácara e ficaram chocadas com a cena do crime.

Na primeira casa, que possivelmente era usada como lavanderia, foi encontrado o corpo de Cristovão, com vários ferimentos feitos por faca, principalmente na cabeça. Ainda segundo a polícia, são ferimentos incontáveis, e o rosto da vítima estava totalmente desfigurado.

A mulher dele, Fátima, foi encontrada seminua, com os pés e as pernas queimados. Ela também foi morta com golpes de facão. As equipes ainda acreditam que ela pode ter sofrido violência sexual. Os corpos foram encaminhados ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para perícia.

Já na casa principal a quadrilha arrombou a porta para procurar as chaves do carro da família, uma caminhonete Triton L200. Eles levaram também uma televisão. As equipes encontraram no celular de Rivelino, áudios em um aplicativo, para comparsas combinando o homicídio. As conversas eram de cerca de uma semana antes do ocorrido e, conforme o delegado do Garras, Fábio Peró, eles demonstraram o interesse de Rivelino em cometer o crime, mesmo que não houvesse apoio dos comparsas.

A Polícia Militar de Corumbá - a 417 km de Campo Grande, foi avisada e perseguiu a caminhonete pela BR-262, onde estavam os dois envolvidos no latrocínio. Um deles identificado como Diogo André dos Santos, 20, e o outro apenas como Gabriel.

Na perseguição, a dupla saiu com o veículo da pista, bateu em árvores e fugiu a pé. A polícia localizou ambos, houve confronto entre os criminosos e policiais e Diogo foi baleado e morreu. Gabriel conseguiu fugir pelo mato, mas a polícia mantém o cerco para localizar o homem, que não havia sido preso até o fechamento desta matéria.

Família de vereador teria se mudado para chácara há 6 meses e levou caseiro

Os filhos de Rivelino, que também o teriam ajudado no crime, Alberto Nunes Mangelo, 20, e Rogério Nunes Mangelo, 19, foram presos em Anastácio - a 123 km da capital - com as roupas rasgadas e sujas. A polícia acredita que Cristovão teria lutado com um dos suspeitos, mas acabou sendo ferido. A participação de Alberto foi receber uma televisão e Rogério atuou diretamente no crime, desferindo golpes no casal.

Vizinhos ficaram chocados com a notícia, uma agente de saúde, que não quis se identificar, e que presta atendimento para a família de funcionários, conta que o casal se mudou há seis meses, após comprar a chácara e trouxe os caseiros.

"Já conversei com ele (Rivelino), me pareceu uma pessoa tranquila. Moravam ele, a esposa, que é cadeirante, e uma filha de 12 anos", disse. Segundo apurado pela polícia, a esposa e a filha do mentor do crime estavam no local apenas no período da manhã e, em interrogatório, afirmaram ter notado certa "ansiedade e nervosismo" de Rivelino e tirá-las do local.

Sem entender, obedeceram as instruções dadas por ele de sair da chácara. Rivelino informou que trabalhava para Cristovão há cerca de quatro meses.

O suspeito possui passagem pela polícia por violência doméstica, furto e lesão corporal. O filho Rogério também possui passagens, desde a adolescência, por furto, lesão corporal e vias de fato. O caso está sendo investigado como latrocínio pela equipe do Garras.

Vereador por cinco mandatos

Cristóvão Silveira (PSDB) foi vereador em Campo Grande por cinco mandatos consecutivos. Seu último mandato foi de 2008 a 2012, quando não se candidatou. Seus mandatos destacaram-se por várias iniciativas relevantes, destacando-se a lei 3.121/95, que estabeleceu a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança no município e a lei 4.992/11, conhecida como Cantina Saudável, criando normas para as cantinas nas escolas publicas da capital. 

FONTE: Karina Campos e Vitória Ribeiro, O Estado, Campo Grande, 20 de julho de 2017.

sábado, 14 de dezembro de 2013

27 de dezembro

27 de dezembro

1864 – Paraguaios atacam forte Coimbra




Sob o comando coronel Vicente Barrios, as forças de invasão de Solano Lopez, protegidas por denso nevoeiro, se aproximam da fortificação brasileira no rio Paraguai e somente “quando a fumaça das chaminés dos navios foi avistada pelas sentinelas, Coimbra tomou conhecimento do avanço paraguaio.”

A frota de Barrios, segundo Carlos Francisco Moura, “capitaneada pelo Igurey, era formada por 5 vapores e 5 grandes embarcações a reboque e totalizava 39 canhões de bordo. Vieram a reboque também balsas-curral com gado para o abastecimento da tropa e cavalos. As tropas de combate formavam 4 batalhões, num total de 3.200 homens. Traziam também 12 peças de campanha.”


As forças de Coimbra, ainda conforme o mesmo autor, a “artilharia era constituída de 31 canhões velhos, dos quais apenas 11 estavam em condições de atirar, mas como o número de artilheiros era insuficiente, só 5 podiam ser manejados.


Ao amanhecer, o comandante brasileiro recebe o seguinte ultimatum:


Viva la República Del Paraguay! A bordo del vapor de guerra Igurey. Deciembre 27 de 1864. El Coronel Comandante de la Division de Operaciones del Alto Paraguay, em virtud de órdenes expressas de su gobierno, viene a tomar posesió del fuerte de su mando, y quiriendo dar una prueba de moderacion y humanidad invita á V. para que dentro de una hora lo rinda, pues que no hacerlo asi, y cumplido el plazo señalado, procederá a tomarlo á viva fuerza quedando la guarnición sugeta ás leyes del caso. Mientras espera su pronta respuesta, queda de V. atento, Vicente Bárrios. Al Señor Comandante del Fuerte de Coimbra.

 
Mesmo em completa desvantagem o comandante brasileiro respondeu ao inimigo com altivez:


Distrito Militar do Baixo-Paraguai, no Forte de Coimbra, 27 de dezembro de 1864. O tenente-coronoel , comandante deste Distrito Militar, abaixo assinado respondendo à nota enviada pelo coronel Vicente Bárrios, comandante da Divisão em Operações no Alto-Paraguai, recebida às 8 1/2 horas da manhã, na qual lhe declara que, em virtude de ordens expressas de seu governo, vem ocupar esta fortaleza; e querendo dar uma prova de moderação e humanidade o intima para que a entregue, dentro do prazo de uma hora, e que, caso não a faça, passará a tomá-la à viva força, ficando a guarnição sujeita às leis do caso: - tem a honra de declarar que, segundo os regulamentos e ordens que regem o Exército Brasileiro, a não ser por ordem de autoridade superior, a quem transmite neste momento cópia da nota a que responde - só pela sorte e honra das armas a entregará; assegurando a S. S. que os mesmos sentimentos de moderação que S. S. nutre, também nutre o abaixo assinado. - Pelo que o mesmo comandante, abaixo assinado, fica aguardando as deliberações de S. S., a quem Deus guarde.


Hermenegildo de Albuquerque Portocarrero, tenente-coronel.


O ataque paraguaio ao forte foi autorizado com o desembarque de suas tropas em ambas as margens do rio:

Os paraguaios romperam fogo às 11 horas com canhões de bordo e a seguir com os canhões de campanha instalados do outro lado do rio, no morro da Marinha. Como entretanto os projéteis não alcançaram o forte, Portocarrero só respondeu o fogo às 14 horas.
A infantaria passou também ao ataque, avançando por entre a vegetação, mas era castigada pela artilharia e pela fuzilaria do forte.
As 19,30 a infantaria paraguaia cessou fogo e recolheu-se aos navios.
A guarnição do forte estava exausta, pois durante todo o dia combatera sem tréguas.(...)


Prosseguiu depois a fuzilaria e o canhoneio até à noite, quando novamente os paraguaios se recolheram aos navios.


Nessa noite o comandante Portocarrero reuniu um conselho de oficiais para discutir a gravidade da situação. Não era possível prosseguir a resistência, pois só restavam 1.000 cartuchos e não havia meios para confeccionar outros em número suficiente para resistir no dia seguinte. 


A conclusão a que chegaram todos foi a de que deviam abandonar o forte.
As 21 horas começaram os preparativos no maior sigilo para não levantar suspeitas aos paraguaios. Às 23 horas a Anhambai partiu rio acima. Nele embarcaram todos, soldados e civis e mulheres e crianças que residiam na aldeia. Apenas os índios aliados preferiram seguir por terra, seguindo as trilhas do sertão que bem conheciam. A guarnição levou consigo a bandeira do forte e a imagem da padroeira.


No dia seguinte, Barrios ocupa o forte abandonado.

FONTE: Carlos Francisco Moura, O forte de Coimbra, sentinela avançada da fronteira, Edições UFMT, Cuiabá, 1975, página 60.

FOTO: TV Morena/Campo Grande.


27 de dezembro

1947 - Localizado avião desaparecido entre Cáceres e Corumbá

Aviões da FAB localizam avião e pilotos desaparecidos em voo entre Cáceres e Corumbá:

"Segundo noticiaram os jornais de ontem, o piloto Renato Pedroso, em virtude de uma avaria no avião que conduzia, de volta de Cáceres, havia desaparecido na última sexta-feira. Grande número de aparelhos da F.A.B. e de particulares, após ter conhecimento da notícia, puseram-se em campo à procura do conhecido aviador.

Felizmente três aparelhos, sendo dois da Força Aérea Brasileira, procedentes de Campo Grande, que estiveram pesquisando o local do desaparecimento do avião pilotado por Renato Pedroso, conseguiram localizar o desaparecido que se encontra, são e salvo na fazenda do Cecro, distante vinte quilômetros desta cidade. Falando ao jornalista, declarou o aludido aviador que quando regressava de Cáceres, ocorreu uma pane no motor do avião, em consequência do que se viu obrigado a uma aterrissagem forçada, no prado da fazenda onde se encontra. Teve êxito a manobra, sofrendo o aparelho ligeiros desarranjos".

FONTE: Jornal de Notícias (SP), 30/12/1947.


27 de dezembro

2021 - Vítimas fatais do coronavírus tem dia de memória em Campo Grande

O Diário Oficial de Campo Grande publicou a lei 6.768, de iniciativa da Câmara Municipal, estabeledendo o 13 de abril, como o “Dia em Memória das Vítimas Fatais da Covid-19”l.

Com isso, a data passou a ser incluída no Calendário Oficial de Eventos do Município de Campo Grande.

O dia 13 de abril foi escolhido por ser a data em que foi registrado o primeiro óbito pela doença no município.


Ainda como lembrança dos mortos da covid 19, em julho, o prefeito autorizou a criação de memorial em homenagem aos mortos da Covid-19, sendo denominado "Apóstolo Edilson Vicente da Silva", pai do vereador Epaminondas Vicente Silva Neto, conhecido como 'Papy'.

O local tem como principal objetivo “guardar a memória dos cidadãos e prestar homenagem às vítimas”, que deverá conter a foto, nome completo e data de morte do homenageado.


FONTE: Correio do Estado, Campo Grande, 27/12/2021.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

24 de março

24 de março

1593 - Espanhóis fundam a segunda Xerez





Após fracassar na primeira tentativa de manter uma vila no local, em função da forte resistência dos indígenas, habitantes na região que, "confederados, impediram que o povoado prosperasse, finalmente, em " 24 de março de 1593, Santiago de Xerez foi reedificada por Ruy Diaz de Gúzman próximo às margens do Rio Ivinhema", segundo Paulo Marcos Esselin. "Seu segundo fundador tomou precauções para não incorrer nos mesmos erros cometidos por Juan Garay. Acompanhado por uma guarnição de homens bem armados, fez temer os índios nuaras até então senhores da região. Conquistados, os nativos se submeteram à superioridade bélica espanhola, sem que houvesse uma guerra de conquista". Em 1596, Santiago de Xerez seria transladada por Gúzman para a margem do rio Mbotetei, atual Aquidauana. 



FONTE: Paulo Marcos Esselin, A gênese de Corumbá, confluências das frentes espanhola e portuguesa em Mato Grosso,1536-1778, Editora UFMS, Campo Grande, 2000, página 45.

FOTO - Ruy Diaz de Guzman, o fundador de Xerez.



24 de março

1908 - Anunciado o início da estrada de ferro Itapura-Corumbá

Em telegrama encaminhado ao governador Generoso Ponce, o presidente da República, Afonso Pena, comunica a aprovação do projeto da estrada de ferro entre Itapura e Corumbá. A notícia é recebida com regozijo pelo governador e destaque da imprensa:

 

FONTE: Autonomista (Corumbá), em 11 de abril de 1908.

 
24 de março

1912 - Circula em Corumbá o primeiro jornal diário do Sul de Mato Grosso





É fundado A Tribuna pelo jornalista Pedro Magalhães. "Sua existência - atesta Lécio G. de Souza - foi relativamente longa, tendo deixado de circular há pouco tempo. A redação e oficina localizavam-se no princípio da rua Antônio Maria Coelho, lado par. Teve à frente renomadas figuras intelectuais como o padre Pedro Medeiros e o insigne homem de letras Carlos de Castro Brasil. A responsabilidade comercial cabia ao grupo Chamma".


FONTE: Lécio Gomes de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd., página 116.



24 de março

1927 - Siqueira Campos entra no Paraguai





Encerrando sua participação na Coluna Prestes, onde se destacou com um dos mais bravos comandantes, o coronel Siqueira Campos, parte para o exílio, acompanhado por 65 homens. Sua entrada no Paraguai dá-se por Bela Vista. Na república vizinha entrega o armamento do destacamento ao chefe de polícia, dom Rafael Alvarenga. São 20 fuzis Mauser e mil tiros de fuzil, além de 22 cavalos, expropriados de diversos fazendeiros brasileiros "que foram entregues à mesma autoridade".

Para Glauco Carneiro, "alguns dos revolucionários preferiram ficar trabalhando em sítios da fronteira, enquanto outros quiseram aventurar-se até os grandes centros como Rio e São Paulo. Siqueira achou de bom alvitre comandar os restantes para o exílio e ali se juntar aos chefes da Coluna para o prosseguimento das atividades conspiratórias, visando à grande revolução, que afinal viria em 1930". 


De ampla reportagem sobre a entrada de  Siqueira Campos no Paraguai, o jornal "O Progresso", de Dourados, destaca a presença do líder revolucionário em Bela Vista:

"Atravessando Victorino, reuniu seus homens e disse-lhes que iriam para o Paraguai, passando a fronteira junto a Bela Vista, e que não dariam um tiro durante a travessia.

No dia 21 de março, Siqueira chegou à fazenda Gabinete, tendo feito, sem descansar, uma marcha de 29 léguas.

A 22 desceu a serra de Maracaju; a 23 avizinhou-se de Bela Vista.

Chegando à noite à margem do Apa, as águas deste rio assoberbavam. A chuva era intensíssima. Contudo, a travessia foi feita, com sério perigo da vida do comandante que perdeu nessa ocasião o cavalo que montava, com o arquivo da revolução.

Algumas armas também foram ao fundo.

Atingida a fronteira, Siqueira dirigiu uma carta ao comandante da guarnição paraguaia de Bella Vista, pedindo-lhe para mandar receber as armas e munições.

O tenente Alvarenga - o comandante - teve a gentileza de mandar convidar Siqueira Campos a entrar na povoação com as suas armas, depositando ali.

Siqueira tem palavras de louvor à maneira cavalheirosa e gentil por que foi tratado pela autoridade do país vizinho, que o cumulou de todas as atenções.

O sr. Heitor Dias, chefe geral da fronteira paraguaia, que dia 25 chegara a Bella Vista, ido daqui, extremou-se em cuidados e providências quanto aos revolucionários brasileiros, tratando-os com especial consideração".       


FONTE: Glauco Carneiro, O revolucionário Siqueira Campos, Record Editora, Rio, 1966, página 399. Jornal O Progresso (Ponta Porã), 3 de abril de 1927.

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...