sábado, 22 de janeiro de 2011

13 de janeiro

13 de janeiro


1865 – Cuiabá previne-se contra invasão paraguaia





O brigadeiro Alexandre Manoel Albino de Carvalho, presidente da província, manda guarnecer a colina de Melgaço, à margem esquerda do rio Cuiabá, a jusante do porto desta capital cerca de 25 léguas. O comando da guarnição coube ao tenente-coronel Hermenegildo de Porto Carreiro, ex-comandante de Forte Coimbra, que ao deixar o porto de Cuiabá, proferiu as seguintes palavras de incitamento às tropas:

Soldados da expedição! O presidente vos acena o futuro e vos mostra uma página dourada, para nela ser registrada a vossa dedicação. A Pátria exige de vós, que deixeis tudo quanto tendes de mais caro sobre a terra, mas que não desampareis o que é mais caro que tudo - vossa mãe, vossa pátria.

Essa página dourada de que vos falei terá a inscrição seguinte: "A força expedicionária ao sul da cidade de Cuiabá salvou a Pátria", mostrando-se disposta a opor-se ao mundo, se o mundo se opuser à sua glória, entoando com o entusiasmo dos bravos.

Viva o Imperador!

Viva, e sempre viva, a integridade do Império!

Viva a Pátria!

Viva o sábio administrador da província de Mato Grosso!

"Apesar do entusiasmo que essas palavras produziram - constata Estevão de Mendonça - mal havia a força expedicionária iniciado em Melgaço o abarracamento e as primeiras medidas de defesa, quando à passagem do vapor de guerra Corumbá, que havia pouco antes descido, chegou a notícia de que os navios paraguaios já cruzavam o rio Cuiabá, abaixo da boca inferior do Piraí".


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2a. edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá. Página 38.

FOTO: Cuiabá antiga. Reprodução meramente ilustrativa.


13 de janeiro

1956 - Deputado tem projeto para refinaria de petróleo em Corumbá

O deputado Itrio Correa da Costa (UDN-MT) apresentou projeto de lei determinando a construção de uma refinaria de petróleo em Corumbá, para aproveitamento do produto da Bolívia.

Na justificação de sua proposta, o parlamentar explica que o projeto "não é de inspiração ou de interesse regional, porque sai dos limites desse interesse para entrar nos altos interesses nacionais. Haveria em qualquer hipótese grande utilidade de um estabelecimento desse gênero na progressista cidade matogrossense e que é uma das que está situada o tom nacionalista tão ambicionado e tão necessário para qualquer país. 

Para ele "uma refiaria ali beneficia de modo estupendo uma vasta região, ora servida fluvialmente, ora por vias terrestres, e influindo na economia de inúmeras cidades, inclusive do estado bandeirante. Sabido é, mais que sabido, que Mato Grosso está deixando de ser uma região do futuro para ser uma região presente, podendo colaborar de maneira intensa na economia do Brasil. Recebendo, como recebe, a região combustível de São Paulo (capital) e do Distrito Federal é lógico que uma vasta zona de produção procurada não pode tomar parte na vida econômica nacional senão em mínima parte, pela falta de transportes.

Quanto à matéria prima para a industrialização, o deputado salienta que  "o principal está na aproximação da da data em que vamos receber petróleo da Bolívia. Tudo indica, tudo brada, tudo implora que tenhamos a meio caminho uma refinaria de petróleo e que possa distribuir o refinado, pronto para entrar em uso em tão importante parte do país".

O deputado remata suas explicações estranhando que "receber o petróleo boliviano no Rio de Janeiro ou em São Paulo e devolver depois, refinado, a uma região por onde já passou, além de ser uma aberração econômica, importará em anular a vantagem de termos à mão, relativamente, o decisivo combustível".

FONTE: Jornal do Brasil (RJ), 14 de janeiro de 1956.

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