20 de janeiro
1802 – Nasce Augusto João Manoel Leverger
Em S. Maiô, na Bretanha francesa, filho de Marthurin Miguel Leverger e Reine Corbes, nasce Augusto Leverger. Comandante de navio francês, adere com seu barco, o General Lecor, à bandeira imperial brasileira nas lutas platinas. Em 25 de outubro de 1825 é admitido na Armada Brasileira. Em Mato Grosso desde 1830, chegou a presidente da província, com o título de Barão de Melgaço.
FONTE: GENEALOGIA PAULISTA E MATO-GROSSENSE, página 332.
20 de janeiro
1873 - Projeto: estrada de ferro entre Miranda e o Estado do Paraná
Expediente do presidente da Província de Mato Grosso, tenente-coronel José Diogo, comandante do Distrito Militar de Miranda,
20 de janeiro
1934 – Polícia reprime manifestação divisionista no sul do Estado
O governo do Estado de Mato Grosso torna clandestino o movimento separatista, liderado por Vespasiano Barbosa Martins. O resquício dessa repressão encontra-se em vários documentos anexados ao manifesto enviado à Assembléia Nacional Constituinte, reivindicando a nova unidade federativa, entre esses o seguinte:
Delegacia de Polícia de Entre-Rios
EDITAL
O delegado de Polícia deste Município, Capitão Laudelino Pinto de Souza, recomenda a seus jurisdicionados que para boa marcha da ordem pública, fica de ora avante terminantemente proibida qualquer manifestação de idéias e propaganda sobre divisões territoriais deste Estado, transcrevendo na íntegra o seguinte telegrama:
"Sr. Delegado de Polícia Entre-Rios
Estadual Campo-Grande
Deveis envidar todos esforços sentido evitar propaganda idéias subversivas, como vem sendo feita pelo grupo separatista, não permitindo circulação boletins contenham tal propaganda ou outra qualquer, mesmo empregando para propagar semelhantes idéias pt Tenho ordens severas Dr. Interventor exigir auxiliares máxima energia sentido manter ordem e reprimir idéias subversivas pt Confio pois, empregueis máxima energia cumprimento esse dever pt Saudações Hugney Filho – Sub-chefe de Polícia do Sul do Estado pt
Diante do exposto e para que ninguém alegue ignorância tomou esta autoridade a deliberação de fazer público o referido telegrama por Edital que será afixado nas portas das casas públicas deste Município e espera que os seus jurisdicionados rendam obediância ao exposto do telegrama acima. Não fazendo lista com assinaturas quaisquer outra propaganda direta ou indiretamente sobre separatismo do Estado.
Delegacia de Polícia de Entre-Rios, 20 de Janeiro de 1934.
Capitão Laudelino Pinto de Souza, Delegado de Polícia.
FONTE: Oclécio Barbosa Martins, Pela defesa nacional, estudo sobre redivisão territorial do Brasil, edição do autor, Campo Grande, 1944, página 100.
20 de janeiro
1942 - Inaugurada a ponte Cuiabá-Varzea Grande
O governo do interventor Júlio Müller entrega à
população da capital mato-grossense em 20 de janeiro de 1942, a primeira ponte
de concreto sobre o rio Cuiabá, ligando esta cidade ao futuro município de
Várzea Grande. A ponte, estrutura leve de cimento armado tem o comprimento
total de 224 metros, sendo um vão central de 40 metros para passagem da
navegação, largura de 6,80 metros, dando uma chapa de rolamento para dois
veículos e passeio para pedestres. Carga admissível para o trem tipo de 20
toneladas nos dois sentidos.
Era prefeito de Cuiabá Manoel Miraglia, que decretou
feriado municipal nesse dia da inauguração da ponte. A comissão promotora dos
festejos de inauguração, à frente Waldo Olivarria, era composta por Eugênio
Curvo, Aristides Pompeu Campos, Licínio Monteiro da Silva, Manoel Horácio e
João Maia.
O ponto culminante da solenidade de inauguração foi
o discurso proferido pelo interventor Júlio Müller, onde o governante ressalta
a importância de obra e enaltece a figura do ditador Getúlio Vargas e seu
Estado Nacional:
Senhores
Não me surpreendeu o movimento espontâneo dos meus
conterrâneos e amigos, no sentido de se denominar Júlio Muller a ponte que
mandamos construir sobre o lendário rio Cuiabá. Conheço a gente mato-grossense
e tenho a veleidade de conhecer os seus sentimentos, as suas aspirações, o seu
coração generoso eautruísta.
Aliás, não é necessário que eu vô-lo afirme:
governando o Estado por honrosa delegação do grande e benemérito Chefe
Nacional, presidente Getúlio Vargas, procuro estar em contato direto com os
meus governados, resolvendo sempre em perfeita comunhão de vistas os problemas
cujas soluções vêm sendo reclamadas por todos.
Daí a construção do Grupo Escolar “Afonso Penas”, de
Três Lagoas; daí a construção do quartel, penitenciária e a criação do Liceu
Ginasial de Campo Grande; os estudos do serviço de luz de Cáceres; o
encaminhamento do Ministério da Viação e Obras contra a seca, do memorial da
população poconeana; os auxílios em dinheiro a quase todos os municípios do
Estado; a reconstrução de estradas; a construção de novas e importantes
rodovias; o sem número de pontes construídas e em construção em todos os
quadrantes do Estado, destacando-se esta que reclamáveis há tantos anos e cuja
construção se fazia tão necessária ao desenvolvimento de Cuiabá e de toda
região Oeste de Mato Grosso.
Aqui, entre nós, se encontra o advogado Estevão de
Mendonça que, juntamente com o saudoso Ferreira Mendes, na sua juventude,
através das colunas dos jornais da época, sugeriu ao governo de então a
necessidade de se construir a ponte sobre o Cuiabá. Pois bem, meus amigos, a
atitude daqueles jovens mato-grossenses fora explorada pelos políticos
alegando-se que eles queriam tirar o ganha-pão do concessionário da
barca-pêndulo que era um correligionário político.
Como evoluímos nestes últimos anos!...
Relembrando esse fato eu quero tão somente render
nossas homenagens àqueles ilustres mato-grossenses e demonstrar-vos, mais uma
vez de modo insofismável, as vantagens do regime atual.
Ontem, sob o império da política, com o predomínio
dos partidos, o interesse coletivo, o interesse de um povo inteiro era
postergado para não se descontentar um amigo político, um único
correligionário. Hoje, sob a égide do Estado Nacional sobrepõe-se o interesse
público aos interesses particulares e, esta afirmação é tão oportuna, tão
verídica que aqui nos encontramos para a inauguração desta ponte, um sonho que
se tornou realidade!
Se quereis mais uma prova do acatamento à vontade
popular, do predomínio da vontade do povo no novo regime: aí está esculpido em
bronze, a denominação que destes à ponte contra a vontade do próprio governo,
que a mandou construir, e, entretanto diante do imperativo dos vossos desejos
só restou a esse Governo uma alternativa: acatar a vossa deliberação.
Meus amigos,
Por ocasião do início da construção desta ponte eu
tive oportunidade de vos falar que a obra era vossa. Repito essa afirmação,
neste momento, para pedir a cada habitante deste rincão maravilhoso da pátria,
que cuide, que zele desta ponte, para conservá-la sempre nova, sempre útil a
todos. E nesta hora de contentamentos e emoções profundas, volvamos o nosso
pensamento ao Chefe, pedindo a Deus que lhe dê vida longa para maior grandeza
do Brasil.
FONTE:
O Estado de Mato Grosso (Cuiabá) 21 de janeiro de 1942.
FOTO: acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso.
20 de janeiro
1982 -Morre Hugo Pereira do Vale, médico, advogado, poliglota e poeta
Nascido em 11 de janeiro de 1918, morreu em Campo Grande, sua cidade natal, Hugo Pereira do Vale, um dos pioneiros da Academia de Letras de Mato Grosso do Sul. Médico e advogado, sobressaiu-se em várias atividades, dedicando-se com grande intensidade na literatura e poesia.
Oficial da reserva do Exército, participou das campanhas na Itália, durante a II Guerra Mundial, incorporado à Força Expedicionária Brasileira, como oficial de infantaria. Nesta área recebeu várias condecorações, entre elas as medalhas Olavo Bilac, do Exército e Medicina, da Aeronáutica.
Poeta, destacou-se por seu sonetos e como romancista publicou, entre outras obras, o ensaio de filosofia "Atrás das muralhas da razão" e o livro de poesias, "Areia do Deserto". Sobre sua obra, Gervásio Leite, presidente da Academia Matogrossense de Letras, da qual Hugo fazia parte:
"Caro Hugo Pereira do Vale, ao examinar a vossa obra de poeta e de pensador, impressiona o senso de beleza e a unidade de pensamento orientado por uma filosofia que bem se ajusta à vossa personalidade. Como peta impossível citar qual o mais belo soneto, o poema mais profundo, fruto da vossa sensibilidade, apurada pela cultura, talento, sentimento estético e pela vasta experiência do mundo. Nos versos estais por inteiro, alma desnuda, o homem livre, aberto para as festas da Beleza e do Bem, e que trilha a estrada aberta aos seus pés à procura do ideal da perefeição. Ocorre-me, porém, destacar um vosso admirável soneto (Prudência) que lembra um dos grandes poetas brasileiros, o quase esquecido Rui de Leone".
PRUDÊNCIA
Guarda comigo a fé que mora n'alma/ Avaramente esconde teus rumores/ E em nada culpes tua sorte...Acalma/ A dor que vive em ti fazendo horrores./ Sofre em silêncio as noites de amargura/ Sem queixar a ninguém esta tristeza/ Infinda, que nenhum remédio cura/ E o peito fere-te com aspereza./ Perdoa a ingratidão que ninguém te faz.../ Calmo, caminha para a frente e luta! E também jamais olhes para trás;/ Porque esta vida inglória é sempre assim/ Desde que Sócrates bebeu cicuta,/ Desde que Abel foi morto por Caim.
(hUGO PEREIRA DO VALE)
FONTE: Rubenio Marcelo, O eclético e saudoso Hugo Pereira do Vale, Correio do Estado, 3/4/2021).
Em S. Maiô, na Bretanha francesa, filho de Marthurin Miguel Leverger e Reine Corbes, nasce Augusto Leverger. Comandante de navio francês, adere com seu barco, o General Lecor, à bandeira imperial brasileira nas lutas platinas. Em 25 de outubro de 1825 é admitido na Armada Brasileira. Em Mato Grosso desde 1830, chegou a presidente da província, com o título de Barão de Melgaço.
FONTE: GENEALOGIA PAULISTA E MATO-GROSSENSE, página 332.
20 de janeiro
1934 – Polícia reprime manifestação divisionista no sul do Estado
Delegacia de Polícia de Entre-Rios
EDITAL
O delegado de Polícia deste Município, Capitão Laudelino Pinto de Souza, recomenda a seus jurisdicionados que para boa marcha da ordem pública, fica de ora avante terminantemente proibida qualquer manifestação de idéias e propaganda sobre divisões territoriais deste Estado, transcrevendo na íntegra o seguinte telegrama:
"Sr. Delegado de Polícia Entre-Rios
Estadual Campo-Grande
Deveis envidar todos esforços sentido evitar propaganda idéias subversivas, como vem sendo feita pelo grupo separatista, não permitindo circulação boletins contenham tal propaganda ou outra qualquer, mesmo empregando para propagar semelhantes idéias pt Tenho ordens severas Dr. Interventor exigir auxiliares máxima energia sentido manter ordem e reprimir idéias subversivas pt Confio pois, empregueis máxima energia cumprimento esse dever pt Saudações Hugney Filho – Sub-chefe de Polícia do Sul do Estado pt
Diante do exposto e para que ninguém alegue ignorância tomou esta autoridade a deliberação de fazer público o referido telegrama por Edital que será afixado nas portas das casas públicas deste Município e espera que os seus jurisdicionados rendam obediância ao exposto do telegrama acima. Não fazendo lista com assinaturas quaisquer outra propaganda direta ou indiretamente sobre separatismo do Estado.
Delegacia de Polícia de Entre-Rios, 20 de Janeiro de 1934.
Capitão Laudelino Pinto de Souza, Delegado de Polícia.
20 de janeiro
1942 - Inaugurada a ponte Cuiabá-Varzea Grande
O governo do interventor Júlio Müller entrega à
população da capital mato-grossense em 20 de janeiro de 1942, a primeira ponte
de concreto sobre o rio Cuiabá, ligando esta cidade ao futuro município de
Várzea Grande. A ponte, estrutura leve de cimento armado tem o comprimento
total de 224 metros, sendo um vão central de 40 metros para passagem da
navegação, largura de 6,80 metros, dando uma chapa de rolamento para dois
veículos e passeio para pedestres. Carga admissível para o trem tipo de 20
toneladas nos dois sentidos.
Era prefeito de Cuiabá Manoel Miraglia, que decretou
feriado municipal nesse dia da inauguração da ponte. A comissão promotora dos
festejos de inauguração, à frente Waldo Olivarria, era composta por Eugênio
Curvo, Aristides Pompeu Campos, Licínio Monteiro da Silva, Manoel Horácio e
João Maia.
O ponto culminante da solenidade de inauguração foi
o discurso proferido pelo interventor Júlio Müller, onde o governante ressalta
a importância de obra e enaltece a figura do ditador Getúlio Vargas e seu
Estado Nacional:
Senhores
Não me surpreendeu o movimento espontâneo dos meus
conterrâneos e amigos, no sentido de se denominar Júlio Muller a ponte que
mandamos construir sobre o lendário rio Cuiabá. Conheço a gente mato-grossense
e tenho a veleidade de conhecer os seus sentimentos, as suas aspirações, o seu
coração generoso eautruísta.
Aliás, não é necessário que eu vô-lo afirme:
governando o Estado por honrosa delegação do grande e benemérito Chefe
Nacional, presidente Getúlio Vargas, procuro estar em contato direto com os
meus governados, resolvendo sempre em perfeita comunhão de vistas os problemas
cujas soluções vêm sendo reclamadas por todos.
Daí a construção do Grupo Escolar “Afonso Penas”, de
Três Lagoas; daí a construção do quartel, penitenciária e a criação do Liceu
Ginasial de Campo Grande; os estudos do serviço de luz de Cáceres; o
encaminhamento do Ministério da Viação e Obras contra a seca, do memorial da
população poconeana; os auxílios em dinheiro a quase todos os municípios do
Estado; a reconstrução de estradas; a construção de novas e importantes
rodovias; o sem número de pontes construídas e em construção em todos os
quadrantes do Estado, destacando-se esta que reclamáveis há tantos anos e cuja
construção se fazia tão necessária ao desenvolvimento de Cuiabá e de toda
região Oeste de Mato Grosso.
Aqui, entre nós, se encontra o advogado Estevão de
Mendonça que, juntamente com o saudoso Ferreira Mendes, na sua juventude,
através das colunas dos jornais da época, sugeriu ao governo de então a
necessidade de se construir a ponte sobre o Cuiabá. Pois bem, meus amigos, a
atitude daqueles jovens mato-grossenses fora explorada pelos políticos
alegando-se que eles queriam tirar o ganha-pão do concessionário da
barca-pêndulo que era um correligionário político.
Como evoluímos nestes últimos anos!...
Relembrando esse fato eu quero tão somente render
nossas homenagens àqueles ilustres mato-grossenses e demonstrar-vos, mais uma
vez de modo insofismável, as vantagens do regime atual.
Ontem, sob o império da política, com o predomínio
dos partidos, o interesse coletivo, o interesse de um povo inteiro era
postergado para não se descontentar um amigo político, um único
correligionário. Hoje, sob a égide do Estado Nacional sobrepõe-se o interesse
público aos interesses particulares e, esta afirmação é tão oportuna, tão
verídica que aqui nos encontramos para a inauguração desta ponte, um sonho que
se tornou realidade!
Se quereis mais uma prova do acatamento à vontade
popular, do predomínio da vontade do povo no novo regime: aí está esculpido em
bronze, a denominação que destes à ponte contra a vontade do próprio governo,
que a mandou construir, e, entretanto diante do imperativo dos vossos desejos
só restou a esse Governo uma alternativa: acatar a vossa deliberação.
Meus amigos,
Por ocasião do início da construção desta ponte eu
tive oportunidade de vos falar que a obra era vossa. Repito essa afirmação,
neste momento, para pedir a cada habitante deste rincão maravilhoso da pátria,
que cuide, que zele desta ponte, para conservá-la sempre nova, sempre útil a
todos. E nesta hora de contentamentos e emoções profundas, volvamos o nosso
pensamento ao Chefe, pedindo a Deus que lhe dê vida longa para maior grandeza
do Brasil.
FONTE:
O Estado de Mato Grosso (Cuiabá) 21 de janeiro de 1942.
FOTO: acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso.
FOTO: acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso.
20 de janeiro
1982 -Morre Hugo Pereira do Vale, médico, advogado, poliglota e poeta
Nascido em 11 de janeiro de 1918, morreu em Campo Grande, sua cidade natal, Hugo Pereira do Vale, um dos pioneiros da Academia de Letras de Mato Grosso do Sul. Médico e advogado, sobressaiu-se em várias atividades, dedicando-se com grande intensidade na literatura e poesia.
Oficial da reserva do Exército, participou das campanhas na Itália, durante a II Guerra Mundial, incorporado à Força Expedicionária Brasileira, como oficial de infantaria. Nesta área recebeu várias condecorações, entre elas as medalhas Olavo Bilac, do Exército e Medicina, da Aeronáutica.
Poeta, destacou-se por seu sonetos e como romancista publicou, entre outras obras, o ensaio de filosofia "Atrás das muralhas da razão" e o livro de poesias, "Areia do Deserto". Sobre sua obra, Gervásio Leite, presidente da Academia Matogrossense de Letras, da qual Hugo fazia parte:
"Caro Hugo Pereira do Vale, ao examinar a vossa obra de poeta e de pensador, impressiona o senso de beleza e a unidade de pensamento orientado por uma filosofia que bem se ajusta à vossa personalidade. Como peta impossível citar qual o mais belo soneto, o poema mais profundo, fruto da vossa sensibilidade, apurada pela cultura, talento, sentimento estético e pela vasta experiência do mundo. Nos versos estais por inteiro, alma desnuda, o homem livre, aberto para as festas da Beleza e do Bem, e que trilha a estrada aberta aos seus pés à procura do ideal da perefeição. Ocorre-me, porém, destacar um vosso admirável soneto (Prudência) que lembra um dos grandes poetas brasileiros, o quase esquecido Rui de Leone".
PRUDÊNCIA
Guarda comigo a fé que mora n'alma/ Avaramente esconde teus rumores/ E em nada culpes tua sorte...Acalma/ A dor que vive em ti fazendo horrores./ Sofre em silêncio as noites de amargura/ Sem queixar a ninguém esta tristeza/ Infinda, que nenhum remédio cura/ E o peito fere-te com aspereza./ Perdoa a ingratidão que ninguém te faz.../ Calmo, caminha para a frente e luta! E também jamais olhes para trás;/ Porque esta vida inglória é sempre assim/ Desde que Sócrates bebeu cicuta,/ Desde que Abel foi morto por Caim.
(hUGO PEREIRA DO VALE)
FONTE: Rubenio Marcelo, O eclético e saudoso Hugo Pereira do Vale, Correio do Estado, 3/4/2021).
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