terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

25 de abril

25 de abril

1866 – Tropas brasileiras deixam Coxim



Tropas brasileiras com destino a Laguna. Tela de De Santa Helena



Devidamente abastecidas as forças brasileiras iniciam a locomoção para a fronteira. Deixa Coxim a primeira brigada, segundo Taunay, composta do 17º batalhão de Voluntários da Pátria,que se formara em Ouro Preto, todo ele de mineiros e do corpo de Artilharia do Amazonas, escasso, composto de caboclos do extremo norte, que mal chegavam então talvez a uma centena de praças e do 21 de infantaria de linha.
 
"Obtidos esses meios que permitiam tomar enfim com mais acerto uma deliberação para a marcha em direção ao sul, e apesar de ser ela arriscada, a 25 de abril em conseqüência da resolução, cujas causas nos não compete averiguar, pôs-se em mvimento a 1ª. Brigada, tendo à sua frente o coronel comandante das forças, ficando, com exceção das repartições fiscal e caixa militar, no Coxim as outras repartições anexas e que deviam acompanhar a 2ª. Brigada, a qual, com certo intervalo de tempo, havia de marchar a reunir-se ao grosso da coluna".

 


FONTE: Taunay, Em Mato Grosso invadido, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1942. Páginas 5 e 57.


25 de abril
 
1894 – Fuzilado o marechal barão de Batovi, ex-governador de Mato Grosso







É executado, o marechal-de-campo Manuel de Almeida da Gama Lobo Coelho d'Eça, o barão de Batovi. Presidente da província de Mato Grosso, em 1879, depois de destacar-se como herói da guerra do Paraguai, envolveu-se na revolução federalista, em seu Estado, o Rio Grande do Sul, onde caiu prisioneiro das forças federais e foi fuzilado.¹

Sobre o barão e sua execução sumária, a imprensa carioca destacou:

"Manoel de Almeida da Gama Lobo d'Eça, barão de Batovi, marechal e segundo na ordem hierárquica, de 65 anos, casado, oficial de artilharia: por sua bravura representou saliente papel na guerra do Paraguai na qual serviu de princípio a fim, comandando um regimento de cavalaria montada.

Foi presidente e comandante das armas da antiga província, hoje estado de Mato Grosso, e depois da proclamação da república exerceu por algum tempo o cargo de comandante do distrito militar do Rio Grande do Sul.

Em fevereiro de 1892 retirou-se para Santa Catarina, sua terra natal, onde se conservou em disponibilidade.

Em julho de 1893 foi chamado ao Rio de Janeiro pelo marechal Floriano, quando este pretendia depor o governo legal de Santa Catarina: sufocada a perturbação desse Estado, permitiu que o marechal Gama voltasse ao Desterro.

Ali encontrou a esquadra revolucionária, quando esta se apossou daquela cidade.

Era comandante da praça o coronel Julião Augusto da Serra Martins; para resolver a entrega convidara todos os oficiais ativos para as conferências que precederam à capitulação.

O marechal Gama foi o primeiro a subscrever o ato de rendição. 

Talvez tenha sido este o seu crime, porque nunca serviu à revolução, nem tampouco tomou parte ativa na política local.

Foi preso à meia noite do dia 21 de abril por uma escolta de alunos e apresentado no palácio do governador interino, coronel Antonio Moreira César: este desconheceu a sua qualidade de marechal do exército, denominando-o  - marechal de Gumersindo.

Esteve quatro dias preso no quartel do 25° de infantaria, em lugar imundo, e levado à fortaleza de Santa Cruz foi ali fuzilado no dia 25, a 1 hora da tarde.

O marechal protestou contra o assassinato que se ia praticar, apelando para um conselho de guerra, perante o qual se justificaria plenamente.

Pediu que deixassem vestir seu uniforme, no que não foi atendido.

Então, desabotoando o casaco e pondo a mão sobre o coração, pediu a escolta que sobre ele fizesse pontaria".²
       

FONTE: ¹Virgílio Correa Filho, História de Mato Grosso, Fundação Júlio Campos, Varzea Grande, 1994, páginas 555 e 573. ²Jornal O Apóstolo (RJ), 11 de dezembro de 1894.


25 de abril

1957 - Inaugurada fábrica de cimento em Corumbá



Governador João Ponce, presidente JK e Jorge Oliva, presidente da empresa


O presidente Juscelino Kubitschek foi o principal convidado da direção da fábrica de cimento de Corumbá ao ato de inauguração da empresa em Corumbá. O evento histórico foi alvo de reportagem da revista Brasil-Oeste:


No avião "Viscount", recentemente adquirido para as viagens presidenciais, o presidente Juscelino Kubitscheck seguiu na manhã de 25 de abril p.p. para a cidade de Campo Grande, de onde se transferiu para um "Douglas" que o conduziu a Corumbá. O chefe do Governo fez essa viagem para inaugurar a fábrica da Companhia de Cimento Portland Corumbá, na cidade do mesmo nome, e visitar a Base Naval de Ladário. Antes de regressar ao Rio de Janeiro, o presidente da República esteve em Belo Horizonte, onde pernoitou, para no dia seguinte proceder à inauguração de um cabo aéreo de 40 quilômetros, que transportará calcário da mina à fábrica de cimento em Minas, do mesmo grupo da "Corumbá".


O presidente Kubitschek chegou a Corumbá às 13h15 procedente de Campo Grande. Durante sua permanência em Campo Grande e em Corumbá o sr. Kubitscheck foi alvo de homenagens por parte do povo das duas cidades, bem como da oficialidade da 9a. RM, da Base Aérea e da Base Naval de Ladário, onde sua presença foi saudada por uma salva de 21 tiros. A todas essas homenagens estiveram presentes o governador do Estado de Mato Grosso, sr. João Ponce de Arruda, o general Arthur Hesket Hall, o almirante Muniz Freire, o bispo de Corumbá, autoridades civis e militares.


A comissão presidencial estava constituida pelo ministro da Viação e Obras Públicas, comandante Lúcio Meira; general Nelson de Melo, chefe da Casa Militar da Presidência da República; senador Filinto Müller (MT), líder do PSD na Câmara Alta; deputados federais Filadelfo Garcia (PSD-MT), Mendes Gonçalves (PSD-MT), Wilson Fadul (PTB-MT), Geraldo Starling Soares (PSD-MG), Guilherme de Oliveira (PSD-MG) e Benjamin Farah (PSD-DF). Faziam parte da comissão, também, os srs. Jorge Oliva, Olavo Guimarães Filho e Dirceu Sousa Coelho, diretores da Companhia Cimento Portland Corumbá.


No discurso que proferiu ao inaugurar a fábrica de cimento, em Corumbá, o presidente da República declarou: "Criando este centro de produção, que vai melhorar também as condições de vida da Bolívia e do Paraguai quero afirmar que os acordos comerciais que o governo vem fazendo com esses dois países visam apenas a dar ao continente  uma estrutura firme e sólida". Acentuou em seguida, que esse emprenho do Brasil está voltado também para o interesse de manter ligadas todas as nações americanas em torno do objetivo comum de luta pela defesa de uma filosofia que a todos pertence e que é a filosofia cristã.

FONTE: Revista Brasil-Oeste (SP), n° 10, fevereiro de 1957.




25 de abril


1984 – Cai a emenda das Diretas Já!






Derrotada na Câmara dos Deputados a emenda do deputado Dante do Oliveira (PMDB/MT) que restabelecia as eleição direta para presidente da República. Da bancada de Mato Grosso votaram a favor os deputados Dante de Oliveira, Gilson de Barros, Márcio Lacerda e Milton Figueiredo (PMDB) e votaram contra os deputados Bento Porto, Ladislau Cristino Cortes e Maçao Tadano (PDS) e de Mato Grosso do Sul votaram a favor os deputados: Albino Coimbra (PDS), Harry Amorim Costa, Plínio Barbosa Martins, Ruben Figueiró (PMDB), Saulo Queiroz (PDS) e Sergio Cruz (PMDB). Votou contra o deputado Ubaldo Barém e não compareceu para votar, Levy Dias, ambos do PDS.,



FONTE: Congresso Nacional.

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