3 de abril
1865 – Chegada em São Paulo da força expedicionária
Chega a São Paulo o coronel Manoel Pedro Drago à frente dos oficiais, responsáveis pela formação da força expedicionária de Mato Grosso, destinada a combater os invasores do território brasileiro.
Com ele chegaram à capital paulista oficiais dos corpos de engenheiros, artilharia e saúde, que se juntarão a outros, no percurso até Coxim, na província de Mato Grosso.
O exmo. Sr. Conselheiro presidente da província mandou um piquete de cavalaria, comandado por um oficial ao encontro do sr. Coronel Drago, assim como uma guarda de honra para a porta do Hotel de Itália, onde S. Ex. está hospedado. Consta-nos que muitos oficiais dos corpos que se acham nesta capital foram igualmente ao encontro do sr. comandante das armas de Mato Grosso.
Ontem, o exm. Sr. Conselheiro Crispiniano
Soares e seu ajudante de ordens, o sr. major Macedo, foram cumprimentar ao exm.
sr. coronel Drago, assim como a oficialidade dos corpos aqui estacionados.1
¹Correio Paulistano, 5 de abril de 1865; ²TAUNAY, Marcha das forças, Melhoramentos, S. Paulo, 1928, página 13.
1868 – Paraguaios deixam Corumbá
Fortificações antigas em Corumbá. Marcas da guerra do Brasil com o Paraguai |
A fim de reforçar os exércitos na frente Sul do país, ao avanço das forças aliadas, dá-se a evacuação de Corumbá, ocupada desde o início da guerra em 1864. Lécio Gomes de Souza pormenoriza o acontecimento:
"Somente a 3 de abril de 1868 dar-se-á a evacuação de Corumbá e, na passagem dos navios que transportavam a tropa pelo Forte, a de Coimbra. Solano Lopez a determinara a fim de reforçar os exércitos na frente meridional, ao avanço inexorável das tropas aliadas, após a passagem de Humaitá a 19 de fevereiro daquele ano, quando a vila ficara em completa ruína e a fortaleza totalmente arrasada, facilitando, assim, a subida e a vitória definitiva dos efetivos aliados.
A certeza de que Corumbá ficara liberta da prolongada ocupação confirmar-se-ia meses depois. De ordem do vice-presidente da província, então em exercício do governono, Barão de Aguapeí, a 17 de agosto de 1868 partia de Cuiabá, o capitão João de Oliveira Melo, com uma patrulha de 50 homens escolhidos, para verificar 'de visu' a procedência do informe levado pelo capitão Antonio de Oliveira Jamacuru. O valoroso oficial deu cabal cumprimento à incumbência. Regressando à capital, transmitiu informações precisas do que havia observado.
Corumbá jazia deserta, as casas comerciais saqueadas, os edifícios públicos arrombados, muitos prédios incendiados. Tudo era desolação e tristeza. Os habitantes haviam fugido ou estavam prisioneiros nos campos de concentração no Paraguai, muitos já mortos, outros sofrendo maus tratos e torpezas. Ladário, Albuquerque e Coimbra ofereciam o mesmo lúgubre aspecto. Os campos estavam vazios, os rebanhos tangidos para o território inimigo. Parecia que a vida parara nas infelizes localidades. Nem mesmo uma esperança raiava para um possível ressurgimento".
FONTE: Lécio Gomes de Souza, Historia de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd. Página 64.
3 de abril
1966 - Iniciadas as obras da hidrelétrica de Ilha Solteira
Obras da hidrelétrica de Ilha Solteira, no rio Paraná |
Às 11 horas da manhã o presidente da República, Marechal Castelo Branco,movimentou o dispositivo elétrico que fez detonar uma carga de dinamite, dando início oficialmente, às obras da Ilha Solteira, principiadas em 1965, com a construção da ensecadeira, que é a obra inicial para a formação da represa, trabalho este que ficou a cargo da firma Camargo Correa S/A, vencedora da concorrência pública feita pela CIBPU, Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai para aquelas obras.
Nessa ocasião o presidente da República fixou as bases do recurso financeiro para o empreendimento em 600 milhões de dólares, provenientes de um consórcio internacional, liderado pelo Banco interamericano de Desenvolvimento, da Aliança para o Progresso (USAID) e de algumas empresas da Alemanha, Itália, Suiça, Espanha e Japão.
A hidrelétrica de Ilha Solteira foi oficialmente acionada em 31 de março de 1970 pelo general-presidente Emílio Garrastazu Medice e concluída em 1978.
A obra gigantesca deu origem a duas cidades: Ilha Solteira, em São Paulo e Selvíria em Mato Grosso do Sul, constituídas por trabalhadores em sua implantação.
FONTE: Enzo Silveira, Urubupungá Jupiá-Ilha Solteira, Gráfica Editora Alvorada, Campo Grande, 2012, página 353.
3 de abril
2001 – Morre em Dourados o ex-prefeito José Cerveira
José Cerveira, professor Kiochi Rachi, Sultan Raslan e Luiz Antonio |
Faleceu em Dourados, o ex-prefeito José Cerveira. Advogado, deputado estadual por vários mandatos, antes da divisão do Estado, Cerveira exerceu, ao final de sua carreira política, a prefeitura de Dourados. Como vice, ocupou a vaga de José Elias Moreira, que renunciou em 1981 para ser candidato a governador pelo PDS. Na Assembléia Legislativa em Cuiabá, o maior destaque foi para sua defesa ao governador Pedro Pedrossian, quando este esteve ameaçado de impeachment em 1967.
FONTE: O autor.
FOTO: acervo de Kiochi Rachi
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