1866 – Taunay chega ao rio Negrinho
A comissão de engenheiros das forças brasileiras na guerra do Paraguai, acampadas em Coxim, continua abrindo caminho para a jornada a Miranda e fronteira Brasil-Paraguai, conforme relato de seu escriba, o tenente Taunay:
Tentamos hoje lançar sobre o rio Negrinho um pontilhão e para isso começamos por fazer derrubar uma grande árvore; mas tivemos o desgosto de ver abortar a nossa ideia pela grande repugnância que demonstram as praças em serviço, queixando-se umas de doentes e outras de fraqueza, e só conseguimos com muita dificuldade abrir caminho na mata que borda este rio para animais carregados e carros, pois que apenas existia um simples e tortuoso trilho para infantes. Entretanto, o vau é cômodo na baixa das águas.
As praças já não têm carne há quatro dias, farinha há dois e o sal acabou-se hoje. Como voltassem os campeiros sem ter encontrado gado, resolvemos continuar viagem até o Potreiro onde chegamos às 4 ½ horas, tendo deixado o rio Negrinho às 2. Aqui não encontramos recursos de qualidade alguma.
FONTE: Taunay, Em Mato Grosso invadido, Companhia Melhoramentos, SP, sd. página 144
7 de abril
1947 – Deputado contra leilão de fazenda dos ingleses em Campo Grande
Capão Bonito, década de 20 do século passado. Lavra da terra para plantação |
O deputado Mena Gonçalves ocupa a tribuna da Assembléia Estadual Constituinte para encaminhar requerimento ao presidente da República, com apelo “no sentido de que seja sustada a venda em hasta pública da fazenda Capão Bonito, encampada pela federação, Brasil Land Catte and Pactuty C., destinando-se exclusivamente à agricultura, ao estabelecimento de campos experimentais e de postos de monta. Justificou seu requerimento revelando os conhecimentos que tinha da matéria e dizendo ainda da utilidade dessas terras, talvez as melhores do Estado, constituindo por isso mesmo um sério perigo entregá-la novamente às mãos de latifundiários”.
FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembléia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 308.
Nenhum comentário:
Postar um comentário