sábado, 19 de fevereiro de 2011

8 de junho

8 de junho

1850 - Criadas agências dos Correios em Corumbá e Miranda

O ministro da Fazenda do Império comunica ao presidente da Província de Mato Grosso, a criação pela Diretoria Geral dos Correios de uma agência dos correios em Albuquerque (Corumbá) e outra em Miranda.

Diário do Rio de Janeiro, de de julho de 150.


8 de junho

1867 - Paraguaios encerram perseguição aos retirantes da Laguna


Cerrado, cenário típico da retirada na Laguna no Sul de Mato Grosso


No encalço da força brasileira desde a fazenda Laguna, no Paraguai, os cavalarianos inimigos, finalmente encerram sua implacável perseguição. O almejado momento é anotado pelo tenente Taunay, o atento escriba da retirada:

À medida que percorríamos estes terrenos a nós familiares e aos paraguaios menos conhecidos, cada vez mais frouxa e inofensiva se tornava a perseguição, embora não houvesse inteiramente cessado. Fizemos neste dia ponto junto a um lindo ribeirão chamado Areias. No dia seguinte, 7, quase vencemos as quatro léguas que medeiam deste ponto ao rio Taquaruçu. Atingimo-lo a 8 e, como a alturas das águas não nos permitisse vadeá-lo, acampamos à sua margem.

Noite para nós memorável, esta! Foi aí que os paraguaios, avistados à alguma distância, se decidiram, enfim, a desaparecer. Deles próprios partiu o aviso da retirada, com uma fanfarra prolongada de clarins que tal sinal deu, mais lisonjeiro a nós outros do que a eles. Não se fizeram nossas cornetas rogadas, aliás, em associar-se àqueles toques com um estrépito a cujos ecos estremeceram longamente aquelas solidões. Soubemos alguns dias mais tarde, que se haviam dirigido para Nioac, e, depois de recolhidas todas as suas patrulhas, pelo Apa regressado ao território de sua república.


FONTE: Taunay, A Retirada da Laguna, (XVI edição brasileira) Edições Melhoramentos, São Paulo, página 136.



8 de junho

1868 - Paraguaios arrasam e abandonam Corumbá

Menos de um ano depois de retomar dos paraguaios a vila de Corumbá e abandoná-la, fustigado por um surto de varíola, o tenente-coronel Antonio Maria Coelho, manda à localidade em missão de inteligência, uma patrulha, comandada por um major em comissão, para observar o inimigo, que desde então, reocupara o lugar. De volta a Cuiabá, recebeu  o seguinte relatório:

"Em virtude das ordens que v.s. se dignou dar-me em portaria de 24 de abril do corrente ano, passo a expor a v.s. as ocorrências havidas na viagem de exploração ao ponto de Corumbá, por mim empreendida em cumprimento às referidas ordens.

Cheguei em 20 de maio pela tarde no lugar denominado Arancuan, donde observei Corumbá, mas não podendo observá-la completamente, o fiz no dia seguinte, 21, depois das 9 horas da manhã, em consequência da grande cerração. 

Do lugar onde me achava observei que não havia gente em Corumbá, nem navios no porto, que as trincheiras e todas as casas se achavam arrasadas, salvo muito poucas, que presumo sejam dos estrangeiros; que na praça pastavam livremente algumas reses, o que confirmava a não existência de gente ali; à vista disto determinei saltar na vila, não só para examiná-la minuciosamente, com também para prover-me de carne visto já me achar desprovido de víveres, o que de fato fiz.

Na ocasião de embicar a canoa apareceu uma sentinela que se ocultava num telheiro existente junto à margem do rio e disparou na direção da canoa sua espingarda, o que me fez retirar para o meio do rio, donde vi que um homem, em consequência do sinal da sentinela, saiu a cavalo para a estrada que chamam de Barão; observai mais que na popa de uma escuna, que existia na praia, se achava uma outra sentinela, que nenhum sinal deu com a minha chegada ali.

Depois desta ocorrência julguei necessário continuar a observação, a ver se apareciam alguns inimigos, para o que passei para o lado oposto, onde, convenientemente colocado, continuei a observar, porém, nada mais vi, nem ouvi sinal algum que indicasse existência de forças nas imediações. Julgando ter satisfeito o conteúdo da segunda parte das instruções, retirei-me um pouco para cima, onde fiz pouco e regressei no dia seguinte.

De volta da exploração, cheguei no acampamento do Cagange e 1 do corrente.

Tendo narrado fielmente todas as ocorrências que se deram em minha viagem.

Quartel do 1° batalhão provisório de infantaria, em Cuiabá, 8 de junho de 1868.- Ilm. sr. tenente-coronel Antonio Maria Coelho - Antonio de Oliveira Jamacuru, capitão em comissão.


FONTE: Correio Paulistano, 19/08/1868


8 de junho


1867Cuiabá entra na guerra do Paraguai


Realiza-se na capital do Estado, no antigo largo do Palácio, atualmente praça Alencastro, uma formatura geral do segundo corpo expedicionário, organizado pelo presidente Couto Magalhães e destinado a reconquistar a vila de Corumbá, ainda nesse tempo em poder dos paraguaios. Dois dias depois essa força seguia para Corumbá, sob o comando do major Antonio José da Costa. 


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas matogrossenses, 2a. edição, Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página, 279.








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