17 de agosto
1872 – Instalada câmara municipal de Corumbá
Suprimido o município em 8 de novembro de 1869, em consequência da ocupação inimiga e restaurado pela lei provincial de 7 de outubro de 1871, sancionada pelo governador Francisco José Cardoso Junior, instala-se a Câmara Municipal de Corumbá.
A primeira sessão é presidida pelo vereador José Joaquim de Sousa Franco e secretariada pelo vereador mais moço, Miguel Henrique de Carvalho. Presentes os demais vereadores: Antônio Joaquim da Rocha, José Gomes Monteiro, João Pimenta de Moraes e Dionísio Pimenta da Mota.”
FONTE: Lécio Gomes de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd, página 68.
17 de agosto
Vencidos em São Paulo, os rebeldes ao governo de Arthur Bernardes tomam o rumo de Mato Grosso. “Pretendiam atingi-lo através da estrada de ferro Noroeste, mas cientes de que forças governistas esperavam-nos
Não existindo estrada de rodagem para o acesso ao território sul-mato-grossense – por esse ou por outros motivos de natureza tática e estratégica – os rebelados resolveram tomar Três Lagoas, dominando a via férrea, para marcharem rumo ao oeste.
De Porto Epitácio, ao qual foi dado o nome de Porto Joaquim Távora – irmão de Juarez, morto em combate na cidade de São Paulo - pequena tropa subiu em dois barcos para as proximidades de Três Lagoas, para bater os governistas.
Em 17 de agosto de 1924, sob o comando de Juarez Távora (foto), os rebelados desembarcaram no porto Jupiá, pouco abaixo de Três Lagoas. O batalhão de Juarez estava reforçado com 570 homens pouco ou nada afeitos às armas – imigrantes alemães e italianos, aos quais os revolucionários prometeram terras no pós vitória. Em marcha forçada sobre os areais e um calor abrasador, sem provisão alguma, os soldados do major Juarez avançaram.
Uma patrulha governamental localizou os rebelados e trocaram-se alguns tiros. Os rebeldes avançaram, acampando à margem de pequeno regato, onde saciaram a sede, mas não a fome.
Ao amanhecer, a pequena coluna de Juarez marchou rumo à cidade para atacá-la. Tão logo chegada aos arrabaldes da pequena cidade ferroviária, as metralhadoras do inimigo despejaram rajadas sobre ela. Ordens são dadas em altos brados – em português, italiano e alemão – do ‘avançar’, e a soldadesca obedece! Os briosos rebeldes ultrapassam uma, duas trincheiras inimigas colocadas em meio a altos capinzais ressequidos, sob o fogo de metralhadoras. O flanco direito dos legalistas foi ultrapassado pelos rebeldes, sob fogo de fuzilaria e metralha pela retaguarda. Resistiram. Tomam as posições inimigas da vanguarda legalista, nela incluída a cozinha, ensejando matar a fome de muitos.
Juarez, confiante, ouvia o movimento das locomotivas, parecendo demonstrar que os legalistas estavam fugindo ao seu pequeno exército de inexperientes soldados. Ledo engano! Os legalistas, conhecedores do terreno, atearam fogo às macegas, fazendo-os recuar, ocasião em que investiram resolutos, causando enormes baixas aos rebelados. Era a derrota dos bravos de Juarez”.
Em seu livro de memórias, o comandante Juarez defere a versão da história e completa
...após duro combate de várias horas, obrigado a retirar-se, já sem munições e sob ameaça de envolvimento por fogo ateado à macega e por elementos inimigos que se deslocavam sobre um de seus flancos, encobertos pela fumaça da queimada. Deixava o Batalhão, no campo de combate, entre mortos, feridos e aprisionados, um terço de seu efetivo, aí incluídas suas duas Seções de Metralhadoras Pesadas.
FONTE: ¹Acyr Vaz Guimarães, Mato Grosso do Sul, sua evolução histórica, Editora UCDB, Campo Grande, 1999, página 261. ²Marechal Juarez Távora, Uma vida e muitas lutas, Biblioteca do Exército/Livraria José Olímpio Editora, Rio de Janeiro, 1974,página 150.
FOTO: fernandomachado.blog.br http://bit.ly/dNT8UD)
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