9 de julho
1786 - Exploradores do Pantanal chegam ao forte Coimbra
A primeira expedição técnica, destinada à exploração do Pantanal, chega ao forte de Coimbra, numa viagem de cem dias, desde Vila Bela da Santíssima Trindade, capital da capitania de Mato Grosso. A missão composta pelo engenheiro Ricardo Franco de Almeida Serra, que mais tarde comandou o referido forte e os geógrafos e astrônomos Antonio Pires da Silva Pontes e Francisco José de Lacerda e Almeida, mapearam praticamente toda a região. Sobre Coimbra, Francisco José de Lacerda e Almeida fez em seu diário a seguinte anotação:
9 - Com cinco minutos de navegação chegamos a este destacamento, onde fomos bem recebidos do comandante dele e dos seus desgraçados soldados; porém muito mal hospedados por ser tão estéril e áspero aquele pequeno monte, que só produz pimenta; e os morcegos são tantos que não deixam criar uma só galinha e já chegaram a extinguir as cabras matando a mais de 60. Desde a boca do Taquari corre o rio a SSO. Demoramo-nos neste destacamento até o dia 10 e saímos no dia 11, tendo achado a sua Lat. A. 19° 55' Long. 320° 1' 45" Var. NE 10° 39'.
FONTE: Francisco Jose de Lacerda e Almeida, Diário da viagem pelas capitanias do Para, Rio Negro, Matto-Grosso, Cuyaba, e S. Paulo, nos annos de 1780 a 1790, Typ. da Costa Silveira, São Paulo, 1841, página 40.
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1921 – Morre Dom Luis, bispo de Cuiabá
Aos 80 anos, falece na capital de Mato Grosso, Dom Carlos Luis D’Amour, primeiro arcebispo de Cuiabá:
“Decreto n. 552
D. Francisco de Aquino Correa, Bispo de Prusiade, Presidente do Estado de Mato Grosso.
"Tendo ciência de haver falecido hoje, nesta capital, às 11 horas antemeridianas o venerando Dom Carlos Luiz D’Amour, decano do episcopado nacional;
Considerando que o ilustre antístite governou durante quarenta e três anos, com admirável zelo e firmeza apostólica a igreja matogrossense e considerando os inolvidáveis serviços que através desse longo pontificado, à custa das maiores abnegações e sacrifícios, prestou desinteressadamente a Mato Grosso, cuja vida no antigo como no atual regime político, acompanhou sempre com intensa dedicação e carinho nas suas crises mais agitadas;
"Considerando as importantes obras pias por ele promovidas ou fundadas e mantidas neste Estado, a bem da educação da juventude, da catequese dos selvícolas e da caridade para com os pobres; considerando que todo esse passado cheio de benefícios ao povo, sagra-o incontestavelmente benemérito da nossa coletividade, cujos sentimentos cabe a este governo interpretar oficialmente na infausta solenidade do atual momento:
"DECRETA
Art. 1o – Fica suspenso de
"Art. 2o – Os funerais serão realizados às expensas dos cofres públicos, correndo as despesas pela verba competente.
"Art. 3o – Revogam-se as disposições em contrário.
"Palácio da Presidência do Estado em Cuiabá, 9 de julho de 1921, 33 da República.
"+ Francisco de Aquino Correa, Bispo de Prusiade.
Henrique Florence."
Dom Luiz foi o primeiro bispo a visitar a região Sul do Estado, começando sua missão em Corumbá e encerrando
FONTE: Luiz-Philippe Pereira Leite, Bispo de Império, edição do autor, Cuiabá, sd., página 316.
9 de julho
1932 – Estoura a revolução de São Paulo e Sul de Mato Grosso
São Paulo, com o apoio de Campo Grande e as guarnições militares do Sul de Mato Grosso (à exceção de Corumbá e Ladário) inicia a guerra civil brasileira contra o governo provisório de Getúlio Vargas, que chegou ao poder com a revolução de
O movimento fracassou porque Minas Gerais e Rio Grande do Sul que haviam prometido aderir, na última hora, decidiram apoiar Getúlio Vargas.
FONTE: Stanley Hilton, 1932 A guerra civil brasileira, Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1982, página 73. Demosthenes Martins, História de Mato Grosso, edição do autor, sd., página 107.
9 de julho
1935 - Fundado o Centro Paulista em Corumbá
Presidido por W. Jeffery e secretariado C. Leloth, é fundado o Centro Paulista de Corumbá, "para rememorar a epopeia bandeirante de 1932":
"Tem essa associação por fim intensificar o intercâmbio cultural, artístico e comercial, além de estreitar a afetividade que sempre existiu entre paulistas e matogrossenses.
O centro dispõe de uma sede, de uma sala de leitura, com revistas de São Paulo.
Pretende o Centro Paulista organizar estatísticas demonstrando a pujança dos municípios do nosso Estado."
FONTE: Correio Paulistano, 06/09/1935.
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