domingo, 15 de setembro de 2013

17 de setembro

17 de setembro 

1801 Espanhóis atacam Forte de Coimbra


O forte de Coimbra

Sob o comando de D. Lázaro de Ribera, forças navais espanholas, baseadas em Assunção, no Paraguai, tentam tomar a fortificação brasileira de Forte Coimbra, então sob o comando de Ricardo Franco:

Neste último dia pela manhã, observadores postados no pico da Patrulha avistaram a frota espanhola que avançava a todo pano. Eram três sumacas ou goletas grandes e uma menor, armando as maiores três mastros e a menor dois.


Cada uma artilhada com duas peças por banda, de grosso e médio calibre nas maiores e de pequeno calibre na menor. Ao todo 16 peças.
Mais de 20 a 30 canoas paiaguás engrossavam a frota espanhola.
A tropa de desembarque era de 600 homens e uns 100 formavam a tripulação. Contavam ainda com cerca de 200 índios das canoas e mais uma tropa de reforço de 200 homens que seguiu por terra margeando o Paraguai, mas não conseguiu chegar até o teatro das operações em virtude de os campos estarem alagados. 


De que forças dispunha Coimbra para repelir os invasores? Apenas 49 praças e 60 paisanos, muitos deles sem condições de luta. A artilharia era pouca e de pequeno calibre: 3 canhõezinhos de 1 libra e 2 roqueiras de ½ libra. As munições e víveres eram escassos e não havia possibilidade de receber reforços e suprimentos em tempo hábil se o cerco se prolongasse. Só havia no forte duas ou três pequenas canoas.


Não resta dúvida de que, computadas as forças em confronto, não havia a mínima possibilidade de Coimbra resistir com êxito.


Quando, pelas 16 horas, as sumacas, ultrapassando o canal de Além da Ilha, iam navegando em direção ao forte, Ricardo Franco mandou hastear a bandeira e disparar um tiro de aviso com o canhão de maior calibre. Prosseguindo, o inimigo, foi disparado o segundo tiro. D. Lázaro fez içar então a bandeira e ordenou o bombardeio do forte, mantendo violento fogo até às ave-marias.


Vendo que a nossa artilharia não os alcançava, fundearam os espanhóis as sumacas na margem oposta ao forte.

Os combates durariam até o dia 24, quando "as embarcações espanholas começaram a descer o rio, ante o olhar atônito da guarnição, que mal podia acreditar no que via: a poderosa frota, com força suficiente para esmagar a diminuta resistência, batia em retirada".

FONTE: Carlos Francisco Moura, O forte de Coimbra, Edições UFMT, Cuiabá, 1975, página 46.



17 de setembro


1866 Guerra do Paraguai: força brasileira chega a Miranda


Retirada da Laguna, quadro de Ruy Martins Ferreira



Após vários meses no trajeto entre São Paulo e Coxim e daí para o sul da província, chega finalmente a Miranda, sob o comando do tenente-coronel Manoel Cabral de Menezes, a força expedicionária que deveria viver a dramática retirada da Laguna, da qual fazia parte o tenente Taunay, autor do seguinte relato:

Com uma légua de marcha encontrou-se uma capelinha coberta de telha, que fora respeitada pelos paraguaios e outrora servia de núcleo para a aldeia Grande, ocupada pelos terenas, comandados pelo capitão Pedro da Silva Tavares. Mais adiante achavam-se os vestígios de pequenos aldeamentos, que todos concorriam para o abastecimento da vila de Miranda.


A este ponto chegou-se a uma hora da tarde, acampando-se na praça principal depois de ocupadas pelas repartições anexas as ruínas das casas ainda de pé. A marcha foi de 3 ½ léguas.


A vila apresentava-nos o mais assinalado padrão de ocupação paraguaia. O bonito quartel em parte destruído, a matriz desrespeitada com as paredes derrubadas, as casas quase todas aniquiladas pelo incêndio que por muitos dias lavrou no povoado, contristavam as vistas e davam patente mostra da brutalidade dos nossos inimigos.


A posição de Miranda não tem significação alguma sob o ponto de vista militar: nenhuma condição preenche para que mereça a qualificação preconizada por vários, de chave do Baixo-Paraguai. Considerado quanto à razão sanitária, o local é o pior possível, por isso que é foco de febres intermitentes perigosas. Debaixo pois da influência climatérica a que tem sido sujeita a expedição desde o rio Negro, a epidemia ali adquirida e que já tantas vítimas tem feito na fileira dos oficiais, recrudesce presentemente com grande intensidade, falecendo dela no primeiro mês de estada quatro oficiais e começando a atacar com violência a soldadesca que se conservara até o presente mais ou menos preservada.



FONTE Taunay, Em Mato Grosso Invadido, Companhia Melhoramentos de S. Paulo, sd, página 84.



17 de setembro

1933 – Realizadas novas eleições em Mato Grosso

Generoso Ponce Filho, constituinte eleito em 1933


Anuladas as eleições de 1º de maio pelo Superior Tribunal de Justiça Eleitoral, realizam-se outras para a escolha dos representante de Mato Grosso na Assembleia Nacional Constituinte. São eleitos em primeiro turno: Generoso Ponce Filho, João Vilasboas, Alfredo Correa Pacheco. Em 2º turno: Francisco Vilanova; suplentes do Partido Liberal Mato-grossense: - José dos Passos Rangel Torres, Partido Constitucionalista: - dr. Gastão de Oliveira e o capitão Antonio Leôncio Pereira Ferraz. 

FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembléia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 171.

FOTO: Jornal Correio da Manhã, (Rio), 1933.


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