quarta-feira, 18 de setembro de 2013

18 de setembro

18 de setembro


18 de setembro


1728 - Fundação de Diamantino


Rua de Diamantino em foto de 1968

Em 18 de setembro de 1728, poucos anos depois da fundação de Cuiabá, começou a movimentação para formação do núcleo que deu origem ao atual município de Diamantino. Gabriel Antunes Maciel escreveu à Câmara de Cuiabá, dando notícias da descoberta do ouro.Inicialmente, o local era denominado de Arraial do Ouro, nome dado ao córrego onde o metal havia sido encontrado. Posteriormente, o lugar passou a chamar-se Félix, certamente o nome de um garimpeiro pioneiro na região.

Pouco tempo depois, os garimpeiros encontraram pedras diamantíferas, cuja extração era privativa da Coroa Portuguesa. Tal achado fez com que o governo fechasse todos os garimpos da região. Mas a mineração clandestina continuou. Foi criado o Destacamento Diamantino do Paraguai, para inibir o garimpo ilegal, o qual assegurou a fixação do povoado de Diamantino.

No dia 9 de agosto de 1811, a Resolução Régia criou a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Alto Paraguai Diamantino. O nome Paraguai, incluso na denominação, vinha de um erro geográfico dos bandeirantes, que julgavam se encontrar estabelecidos nas cabeceiras do rio Paraguai, quando o rio Diamantino é apenas um afluente desse rio.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Alto Paraguai Diamantino, por resolução régia de 09-08-1811, subordinado ao município de Cuiabá.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Alto Paraguai Diamantino, por alvará de 23-11-1820, desmembrado de Cuiabá. Constituído do distrito sede.

Suprimida por lei estadual nº 282, de 06-04-1901 com a denominação de Diamantino.

Restaurada pela lei nº 452, de 04-08-1906, reinstalada em 03-12-1906.

Elevada à categoria de cidade, por lei estadual nº 772, de 16-07-1918.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede.

Pelo decreto-lei estadual nº 208, de 26-10-1938 é criado o distrito de Pontezinha e anexado ao município de Diamantino.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Diamantino e Pontezinha.

Pelo decreto-lei estadual nº 545, de 31-12-1943, é criado o distrito de Utiariti e anexado ao município de Diamantino, o mesmo decreto extinguiu o distrito de Pontezinha, transferindo o seu território para o município de Rosário Central.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 2 distritos: Diamantino e Utiariti.

Pela lei estadual nº 193, de 17-11-1948 é criado o distrito de Alto Paraguai (ex-povoado), e anexado ao município de Diamantino.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 3 distritos: Diamantino, Alto Paraguai e Utiariti.

Pela lei estadual nº 709, de 16-12-1953, desmembra do município de Diamantino o distrito de Alto Paraguai. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Diamantino e Utiariti.

Pela lei estadual nº 3784, de 04-06-1976 é criado o distrito de São José do Rio Claro e anexado ao município de Diamantino.

Pela divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 3 distritos: Diamantino, São José do Rio Claro e Utiariti.

Pela lei estadual nº 4239, de 04-11-1980, é criado o distrito de Brasnorte e anexado ao município de Diamantino.

Pela lei estadual nº 4405, de 26-11-1981, é criado o distrito de Nova Mutum (ex-povoado), e anexado ao município de Diamantino.

Pela lei estadual nº 4407, de 30-11-1981, é criado o distrito de Tapurah (ex-povoado), e anexado ao município de Diamantino.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o município é constituído de 6 distritos: Diamantino, Brasnorte, Nova Mutum, Tapurah, Utiariti e São José do Rio Claro.

Pela lei estadual nº 4948, de 16-12-1985, é criado o distrito de Lucas do Rio Verde e anexado ao município de Diamantino.

Pela lei estadual nº 5047, de 05-09-1986, desmembra do município de Diamantino o distrito de Brasnorte. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 5318, de 04-07-1988, é extinto o distrito de Utiariti, sendo sua área anexada ao novo município de Campo Novo do Parecis.

Pela lei estadual nº 4161, de 20-12-1979 desmembra do município de Diamantino o distrito de São José do Rio Claro. Elevado à categoria de município com a denominação de Rio Claro.

Em divisão territorial datada de 18-VIII-1988, o município é constituído de 4 distritos: Diamantino, Brasnorte, Nova Mutum e Tapurah.

Pela lei estadual nº 5315, de 04-07-1988, desmembra do município de Diamantino o distrito de Campo Novo do Parecis. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 5316, de 04-07-1988, desmembra do município de Diamantino o distrito de Tapurah. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 5318, de 04-07-1988, desmembra de Diamantino o distrito de Lucas do Rio Verde. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 5321, de 04-07-1988, desmembra do município de Diamantino o distrito de Nova Mutum. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.

Alteração toponímica municipal

Alto Paraguai Diamantino para Diamantino, alterado pela lei nº 452, de 04-08-1906.

FONTE: IBGE.

18 de setembro
 
1801Recrudesce ataque ao forte de Coimbra  


Ricardo Franco, o comandante do forte


Iniciado no dia anterior, 17 de setembro de 1801, pelas tropas espanholas, comandadas por dom Lázaro de Ribera os combates para tomada da fortificação portuguesa de Forte Coimbra tornam-se mais vigorosos:

...pelas oito horas da manhã, d. Lázaro de Ribera enviou um emissário com a seguinte intimação:


‘Ayer a la tarde, tube el honor de contestar el fuego que V. S. me hizo; y habiendo reconocido que la fuerzas conque voy inmediatamente atacar ese fuerte son muy superiores a las de V. S. no puedo menos de vaticinarle el ultimo infortunio; pero, como los vassalos de S. M. Católica saven respetar lãs leys de la humanidad, aun em medio de lãs misma guerra, requiero, portanto, a V.S. se rinda a las armas de Rey mi Amo, pués de lo contrario, el canõn y la espada decidirán de la suerte de Coimbra, sufriendo su desgraciada guarnicion todas las extremidades de la guerra, de cuyos estragos e verá libre si V. S. conviene com mi propuesta, contestandome categoricamente esta em el termino de una hora.


A bordo de la Sumaca Nuestra Señora del Carmen, 17 de setembro de 1801.

Ricardo Franco, o comandante do forte responde ao governador espanhol:

Tenho a honra de responder categoricamente a V. Exa. que a desigualdade de forças foi sempre um estímulo que muito animou os portugueses, por isso mesmo a não desampararem seus postos e defendê-los até as duas extremidades ou de repelir o inimigo ou de sepultar-se debaixo das ruínas dos fortes que lhes confiaram; nesta resolução estão todos os defensores deste presídio, que tem a distinta honra de ver em frente a excelsa pessoa de V. Exa.
Coimbra, 17 de setembro de 1801.


Ilmo. e Exmo. Sr. D. Lázaro de Ribeira.
 
Esta resposta respeitosamente corajosa “atiçou a ira do comandante espanhol que ordenou mais violento bombardeio que no dia anterior.


Nos quatro dias seguintes continuou a bater o forte de dia e de noite.
Como a nossa artilharia não alcançava as sumacas, os espanhóis as manobravam rio acima e rio abaixo, provocando e vaiando os defensores do forte.


Tão esmagadora era a superioridade do inimigo que houve espíritos timoratos que chegaram a descrer da vitória. O patriotismo e o valor militar de Ricardo Franco, entretanto, sobrepuseram-se a essas fraquezas humanas.


No dia 18, enquanto as sumacas faziam violento fogo contra as muralhas, os espanhóis tentaram um desembarque em canoas ligeiras mas foram repelidos com 7 perdas”.

Os ataques sem nenhuma trégua duraram até a noite do dia 24 seguinte.


FONTE: Carlos Francisco Moura, O forte de Coimbra, Editora UFMT, Cuiabá,1975,página 47


 

1916Gomes vence combate de Água Amarela

O major Gomes, comandando uma força rebelde contra o governo do general Caetano de Albuquerque vence a primeira batalha com o chefe legalista do Sul, coronel Joselito, genro de Pedro Celestino, o principal aliado político do governo:


“O comandante do Regimento Misto, Antonio Gomes, mandou uma patrulha avançada, sob as ordens do tenente Rodrigo Peixoto, que tinha como auxiliar o famoso sargento João Coco, sondar o inimigo. Por sua vez, Zelito fez a mesma coisa, em sentido contrário. O encontro ocorreu no Barro Preto.
Gomes, avisado, manobra rapidamente seus homens, instalando-se junto ao córrego Água Amarela, em local extremamente propício na escarpa dos morros, de tal sorte que a entrada do acampamento era exclusivamente pela Ponte Hu (Ponte Preta). Aí permaneceu em silêncio.
Os legalistas, como disse contavam com uma força heterogênea e armas improvisadas, até facas amarradas em varas compridas, à guisa de lanças. Ostentavam, todavia, indiscutível superioridade numérica, cerca de mil homens contra quatrocentos e não setecentos, como Gomes blazonava. (...)
Ao ultrapassar a Ponte Hu, prosseguiu, vale adentro, sem pressentir que o declive dos morros estava apinhado de soldados inimigos. Na medida em que avançava pela angastura, os rebeldes recuavam pelos flancos, facilitando a penetração. Uma autêntica ratoeira.
Dois pelotões de Gomes contornaram os morros para bloquear a única saída. Quando veio o fogo cerrado, houve inúmeras baixas no regimento invasor. Os homens procuravam em pânico, o caminho de volta pelo desfiladeiro. Seriam todos destruídos não fora a ação de Vicente Jacques, homem bravo, destemido, que resistiu tenazmente ao arremesso inimigo, cobrindo estrategicamente a retirada das tropas governistas. Estas acabaram duramente batidas pelos experimentados guerreiros do major Gomes que, entretanto, registrou algumas baixas, sendo ferido o coronel Ladislau Lima e morrendo, entre outros o destemeroso corneteiro do regimento, abatido no instante em que, numa proeminência do terreno, expondo-se ao perigo, tocava AVANÇAR. No local uma cruz assinala sua bravura, bem junto a uma vetusta bocaiuveira, nascida logo depois, como marco inconteste de homenagem da natureza ao homem valente.
A batalha que começara as oito horas da manhã do dia 18 de setembro de 1916 terminou por volta das treze horas. Como saldo negativo da operação é de assinalar-se a morte do capitão Pantaleão de Brum, irmão de Sérgio, e de um sem número de soldados, além de uma legião de feridos, entre eles o tenente Jacques da Luz, sendo que alguns, com muita dificuldade, conseguiram sair do local. Outros ficaram prisioneiros.”
 


Os rebeldes seriam batidos no dia 4 de fevereiro de 1917 no combate de Barro Preto, nas proximidades de Miranda. 


FONTE: 34 - Paulo Coelho Machado, A rua velha, Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Campo Grande,1990. Página  60

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