quarta-feira, 2 de outubro de 2013

2 de outubro

2 de outubro

 
1866 – Guerra do Paraguai: índios chacinam retirantes

 


Em correspondência de Miranda ao seu pai no Rio de Janeiro, o cadete Taunay, membro da comissão de engenharia da força expedicionária brasileira, dá conta de chacina cometida por índios, durante a retirada dos brasileiros de Miranda, em fuga com a a aproximação do exército paraguaio. Em poucas linhas, o autor de "Retirada da Laguna," dá a notícia aterradora da traição dos cadiuéus nesse episódio:

Os índios cadineus, entretanto, gente conhecida pela falsidade e que nos serviam de intermediários em relação ao chefe de uma família, a de João Barbosa, seguiam os retirantes e aproveitando da confiança que inspiravam a todos assassinaram sem piedade até pobres crianças que encontramos em grande quantidade com o crânio fraturado a pauladas! A sorte das infelizes vítimas da ferocidade dos índios impressionou a todos e ainda mais a mim que depois da estarmos nos morros me achava ao correspondência com eles, recebendo todas as cartas que enviavam aos seus amigos.


FONTE:Taunay, Mensário do Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, janeiro de 1943, página 172

FOTO: Guaicurus, ascendentes dos cadiuéus. Foto meramente ilustrativa.




2 de outubro


1932Guerra civil brasileira: São Paulo depõe as armas



Tendo negociado a rendição em 29 de setembro, São Paulo, finalmente, depõe as armas, encerrando definitivamente a chamada revolução constitucionalista, que contou com a adesão de Campo Grande e outras cidades do Sul de Mato Grosso:

Klinger, de fato, não teve outra escolha senão a de por fim à resistência. Mandou suas forças, portanto, recuarem em direção a São Paulo, depondo as armas. Góis Monteiro, então, em 2 de outubro, após receber um telegrama de Herculano transmitindo uma indagação do governo estadual a respeito de suas funções, enviou-lhe ordens para depor Pedro de Toledo e assumir o governo. Como último ato oficial, Toledo e seu secretariado divulgaram no mesmo dia uma proclamação culpando a FPP pela cessação da luta. ‘Cessa, destarte, a vida do governo constitucionalista aclamado pelo povo paulista, pelo Exército Nacional e pela FP [Força Pública], e hoje por esta deposto,’ disseram os líderes rebeldes. ‘Fica encerrada nesta faixa do território brasileiro, a campanha militar pela restauração do regime legal. Mas o anseio não se sopitará,’ declararam. ‘Comprimida a campanha há de expandir-se, certamente, por não ser possível que um povo, como o nosso, persista em viver sob regime de arbítrio.



FONTE:Stanley Hilton, 1932 A guerra civil brasileira, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1982, página 324


2 de outubro

1968: STF mantém confinamento de Janio Quadros em Corumbá

O Supremo Tribunal Federal, por maioria de votos, denegou o pedido de "habeas corpus", impetrado pelo advogado Pedroso Horta, em favor do ex-presidente Jânio Quadros, em prisão domiciliar na cidade de Corumbá, desde o início de julho, por ato da ditadura militar, que, com base em ato de exceção, deliberou a medida repressiva, tendo como justificativa, o fato de estar o ex-presidente com seus direitos políticos suspensos, praticar atividades políticas.

Foi relator do processo, o ministro Rafael de Barros Monteiro, que o negou. Foram votos vencidos os ministros Hermes Lima, Evandro Lins, Vitor Nunes Leal e Gonçalves de Oliveira.

Reação de Janio - na sessão do dia seguinte no Senado Federal, o senador Josafá Marinho leu manifesto do ex-presidente, onde ele assegura que "o direito pleiteado não era pessoal e sim coletivo, porque de todos e de cada um, onde que que esteja o brasileiro, independente de sua origem ou condição ou do juízo que faça a meu respeito - a sentença alcanço-o, diminuindo-o, tal como me alcançou e diminuiu".

FONTE: Diário de Notícias (RJ) 3 e 4 de outubro de 1968.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

1° de outubro

1º de outubro


1777 – Assinado Tratado de Santo Ildefonso

A rainha de Portugal e o rei da Espanha, seu irmão Carlos III, firmam o Tratado de Santo Ildefonso, que a exemplo do Tratado de Madri de 1750, reconhecia os rios Paraguai e Guaporé como limites de suas possessões na América do Sul. “Portanto – informa Lécio G. de Souza – os territórios da margem direita do primeiro dos rios voltavam a ser espanhóis e, assim, tanto Coimbra com Albuquerque estavam fora dos domínios lusitanos.” O governador da província de Mato Grosso, Luis de Albuquerque e Cáceres, desrespeitou o tratado:

Não era norma albuquerquiana retroceder e o seu arbítrio de se manter ao ocidente do grande rio, calcado em atos de posse anteriores, não iria sofrer qualquer recuo.


No ano seguinte ao tratado, mandou erguer o forte Coimbra e a fundar a vila de Albuquerque, no Sul da província à margem direita do Paraguai, em território formalmente de propriedade do império espanhol.

FONTE: Lécio G. de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd, página 26


1° de outubro

1912 - Aquidauana recebe primeira visita de um governador de Estado


O vilarejo de Aquidauana, em foto do início do século passado
Costa Marques, segundo sentado da esquerda para a direita, e sua comitiva


A vila de Aquidauana, recém alcançada pelos trilhos da Noroeste, procedentes de Porto Esperança, recebe a primeira visita do governador do Estado.

Trata-se de Joaquim Augusto da Costa Marques, que em sua mensagem à Assembleia inclui o seguinte depoimento sobre a povoação:

No dia 1 de outubro partimos de Miranda e chegamos a Aquidauana. Esta vila, de recente fundação, é entretanto, atualmente, a maior e mais populosa do Sul do Estado. É dividida em duas partes pelo formoso rio Aquidauana e a comunicação entre uma e outra é feita por meio de uma pequena barca-pêndula. Reclamam os seus habitantes e a municipalidade a construção de uma ponte que realmente é muito necessária para facilitar essa comunicação entre o importante bairro da margem esquerda com a povoação da margem direita, e que muito desenvolverá também o seu comércio, feito por via terrestre e já bastante animado com os municípios de Nioaque, Campo Grande e Bela Vista. O 5º Regimento de Artilharia que ali tem sua sede, está aquartelado sobre a margem esquerda em uma casa velha de telha e outras de capim que despertam a idéia de um acampamento provisório, e que está em desarmonia com a beleza e propriedade do local. A vila está bem situada, o seu clima é bom e o seu futuro prometedor. Já se notam muitos prédios novos e muitos outros em construção, sendo bem delineadas e cuidadas as suas ruas e praças. A Estrada de Ferro Noroeste que ali tem uma estação, pretende estabelecer nessa vila as suas oficinas, tendo a edilidade lhe oferecido terreno apropriado para esse fim.


As escolas públicas dessa localidade, sendo uma de sexo feminino e outra de masculino, estão instaladas em casas particulares, alugadas. Por falta de uma casa, ainda não se pode instalar outra à margem esquerda do rio, cuja população escolar já comporta uma boa escola, e o Governo, de acordo com a municipalidade está tratando de adquirir uma casa nesse bairro para esse fim, pois atualmente as crianças são obrigadas a fazer, com risco e perigo, a passagem do rio para freqüentarem as escolas existentes na povoação da margem direita. É muito necessária a construção de um bom prédio destinado ao funcionamento das escolas reunidas, dado o aumento crescente da população dessa vila. A cadeia pública de Aquidauana, conquanto uma das melhores que encontrei no sul, não satisfaz e não tem compartimento para prisão de mulheres.


Mandei melhorá-la e construir ao lado cômodos para alojamento da força policial e murar o quintal. A municipalidade de Aquidauana ainda não tem casa própria. A estação telegráfica tem um aspecto agradável, porém é muito pequena em relação ao movimento do serviço. A vida é cara e o aluguel das casas bastante elevado, devido ao rápido aumento da população e morosidade das construções por falta de material e operários. Há várias casas de negócio regularmente sortidas, tanto na margem direita como na esquerda do rio. Visitei entre outros estabelecimentos particulares uma boa instalação a vapor para o fabrico do pão e da massa e torrefação de café. É a melhor que conheço no Estado e está na povoação na margem esquerda. A principal indústria deste município como de todos os outros do sul do Estado é a pecuária e a sua população bovina foi ultimamente calculada pelos principais criadores e pelo intendente em cerca de 126.000 cabeças; eqüinos 2.800; muares 450; caprinos 250; lanígeros 600; suínos 2.500.

 
Na mensagem presidencial uma preocupação com o meio ambiente local:


Notei e por toda parte reprovei, o mau costume que ali se tem, de se estabelecerem as habitações à montante das cabeceiras, prejudicando imensamente as vertentes, algumas das quais já estão quase extintas. É que essa gente confia demasiado naquela ubérrima e opulenta natureza, e por isso não pensa nem acredita que ela possa esgotar-se, nem sabe avaliar o mal futuro que a si próprio está fazendo.


 
FONTE:Simon  E.S. e Cardosos Ayala, Album Graphico do Estado de Matto Grosso, Corumbá/ Hamburgo, 1914, página 395



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

30 de setembro

30 de setembro

 
1914 – Regulamentada eleição em Campo Grande


Intendência Geral de Campo Grande, início do século XX


São baixadas as instruções para as eleições de 1 e 2 de novembro em Campo Grande, onde deveriam ser sufragados candidatos a deputados estaduais e Intendente, vereadores e juiz de paz do município. O ato do chefe do executivo foi publicado no semanário O Estado de Mato Grosso:

O cidadão José Santiago, 1º vice-intendente em exercício do município de Campo Grande, faz saber que tendo de realizar-se nos dias 1 e 2 de novembro as eleições para os cargos de deputados à Assembléia Legislativa do Estado, intendente, vereadores e juízes de paz que hão de servir no triênio de 1915 a 1917, divide de acordo com as leis ns. 34, de 7 de junho de 1893, 131, de 12 de março de 1896 e 417, de 22 de novembro de 1905, a Paróquia de que se compõe este município em seis sessões que funcionarão: a 1ª. na sala destinada às sessões do júri, no paço municipal; a 2ª. no mesmo edifício, na sala da secretaria; a 3ª. No edifício onde funciona a inspetoria de veterinária, na sala ao lado do nascente, nesta vila; a 4ª. no mesmo edifício, na sala do lado do poente; a 5ª na povoação de Jaraguari no edifício onde funciona a sub-delegacia e a 6ª finalmente, na povoação de Entre Rios, no edifício da escola pública. Pelo que convida a todos os cidadãos eleitores a comparecerem nos dias acima designados às 10 horas, a fim de darem os seus votos nas seções em que estiverem qualificados. Na eleição de deputados, no dia 1, cada eleitor deverá votar em uma só cédula, em 16 nomes diferentes. No dia 2 em quatro cédulas, contendo uma, um só nome para Intendente; outra, dois nomes para vereadores e cinco para suplentes de vereadores, separados estes daqueles por um traço bem visível e a última, três nomes para juizes de paz e três para suplentes de juizes de paz, também separados estes daqueles por um traço visível e tendo cada um a numeração da ordem que lhe corresponder.


E para que chegue ao conhecimento de todos, mandei lavrar este Edital que será afixado na porta principal deste edifício e publicado pela imprensa local. Eu, Manoel Leite da Silva, secretário da Câmara, o escrevi. Intendência Municipal de Campo Grande, em 30 de setembro de 1914. José Santiago, 1º vice-intendente.


Realizada a eleição para Intendente Geral sai vitorioso o fazendeiro e comerciante Sebastião Lima.

FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, Edição do autor, Campo Grande, 1980, página 94.


30 de setembro 

2002 - O assassinato do jornalista Sávio Brandão





É morte em Cuiabá, o jornalista e empresário, Domingos Sávio Brandão Lima Júnior, diretor do jornal "Folha do Estado". Foi às 15h15. Dois homens em uma moto se aproximaram do empresário, que estava acompanhado de um amigo em frente à obra da futura sede do jornal Folha do Estado, no Bairro Consil, em Cuiabá. Um deles, na garupa, sacou uma pistola e disparou os tiros à queima roupa.¹ Brandão foi morto com sete tiros de pistola 9 mm. O mandante, condenado pela justiça, foi o então chefe do jogo do bicho em Cuiabá, João Arcanjo Ribeiro

Nos meses que antecederam sua morte, o jornal publicou reportagens sobre o crime organizado e, numa delas, o "comendador"Arcanjo, foi chamado de "Al Capone de Mato Grosso". Brandão foi morto com sete tiros de pistola 9 mm. 

Segundo a polícia, o motivo do assassinato foram as reportagens, onde Arcanjo é acusado de lavar dinheiro (pelo menos US$ 69,8 milhões), de ser o mandante de outros dois assassinatos, de comandar o crime organizado e de sonegar R$ 842 milhões da Receita Federal.²

Segundo o delegado Luciano Inácio da Silva, o assassinato de Brandão foi encomendado por "no mínimo" R$ 38 mil.

O cabo da PM Hércules de Araújo Agostinho, 34, acertou, segundo testes de balística, os tiros no empresário. Ele é acusado de outros cinco assassinatos (dois teriam sido encomendados também por Arcanjo). Preso um dia após a morte de Sávio Brandão, fugiu do presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá, no dia 1º de maio passado. Superou cinco portões sem ser incomodado por carcereiros.

Em seu relatório, o delegado afirma que o assassinato de Sávio Brandão envolve, além de Agostinho e Arcanjo, mais três pessoas:

1) o ex-cabo da PM Célio Alves Barbosa, 38, também acusado de ser pistoleiro de Arcanjo, que, segundo o delegado, vigiou os passos de Sávio Brandão para dar informações a Agostinho. 

2) o vigia Fernando Barbosa Belo, que, segundo a polícia, pilotou a moto da qual Agostinho fez disparos.

3) o "cobrador de dívidas" João Leite, que, segundo a polícia, contratou Agostinho a pedido de Arcanjo para matar Sávio Brandão. Leite tinha comprovante de que pagou R$ 38 mil a Barbosa pela morte de Brandão.

Além dos telefonemas para a VIP Factoring, que pertence a Arcanjo, Leite também ia à empresa frequentemente, afirmou o delegado Silva. A polícia também se baseia em depoimento do presidiário Paulo César Mota. Então vizinho das celas de Agostinho e Barbosa, ele diz ter ouvido os dois comentarem que o "comendador" mandou matar Brandão.²

Arcanjo foi condenado, esteve preso por durante 15 anos. Em fevereiro de 2018 conseguiu a progressão da pena do regime fechado para o semiaberto.

FONTE: ¹Sandra Carvalho, Circuito Mato Grosso, Cuiabá, 1°-9-2017, ²Hudson Correa, Folha de S.Pulo (online), 1°.09.2003.

FOTO: Circuito Mato Grosso.



30 de setembro

2021 - Morre o deputado Ary Rigo


                                                                                                                   MIDIAMAX



Aos 74 anos, morre em Campo Grande, o deputado Ary Rigo, vítima de traumatismo craneano, provocado por um acidente doméstico. Gaúcho de Passo Fundo, formado em Agronomia no Rio de Janeiro, mudou-se para o Estado no início da década de 70. Dirigente de cooperativa agrícola em Maracaju, ingressou na política em 1978, quando elegeu-se, pela Arena, deputado estadual constituinte, cargo que exerceu por mais quatro mandatos. De 1991 a 1994 foi vice-governador do Estado na chapa do governador Pedro Pedrossian.

Em 1994 chegou a ser candidato ao Senado, tendo sido derrotado por Lúdio Coelho e Ramez Tebet. Em 2010, como primeiro secretário da Assembleia Legislativa, foi envolvido em um escândalo de corrupção e perdeu a reeleição para deputado estadual.

Rigo deixou a esposa e dois filhos.

Com informações do Campo Grande News.


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29 de setembro

29 de setembro

 29 de setembro

 

1865 – Expedicionários entram em Goiás

As forças atravessam o rio Paranaíba, na divisa de Minas com Goiás, numa travessia que durou 9 dias. Na província goiana acamparam na vila de Santa Rita do Paranaíba (atual Itumbiara), descrita por Taunay:

Ergue-se a povoação de Santa Rita de Cássia à margem direita do rio Paranaiba, estendendo as suas primeiras casas no declive da rampa que leva ao porto, onde aproam as barcas de passagem. A sua fundação é moderna; há vinte e tantos anos aí se estabeleceram alguns mineiros exploradores, dando princípio a um arraial que foi ereto em freguesia no ano de 1850. O movimento comercial é quase nulo; apenas alguma passagem e recovas carregadas de sal, com destino a Goiás, tiram-na momentaneamente da atonia e estagnação que a personificam.

FONTE: Taunay, A marcha das forças, Melhoramento, S. Paulo, 1928, página 84.


29 de setembro


1932 – Guera civil brasileira: São Paulo capitula


Vargas e general Gois Monteiro, a vitória legalista


Depois de agitada reunião da cúpula dirigente da revolução constitucionalista, a qual o general Bertoldo Klinger foi representado por Lísias Rodrigues, o comandante militar rebelde “transmitiu a Vargas o telegrama decisivo, omitindo a frase ‘de acordo com o governo paulista’ que o esboço original continha. ‘Com o fito de não causar à nação mais sacrifícios de vidas nem mais danos materiais,’ declarou, ‘o comando das Forças Constitucionalistas propõe imediata suspensão das hostilidades em todas as frentes, a fim de serem assentadas as medidas para a cessação da luta armada.’ Vargas, as 7.43 h, respondeu instruindo Klinger a enviar um emissário ao quartel-general de Góis Monteiro para tratar das providências necessárias para por fim à luta. Klinger então, por uma troca de telegramas, combinou com Góis Monteiro que o tenente-coronel Osvaldo Vila Bela, seu Chefe de Estado-Maior, partiria de automóvel naquela tarde para Lorena, onde seria recebido pelo recém-promovido general Daltro Filho e conduzido até Cruzeiro”. 

Corumbá e Ladário não aderiram à revolução, tendo permanecido fieis ao presidente Vargas.

FONTE: Stanley Hilton, 1932, A guerra civil brasileira, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1982 página 321




29 de setembro

2003 - Criado o município de Figueirão


Moysés Galvão e sua esposa Leontina, os fundadores de Figueirão

Fundado em 1949 pelo goiano Moysés Araujo Galvão, é criado o município de Figueirão, pela lei nº 2.680, de iniciativa de deputado Akira Otsubo (PMDB) e sancionada pelo governador Zeca do PT. Desmembrado de Camapuã, p município localiza-se na micro-região do Alto Taquari ao norte do Estado, limitando-se com Costa Rica, Camapuã, São Gabriel do Oeste, Coxim e Alcinópolis. Está a 260 quilômetros de Campo Grande. Seu primeiro prefeito foi Ildo Furtado de Oliveira (PT, PTB e PSDB), com os seguintes vereadores: Gilson Pereira de Faria, Neilo Souza da Cunha, Marizeth Venância de Oliveira, Edegar José de Lima, Eliane Geraldino de Oliveira, Antonio Inácio Furtado, Ari Lima Carrijo, Antonio Azevedo Nabhan e José Aparecido de Assis.


FONTE: Admar de Araújo, Figueirão, Editora Iaçu Porã, Campo Grande, 2005, página 169 

28 de setembro

28 de setembro

 
1886 – Bispo de Cuiabá chega pela primeira vez a Campo Grande

Capela de Santo Antonio, primeira igreja de Campo Grande


Na primeira visita da mais alta autoridade da igreja católica da província ao povoado, chega ao vilarejo chefiado por José Antônio Pereira, 28 de setembro de 1886, d. Carlos Luis D’Amour, bispo de Cuiabá, com jurisdição em todo o Estado. O registro é do cônego Bento Severiano da Luz, escriba da comitiva:

Pelas 7:00 horas da manhã deixamos a Lagoinha e às 9 apeamo-nos em casa de José Tomaz da Cunha, no lugar chamado Lagoa, onde já se achava um grupo de cavaleiros da povoação de Campo Grande, deputados para encontrar nessa altura a S. Exa. Rvma. O sr. Cunha nos deu excelente almoçozinho e desvanecidamente cumpriu seu dever o que foi muito auxiliado pelas boas maneiras de sua gentil consorte a Exa. Sra. D. Josefa Benedita de Jesus. Nada vi ali que mereça atenção a não ser o local, que é aprazibilíssimo pela vista que oferece. À pequena distância passam dois arroios, o que dá nome ao sítio e o Imbirussu; ambos são tributários do Inhandui, que os recebe na margem direita. Partimos depois do meio-dia. Em caminho, a mais de meia légua de distância, encontramos uma multidão de cavaleiros perfilados com dez batalhões, tendo por uniforme (quase todos) palas listradas e de duas vistas. Depois deste encontro vieram outros e mais outros até a povoação, a cuja entrada repetiu-se a mesma cena dos outros povoados, isto é, fogo do ar, salvas de ronqueiras, beija-mão, etc. Enfim a festa que se fez para honrar a chegada do pastor a uma localidade é demasiadamente popular para que eu aqui a descreva ainda. S. Exa. Rvma. ocupou uma casa que o sr. José Antônio Pereira lhe havia preparado e recebeu deste distinto cavalheiro um tratamento franco e generoso quanto permitiam os recursos do lugar.


Dom Luis e sua comitiva deixam Campo Grande, de volta a Cuiabá, as 7 horas da manhã do dia 4 de outubro.

FONTE: Luis Philippe Pereira Leite, Bispo do Império, edição do autor, sd, página 180.



 28 de setembro

1948 – Criado o município de Aparecida do Taboado 


Pela lei estadual número 30, o distrito de Aparecida do Tabuado, na região leste Sul de Mato Grosso, é desmembrado do município de Paranaíba. Fundado em 1910 em terras doadas por Antonio Leandro de Menezes, a vila nasceu com o nome de Lagoa Suja. Faz divisa com o Estado de São Paulo. A sua economia tem por base a pecuária, sendo que a zona urbana começou na última década a ser beneficiada com o surgimento de várias indústrias.Está  ligada ao Estado de São Paulo pela ponte rodoferroviária da Ferronorte.


FONTE: Enciclopédia Forças Vivas da Nação, 74

FOTO: Wikipédia


28 de setembro

1972 - Inaugurado o Palácio do Comércio, nova sede da Associação Comercial de Campo Grande
                                                                                          ACICG



É inaugurado o Palácio do Comércio, nova sede da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, à rua 15 de Novembro, 390, em frente à praça Ari Coelho. O ato, dirigido pelo empresário Nelson Borges de Barros, presidente da entidade, foi prestigiado pelo governador do Estado, José Frangelli, o prefeito Antonio Mendes Canale e uma grande plateia, composta de autoridades e empresários.

O prédio é, segundo boletim da associação, "é um empreendimento fora do comum, de arquitetura de vanguarda, em dois blocos ultrafuncionais, de 16 andares, com todos os apartamentos de frente e independentes. No mesmo local, porém com entradas isoladas e completamente separadas dos apartamentos, funcionará a Associação Comercial de Campo Grande, da qual obtivemos a honra e a primazia da construção do Palácio do Comércio". 


FONTE: ASSOCIAÇÃO Comercial e Industrial de Campo Grande, (revista) Registros na História (1926 - 2016), Campo Grande, 2016, página 101.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

27 de Setembro





27 de setembro

 
1907 – Proibido desembarque de príncipe brasileiro em Corumbá



Proibido de desembarcar em território pelo governo republicano, o príncipe d. Luiz d’Orleans, que se encontrava de volta da sua excursão a vários países sul-americanos, é cumprimentado por diversos patrícios de Corumbá, que se deslocaram ao país vizinho para esta finalidade. No dia seguinte, com permissão para transitar pelo porto de Corumbá, chegava D. Luiz ao ancoradouro da cidade, vindo na lancha boliviana Inca, de onde transbordou-se para o vapor Fernandes Braga que o devia conduzir a Assunção.
A bordo deste navio fez-lhe as honras da recepção o cônsul português Gonçalo Cristovam e muitos brasileiros que lhe levaram saudações pessoais. Dom Luiz era neto de Dom Pedro II.  

FONTE:  Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 171.

FOTO: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Luis_prince_imperial_1909_Brazil.JPG 




27 de setembro

1915 - Morre o líder separatista Bento Xavier da Silva




Faleceu aos 53 anos em Belém, Paraguai, o gaúcho Bento Xavier da Silva. Natural de Santana do Livramento, chegou ao Sul de Mato Grosso no final do século XIX, como refugiado da revolução federalista na qual lutou no exército maragato de Gumercindo Saraiva, derrotado pelos picapaus de Júlio de Castilho. Em Bela Vista dedicou-se à pecuária, ingressando em seguida nas lutas políticas regionais. Um dos pioneiros na luta pela divisão de Mato Grosso, liderou na primeira década do século passado a fase insurrecional da campanha separatista, chefiando um movimento conhecido como Revolução da Paz, que "chegou a ter mais de 5.000 seguidores, que, para a época era um verdadeiro exército".

Batido nos combates de Estrela, em 1911 por tropas legalistas comandadas pelo major Gomes exilou-se no Paraguai, onde passou a trabalhar como açogueiro. 



FONTE: Sidney Nunes Leite, Bela Vista uma viagem ao passado, edição do autor, Bela Vista, 2001, página 232.


27 de setembro

1952 - Navios holandeses para novas linhas na bacia do Prata

                         Navio para reforçar a frota. Foto A Manhã (RJ)

Direto da Europa para a bacia do Prata passam "hoje pelo Rio, para serem entregues à Superintendência da Bacia do Prata os dois navios fluviais, recém construídos na Holanda, que serão utilizados nas linhas de Corumbá (Mato Grosso) - Assunção (Paraguai) - Montevideo (Uruguai) e Porto Mendes (Paraná) - Assunção (Paraguai), estabelecendo, pela primeira vez, a ligação desses estados do Brasil, através dos rios Paraguai e Paraná e das repúblicas do Paraguai e do Uruguai. Esses navios tomarão a denominação de Guarapuava e Guairacá, medem 70 metros de comprimento, 7 metros de boca, 1,20 de calado, estão dotados 3 motores de potência de 960 HP e desenvolvem a velocidade de 12 milhas horárias, possuindo acomodações para 24 passageiros de segunda classe, todo o conforto e segurança, com amplo salão de refeições, bar, deks para passeios, ventilação e calafetação interna, radiotelegrafia e radiotelefonia".

FONTE: A Manhã, (RJ) 27/09/1952.

26 de Setembro


 26 de setembro



1844 – Ameaça de invasão boliviana



Assume o governo da província de Mato Grosso o tenente-coronel Ricardo José Gomes Jardim. Sua gestão de dois anos e meio, segundo Rubens de Mendonça teve de aplicá-la nos meios de defesa da fronteira boliviana, então ameaçada de invasão. Como medida preliminar fez seguir para o alto Paraguai duas barcas canhoneiras, ao mando do capitão-tenente Augusto Leverger, a fim de vigiar as imediações das lagoas Gaíba e Uberaba, área localizada atualmente no Estado de Mato Grosso do Sul. Além dessa, outras providências militares foram postas em execução, absorvendo-lhe por esse modo a atividade como governador. 


FONTE:  Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 169.


26 de setembro

1929Assembleia reconhece eleição governamental

Os deputados estaduais de Mato Grosso aprovam o resultados das últimas eleições do primeiro período republicano, revogado em outubro do ano seguinte pela Revolução de 30. São reconhecidos os seguintes resultados:
Para presidente: Aníbal de Toledo, 10.432; Pedro Celestino Correa da Costa, dois votos; Manoel Severino Ferreira Marques, um voto. Na mesma ocasião o poder legislativo reconheceu o major João Cunha, Oscar Costa Marques e Generoso Alves de Siqueira, para primeiro, segundo e terceiro vice-presidentes respectivamente. 

FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembléia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 160


26 de setembro

1955 - Vereador do PTB é morto em frente ao diretório do partido

É morto em Ponta Porã, às vésperas do pleito que elegeu Juscelino para Presidente da República e João Ponce de Arruda, para governador, o vereador Leopoldo Cortes, de Ponta Porã. O episódio, que esquentou o clima da campanha eleitoral, foi comunicado, com a repulsa do partido ao qual pertencia o edil assassinado, pelo deputado Agápito Boeira, líder político da fronteira, em telegrama à Comissão Executiva do PTB, em Cuiabá:

Lançamos nossos mais veementes protestos contra onda assassinos pretende a UDN lançar regime terror Ponta Porã pt Mataram barbaramente vereador Leopoldo Cortes nosso correligionário prestigioso Bocajá vg ferido Benedito Almiron PSD vg mais outros consequência desespero UDN pt Face fracasso comicios realizados assassinos organizados em grupos atacaram surpresa saindo sede partido não tendo força federal tido tempo impedir covarde agressão pt Serviu pretexto um aparte surgido elemento estranho politica local consequentes ataques pessoais padronizaram comício udenista quando lia impropérios em discurso preparado a professora Mengine Fernandes pt Polícia prendeu feridos deixando criminosos ampla liberdade pt Estão envolvidos irmãos Novaes funcionários correio local sendo um deles provável assassino outros conhecidos desordeiros e ladrões de gado fronteiras irmãos Freitas pt Delegado local licenciado para dar margem tal acontecimento foi visto empunhando arma pt Cidade revoltada clama justiça contra ato selvageria pt

O Estado de Mato Grosso (Cuiabá), 29/09/1955.

26 de setembro

1964 - Instalada a comarca de Amambai 


Em ato presidido pelo juiz de Direito de Ponta Porã, Humberto Neves, é instalada a comarca de Amambai. A solenidade aconteceu no salão do cine Primavera e contou com a presença das seguintes personalidades: dr. José Antonio, promotor da comarca de Ponta Porã; cel Alfredo Aristarcho Leyraud Marquesi, comandante do 11° RC;drs. João Portela Freire e Hélio Capilé; capitão Estácio Azambuja; deputado Alexandrino Marques e dr. Sergio Martins, todos da delegação daquela cidade;e José Medina e José Ambrósio da cidade de Dourados.
Usaram da palavra o prefeito Sergio Martins, de Ponta Porã, o vereador Walmir da Rosa Peixoto, de Amambai, o coronel Alfredo Marquesi, o empresário José Ambrósio e Inocêncio Rodrigues em nome do prefeito Heron da Rosa Brum. O dr.Henrique Grion foi empossado juiz de direito e Maria Aparecida Maciel Muller, oficial do 1° Ofício.

FONTE: Hamilton Carvalho Maciel, Revista Brasil-Oeste, novembro de 1964 (n° 99), Brasil-Oeste Editora Ltda., São Paulo, página 49  

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

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