10 de janeiro
1865 – Comandante paraguaio comemora sucesso da invasão de Corumbá
O coronel Vicente Barrios, comandante paraguaio que ocupou Corumbá, em 3 de janeiro, comunica ao seu ministro da guerra o resultado da missão:
...Tenho a honra de participar à V. Exa. que se acham em nosso poder Albuquerque e Corumbá.
O pavilhão nacional tremula nesta última, desde o dia 3 do corrente, dia de minha chegada.
A população brasileira e a guarnição destes pontos tinham-se retirado antes de nossa chegada por notícias transmitidas oportunamente pelo Barão de Vila Maria, segundo declarações tomadas.
Estamos, pois, de posse destes pontos sem queimar um só cartucho, tendo sido a fuga do inimigo tão precipitada, que deixou, como em Coimbra, toda a artilharia, armamento geral, munições e petrechos de guerra.
FONTE: Jorge Maia, A invasão de Mato Grosso, Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1964, página 214
10 de janeiro
1903 - Debelada peste bubônica em Corumbá
Em sua mensagem anual à Assembleia Legislativa, o presidente de Mato Grosso, coronel Antonio Pedro Alves de Barros, dá conta de controle e extinção da foco de febre bubônica em Corumbá:
"Entretanto nesta capital reapareceu a varíolaque foi logo atalhada em sua marcha, não tendo chegado a produzir casos fatais; e em Corumbá além da varíola, grassou por algum tempo, a peste bubônica.
Logo, porém, que foi ali constatado o aparecimento deste morbus epidêmico tomei todas as providências conducentes a obstar o seu desenvolvimento e propagação, solicitando do governo da União a pronta nomeação do inspetor de saúde do porto e a remessa de medicamentos e outros socorros e nomeando por minha vezdelegados de higiene da cidade infeccionada, o dr. José Carmo da Silva Pereira e de S. Luis de Cáceres o dr. Arthur Lobo da Silva.
Tenho a satisfação de poder informar-vos que, graças às providências tomadas, a peste pode ser circunscrita ao lugar de seu aparecimento, achando-se hoje extinta".
FONTE: Presidente Antonio Pedro Alves de Bsrros, Mensagem à Assembleia Legislativa, Cuiabá, 10 de janeiro de 1903.
10 de janeiro
1916 – Vereador propõe construção de poço artesiano
Segundo J. Barbosa Rodrigues, o vereador Francisco Gomes Veado, de Campo Grande, encaminha à mesa da Câmara nessa data a seguinte proposição:
Indico que o sr. Intendente Geral providencie no sentido do Engenheiro Municipal proceder aos estudos e elaborar orçamentos para a abertura de um poço artesiano e um lago para depósito de águas na Praça Municipal.
Segundo J. Barbosa Rodrigues, o vereador Francisco Gomes Veado, de Campo Grande, encaminha à mesa da Câmara nessa data a seguinte proposição:
Indico que o sr. Intendente Geral providencie no sentido do Engenheiro Municipal proceder aos estudos e elaborar orçamentos para a abertura de um poço artesiano e um lago para depósito de águas na Praça Municipal.
FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, edição do autor, Campo Grande, 1980.
10 de janeiro
1917 – Mato Grosso sofre intervenção federal
Com o fim da Caetanada, como ficou conhecido o movimento armado entre a oposição e o governo do presidente Caetano de Albuquerque, a renúncia deste e de todos os deputados estaduais, o presidente da República, Wenceslau Braz, decreta em intervenção no Estado e nomeia interinamente para interventor o bacharel Camilo Soares de Moura Filho (foto). A medida vigoraria até o ano seguinte quando, por consenso de todos os partidos, é eleito como candidato único, o bispo de Cuiabá, dom Aquino Correia para um governo de conciliação.
O decreto de intervenção na íntegra:
O Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil:
Considerando que o Poder Executivo no Estado de Mato Grosso deve ser exercido por um cidadão com título de Presidente;
Considerando que em caso de renúncia deste, assumirá o governo o 1°, 2° ou 3° Vice-Presidente, e se os três houverem também renunciado, serão sucessivamente chamados ao Governo do Estado o presidente da Assembleia Legislativa e o Presidente da Câmara Municipal da Capital;
Considerando que se acham vagos não só os lugares de presidente e vices-presidentes do Estado, como também os de deputados à Assembleia Legislativa e de presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, e todos pedirem a intervenção federal;
Considerando que é caso de intervir no Estado o Executivo Federal, afim de por termo à acefalia política e administrativa e eleger novos detendores do Poder Legislativo e do Executivo;
Considerando que as renúncias do presidente e respectivos substitutos legais se tornaram efetivas exatamente para dar lugar à intervenção federal dos novos presidente, vice-presidentes e deputados;
Considerando que a desordem ainda campeia naquela parte da federação e urge restabelecer ali o império da lei;
Resolve intervir no Estado de Mato Grosso de acordo com o art. 6°, ns. 2 e 3 da Constituição da República, nomeando para representá-lo nesse ato de exercício da autoridade federal o bacharel Camilo Soares de Moura Filho, que prorrogará o orçamento da receita e da despesa vigente em 1916, terá vencimento mensal de três contos de réis, pagos pelos cofres estaduais, e observará as instruções expedidas em meu nome, pelo ministro da Justiça e Negócios Interiores. Rio de Janeiro, 10 de janeiro de mil novecentos e dezessete, nonagésimo cesto a Independência e vigésimo nono da República - Wenceslau Braz P. Gomes. - Carlos Maximiliano Pereira dos Santos.²
FONTE: ¹Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2a. edição), edição do autor, Cuiabá, 1973, página 34. ²Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Cuiabá, 1967, página 110.
10 de janeiro
1941 - Assume o primeiro pároco da igreja de Dourados
Casa paroquial e primeira igreja de Dourados |
Criada em 3 de outubro de 1935, assume a direção da paróquia de Dourados, o franciscano frei Higino de Latteck. "Naquele tempo - infere o historiador - a cidade de Dourados tinha cerca de 2.000 habitantes e no território da paróquia perto de 20.000".
O pároco tinha como auxiliar na tarefa de implantação da igreja na localidade o Irmão Frei Higino Modesto Rabzod que, diligentemente, "construiu uma boa casa de madeira para servir de residência". A maior preocupação do sacerdote era a concorrência com os evangélicos no trabalho de evangelização dos índios Caiuás, que moravam nos arredores do patrimônio. Fundou uma missão na aldeia e em pouco tempo registrou o resultado da catequese:
Muitas vezes já estive no Posto dos Índios rezando a S
ta. Missa, pregando as verdades da fé aos indígenas. Com auxílio de Deus deu com resultado este trabalho verdadeiramente pesado. Algumas famílias já deixaram a crença do Protestantismo, que lá tomou conta há muitos anos. Já batizei 28 índios.
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