2 de janeiro
2 de janeiro
1865 - Exército paraguaio ocupa Nioaque
Coluna paraguaia, sob o comando de Francisco Resquin, após a ocupação mansa e pacífica da colônia de Miranda, invade Nioaque, conforme relatório do comandante guarani aos seus superiores em Assunção, liberado no dia seguinte à invasão:
Dali acampei a uma légua e meia e prosseguindo o dia seguinte, fiz parada a quatro léguas e meia sobre o riacho Pequeno, aproveitando na tarde, a aguada e bom pasto do lugar.
Ao amanhecer do dia seguinte movi o campo e depois de três léguas de marcha, passei o córrego Ponte, e com duas léguas mais o rio Nioaque a uma do dia.
Concluída a passagem fiz adiantar o capitão Rojas com dois esquadrões para apossar-se da povoação de Nioaque, onde não encontraram mais que dois indivíduos, um espanhol e outro português europeu. Eu acampei em frente à povoação e dei ordens de reconhecimento das casas de armamento e demais coisas, porém no comando não se encontraram mais que seis carabinas de caça e seis espadas de tropa. Depois foram encontrados os armamentos, caixões de balas, pólvora e papéis enterrados no fundo do curral do Comando e também algum armamento e munição foram encontrados nas casas que mandei visitar, como V.E. verá pela minuta anexa.
O arquivo aparece completamente destroçados e os papéis tomados foram encontrados enterrados com os 26 caixões de pólvora empacotada e onze de pólvora solta. Ademais não foram encontrados mais que comestíveis e trastes, que não puderam levar na fuga.
O povoado consta de cento e trinta casas, sendo trinta principais, contando com um oratório e um espaçoso quartel, composto de uma ágora para o Oeste, da praça sobre a rua Leverger. O comando composto também de toda uma ágora cai a leste da mesma praça, sobre a rua de Santa Rita com capacidade para aquartelar quinhentos homens.
É nomeado para comandante deste ponto o tenente Pascual Rivas, ficando às suas ordens os alferes Alejo Gomes e Waldo Jimenes.
O dia 5 proponho seguir adiante minhas marchas sobre as vilas de Miranda a curtas jornadas, para não fatigar cavalhadas com o excessivo calor.
No campo de perseguição vários papéis foram recolhidos, entre eles aparecem as comunicação anexas.
Deus guarde à V.Exa. muitos anos.
Nioaque,3 de janeiro de 1865.
Francisco Y Resquin
FONTE: El Semanário (PY), Assunção,17 de janeiro de 1865.
1841 – Escravas recebem carta de liberdade em Paranaíba
São alforriadas por dona Anna Angélica de Freitas as negras “Joana Creoula, depois de servir mais cinco anos no cativeiro; Maria Banguela depois de servir vinte anos e Theresa Affricana depois de servir trinta e cinco anos, as quais gozarão de plena liberdade, logo que se concluam os mencionados prazos que lhe são relativos”.
FONTE: Arquivo Público Estadual, Como se de ventre livre fosse... Cartas de liberdade, revogações, hipotecas e escrituras de compra e venda de escravos. (1838 a 1888) Ministério da Cultura e Governo de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 1994.
São alforriadas por dona Anna Angélica de Freitas as negras “Joana Creoula, depois de servir mais cinco anos no cativeiro; Maria Banguela depois de servir vinte anos e Theresa Affricana depois de servir trinta e cinco anos, as quais gozarão de plena liberdade, logo que se concluam os mencionados prazos que lhe são relativos”.
FONTE: Arquivo Público Estadual, Como se de ventre livre fosse... Cartas de liberdade, revogações, hipotecas e escrituras de compra e venda de escravos. (1838 a 1888) Ministério da Cultura e Governo de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 1994.
2 de janeiro
1865 - Exército paraguaio ocupa Nioaque
Coluna paraguaia, sob o comando de Francisco Resquin, após a ocupação mansa e pacífica da colônia de Miranda, invade Nioaque, conforme relatório do comandante guarani aos seus superiores em Assunção, liberado no dia seguinte à invasão:
Dali acampei a uma légua e meia e prosseguindo o dia seguinte, fiz parada a quatro léguas e meia sobre o riacho Pequeno, aproveitando na tarde, a aguada e bom pasto do lugar.
Ao amanhecer do dia seguinte movi o campo e depois de três léguas de marcha, passei o córrego Ponte, e com duas léguas mais o rio Nioaque a uma do dia.
Concluída a passagem fiz adiantar o capitão Rojas com dois esquadrões para apossar-se da povoação de Nioaque, onde não encontraram mais que dois indivíduos, um espanhol e outro português europeu. Eu acampei em frente à povoação e dei ordens de reconhecimento das casas de armamento e demais coisas, porém no comando não se encontraram mais que seis carabinas de caça e seis espadas de tropa. Depois foram encontrados os armamentos, caixões de balas, pólvora e papéis enterrados no fundo do curral do Comando e também algum armamento e munição foram encontrados nas casas que mandei visitar, como V.E. verá pela minuta anexa.
O arquivo aparece completamente destroçados e os papéis tomados foram encontrados enterrados com os 26 caixões de pólvora empacotada e onze de pólvora solta. Ademais não foram encontrados mais que comestíveis e trastes, que não puderam levar na fuga.
O povoado consta de cento e trinta casas, sendo trinta principais, contando com um oratório e um espaçoso quartel, composto de uma ágora para o Oeste, da praça sobre a rua Leverger. O comando composto também de toda uma ágora cai a leste da mesma praça, sobre a rua de Santa Rita com capacidade para aquartelar quinhentos homens.
É nomeado para comandante deste ponto o tenente Pascual Rivas, ficando às suas ordens os alferes Alejo Gomes e Waldo Jimenes.
O dia 5 proponho seguir adiante minhas marchas sobre as vilas de Miranda a curtas jornadas, para não fatigar cavalhadas com o excessivo calor.
No campo de perseguição vários papéis foram recolhidos, entre eles aparecem as comunicação anexas.
Deus guarde à V.Exa. muitos anos.
Nioaque,3 de janeiro de 1865.
Francisco Y Resquin
FONTE: El Semanário (PY), Assunção,17 de janeiro de 1865.
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