segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

8 de março

8 de março




1914 - Campo Grande ganha regimento do exército


Quartel do 5° Regimento de Artilharia Montada em Campo Grande


Transferido de Aquidauana, chega a Campo Grande o 5° Regimento de Artilharia Montada, embrião da Circunscrição Militar de Mato Grosso. O evento é registrado por J. Barbosa Rodrigues, segundo o qual "ante grande alegria da população local, chegava a Campo Grande cincoenta carretas transportando todo o material do 5° Regimento de Artilharia Montada que, desde a sua organização em 1909, estava sediado em Aquidauana. Essas carretas, contratadas pelo comércio local, haviam sido colocadas à disposição do comandante daquele regimento para a sua mudança desde a 'ponta dos trilhos', que se achavam no local então denominado Olhos d'Água até a cidade. 172 homens, inclusive o comandante major João Batista Martins Pereira, chegavam à pequena vila, além dos oficiais major Arquimino Pinto Amando, capitão dr. Júlio de Castro Pinto, 1° tenente Pedro Jorge de Carvalho, 2°s tenentes Manoel de Oliveira Braga, Oto Feio da Silveira, Hipólito Paes de Campos e Sebastião Azambuja Brandão, veterinário".

FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, edição do autor, Campo Grande, 1980, página 133. (foto: reprodução do Album Graphico de Mato Grosso, 1914).


8 de março

1920 - Os prejuízos da enchente do rio Paraguai

A cheia do Pantanal, que chegou a interromper o tráfego de trens entre Miranda e Porto Esperança,¹
causou prejuízos incalculáveis em toda a zona criadora do Rio Paraguai:

"O Estado de Mato Grosso vem sofrendo agora formidáveis prejuízos na zona criadora localizada nas adjacências do rio Paraguai, cuja desmedida crescente invade muitas centenas de léguas de campos de criação, obrigando a emigração dos animais para terras no interior.

A mortandade tem sido grande, estando afogados muitos saladeiros que possuem invernadas nessa zona; os animais são mortos a tiro, dentro dos campos inundados, como medida para salvar o capital.

As repartições federai situadas em Porto Esperança e Porto Murtinho estão ameaçadas de submersão, já estando rodeadas pelas águas. O inspetor da alfândega, sr. José Felippe de Araújo Pinto, seguiu para examinar a situação das mesas de rendas dessas cidades, regressando após ter posto em prática algumas medidas mais urgentes, tendo obtido o vapor Comandante Alvim, que seguirá para Porto Esperança, onde ficará para servir de abrigo ao pessoal da Mesa de Rendas e atender à fiscalização do litoral.

Os trens da Estrada de Ferro Itapura-Corumbá funcionam apenas uma vez por semana, atravessando longos pantanais, chegando a Porto Esperança com grande dificuldade; as cargas são abandonadas nas estações intermediárias, causando prejuízos incalculáveis".

FONTE: O Jornal (RJ), 08/03/1920.

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