domingo, 27 de fevereiro de 2011

19 de junho


19 de junho

1867 - Taunay e comitiva atravessam o ribeirão Cachoeira


Rio Cachoeirão, afluente do Aquidauana, em foto de 1914


De sua viagem de volta ao Rio de Janeiro, ao fim da retirada da Laguna em Porto Canuto, à margem esquerda do rio Aquidauana, o tenente Taunay e sua comitiva, que no dia anterior passaram o rio Dois Irmãos e pelo lugar chamado Correntes, depois de "vitoriosa caminhada, fomos caminhando, chegando com o cair tarde ao ribeirão Cachoeira, três léguas além, sempre por campos quebrados, onde se notam cerrados altos de bombaceas, paratudos (bignoneacea), terebenthaceas, dilleniaceas (lixeiras) ou pastagens do capim branco, tão estimado pelos animais e salpicado com profusão de pés de lixeira rasteira, cujas propriedades medicamentosas em certas afecções são incontestáveis".  

Na manhã de 19 de junho, fizeram a travessia do Cachoeira, engrossado pela chuvarada, "em pelotas, encontrando na na margem direita o tropeiro Malheiros, que levava importante carregamento para as forças. A notícia da chegada delas se havia logo espalhado, e imprimira movimento às muitas tropas que os boatos de nossa derrota e completa perda haviam demorado em diversos pontos da estrada".


FONTE: Taunay, Viagens de outr'ora, segunda edição, Editora Comp. Melhoramentos de S. Paulo, São Paulo, 1921, página 41.


 

19 de junho


1892 – Mascarenhas presta contas da contra-revolta

Em longo relatório ao general Ewbank, novo comandante militar do Estado, em Corumbá, o coronel Jango Mascarenhas, chefe das Forças Patrióticas do Município de Nioaque, que garantiram a vitória sobre os militares no golpe contra o presidente Manoel Murtinho, dá pormenorizadas notícias da campanha vitoriosa e comunica a debandada de seu exército voluntário, “porém, como é indispensável esperar os últimos acontecimentos, e uma ordem de V. Exa. que nos assegure a paz e tranqüilidade no nosso Estado, fico de prontidão com uma força de cento e cinqüenta praças, compreendidas as que foram em perseguição do caudilho Francisco Davi de Medeiros, que se diz refugiado na vizinha República do Paraguai com o intuito de bater o nosso destacamento aleivosamente e praticar outros absurdos de que é capaz.” 


FONTE: Miguel A. Palermo, Nioaque, evolução histórica e revolução de Mato Grosso, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1992. Página 74.





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