sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

18 de junho

18 de junho

1894 - Chega em Cuiabá, padre Malan, o catequista



Aporta em Cuiabá o padre Antonio Maria Malan. Nascido na Itália, em 16 de dezembro de 1862, em São Pedro, província de Cuneo, Piemonte, foram seus pais Nicola Malan e Margarida Viau. Em 23 de fevereiro de 1883, depois de seu estágio no exército, entrou no Colégio Salesiano de Navarra, na França, ingressando para o noviciado em Marselha em outubro de 1884, onde tomou o hábito sacerdotal a 15 de agosto de 1885, professando os primeiros votos em 2 de outubro do mesmo ano. Clérigo, foi mandado para Montevideu, onde se ordenou sub-diácono em 15 de julho de 1889.

Em Mato Grosso, no tempo do bispo dom Carlos d'Amour, iniciou suas atividades no Colégio São Gonçalo, "centro nuclear de irradiação sempre crescente, a expandir-se por todo o Estado, e, ao depois, as colônias, admiráveis organizações de catequese, a se abrolharem pelos férteis vales do São Lourenço, do Garças e do Barreiro, estendendo o raio de ação civilizadora até as longínquas plagas araguaianas".

Em reconhecimento ao seu trabalho e inúmeros serviços prestados, a Sé galardou-o em 1914, com o título de Bispo de Amiso e Prelado do Registro do Araguaia, recebendo a sagração em 15 de agosto desse ano, em São Paulo, das mãos do núncio apostólico monsenhor José Aversa.

Em 1924 foi nomeado para o bispado recém-criado de Petrolina, no Estado de Pernambuco.

FONTE: José de Mesquita, Elogio Fúnebre, revista do Instituto Histórico de Mato Grosso, 1931 e 1932, página 211.

FOTO: Dom Malan, bispo de Petrolina.


18 de junho


1909Câmara aprova arruamento de Campo Grande



Rua 14 de Julho, centro comercial de Campo Grande, no início do século XX



A edilidade campograndense votou projeto do vereador José Vieira Damas, o Zeca Casimiro, aprovando o alinhamento das ruas do povoado, de acordo com planta do engenheiro municipal Nilo Javari Barem:

“Art. 1º - Fica aprovado o plano para alinhamento das ruas e praças desta vila de acordo com a planta confeccionada pelo cidadão dr. Nilo Javari Barem e apresentada pelo sr. intendente geral do município, cujas ruas e praças terão as denominações seguintes: 1º - Partindo-se de Sul a Norte: a primeira, rua Afonso Pena; a segunda, 7 de Setembro, a terceira 15 de Novembro; a quarta, Av. Marechal Hermes e a quinta rua...


Art. 2º - Do nascente ao Poente: a primeira, rua José Antônio; a segunda, 15 de Agosto, a terceira Pedro Celestino; a quarta 24 de Fevereiro; a quinta 13 de Maio; a sexta, 14 de Julho; a sétima Santo Antônio; a oitava Inhanduí; a nona e a praça entre a Av. Marechal Hermes e a 15 de Novembro.



O intendente de Campo Grande era José Santiago, em cuja administração foi implantado o alinhamento, seguido de perto pelo historiador:

Planejada assim a cidade paralelamente às casas já existentes, ao longo do eixo EO, pelo projetista foi procedida a primeira tentativa de arruamento, assistido por Amando de Oliveira, que à margem de qualquer cargo, era o pulso de ferro, orientado por uma inteligência lúcida, a mostrar ao vilarejo a senda do progresso paulista...mais de uma feita de punhos cerrados, explicara que a casa de seu fulano ou beltrano não devia forçar a rua a se acotovelar...E o roçado fora efetuado da rua Santo Antônio a 24 de Fevereiro e da rua Afonso Pena à Rio Branco, restando apenas, confusamente delineado, o entroncamento de Afonso Pena, Joaquim Murtinho e Barão de Melgaço, que posteriormente daria lugar à praça Costa Marques, após retificação levada a cabo pelo dr. Leonel Velasco, que, anteriormente, por ordem do intendente Antônio Norberto, abrira a rua do Mangue, paralela à Afonso Pena, lado sul que fica com as extremidades entre as ruas Anhanduí e Santo Antônio (atual avenida Calógeras) tendo o levantamento sido feito sem dispêndio algum da Câmara.



FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, edição do autor, Campo Grande, 1980. Página 89.

18 de junho

1910 - Estrada de ferro: trilhos chegam ao rio Miranda


A frente de Porto Esperança da ferrovia de Mato Grosso chega à localidade de Salobra às margens do Rio Miranda. A aceleração da obra deve-se "a nova orientação dada aos trabalhos da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, pelo engenheiro dr. Júlio Arnaud, que adotou o sistema intensivo, vai marchando de uma maneira rápida e admirável a construção dessa nossa via-férrea".

O jornal corumbaense dá a notícia com ênfase:

"A última notícia que nos chega e que transmitimos aos nossos leitores é que hoje, ao meio dia, chegaram as pontas dos seus trilhos à margem do rio Miranda em Saloba, isto é, ao quilômetro 136, e que dentro em pouco, terá a estrada de ferro atingido a vila de Miranda, cuja estação fica situada no quilômetro 151". 

Menos de três meses depois, a 7 de setembro, a ferrovia chegava em Miranda.

FONTE: Correio do Estado (Corumbá), 18/06/1910


18 de junho

1922 - Corumbá homenageia pilotos portugueses




Portugueses moradores em Corumbá, homenageiam os pilotos lusitanos, Sacadura Cabral e Gago Coutinho, protagonistas da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, entre Portugal e Brasil, em viagem histórica, no ano do centenário da independência do Brasil:

"A colônia portuguesa desta cidade, logo que teve conhecimento da chegada dos bravos pilotos portugueses Sacadura Cabral e Gago Coutinho ao Rio de Janeiro, organizou uma grande passeata, a que se associou quase toda a população, percorrendo as principais ruas da cidade, precedida de uma banda de música do 17° batalhão de caçadores.

Os manifestantes visitaram o consulado português, onde foram saudar o cônsul Armando Ferreira, que em entusiástico discurso agradeceu a manifestação.

A colônia portuguesa promove para o dia 20 um magnífico sarau de gala, no salão Excelsior, com discursos patrióticos enaltecendo o grande feito, e um programa musical, de que fazem parte os hinos nacional e português".¹ (Correio Paulistano, 19/06/1022).

Os pilotos deixaram Lisboa no dia 30 de março e chegaram ao Rio de Janeiro em 17 de junho de 1922. Fizeram a longa viagem do hidroavião Lusitânia. As homenagens se estenderam a praticamente todo o país.²

FONTE: ¹Correio Paulistano, 18/06/1922, ²Portal Brasiliana Fotográfica

FOTO: Augusto Malta/ Portal Brasiliana Fotográfica.



18 de junho

1949 - Toma posse o primeiro prefeito eleito de Amambai

Toma posse o coronel Valêncio de Brum, primeiro prefeito eleito de Amambai, antigo Patrimônio União. Eleito com 784 votos, num colégio de 1408 eleitores, ele substituiu ao prefeito nomeado, Sidnei Vargas Batista. Gaúcho de São Borja, militante político em Ponta Porã e Bela Vista, Valêncio de Brum, sem explicação conhecida, abandonou a administração onze meses depois, sendo substituído, até o final do mandato, polo vereador Raimundo Amaral, presidente da Câmara Municipal. Seu nome está na principal praça e numa das mais avenidas mais movimentadas da cidade.

FONTE: Nery da Costa Jr., Che tiempo Guaré, Biblio Editora, Campo Grande, 2020, página 46.

2 comentários:

Unknown disse...

Parabéns caríssimo Sérgio Cruz pelo trabalho atinente à história da Cidade Morena.

datasefatoshistoricos.blogspot.com disse...

Obrigado, Beto.

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